Índice de Capítulo

    Estágio 1 — Mandíbula!

    Inala abriu bem a boca e tragou um frasco de Elixir.

    Natureza Secundária — Gravidade Inercial Interna!

    Ele a ativou com força total, fazendo seu estômago se transformar em um bioma, assim como o de uma Presa Empírea. Claro, seu bioma era instável, já que ele não armazenava recursos suficientes em seu corpo para manter tal distorção espacial.

    Por isso, ele estava queimando Prana rápido para mantê-lo. Como só precisava fazer isso por um curto período, Inala podia arcar com o gasto.

    Primeiro, ele engoliu todos os doze frascos de Elixir de Grau Médio, seguidos por mais de duzentos Elixires de Grau Baixo. Ele só parou porque havia atingido seu limite. “Se eu tivesse alcançado o fim do Estágio Corporal, poderia ter roubado mais. Estes Elixires sustentarão nosso crescimento”, suspirou ele.

    Mas isso não era um problema. Ele trouxe três Zingers Batedores Empíreos.

    Aproveitando que ninguém estava olhando, os três Zingers Batedores Empíreos atingiram o tamanho total de seus corpos, engoliram o máximo de Elixires possível, transformando seus estômagos em biomas também, e retomaram suas formas em miniatura. Eles estavam queimando Prana mais rápido do que ele para mantê-lo.

    Agindo com indiferença, Inala saiu da Seção de Elixires, claro, não sem soltar uma série de palavrões, tornando-se parte do grupo de clientes irritados que saíram furiosos devido ao atendimento de péssima qualidade.

    Como os Elixires estavam dentro de seu bioma, todas as assinaturas de Prana que eles emitiam foram cortadas, inutilizando assim os detectores na saída do estabelecimento.

    Ele deixou o estabelecimento e voltou para casa, vomitando todo o conteúdo diante de uma Asaeya surpresa.

    — Você roubou? — ela gritou, confusa.

    — Deixa pra lá. — Dizendo isso, Inala se virou para encarar os seis bandidos cativos. — Então, como eles estão se saindo?

    — Eles estão cegos, surdos, não conseguem cheirar nada… — Asaeya listou de forma casual um monte de coisas que fez com eles. No momento, os bandidos não conseguiam nem soltar um grito, pois suas vozes também haviam sido silenciadas, completamente apavorados.

    — Prepare duas cadeiras — disse Inala para Asaeya e encarou Erwahllu, que observava suas ações com um olhar incrédulo.

    — Quem… é você? — Ela não conseguiu controlar seu choque.

    O que Inala exibiu aqui estava além do que ela jamais pensou ser possível.

    — Vovó, você quer um Elixir? — Inala perguntou. — Você pode alcançar o Estágio Corporal consumindo um. Isso aumentará sua expectativa de vida…

    — Vou passar — ela suspirou e balançou a cabeça. — Um Elixir é valioso demais para ser desperdiçado nesses ossos velhos.

    — Usem em vocês.

    Inala sorriu de lado e não a forçou. Eles eram apenas estranhos no final das contas. Ele estava apenas sendo educado, e também porque a presença dela poderia ter uma influência positiva na pequena Gannala.

    “Bem, é um processo. Ela vai se acostumar conosco com o tempo.”

    Pensando assim, Inala sentou-se em uma cadeira que Asaeya havia colocado no pátio. A outra cadeira foi colocada a três metros de distância, oposta a ele. Inala cruzou as pernas e fechou os olhos, esperando com paciência.

    Seus Zingers Batedores Empíreos estavam posicionados ao redor da casa, informando-o de tudo o que viam.

    Mercadorias e Serviços Maharell!

    Em uma sala no último andar estava Maharell, o proprietário. Ele estava examinando as contas de seu estabelecimento quando o bandido libertado por Inala entrou, curvando-se de medo: — N-Nós falhamos, senhor.

    — É mesmo? — Maharell nem sequer lançou um olhar em sua direção, continuando a encarar seu livro de contas enquanto falava. — Essa pessoa é forte?

