Índice de Capítulo


    『 Tradutor: Crimson 』


    –Swoosh!!

    Neste momento, não restava uma única alma na fortaleza. O povo da Astros havia desaparecido — todos eles.

    Subitamente, o núcleo da fortaleza pulsou violentamente, liberando ondas de energia caótica. Uma luz ofuscante irrompeu, seguida por uma explosão ensurdecedora.

    –Boom!!

    Todos no campo de batalha congelaram quando a enorme fortaleza flutuante detonou. Seus fragmentos se espalharam em todas as direções, forçando aqueles próximos a erguerem suas defesas contra a violenta onda de choque.

    “O quê?!”

    “O que aconteceu?!”

    “Droga! Onde está o Monstro Relâmpago de Sangue?!”

    A confusão espalhou-se entre as fileiras, enquanto a compreensão começava a surgir para alguns.

    Os especialistas de Rank Herói, pairando sobre o campo de batalha, observavam os destroços da Fortaleza Guardiã desmoronando com expressões sombrias.

    Eles não conseguiam mais detectar nenhum sinal de energia dentro dele.

    Um silêncio pesado pairou sobre o campo de batalha. Os ventos impetuosos carregavam os destroços em chamas da outrora poderosa fortaleza, espalhando suas cinzas pelo solo manchado de carmesim.

    A explosão abriu um buraco enorme no céu, deixando apenas resquícios de flutuações de energia como marcas do local onde antes se erguia a Fortaleza Guardiã.

    Sana estreitou os olhos.

    “Ele se foi…” murmurou. Sua percepção espiritual percorreu a área, mas ela não encontrou nada — nenhum vestígio de Souta, Alice ou dos outros. “Ele destruiu a própria fortaleza para apagar seus rastros.”

    Floresta Involin.

    A Fortaleza Guardiã, onde se encontrava o outro lado do portal.

    Alice saiu da sala no exato momento em que o brilho do portal se apagou completamente. Ela soube então: o outro lado havia sido destruído.

    Ela olhou em volta. Os corredores estavam silenciosos. Nenhuma voz, nem mesmo o zumbido das máquinas. O ar estava parado e pesado, carregado de um frio inquietante.

    Ela franziu a testa ao pressentir que algo estava errado. A mana na atmosfera parecia distorcida, opressiva — contaminada pela malícia.

    “O quê…?”

    Sem hesitar, Alice desapareceu de onde estava e reapareceu do lado de fora da fortaleza. No instante em que saiu, o odor forte de sangue invadiu suas narinas.

    Suas pupilas se contraíram.

    “O que aconteceu?!”

    Seu coração batia forte no peito. Inúmeros pensamentos lhe passaram pela mente, mas ela se obrigou a manter a calma.

    Ela ampliou amplamente sua percepção…

    E sentiu algo. A energia de Souta. Os outros. Estavam por perto, em algum lugar mais adentro da floresta.

    –Swoosh!!

    Alice desapareceu novamente, reaparecendo mais adentro da Floresta Involin. O cheiro metálico de sangue se intensificava a cada passo, até se tornar sufocante.

    Seus olhos percorriam o ambiente rapidamente…

    Corpos. Inúmeros cadáveres jaziam espalhados pelo chão, entre árvores quebradas e pedras despedaçadas. O solo estava tingido de vermelho.

    Os passos de Alice diminuíram enquanto ela avançava pela floresta. Suas botas rangiam contra o solo úmido, denso de sangue e cinzas. O ar estava pesado com o cheiro da morte.

    Havia humanos ali — soldados da Astros — e monstros também. Ambos os lados jaziam imóveis, seus olhos sem vida encarando o topo das árvores acima. Era um campo de batalha, mas um que terminara abrupta e violentamente.

    “O que… aconteceu aqui?”, ela sussurrou, com a voz trêmula.

    Ela se agachou ao lado de um dos soldados caídos. A armadura do homem estava rasgada por algo afiado — limpo demais para serem garras de monstro. Ela tocou a ferida delicadamente e sua expressão endureceu.

    “Este não foi um ataque aleatório…”

    Ela se levantou e examinou os arredores novamente. Árvores haviam sido arrancadas, o solo rachado. Vestígios de energia de alto nível ainda persistiam, tênues, mas inconfundíveis.

