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    Capítulo 193: O Pântano (2)


    >> Tradutor: Pyown / Revisor: Yokobataki <<


     

    A cobra que foi atingida pela flecha de Zankus desapareceu na floresta do pântano. Apenas uma mancha de sangue vermelha permaneceu onde a cobra estava. O grupo de Crockta olhou para o lugar onde a cobra desapareceu e depois se olhou. Era um lugar úmido que provocava um sentimento estranho.

    “Devemos continuar dot?”

    “Para onde mais devemos ir?”

    “Chamar de volta o Pássaro do Trovão…”

    ‘Chirpppppppp…!’

    “……”

    Crockta limpou a garganta e deu um passo à frente primeiro. Ele percebeu quando deu o primeiro passo. Suas botas caíram um pouco. Era uma lama escorregadia, mas não o suficiente para evitar que caminhassem.

    “Nós podemos caminhar.” Ele entrou na floresta com todo seu peso. “É ruim.”

    O ar era úmido. Parecia que insetos venenosos apareceriam do nada. Crockta caminhou alguns passos e acenou com a mão. Ele observou o lugar onde a cobra estava escondida. O sangue da cobra permaneceu e a casca e a vegetação que tocava estavam sendo corroídos. Foi um veneno horrível.

    “A cobra.” Crockta olhou para o grupo e disse: “Vamos passar rapidamente. Tomem cuidado.”

    No entanto, suas expressões não eram claras. Em vez disso, eles pareciam surpresos. Tiyo apontou para Crockta com a boca aberta. Crockta encolheu os ombros e disse: “O quê? Todos estão com medo? Só isso…”

    Dduk.

    De repente, algo caiu sobre seus ombros. Crockta ergueu a cabeça.

    Shaaaah-!

    A boca de uma cobra gigante estava aberta indo para Crockta. O veneno estava escorrendo das presas afiadas. Crockta ficou tão surpreso que não conseguiu fazer um som. A cobra aproximou-se gradualmente. Veneno pingou de suas presas. Crockta não conseguiu expressar sua surpresa, mas instintivamente balançou a espada.

    “Waaahhhhhhhh!”

    No momento em que ele balançou o Matador de Deuses,

    Shaaaah!

    A cobra estava assustada e torceu sua cabeça, mas acabou cortada ao meio. Crockta apressadamente desviou, mas era inevitável que algum sangue tocasse seu corpo. Dor irradiava de onde o sangue venenoso havia atingido.

    Crockta apressadamente fugiu do raio da cobra morrendo. Ele tocou seu ombro. A pele foi derretida devido ao líquido venenoso. O veneno continuou a causar dor. Seu rosto distorceu.

    “Kuk, essa cobra bastarda…”

    A dor e a ira se misturavam. Ele levantou o Matador de Deuses e cortou a cobra uma e outra vez. A cobra foi eventualmente cortada em dezenas de partes.

    “Pant, pant.”

    Crockta respirou profundamente. Tiyo se aproximou e perguntou: “Você está bem, dot…?”

    “O lugar onde o veneno tocou dói um pouco.”

    “Veneno? Não tenho conhecimento sobre venenos dot.”

    Zankus falou: “Mostre-me seus ombros.”

    Um caçador provavelmente conhecia diferentes tipos de cobras. Ele olhou para o corpo da cobra e o ombro de Crockta antes de puxar algo.

    “Ah, existe um antídoto dot?”

    “Não é um antídoto, mas qualquer caçador experiente saberia…”

    Era uma poção.

    “As poções são as melhores.”

    Zankus passou a poção no ombro de Crockta. Então a dor cessou. As poções foram verdadeiramente as melhores contra o veneno.

    “Realmente, as poções são as melhores.”

    “É uma boa ideia comprar bastante quando houver um desconto.”

    “Eu vou lembrar disso.”

    Crockta passou poções em cada ponto doendo em seu corpo.

    “De qualquer forma, não é fácil.” Zankus olhou para a floresta e disse. Havia duas cobras enormes desde o início. Além disso, elas tinham um veneno terrível. Seria perigoso. No entanto, ninguém disse para voltarem.

    “Correr em frente. Essa é a nossa maneira dot.”

    Tiyo levantou o General em uma posição pronta e avançou. Crockta, Zankus e Anor seguiram. Depois de entrarem no pântano, a ecologia mudou completamente. Os animais e as criaturas haviam desaparecido, deixando apenas insetos e plantas estranhas que viram pela primeira vez.

