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    『 Tradutor: Crimson 』


    “Se vocês acham que têm chance de me derrotar, então estão enganados”, disse Vashno friamente, seu olhar dourado penetrando os três especialistas e dizendo: “Vou mostrar a diferença entre os nossos níveis.”

    No instante em que suas palavras saíram, sua figura se transformou em um borrão de luz dourada.

    Um dos três mal conseguiu vislumbrar o que estava acontecendo antes que seu mundo girasse — a mão de Vashno apertou seu rosto como uma prensa. O pânico o invadiu enquanto ele levantava o pé em um chute desesperado.

    –Whoosh!!

    Uma enorme asa dourada se projetou, e sua força cortava o ar.

    Jehlin e o outro especialista da Sexta Algema congelaram por um instante, arregalando os olhos ao verem seu companheiro sendo completamente dominado. Eles avançaram imediatamente, desesperados para intervir.

    Vashno soltou sua presa e disparou mais alto no céu. Suas asas se abriram, e uma luz dourada jorrou delas até que os próprios céus pareceram se incendiar.

    –Ohm!!

    “[Raio Dourado Caído]!!”

    Centenas de raios brilhantes desceram como um castigo divino.

    Jehlin e seus aliados se precipitaram, girando no ar para escapar. No entanto, em meio à tempestade, nenhum deles percebeu que o próprio Vashno mergulhava, em meios aos raios que caíam.

    Quando perceberam, já era tarde demais.

    “Merda!!” Jehlin xingou.

    Vashno sumiu mais uma vez, colidindo com um dos especialistas com ataques implacáveis.

    –Bang! Bang!

    O homem cambaleou diante da ferocidade, com sangue jorrando enquanto suas defesas cederam.

    Jehlin e o outro especialista rugiram, avançando em alta velocidade. Suas armas brilhavam intensamente enquanto liberavam suas artes mais destrutivas.

    [Grande Relâmpago da Terra]!!

    [Corte Ardente Ember]!!

    Mas Vashno já os havia percebido.

    Com precisão implacável, ele agarrou seu oponente machucado pelo rosto, jogando-o na direção dos ataques.

    Os olhos de Jehlin e seu companheiro se arregalaram de horror, mas não havia como voltar atrás. Só lhes restava cerrar os dentes e atacar o próprio aliado.

    O grito do homem foi abafado pela explosão de poder. Seu corpo convulsionou, suas defesas se estilhaçaram enquanto inimigo e aliado o atravessavam simultaneamente.

    Sangue jorrou, manchando os céus de vermelho.

    Jehlin e seu colega especialista avançaram, mas Vashno se moveu com uma graça implacável. Ele pisou no corpo do homem moribundo, ancorando-se enquanto se movia o suficiente para que as armas o perfurassem.

    O aço penetrava em sua carne — mas ele protegia apenas seus órgãos vitais, permitindo que o resto do corpo sofresse o impacto. Seus olhos brilhavam com uma determinação inabalável, sua aura se elevava ainda mais feroz.

    Vashno não se importava com a dor. Só se importava em esmagá-los.

    Vashno cerrou os dentes, forçando-se a ignorar a dor que lhe dilacerava o corpo. Sua carne se contorceu de forma anormal — então, com uma onda nauseante, incontáveis ​​tentáculos dourado-escuros irromperam dele em um instante.

    –Swoooosh!!

    “O quê?!” Jehlin e os outros especialistas recuaram em choque.

    Antes que pudessem reagir, a massa contorcida os engolfou. Tentáculos surgiram de todas as direções, atacando implacavelmente, sem lhes dar espaço para respirar, sem chance de contra-atacar.

    A forma outrora majestosa de Vashno se transformou em algo hediondo — uma abominação vestida com asas douradas, irradiando divindade e monstruosidade.

    Esse era o poder do Parasita Devorador de Essência.

    A maioria dos especialistas da Astros que carregavam sua marca não se importava mais com ferimentos. A dor era irrelevante quando o parasita reparava seus corpos constantemente, alimentando-se da destruição com a mesma facilidade com que respirava. Mas Vashno havia descoberto algo mais profundo.

    O parasita em si… não era apenas uma ferramenta.

    Era uma forma de vida. Um baú de tesouros da evolução esperando para ser desvendado.

    Se estivesse vivo, então poderia evoluir.

    Era um monstro? Uma forma de vida elemental? Ou algo completamente além dessas classificações?

    Se estivesse vivo, então, como toda a vida, devia carregar algemas. A verdade do mundo era clara: todo ser — humano, monstro ou elemental — nascia preso a algemas. Somente o lendário Imperador Sem Divindade escapava dessa lei.