    Souta, Eztein, Franklin, Amanda, Yuko, Isabella, Gragas, Doranjan, Vashno, Erkigal e Kessa permaneceram em silêncio, com o forte cheiro de sangue pairando sobre eles.

    Ao redor, os cadáveres de seu povo jaziam espalhados pelo chão da floresta. Homens e monstros, todos aqueles que lutaram para proteger sua fuga, agora não passavam de cascas sem vida.

    Suas expressões eram sombrias. Ninguém disse nada por um instante.

    “Alguém previu nossa rota de fuga”, disse Vashno finalmente, com a voz baixa e pesada.

    Não deveria ter sido possível. Centenas de milhares ainda lutavam no campo de batalha. O portal havia sido mantido em segredo, guardado apenas pelos oficiais de mais alta patente da Astros. Mesmo assim, de alguma forma, alguém sabia. Alguém os esperava ali.

    O olhar de Souta percorreu a devastação. Seu maxilar se contraiu. O cheiro metálico de sangue se misturava com o tênue traço de algo mais — repugnante, corrompido e ancestral.

    Então, de repente, ele e Kessa levantaram a cabeça ao mesmo tempo.

    Os outros seguiram o olhar deles instintivamente, mas não viram nada — apenas o céu nublado acima da copa das árvores da floresta.

    “Eu consigo sentir…” Souta murmurou. Seus olhos carmesins brilharam fracamente com um brilho agudo e ameaçador.

    “Demônios.”

    “O quê?!” Eztein e Franklin concentraram sua percepção, expandindo seus sentidos o máximo que podiam — mas ainda assim não conseguiam ver nada.

    Souta disse em tom de deboche: “Não adianta. Vocês, demônios, podem até esconder sua presença, mas carregam sangue nas veias, e eu consigo sentir cada gota.”

    Ele levantou a mão.

    O sangue no chão tremeu, depois subiu ao ar, contorcendo-se em lanças longas e malignas que pairavam ao seu redor como uma tempestade carmesim.

    Então-

    Ele estendeu a mão para a frente.

    As lanças de sangue dispararam para cima a uma velocidade aterradora.

    –Boom!!

    O ar ondulou quando as lanças desapareceram no céu — apenas para que uma risada sombria e zombeteira ecoasse pelos céus.

    “Kekekekeke… Não pensei que você nos descobriria tão rápido, Monstro Relâmpago de Sangue.”

    O espaço acima deles se contorceu.

    Da rachadura no céu, emergiram várias figuras — silhuetas com chifres envoltas em névoa negra, com os olhos ardendo em malícia demoníaca.

    Os demônios se revelaram.

    Os demônios apareceram.

    Foi por isso que não se mostraram na batalha anterior—

    Eles estavam esperando aqui.

    Para eles.

    ‘Nós calculamos mal… Os demônios sabiam sobre o portal.’ A voz de Saya ecoou na mente de Souta.

    “Eu sei.” A voz de Souta era baixa, seu olhar fixo nas figuras acima. Seus olhos brilhavam com uma intenção assassina que se espalhava como calor pelo ar.

    No instante em que os demônios chegaram, a atmosfera mudou. O peso da presença deles oprimia a todos, como se o próprio céu estivesse desabando.

    Nuvens escuras agitavam-se no céu enquanto centenas de demônios desciam das alturas, suas auras monstruosas espalhando-se pela floresta como uma maré sufocante.

    Eztein e os outros ficaram tensos. No instante em que tentaram se mover, sentiram — uma pressão invisível que se enrolou em seus corpos como correntes de ferro. Seus instintos gritavam para correr, mas seus membros estavam pesados ​​como pedra.

    Alice cerrou os dentes, seus olhos dourados faiscando. A visão diante dela era avassaladora — um exército de demônios estendendo-se pelo céu, obscurecendo a pouca luz que restava.

    –Ohm!!

    Dez demônios avançaram, pairando à frente do vasto exército. Cada um irradiava um poder aterrador que distorcia o próprio ar. Sua energia combinada cobriu toda a floresta, transformando a outrora tranquila região selvagem em uma gaiola sufocante.

    Atrás deles, inúmeros outros demônios se reuniam — criaturas voadoras , bestas com chifres e figuras sombrias envoltas em névoa carmesim — todos em posição de sentido.