    “Esse é um lugar mais perigoso do que o habitat dos ogros na grande floresta.”

    Os perigos nesse pântano foram além do nível de ameaça dos ogros. Não era uma ameaça física, mas os insetos e a ecologia desconhecida não eram algo que o grupo de Crockta já havia experimentado antes. Uma cobra os mordendo do nada foi mais assustadora do que uma dúzia de ogros.

    “Tomem cuidado…”

    Tiyo e Crockta assumiram a liderança, Anor estava no meio e Zankus seguiu na retaguarda. Crockta olhou para a floresta sombria e caminhou com cuidado. A lama do pântano agarrou seus pés a cada passo.

    “Crockta, à direita!”

    De repente, Zankus gritou. Crockta imediatamente tirou sua grande espada e balançou-a para a direita.

    “Kuaaaang!”

    Dessa vez, era um leopardo. Padrões cobriam todo o seu corpo. Uma vez que o ataque surpresa falhou, o leopardo pousou no chão e olhou para Crockta.

    “Um leopardo está me atacando.”

    Crockta riu. Ele era um amigo do grande tigre Simba, o rei da floresta.

    “Saia daqui. Então eu pouparei sua vida.”

    Talvez tenha sentido a pressão terrível de Crockta, mas o leopardo começou a fugir. Foi nesse momento. No chão, onde nada parecia estar presente, algo mordeu o leopardo. O corpo longo e gordo envolveu ao redor do leopardo em um instante.

    Era uma cobra. O leopardo não conseguiu resistir e se tornou a presa da cobra. A cobra mordeu o leopardo e depois olhou para o grupo de Crockta. A boca de Crockta se contorceu quando ele levantou o Matador de Deuses. A cobra percebeu que não podia dar o luxo de ir contra eles e se afastou. O cadáver do leopardo desapareceu em algum lugar junto com a cobra.

    “Esse é um lugar realmente perigoso.”

    Um lugar onde os inimigos camuflados aguardavam suas presas. Esse era o lugar, o pântano.

    “Esperem um pouco.” Anor disse, dizendo para ficarem quietos. “Da cobra que acabou de sair…”

    Antes que Anor pudesse terminar de falar, o pardal em sua cabeça voou para um certo lugar. Era a direção em que a cobra havia desaparecido.

    “O que dot? Você o enviou?”

    “Não. Está se movendo sozinho.”

    “O que dot?”

    “Bem, eu posso sentir algo da direção que a cobra fugiu.” Anor olhou naquela direção com um rosto determinado. “Há algo lá. Eu não sei exatamente o que.”

    “É algo relacionado a um necromante, talvez um calabouço ou artefato.”

    Zankus assentiu. Tiyo gritou.

    “Ok, então devemos ir lá, dot!”

    “Eu me pergunto o que vai acontecer.”

    “Kulkulkul, é uma nova aventura.”

    Anor estava confuso:  “Não, quero dizer, será perigoso…”

    “Anor! Vamos lá dot! Lidere o caminho!”

    “Eu estava dizendo para ter cuidado e não ir…”

    “Guie-nos dot!”

    ***

     

    Eles andarem pelo pântano por um tempo. Zankus examinou os rastros no chão; Os seus olhos de caçador encontraram sinais de cobras em muitos lugares. As cobras estavam indo na direção que Anor sentiu o poder.

    “O que será dot? Talvez você esteja apenas imaginando isso?”

    “Não. Existe definitivamente alguma coisa.”

    Crockta olhou em volta. Na verdade, ele também sentiu algo. A Boca do Demônio em volta de sua cintura estava tremendo. Não tinha acordado em um tempo. O cara de dentro ainda estava dormindo, mas o cinto estava arrastando-o na mesma direção que o sentimento de Anor. Parecia que ele estava sendo puxado. Havia a sensação de que algo poderia estar no outro lado.

    “Lá.”

    E realmente havia alguma coisa.

    Uma pirâmide de pedra cumprimentou-os. Estava coberta de musgo e arbustos, mas definitivamente era uma pirâmide. A escala foi maior do que imaginavam. A cobra que perseguiram também estava perto da pirâmide. Além disso, havia várias cobras rastejando em torno da pirâmide.

    “Deve haver algo nessa pirâmide.” Zankus já estava sorrindo. “A entrada está lá. Está bloqueada?”

    Havia uma porta debaixo da pirâmide, mas estava firmemente fechada. Os companheiros de Crockta trocaram olhares e se aproximaram. As cobras perceberam que haviam intrusos e levantaram suas cabeças. Suas línguas divididas sibilaram para o grupo de Crockta.

