Capítulo 125: Raça Abençoada de Sumatra
“Chefe, capturamos o culpado responsável pelo massacre em massa de nossos Membros do Clã.” Um grupo de mestres disse e bateu na porta que levava ao escritório do Membro do Clã Mamute que estava no comando de todo o Clã Mamute.
Eles haviam criado um assentamento temporário no pico de uma montanha — perto da entrada do Enclave Varahan — depois de nivelar seu topo, criando um lugar para os Membros do Clã Mamute de diferentes assentamentos se misturarem livremente.
Carregando um Brangara amarrado e de pé diante do maior edifício estava o grupo de mestres que o havia capturado.
“O culpado era um Javali Empíreo?” Uma voz surpresa ressoou de dentro enquanto as portas se abriam.
Assim que o líder do grupo pretendia trazer Brangara, seu corpo não se moveu. Apesar de se esforçar para se mover, ele não conseguia. Nenhuma pressão formidável foi exercida sobre ele, nenhuma Natureza foi ativada, etc.
Mas mesmo sem nada sendo usado contra ele, ele não conseguia se mover. Nenhuma quantidade de esforço conseguia fazê-lo sequer se mexer o mínimo, muito menos piscar um olho. Assim que ele estava se sentindo sufocado por não conseguir respirar, uma voz ressoou, e em seguida ele pôde se mover novamente.
“Senhor Renduldu, por favor, não brinque com um garoto do meu Clã.” O Chefe do Clã Mamute havia falado.
Quando o mestre conseguiu respirar, ele ofegou por ar e olhou para dentro da sala, só então avistando uma segunda entidade na sala, sentada em frente ao Chefe do Clã Mamute.
Esta entidade tinha um corpo humanoide, mas ostentava uma cabeça de polvo. Os tentáculos eram levemente etéreos, enquanto uma estranha forma de tinta circulava sobre seu corpo, como nuvens se movendo pelo mundo. Elas apareciam e desapareciam.
Um olhar para aquilo e o mestre sentiu como se tivesse envelhecido cem anos, aterrorizado em resposta.
Às palavras do Chefe do Clã Mamute, a entidade com cabeça de polvo, Renduldu, riu: “Eu estava apenas brincando, Undrakha. Não se importe. Eu simplesmente queria testar a força de um mestre comum do seu Clã.”
“Certamente você tem coisas melhores para fazer…” O Chefe do Clã Mamute, Undrakha, suspirou.
“Não tenho.” Renduldu disse sem hesitação. Ele então olhou para o grupo de mestres e acenou com a mão. “Estamos conversando aqui. Então, vão embora, crianças.”
O grupo de mestres olhou para Undrakha em resposta, saindo apressadamente quando seu Chefe lhes disse para partir.
“Eles são bem obedientes a você.” Comentou Renduldu. Ele então estalou os dedos, fazendo a figura de Brangara aparecer ao lado deles. “Este garoto é bem talentoso, devo dizer.”
“Um Javali Empíreo que não perdeu a cabeça. Essa é a primeira vez.” Undrakha murmurou enquanto calmamente esticava a mão e tocava a testa de Brangara, infiltrando seu Prana enquanto murmurava em meio aos gritos de dor de Brangara: “Natureza Terciária de Cultivador. Ao ganhar isso depois de comer meus Membros do Clã Mamute, ele agora pode cultivar como os humanos.”
Ele olhou para Renduldu solenemente, sussurrando: “Isso é semelhante a você. Ele está exibindo as características de uma Besta Prânica de Grau Místico.”
“Por enquanto.” Renduldu não pareceu incomodado com isso. “Mas no momento em que ele absorver Naturezas Primárias suficientes, ele cairá vítima da maldição de sua raça. Não há como evitar isso.”
“Mas não é perigoso?” Undrakha franziu a testa. “Ele pode ser o primeiro de muitos. A sua raça não é a única abençoada pelo Continente de Sumatra para atingir o Grau Místico?”
“Esse é o caso.” Renduldu assentiu.
Besta Prânica de Grau Místico — Tentáculo Empíreo!
Os Tentáculos Empíreos eram chamados de a Raça Abençoada do Continente de Sumatra. Existiam apenas quatro indivíduos nesta raça. E se um deles morresse, eles renasceriam naturalmente, assim como uma Árvore Parute começa a crescer sem motivo algum.