    Cada fio de carne que serpenteava por suas veias era a vontade de um ser mais velho que os mortais que o empunhavam. Seu crescimento não estava limitado aos limites de seu hospedeiro — em vez disso, o hospedeiro era o veículo através do qual ele buscava sua própria evolução.

    E se estivesse vivo, então, como toda forma de vida nascida sob as leis do cosmos, ele carregava algemas.

    Algemas eram as correntes que prendiam a existência — a lei natural que impedia mortais, monstros e até mesmo espíritos elementais de ascenderem sem limites. A quarta, quinta, sexta e assim por diante — seus próprios caminhos foram escritos pela quebra dessas correntes.

    Então o que significaria… se o parasita também carregasse algemas?

    Isso significava que o parasita poderia evoluir.

    Isso significava que o parasita tinha um futuro.

    No momento em que o Rei Parasita e a Rainha Parasita ressoaram, uma porta foi aberta à força. O potencial oculto dessa abominação — antes considerada apenas uma arma de carne e corrupção — revelou-se como uma raça capaz de trilhar o mesmo caminho que deuses, monstros e imperadores.

    O Parasita Devorador de Essências não era um parasita.

    Era uma nova espécie.

    Talvez… até mesmo um predador destinado a devorar a própria hierarquia do mundo.

    E Vashno permaneceu como seu pioneiro.

    “Eu vou te mostrar.”

    Vashno canalizou sua energia para o parasita. A força que ele lhe proporcionava irrompeu violentamente, muito além de qualquer coisa que ele já havia extraído dele. O poder percorreu seu corpo como ouro derretido, contorcendo sua carne, aguçando seus instintos. Pela primeira vez, ele sentiu como se tivesse adentrado um reino completamente novo.

    Era isso que ele estava investigando, estudando e controlando dentro da Fortaleza Guardiã.

    O parasita era mais do que uma arma. Era algo muito maior.

    Jehlin e os outros especialistas da Sexta Algema estavam se afogando sob a onda interminável de tentáculos retorcidos. Suas defesas se estilhaçaram em poucos segundos, com sangue jorrando na tempestade de carne.

    Na Fortaleza Guardiã.

    Os olhos de Torkez se arregalaram ao contemplar a figura deformada de Vashno. Tentáculos se contorciam e estalavam em todas as direções, rasgando o céu, enquanto asas douradas brilhavam atrás da abominação.

    “O que… o que é isso…?”

    Um arrepio percorreu sua espinha. Ele sentiu — seu próprio parasita pulsando violentamente, como se reconhecesse o poder diante dele. Estava reagindo.

    “O poder do Parasita Devorador de Essência…!”

    Torkez cerrou os punhos. Ele se lembrou do dia em que desenterrou aquele pesadelo pela primeira vez. Fora ele quem descobrira o parasita e se apoderara de seu poder para desafiar o Grande Império Astley. No entanto, mesmo com aquela força monstruosa, foram esmagados. As legiões do império os derrotaram, e os parasitas foram capturados, dispersos e transformados em armas.

    Mas agora…

    Vashno fizera algo que nenhum deles jamais imaginou ser possível. Ele forçara o parasita a revelar outro caminho, uma verdade escondida nas profundezas de sua carne.

    Uma evolução.

    Os outros anfitriões na fortaleza também sentiram. Uma a uma, as cabeças se voltaram para Vashno, com os olhos arregalados de descrença. Dentro de seus corpos, seus próprios parasitas tremiam violentamente, ressoando com a transformação dele.

    Um pensamento terrível surgiu em suas mentes.

    Se o parasita pudesse evoluir…

    Então o que seria dos seus hospedeiros?

    –Boom!!

    Vashno, embriagado pela torrente de poder que corria em suas veias, investiu como um predador à solta. Suas asas douradas se abriram, cortando o ar com arcos ofuscantes de luz que destroçaram os tentáculos rastejantes em seu caminho.

    Por um instante, Jehlin e o último especialista viram a liberdade. Os tentáculos haviam sido cortados, o ar limpo diante deles.

    Mas então o borrão desceu… uma sombra radiante descendo sobre eles.

    –Boom!!

    A colisão sacudiu seus ossos. Sangue jorrou de suas bocas enquanto cambaleavam para trás, apenas para assistir horrorizados enquanto os tentáculos decepados se contorciam, deslizavam e se costuravam de volta à carne de Vashno.

    Sua mão se deformou, ossos se partindo, veias pulsando, carne se desprendendo. O que emergiu não era mais humano… uma broca espiral grotesca de músculos e ossos, banhada em luz dourada, girando tão rápido que criava atrito contra o ar.

    Vashno zombou.

    “Morram.”

    Ele empurrou.

    A broca avançou, o som de um rangido nauseante enquanto mastigava a atmosfera. Jehlin e seu companheiro congelaram. O desespero os engoliu por inteiro. Eles podiam ver… suas mortes, correndo em um borrão dourado.

