Índice de Capítulo


    『 Tradutor: Crimson 』


    Eztein torceu o pulso e centenas de filamentos de carne retorcidos irromperam de seu corpo, cada um crepitando com eletricidade. Relâmpagos percorreram os membros grotescos enquanto sua lança era lançada ao ar, girando com precisão mortal.

    –Whoosh!!

    O sangue espirrava pelas paredes e feridas recentes dilaceravam sua carne, mas Eztein apenas ria — um som áspero e eufórico que ecoava pelo espaço distorcido. Os pedaços de carne deslizavam e se contorciam, perfurando as rachaduras espaciais que ele acabara de abrir, espalhando-se como relâmpagos vivos pelo campo de batalha.

    Os olhos do Sussurrador Espacial se arregalaram. Ele ergueu sua adaga, pronto para atacar, mas o próprio espaço à sua frente começou a desmoronar violentamente.

    –Bang!!

    Eztein irrompeu pelas dimensões rasgadas, pegando sua lança no ar com um estalar em seus pulsos. Seu olhar fixou-se no Sussurrador Espacial, pura intenção assassina emanando de cada fibra de seu ser.

    [Poder dos Sonhos II]!!

    Uma onda repentina de força o percorreu, sua aura flamejando como uma tempestade encarnada. A reação do Sussurrador Espacial vacilou, por pouco. Eztein impulsionou a lança para a frente, eletricidade saltando de cada fibra de carne entrelaçada ao seu redor, arcos de relâmpago cortando o ar com velocidade cegante.

    –Boom!! Boom!! Boom!!

    Explosões rasgaram o campo de batalha distorcido. O chão estremeceu, paredes racharam e fragmentos da realidade despedaçada giraram em espiral como cacos de vidro. Relâmpagos e energia bruta atravessaram o próprio espaço, colidindo com as defesas inimigas e enviando ondas de força concussiva que sacudiram tudo na câmara.

    A risada de Eztein ecoou acima do caos, um som arrepiante e desenfreado de euforia e ameaça.

    –Whoosh!!

    Eztein aterrissou no chão rachado, os membros de carne retraindo-se para dentro de seu corpo com barulhos bizarros. Ele apertou sua lança com força, uma tempestade de poder dos sonhos e relâmpagos girando ao seu redor, fazendo a arma vibrar com imensa energia.

    Em meio à névoa de fumaça e destroços, uma figura emergiu. Sussurrador Espacial havia aterrissado no chão, com o peito arfando.

    A tensão no ar aumentou quando ele arrancou um pedaço de carne do próprio braço, o corpo se contorcendo em agonia, os dentes cerrados enquanto o sangue carmesim espirrava no chão despedaçado. Cada respiração parecia fazer o espaço ao seu redor tremer.

    Seu olhar fixou-se em Eztein, ardendo em fúria e cálculo.

    “Seu ataque… é realmente problemático”, sibilou ele entre dentes cerrados. E explicando: “Mal consigo manter o raciocínio… a dor… é insuportável.”

    Os lábios de Eztein se curvaram num sorriso discreto e afiado.

    “Você gostou?”

    “Não.” A voz do Sussurrador Espacial era baixa, trêmula, mas repleta de desafio puro. Seu corpo se contorceu enquanto a energia elemental jorrava para fora, dobrando o ar e distorcendo a realidade ao seu redor.

    “Poder dos sonhos e domínio elemental nesse nível… você é formidável.”

    Então, num piscar de olhos, ele desapareceu. O espaço atrás de Eztein se distorceu e se contorceu de forma antinatural, e de repente a adaga apareceu em seu pescoço, fria e precisa.

    –Whoosh!!

    Os olhos de Eztein se arregalaram, seus sentidos em alerta máximo quando a lâmina da adaga roçou o ar perto de seu pescoço. Instantaneamente, ele brandiu sua lança com precisão mortal, a arma vibrando com a fusão de relâmpagos e poder dos sonhos.

    Simultaneamente, membros de carne distorcidos irromperam de seu corpo como tentáculos vivos, cortando o espaço ao seu redor com um som estaladiço. O próprio ar parecia gritar enquanto relâmpagos percorriam a carne, crepitando violentamente.

    –Boom!!

    O impacto rasgou o espaço distorcido ao redor do Sussurrador Espacial. Ondas de choque irradiaram para fora, estilhaçando os restos do campo de batalha e lançando fragmentos irregulares de pedra e destroços em todas as direções. Fumaça e faíscas encheram o ar, o cheiro metálico de sangue se misturando com o ozônio.

    Os olhos de Eztein ardiam com intensidade, seu corpo se contorcendo de energia, pronto para atacar novamente antes que seu oponente pudesse se recuperar.

    Por outro lado.

    O império.

    Acima do palácio, Vashno pairava no ar, o olhar fixo no imperador. Uma crescente inquietação agitava-se em seu peito, aguda e instintiva. Cada instinto gritava para que ele mantivesse distância. Aproximar-se mais era como cair em uma armadilha de outro mundo.

    Sob ele, o líquido escuro no chão pulsava e tremia, como se estivesse vivo, observando-o. A aura que emanava dele estava além da compreensão mortal, opressiva e sufocante. Vashno manteve sua posição, cautelosamente a quinhentos metros de distância, sem jamais desviar os olhos do imperador.

    O palácio estava silencioso, seus salões desertos. Todos os servos, soldados e nobres haviam perecido. Apenas ele e o imperador restavam.

    Uma vibração sutil percorreu o líquido escuro abaixo. O imperador, ainda de joelhos, agarrou a garganta, seus movimentos erráticos e torturantes. Então, seus olhos se abriram de repente, pretos como o vazio, e um grito rasgou seus pulmões:

    “Aaaaakkkhhhh!!”