    A chegada deles não foi por acaso.

    Isso foi uma execução.

    A energia irradiada pelos dez demônios da frente fazia o ar e a terra tremerem.

    Cada um deles havia quebrado todas as algemas dentro de seus corpos. Eles haviam transcendido todos os limites.

    Eles eram seres no Reino da Liberdade, o ápice da Décima Algema.

    Atrás deles, dezenas de outros demônios se erguiam na Sétima, Oitava e Nona Algemas, suas auras rodopiando como tempestades mal contidas. Mais atrás, uma vasta legião de demônios de Rank SSS se estendia pelo horizonte.

    Um exército como esse poderia aniquilar todo o campo de batalha.

    Imparável—

    Exceto pelo poder dos deuses.

    Um dos dez demônios no Reino da Liberdade voltou seu olhar para a parte de trás do grupo. Seus olhos carmesins se fixaram em Alice.

    “Princesa Alicia”, disse o demônio, com um tom frio e absoluto antes de continuar: “É hora de você retornar para onde pertence.”

    Alice congelou. A pressão esmagadora dos demônios a pressionava como uma montanha invisível. Sua respiração tremia enquanto ela cerrava os punhos, encarando-os com puro ódio.

    “Venha em silêncio”, continuou o demônio antes de dizer: “Ou seremos obrigados a matar seus amigos.”

    “N-Não…!!” A voz de Alice falhou. Até mesmo falar era uma agonia sob aquela força esmagadora.

    Os olhos do demônio se estreitaram. Ele virou lentamente a cabeça em direção aos companheiros dela, seu olhar pousando no homem que permanecia calmo à frente.

    “O Monstro Relâmpago de Sangue…” Ele disse e completou: “Você é forte, mais forte que a maioria, mas no fim das contas, você é apenas um monstro no quarto estágio.”

    Souta ergueu a cabeça. Seus olhos brilhavam em vermelho, e relâmpagos percorriam sua pele como veias de sangue vivo.

    “É isso que acha?”

    Sua voz ecoou pelo ar trêmulo enquanto sua intenção assassina irrompia, escura e sufocante, engolindo a malícia dos próprios demônios.

    –Swoosh!!

    A intenção irrompeu, varrendo toda a horda de demônios no céu.

    Demônios de baixa patente congelaram em pleno voo, suas mentes mergulhadas em ilusões — visões de um predador supremo dilacerando suas fileiras, devorando-os por inteiro. Suas asas vacilaram. Seus instintos gritavam para que fugissem.

    Até mesmo os dez demônios no Reino da Liberdade franziram a testa. A pura densidade daquela intenção assassina… Quantas vidas o Monstro Relâmpago de Sangue havia consumido para forjá-la?

    Um dos dez finalmente deu um passo à frente.

    “Já chega”, disse ele friamente.

    Sua palma se ergueu e o próprio ar se convulsionou.

    A energia do demônio explodiu, fervendo a atmosfera até que o céu sangrasse sob a pressão. De sua mão, um torrente de líquido escuro se materializou, contorcendo-se e agitando-se como uma maldição viva. Disparou-se em direção a Souta a uma velocidade aterradora, rasgando o espaço em seu caminho.

    –Swoosh!!

    O olhar de Souta se aguçou.

    “Erkigal! Doranjan! Kessa!!” Ele rugiu, sua voz cortando o caos e gritando a pleno pulmões: “Levem todos e saiam daqui! É uma ordem! Corram!!”

    Seu corpo inteiro irrompeu em energia carmesim. Relâmpagos de sangue percorreram suas veias enquanto ele desembainhava a espada. Os símbolos ao longo da lâmina ganharam vida.

    [Arquétipo: Grande Sangue do Fim]!!

    Ele balançou o braço.

    –Boom!!

    As duas forças colidiram, relâmpagos de sangue e escuridão. O impacto despedaçou a floresta.

    O chão tremeu e se abriu quando uma onda de choque rugiu para fora, arrancando árvores pela raiz e espalhando cinzas e terra no ar. A fumaça se espalhou pelo campo de batalha como um organismo vivo, engolindo tudo em seu caminho.

    Em meio ao turbilhão, apenas um som ecoava: o rugido implacável do Monstro Relâmpago de Sangue, desafiando deuses e demônios.

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