Capítulo 1138 - Demônios: Lutando Contra Demônios
『 Tradutor: Crimson 』
Palácio do Demônio Celestial na Terra dos Demônios.
Um demônio estava sentado imóvel sobre um grande trono de obsidiana, com os olhos fechados em profunda reflexão. Seus longos cabelos prateados caíam em cascata sobre os ombros, e dois chifres negros e afiados se curvavam para fora, saindo dos lados de sua cabeça.
Ele era o governante do Palácio Demoníaco Celestial, o Grande Imperador Demônio Lúcifer.
Lentamente, ele abriu os olhos e lançou um olhar penetrante para seus subordinados ajoelhados.
“Finalmente… minha filha revelou sua verdadeira forma”, disse ele, em voz baixa e autoritária e continuava: “E desta vez, sem nenhuma interferência.”
No passado, sempre que sua filha usava sua verdadeira forma, Lúcifer não conseguia localizá-la. Alguma força desconhecida sempre obstruía sua percepção. Ele suspeitava que ela estivesse escondida em um lugar especial, algo poderoso o suficiente para ocultá-la até mesmo de seus sentidos.
Mas agora…
Ela havia liberado seu poder livremente. Não havia obstáculos desta vez.
Alguém deve ter forçado ela a fazer isso.
“Encontrem-na”, ordenou ele e seguiu ordenando: “Tragam-na para mim. Quero que ela esteja diante deste trono, logo.”
Lúcifer apoiou o queixo na palma da mão e fechou os olhos novamente. Seus pensamentos vagaram para o mundo além.
Estava se desfazendo.
Pouco a pouco, o caos se espalhava.
E ele acolheu isso.
Seu exército era apenas uma parte do caos crescente.
Havia muitos outros seres escondidos nas sombras, planejando silenciosamente, esperando o momento perfeito para agir.
E agora… havia até vestígios do Rei do Mar perto das fronteiras da Terra dos Demônios.
“Lorde Monstro…” Lúcifer murmurou, com um sorriso sombrio se formando nos lábios e disse: “Vamos ver como tudo isso vai se desenrolar.”
…
Planeta Astley.
O planeta inteiro estava em estado de emergência.
O pânico tomou conta da população. Os soldados fizeram o possível para manter a ordem, mas seus esforços foram superados pelo medo que se espalhava entre a população.
Jamine declarou uma evacuação total de todos os territórios sob o Império Astros.
Muitos se reuniram nas ruas, gritando de frustração e confusão. Alguns alegaram que o império havia fracassado, que seu colapso era inevitável. Mas Jamine não deu mais detalhes. Ela simplesmente insistiu que todos deveriam evacuar imediatamente.
Em todo o planeta, várias navios estavam sendo preparados para o lançamento.
Em meio ao caos, Alice permaneceu em silêncio no convés da Fortaleza Guardiã, observando a cidade abaixo.
Sua expressão era calma, mas seus olhos dourados continham uma tempestade de pensamentos.
Ela sabia que a culpa era dela.
Ao liberar seu verdadeiro poder, ela expôs sua presença, permitindo que seu pai sentisse sua localização. Agora, era apenas uma questão de tempo até que os demônios chegassem ao Planeta Astley.
Mas que escolha ela tinha?
Ela não podia ficar parada assistindo Amanda e Lydia morrerem bem na sua frente. Tinha certeza de que Souta não a culparia… mas não conseguia parar de se culpar.
“A culpa é minha…” Alice murmurou, com a voz carregada de arrependimento.
“Não, não é”, respondeu uma voz atrás.
Alice se virou.
Era Torkez.
“Você fez o que tinha que fazer”, disse ele calmamente. Então, após uma breve pausa, acrescentou: “Tudo o que sei é que você estava lá. E se Amanda, Lydia ou qualquer outra pessoa tivesse morrido porque você se conteve, era isso que Souta não teria perdoado.”
“Você sabe como ele é.”
Alice não respondeu. Simplesmente voltou o olhar para a cidade abaixo, observando a multidão assustada e os soldados dando seu melhor. O peso no peito permanecia.
Torkez se aproximou dela e lhe deu um tapinha gentil nas costas. “
Está tudo pronto. A Fortaleza Guardiã partirá em breve. Levaremos o máximo que pudermos.”
Eles estavam abandonando o Império Astros.
Não por causa do Conselho dos Mundos Superiores, mas por causa de algo muito mais poderoso, uma força avassaladora conhecida como Palácio do Demônio Celestial.
Tudo aqui… logo seria destruído.
Nem mesmo o Conselho poderia impedir.
…
No campo de batalha, um planeta distante entrou em colapso.
Ele sumiu em uma explosão violenta, lançando enormes fragmentos de terra no vazio.
–Boom!!
Ondas de choque percorreram o espaço, seguidas por explosões de energia violenta que irrompiam a cada segundo que passava.
No centro do caos, uma espessa nuvem de fumaça branca envolvia o campo de batalha.
Um Mundo dos Sonhos.