    O som era uma mistura de agonia e pura malícia, ecoando pelo palácio em ruínas. De seus olhos, o líquido escuro começou a jorrar, espesso e viscoso, serpenteando sobre seu corpo e se fundindo com a poça abaixo dele. Lentamente, inexoravelmente, ele se dissolveu no líquido escuro, tornando-se um com ele, como se a própria essência de seu ser tivesse sido engolida pelo abismo.

    O olhar de Vashno endureceu. Qualquer força que tivesse se apoderado do imperador era algo que ele jamais havia enfrentado, e sua presença fez com que os pelos de seus braços se eriçassem.

    “O quê?!” Os olhos de Vashno se arregalaram, um sobressalto percorrendo seu corpo. Lentamente, deliberadamente, ele recuou, aumentando a distância entre si e a posição anterior do imperador. Todos os seus instintos gritavam cautela.

    Ele se posicionou do lado de fora do palácio, pairando logo além das muralhas em ruínas, e lançou o olhar para o céu. Como ele esperava, o caos acima havia cessado. Os anjos e anjos caídos, imponentes e majestosos, agora estavam fixos no palácio, suas asas abertas, irradiando energia como uma tempestade viva.

    Uma voz cortou o silêncio tenso:

    “Exército da Gula…”

    Ao ouvir o som, a expressão de Vashno escureceu. Qualquer coisa ligada ao Exército da Gula nunca era trivial, e o peso da presença deles o oprimia. Ele circulou sua mana silenciosamente, cada fibra do seu corpo pronta para abrir caminho caso as coisas dessem errado.

    Então, a primeira figura desceu. Um anjo de armadura prateada, com seus dois pares de asas brancas e reluzentes cortando o ar, irradiando uma mistura ofuscante de luz e chamas. O calor opressivo de sua aura distorceu o ar, fazendo os pelos dos braços de Vashno se arrepiarem.

    Quase simultaneamente, um anjo caído apareceu sobre o palácio, igualmente imponente e ameaçador, sua sombra escurecendo as ruínas abaixo. Ambos os seres fitaram o local, com expressões sombrias, quase predatórias.

    “Reino da Nona Algema…?!” A expressão de Vashno se tornou ainda mais carrancuda. ​​O poder que emanava deles estava além de qualquer coisa que pudesse desafiar casualmente.

    Estava muito acima do seu nível atual.

    Um Nona Algema já era uma potência, mesmo para os padrões da Terra Santa. Enfrentar um significava que a situação havia escalado muito além de um combate normal. Os instintos de Vashno gritavam que não demoraria muito para que os anjos e anjos caídos iniciassem uma guerra em grande escala, talvez envolvendo seres de nível divino.

    Um grito repentino e arrepiante rasgou o ar:

    “Aaaaaarrrrrkkkkk!!”

    O líquido escuro sob o imperador estremeceu violentamente, pulsando com uma força insondável. Ondas de energia se propagaram, distorcendo o próprio ar.

    –Ohm!!

    O anjo na Nona Algema e o anjo caído congelaram, suas cabeças erguendo-se em uníssono em direção à enorme rachadura espacial que rasgava o céu. Da rachadura, dois feixes de luz radiante desceram, banhando os guerreiros em um brilho sobrenatural.

    “Isto…!” Os olhos de Vashno se arregalaram enquanto ele examinava a rachadura espacial. A energia que emanava dela exalava a presença de seres superiores, poderes muito acima até mesmo da Nona Algema.

    Todas as outras facções — os saqueadores, pilhadores — pararam abruptamente, seus olhares fixos como ferro no anjo e no anjo caído. Por um instante, o próprio tempo pareceu parar, o campo de batalha congelado sob o peso de forças muito além da compreensão mortal.

    –Whoosh!!

    Uma ondulação rasgou o líquido escuro, distorcendo o ar ao seu redor. Lentamente, uma figura começou a se erguer, gotejando com líquido vermelho-escuro, os olhos brilhando com uma luz sobrenatural.

    Os espectadores paralisaram. Vashno prendeu a respiração. Ninguém jamais havia visto algo assim. Até mesmo os anjos e anjos caídos pairavam tensos, pressentindo o poder inimaginável que emanava da transformação.

    A figura estava se tornando um Mensageiro da Gula.

    O processo foi ao mesmo tempo horripilante e majestoso. O líquido escuro jorrava e contorcia-se ao redor da figura, fundindo-se com sua carne. Ossos se remodelaram, veias brilharam com energia malévola e uma aura carmesim começou a envolver seu corpo, como se a própria essência da Gula estivesse sendo destilada em uma forma viva.

    “Então é assim que funciona…” Murmurou Vashno, estreitando os olhos. O mistério por trás do Exército da Gula finalmente se revelara. Eles aguardavam por esse momento, cientes de que o destino do imperador desencadearia o nascimento de um Mensageiro da Gula.

    E por que não haviam agido antes? Vashno agora entendia. Havia uma reação adversa, uma força tão potente que poderia ameaçar até mesmo os anjos e anjos caídos na Nona Algema. Ninguém ousou intervir até que a transformação atingisse um ponto crítico.

    O líquido escuro convulsionou violentamente, sibilando e borbulhando como um caldeirão de sangue e fogo. O corpo da figura já não era totalmente humano — contorcia-se e alongava-se, músculos e tendões remodelando-se como se obedecessem a um arquiteto maligno. Veias negras e vermelhas brilhavam sob a pele, e protuberâncias irregulares rasgavam seu corpo, formando uma silhueta grotesca, porém ereta.

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