Os quatro Tentáculos Empíreos eram divididos entre os quatro Graus de Ferro, Prata, Ouro e Místico.
Tentáculo Empíreo de Ferro, Tentáculo Empíreo de Prata e Tentáculo Empíreo de Ouro; estes três viviam em locais aleatórios no Continente de Sumatra.
E quando um deles devora os outros dois, ele evolui para o Tentáculo Empíreo Místico. Era simples assim para esta raça atingir o status de Grau Místico.
Uma vez que o Tentáculo Empíreo Místico atinge o auge do cultivo e alcança a Transcendência, ele ascenderia a um plano superior, deixando o Continente de Sumatra.
Imediatamente depois disso, Tentáculos Empíreos de Ferro, Prata e Ouro são gerados aleatoriamente no Continente de Sumatra. Ao longo da história, uma Besta Prânica de Grau Místico havia surgido apenas da raça dos Tentáculos Empíreos. Não houve exceções.
Por isso, eles vieram a ser chamados de a Raça Abençoada de Sumatra.
“Sabe.” Renduldu falou com nostalgia. “Quando eu era um Tentáculo Empíreo de Ferro, mal tinha força para me defender. Quando estava à beira da morte, sua Ancestral Mamute me salvou. Pelos séculos seguintes, ela me criou como seu animal de estimação, depois como professor e, eventualmente, como amigo, me ensinando muitas coisas.”
“Eu eventualmente acumulei força e experiência suficientes para caçar o Tentáculo Empíreo de Prata. Eventualmente, consegui o Tentáculo Empíreo de Ouro também, tornando-me o primeiro da minha raça onde um Tentáculo Empíreo de Ferro atingiu o Grau Místico.” Renduldu suspirou.
“Eu já sei disso.” Undrakha inclinou a cabeça em confusão. “Por que você está contando de novo?”
“Só porque sim.” Os olhos de Renduldu brilharam levemente enquanto ele olhava fixamente para o espaço.1
Em seguida, ele se recuperou e falou: “Somos chamados de a Raça Abençoada de Sumatra apenas porque descobrimos nosso caminho para atingir o Grau Místico e o aperfeiçoamos. Por que você acha que outras raças não podem fazer o mesmo?”
Ele olhou para Undrakha. “Você também não está tentando forjar um caminho?”
“Você está certo.” Undrakha assentiu. “Como a possibilidade não parecia existir em Sumatra, estamos nos preparando para ir para outro continente.”
“Por que procurar em outro lugar quando há uma possibilidade bem diante de você?” Renduldu sorriu e apontou para Brangara. “Se você o usar, as Presas Empíreas serão capazes de atingir o passo final necessário para entrar no Grau Místico.”
“Você está vendo isso através de sua habilidade?” Undrakha perguntou, com expectativa.
“Para ser franco, não está claro.” Renduldu disse. “Só depois de atingir a Transcendência poderei ver claramente. Mas se eu entrasse no Estágio Transcendente, não teria outra escolha a não ser ascender.”
“Mesmo que eu fizesse os preparativos necessários lá em cima e usasse o canal construído pelos Transcendentes da minha raça, levaria alguns milênios para retornar.”
“Então, levará pelo menos dois milênios antes que você possa nos ajudar diretamente.” Undrakha assentiu e olhou para Brangara. “Bem, posso pensar em uma maneira de usá-lo.”
“Como?” Renduldu perguntou, empolgado, enquanto seus olhos brilhavam.
“Tenho certeza de que você já consegue ver.” Undrakha riu. “Nós, Membros do Clã Mamute, somos especialistas em digerir coisas, sabe.”
“Interessante.” Renduldu sorriu e deu um tapinha calmo em Brangara. “Resigne-se ao seu destino, jovem pirralho.”
Brangara não conseguia nem piscar um olho, olhando fixamente como uma escultura devido ao que quer que Renduldu tivesse feito com ele. Tudo o que podia fazer era ouvir passivamente a conversa, sentindo a condenação que se aproximava.
- Olha aí o Polvo Takopi, esse autor vagabundo safado, quebrando a quarta parede com um discurso expositivo feito exclusivamente para nós, reles leitores! Eu adoro esse bixo disgramado Jkkkkk[↩]
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