    — Eu não sei o que nos atingiu. Estávamos todos inconscientes e amarrados antes que percebêssemos o que havia acontecido — o bandido disse, tremendo enquanto continuava. — Ele… Ele exigiu sua presença na casa dele agora mesmo.

    — Não vale a pena — Maharell acenou com a mão, displicente. — Vá embora agora. Eu te chamarei quando tiver trabalho para você.

    — Senhor, o resto do nosso grupo está cativo dele… — O bandido nem terminou a frase quando um saco de moedas caiu diante dele.

    — Use isso para comprá-los de volta. Algo mais? — Maharell perguntou.

    — N-Não, senhor — Dizendo isso, o bandido pegou o saco e fugiu.

    “Parece que cultivadores do Estágio Espiritual não são páreo para ele”, ele pensou por um momento antes de voltar a se concentrar em suas contas. Ele era um homem ocupado. E cada segundo de seu tempo desperdiçado significava perder muito dinheiro.

    — Lorde Maharell, houve um problema! — De repente, um funcionário entrou em sua sala e gritou, confuso.

    — O que foi agora? — Maharell disse, irritado. — Você não vê que estou ocupado…

    — Nossos Elixires foram roubados! — O funcionário disse, apressado.

    Bang!

    Maharell levantou-se num pulo, fazendo sua mesa se estilhaçar em resposta enquanto Prana jorrava dele em uma torrente. Ele fuzilou o funcionário com o olhar, fazendo o último estremecer: — Fale!

    — Quem ousa fazer isso?

    — É um homem chamado Inala — o funcionário disse. — Ele é quem comprou a propriedade de Erwahllu.

    Ele tirou um tablet do bolso e o entregou a Maharell: — Isto é um bilhete deixado no armário onde guardávamos os doze Elixires de Grau Médio!

    Inala… — Maharell ferveu de raiva. Mas, como um comerciante experiente, ele se acalmou na hora, percebendo que ações tomadas com fúria resultariam, na maior parte das vezes, em prejuízo.

    Ele encarou o tablet e leu a linha inscrita ali.

    [Venha bater um papo comigo — Inala]

    Era uma frase curta. Mas era uma mostra clara de poder, provando que Inala não precisava se apresentar, já que Maharell já o teria investigado.

    — Traga-me a lista de itens que ele roubou de nós — disse Maharell e esperou alguns minutos.

    Assim que o funcionário terminou de conferir a lista, ele a encarou. Seu rosto ficou vermelho de raiva: — Esse filho da puta é louco!

    O preço de mercado atual de um Elixir de Grau Baixo variava entre 8.000 e 22.000 Parute. Um Elixir de Grau Médio custava de 44.000 Parute a 104.000 Parute. A taxa de câmbio entre sua moeda, Pella e Parute, era de 40 para 1.

    Um Parute rendia 40 Pella. Em outras palavras, ele perdeu dinheiro pra caralho!

    — Preparem minha carruagem — Maharell disse enquanto estalava os dedos, fazendo uma equipe de homens mascarados aparecer diante dele, todos no Estágio Corporal. — Estamos saindo para ensinar uma lição a um desgraçado.

    — Sim, senhor! — A equipe de homens mascarados gritou em uníssono.

    Eles estavam todos beirando o auge do Estágio Corporal. O líder da equipe estava no Estágio de 2 Vidas, um cultivador poderoso.

    O próprio Maharell estava no Estágio de 6 Vidas e havia se fundido com o material mais caro que o dinheiro podia comprar.

    Este era um esquadrão poderoso o suficiente para intimidar qualquer força, fazendo com que os poderosos comerciantes da estrada principal desviassem sua atenção para Maharell enquanto ele entrava na rua estreita ao lado da estrada principal.

    A carruagem parou diante de uma loja precária enquanto Maharell fuzilava a pessoa casualmente sentada no pátio dos fundos, equilibrando uma fruta em seu nariz. Quando ela se desequilibrou, ele a devorou com a boca, parecendo brincalhão e completamente imperturbável com a presença de Maharell.

    “Esse filho da puta é o Inala?”, Maharell já se sentia um pouco intimidado.


     

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 100% (1 votos)

    Nota