    Crockta tirou o Matador de Ogros. As cabeças das cobras recuaram para trás. Quando Crockta apontou a grande espada para elas, as cobras não conseguiram se aproximar.

    “Bichos inteligentes.”

    As cobras olharam para eles enquanto estavam na entrada. Zankus agarrou a maçaneta da porta e puxou-a. Estava firmemente trancada.

    “Não vai abrir.”

    Tiyo e Anor também puxaram uma vez, mas não abriu. Zankus examinou a porta. Foi construída firmemente e não foram vistas lacunas. Crockta avançou.

    “Vou abri-la.”

    Tiyo sacudiu a cabeça.

    “É uma porta trancada. Você não pode abri-la…”

    Sururung!

    Crockta moveu a mão e a porta se abriu com um som de rangido. Todos ficaram surpresos quando abriu tão facilmente.

    “Como…?”

    “De jeito nenhum.”

    Zankus assentiu.

    “A porta parece ter magia que julga as pessoas com base em se eles são qualificados ou não.”

    “Qualificados?”

    “Pode ser um lugar para Crockta.”

    Todos olharam para Crockta. Seus companheiros sempre esqueceram, mas Crockta foi um guerreiro temível que ganhou contra o grande chefe no norte e derrotou o grande exército do império sozinho. Ele não era um orc comum. A pirâmide reconheceu Crockta.

    Crockta tossiu.

    “Hmm, vamos entrar.”

    A admiração do grupo continuou.

    “Verdadeiramente Crockta… meu companheiro dot!”

    “Incrível.”

    “Kulkul, essa criança se tornou assim…”

    Crockta ignorou-os, avançando enquanto murmurava: “Se puxar não funcionar, empurre a porta…”

    ***

     

    A pirâmide estava no centro de um pântano úmido, mas o interior estava completamente seco. Estava bastante seco. O que era esse lugar? As cobras a cobriam, como se estivessem guardando a pirâmide. Elas tinham que estar guardando algo.

    “Você ainda sente isso?”

    Crockta perguntou a Anor. Anor assentiu. Ele olhou em volta da pirâmide, como se estivesse tentando pegar essa energia. Crockta também sentiu a Boca do Demônio respondendo em sua cintura. Algo existia aqui que tinha haver com a necromancia e a Boca do Demônio.

    “Não parece haver nada de perigoso.”

    Crockta colocou o Matador de Deuses de volta em suas costas. Não havia cobras ou insetos dentro da pirâmide. Os monstros que guardavam calabouços não podiam ser vistos. Eles continuaram avançando.

    De repente, Zankus disse: “Estranho.”

    “O que você está dizendo dot?”

    “Nós caminhamos por muito tempo.”

    “Isso é certo dot.”

    “A pirâmide era tão grande?”

    “……!”

    Eles caminharam em linha reta da entrada. A pirâmide não era pequena, mas não deveriam estar andando há tanto tempo. No entanto, eles já caminhavam há muito tempo. Zankus colocou a luz que ele estava segurando no chão e mediu algo.

    “Está indo para baixo?”

    Crockta perguntou. Como ele disse, o chão estava em uma pequena inclinação que levava para baixo. Se fosse assim, era possível que caminhassem tanto.

    Zankus balançou a cabeça. “Não parece assim.”

    “Então…”

    “Algo está acontecendo.”

    Crockta olhou para o final da passagem. A Boca do Demônio em sua cintura continuava puxando-o. Houve algo no final desse caminho.

    “Continuem. O que será que tem aqui?”

    “Vamos dot!”

    Continuaram a andar. No final da passagem, apareceu um grande espaço. O teto era alto e algo desconhecido estava emitindo uma luz. No entanto, a luz não era cegante. A fonte de luz iluminou o interior do espaço para que pudessem ver claramente, mas era calmo o suficiente para poder abrir os olhos.

    Naquele momento, “Quem é você?”

    O grupo de Crockta virou-se para a voz. Um homem estava olhando para eles. O homem estava impecavelmente vestido e não parecia adequar-se à pirâmide.

    “Um orc e gnomo. Um elfo negro…”

    Mas Crockta podia vê-lo. Havia uma cauda vindo da parte de trás do terno do homem. A cauda parecia de um escorpião e a ponta era afiada.

    “Vou iniciar as apresentações. Meu nome é Abaddon. Vocês são convidados não convidados, mas gostaria de recebê-los nesse lugar.”

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