    –CRRRUNCH!!

    A broca os atingiu com força. A carne se estilhaçou instantaneamente, as costelas se quebrando como galhos quebradiços. Seus gritos foram abafados enquanto seus corpos eram arrastados para dentro da boca em espiral, triturados centímetro a centímetro.

    Sangue jorrou em torrentes violentas, salpicando o céu com uma névoa carmesim. Órgãos explodiram, ossos se desfizeram em cacos, e seus rostos se contorceram em agonia silenciosa antes de serem mutilados até ficarem irreconhecíveis.

    –BOOM!!

    A broca irrompeu em suas costas, espalhando pedaços de carne e ossos estilhaçados no ar. Suas consciências se dissiparam em um instante, apagando-se enquanto sua própria essência se dissipava no nada.

    Não havia cadáveres. Nenhum corpo inteiro para enterrar. Apenas restos dilacerados e retalhados chovendo do céu.

    Vashno recolheu o braço com um estalo molhado, a broca grotesca se dissolvendo novamente em carne. Suas asas se dobraram majestosamente ao redor dele como se nada tivesse acontecido.

    “Fracos”, ele disse com desdém, olhos frios e voz afiada como uma lâmina.

    Para ele, matar dois especialistas na Sexta Algema foi fácil. Seu corpo ainda transbordava de força, seu parasita pulsava de fome. Ele podia lutar mais. Ele podia massacrar mais.

    Vashno olhou para o último especialista que mal conseguia se agarrar à vida.

    Ele levantou um dedo.

    No instante seguinte, centenas de tentáculos irromperam de seu corpo, contorcendo-se como uma onda de carne.

    “NÃOOO!!” O grito do especialista ecoou, apenas para ser abafado quando os tentáculos o envolveram, arrastando-o para um abismo sufocante de carne e escuridão.

    Momentos depois, sua voz sumiu. Seu corpo sumiu.

    Não sobrou nada.

    Os três especialistas mais fortes do Grupo Mercenário Jehlin pereceram.

    A morte deles abalou a moral dos sobreviventes. Eztein e Doranjan aproveitaram a oportunidade e lideraram suas forças para massacrar os mercenários restantes. Um grupo renomado — outrora temido, com três potências na Sexta Algema — foi aniquilado neste campo de batalha hoje.

    Jehlin, arrasada e desesperada, esperava que Ray Borg ou uma das outras facções interviessem. Mas eles assistiram em silêncio até o fim.

    Vashno voltou seu olhar para os grupos reunidos, sua voz cortando o campo:

    “Quem é o próximo?”

    Silêncio.

    Ninguém se moveu. Ninguém ousou dar um passo à frente.

    Eles mantiveram distância, os olhos fixos na Fortaleza Guardiã, esperando, calculando. Sabiam que ainda não era hora de agir.

    Ray Borg examinou a multidão. Não vendo ninguém ansioso para lutar, deu de ombros e começou a recuar.

    “Em menos de uma hora, mais grupos chegarão. Alguém entre eles começará o ataque”, murmurou para si mesmo.

    Milhares permaneciam distantes, sua presença coletiva carregada de medo e expectativa enquanto observavam a fortaleza.

    Quando nenhum desafiante surgiu, Vashno se virou e retornou calmamente à Fortaleza Guardiã. Os outros especialistas da Astros o seguiram, recuando para sua base.

    No convés, Vashno pousou e foi recebido por Torkez, que ainda coordenava os soldados.

    “O que foi isso agora mesmo? O parasita dentro de mim reagiu”, perguntou Torkez, com um tom de voz carregado de suspeita.

    A expressão de Vashno era calma, quase indiferente.

    “Em termos simples, meu parasita ficou mais forte. Chegou a um estágio superior.”

    “Um estágio superior…” Torkez franziu a testa, as engrenagens girando em sua mente, então dizendo: “Então podem evoluir. Isso faz sentido, afinal, parasitas são seres vivos.”

    Exatamente. Já podemos armazenar mana neles, mas é mais do que isso. Pense nisso como alimentar um animal de estimação dentro do seu corpo. Quanto mais você o nutrir, mais forte ele se tornará. Ao consumir recursos de alta qualidade, como a fruta de mana, não deixe seu corpo absorver os nutrientes. Deixe o parasita se alimentar em vez disso.

    Torkez estreitou os olhos.

    “Entendo… Existe uma classificação para esses estágios?”

    Vashno pensou por um momento antes de responder.

    “Podemos fazer uma. Você sentirá quando seu parasita evoluir… é uma mudança qualitativa, quase como nossos próprios avanços de poder. Por enquanto, vamos chamar o padrão de parasita comum. Quando ele evoluir, vamos chamá-lo de… Parasita Classe Capitão.”

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