Dentro dele, Kessa permanecia em sua forma liberada, elevando-se a quinhentos metros de altura. Seu corpo estava envolto em escamas negras e brilhantes que exalavam uma fumaça negra e espessa, corrosiva o suficiente para derreter qualquer coisa que tocasse. Misturada àquela escuridão, havia uma névoa de fumaça branca dos sonhos, um sinal claro de que ela havia ativado seu poder dos sonhos.
Ela não estava se segurando.
Contra um grupo de demônios, ela não tinha motivo para isso.
–ROARRR!!!
Seu rugido ensurdecedor abalou o campo de batalha enquanto seis demônios no Reino da Sétima Algema a cercavam, apoiados por um enxame de forças de nível inferior. Eles lançavam ataques implacáveis, rajadas de energia amaldiçoada, raios de força comprimida, cortes de poder demoníaco, todos direcionados à sua forma maciça.
Mas Kessa permaneceu firme.
Ela era um pesadelo que ganhou forma, e isso era só o começo.
Enquanto isso, Souta estava bem acima do campo de batalha, envolvido em um confronto brutal com dois demônios na Sétima Algema.
Ele não era tão poderoso quanto Kessa, e segurar dois já era forçar seus limites. Mais do que isso, ele sabia que seria dominado.
Sua figura branca disparou pelo ar, colidindo repetidamente com os dois demônios. Souta estava em sua forma liberada, sobre a [Armadura de Sangue: Retribuição Divina]. Sem ela, ele não teria sido capaz de acompanhar a velocidade e o poder deles.
–Boom!! Boom!!
Relâmpagos cor de sangue caíam do céu a cada golpe que ele dava.
Os dois demônios serpentearam pelo ar, evitando por pouco os raios. Naquele momento, Souta avançou, golpeando as duas armas em suas mãos com precisão mortal.
[Lua Carmesim]!!
Uma lâmina em forma de lua crescente feita de energia condensada rasgou o ar. Um dos demônios ergueu sua arma para bloqueá-la, e faíscas voaram da colisão.
O outro demônio aproveitou a oportunidade, avançando em direção ao flanco de Souta e desferindo um golpe forte na lateral de sua cabeça.
–Bang!!
Souta foi arremessado para longe. Seu corpo girou no ar, mas com um movimento brusco de sua espada, uma poça de sangue surgiu no ar, amortecendo sua queda e o segurando antes que atingisse o chão.
“Demônios… Eu nem entrei na guerra ainda”, disse Souta com um sorriso torto, os olhos brilhando de sede de sangue e disse: “Bem, parece a hora perfeita para começar a matar.”
A poça de sangue ao redor dele se agitou violentamente e, num instante, explodiu em inúmeras balas de sangue, cada uma delas afiada e mortal.
Com um simples movimento de mão, Souta lançou a saraivada de ataques em direção aos dois demônios.
Ao mesmo tempo, o oceano de sangue abaixo subiu, liberando uma tempestade de lanças de sangue que dispararam para o céu como mísseis vermelhos.
–Swoosh!!
O número de lanças de sangue era avassalador, tão vasto que cobriam todo o campo de batalha. Até Kessa e os demônios que ela lutava foram pegos em meio ao caos.
Dos céus, relâmpagos cor de sangue continuavam a cair em rajadas violentas.
Da terra abaixo aos céus acima, tudo era sangue.
Esse era o sonho de Souta.
[Sonho do Crepúsculo Sangrento].
Os demônios mais fracos, incapazes de suportar a imensa pressão e o poder avassalador do domínio, foram dilacerados instantaneamente, despedaçados, sem tempo para gritar.
Seus corpos se dissolveram no mar de sangue, tornando-se combustível para o sonho virar um pesadelo.
O ataque de área de efeito de Souta, amplificado por [Domínio Serpentário], rasgou o campo de batalha, destruindo todos os demônios mais fracos em seu caminho.
O inimigo nunca havia enfrentado algo assim antes.
Os demônios na Sétima Algema, antes confiantes em sua força avassaladora, agora se viam pressionados, não apenas pela implacável tempestade de sangue e relâmpagos de Souta, mas também pelo poder aterrorizante e desenfreado de Kessa.
Kessa avançou, suas garras enormes caindo como meteoros, enquanto simultaneamente liberava outro [Bestrou] devastador de sua boca. O feixe de energia destrutivo cortou o céu, forçando os demônios a se dispersarem em pânico.
Alguns deles tentaram atacar Souta, mas a forma imponente e a presença agressiva de Kessa tornavam quase impossível alcançá-lo diretamente.
Apesar do caos, Souta e Kessa se moviam em perfeita harmonia.
Eles lutaram lado a lado, fluindo como duas partes da mesma força. Souta cronometrou seus golpes para se alinharem à fúria de Kessa, amplificando o impacto e interrompendo ainda mais o ritmo dos inimigos.
Seus movimentos eram precisos, calculados, cada golpe, cada golpe e cada explosão de força eram realizados com controle absoluto.
Não foi apenas uma batalha.
Foi um massacre.
–Whoosh!!
Souta e os dois demônios se chocaram no ar, girando e colidindo com força contra o corpo maciço de Kessa. Explosões de poder irromperam enquanto trocavam uma série de ataques violentos, cada um sacudindo o ar ao redor.
Habilidades como [Buraco Negro] e inúmeras outras foram liberadas em rápida sucessão, enquanto destruição atravessava o campo de batalha.
Num movimento brusco, Souta agarrou um dos demônios pela perna, girou-o e o jogou contra as escamas blindadas de Kessa.
–Bang!!
O impacto ecoou como um trovão, mas Kessa nem se mexeu.
Embora sentisse a batalha se alastrando contra seu corpo, ela optou por ignorar. Sua atenção permaneceu totalmente voltada para os seis demônios na Sétima que a cercavam como insetos frenéticos.
Eles dispararam pelo ar, evitando por pouco os feixes de energia mortais que ela disparava de suas cabeças.
“Nossos ataques mal conseguem ferir esse monstro!” Berrou um dos demônios, com frustração na voz.
“Temos que continuar pressionando… Vamos nos esforçar! É a única chance que temos!”
“Tch… É mais como se nós fôssemos os primeiros a ficar exaustos.”
Eles conheciam a amarga verdade: a Hidra de Nove Cabeças diante deles era uma força de pura carnificina. Seus ataques combinados não eram suficientes para infligir danos graves em um único golpe. Seria preciso tempo, pressão e resistência.
E estavam ficando sem todos os três.
Além disso, a hidra à frente deles possuía uma capacidade de regeneração assustadora, o que a tornava ainda mais problemática. Cada ferimento que infligiam desaparecia em segundos, como se o dano nunca tivesse ocorrido.
“Um guerreiro na Oitava Algema… É disso que será preciso”, murmurou um dos demônios, sombriamente.
–Bang!! Bang!!
Ao lado da imponente Kessa, a batalha de Souta contra os dois demônios continuava.
Ele exalou lentamente e então absorveu as almas dos demônios caídos em seu corpo. Em resposta, seus artefatos flutuaram ao seu redor, cada um pulsando com um brilho fraco e ameaçador.
Sem hesitar, ele avançou, atingindo ambos os oponentes com força repentina. Uma a uma, as habilidades de equipamento de seus artefatos foram ativadas em uma cascata de poder.
[Modo Alma de Sangue]!
[Unificação Yin Yang]!
Ele liberou todos os aprimoramentos que conseguiu reunir, acumulando buffs, amplificando o poder e levando seu corpo além dos limites.
Sua força disparou. O sangue em suas veias fervilhava com um poder renovado quando seu título de [Matador] foi ativado, alimentando-se da morte dos demônios mais fracos e fortalecendo ainda mais sua habilidade de combate.
Souta se tornou um borrão vermelho, uma tempestade de violência se movendo em sincronia com o caos do campo de batalha.
Ambos os demônios sentiram a pressão esmagadora que emanava dele.
“Ele está ficando mais forte… e mais rápido!!” Um deles exclamou entre os dentes.
Eles se moviam em sincronia, atacando com precisão e coordenação de alto nível. Mas não era o suficiente.
Souta era uma tempestade de poder; sua força e velocidade haviam saltado para um reino totalmente novo, indo muito além do que poderiam suportar confortavelmente.
–Boom!! Boom!!
Em poucos segundos, Souta desencadeou uma saraivada de ataques devastadores, cortando e golpeando todas as direções. Feridas profundas começaram a se acumular nos corpos dos demônios, e suas defesas mal conseguiam resistir ao ataque.
Os contra-ataques acertaram, mas não foram suficientes. A habilidade regenerativa de Souta destruiu seus esforços, curando os ferimentos mais rápido do que poderiam ser infligidos.
“Nós nem estamos conseguindo cansá-lo!”
“Esse monstro… ele está se regenerando como se não fosse nada!”
A maré estava mudando, e Souta era o olho do furacão.
Claro, ele não curou todas as suas feridas.
Havia apenas uma razão pela qual Souta manteve alguns de seus ferimentos.
[Tirar Sangue]!
Uma peculiaridade que amplificava sua força em proporção aos ferimentos que tinha.
[Arquétipo]!!
[Grande Sangue do Fim]!!
–Boom!!
Os céus tremeram. Trovões ribombaram através das nuvens enquanto a energia de Souta atingia seu ápice, enviando ondas de choque por todo o campo de batalha.
Os dois demônios congelaram, arregalando os olhos enquanto olhavam para cima.
“O que… esse sentimento…?”
Seus instintos gritavam: aquilo não era um poder comum. Era a morte.
A voz de Souta era fria e calma, mas cheia de ameaça.
“Todo o dano que sofri… agora alimentará minha ira.”
Os dois demônios trocaram um olhar, sem necessidade de palavras. No instante seguinte, dispararam em direções opostas, tentando escapar da catástrofe iminente.
[Primeira Forma: Tribulação Sem Vida do Relâmpago de Sangue]!!
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