Capítulo 164: Inala, o Dono do Teatro
Cidade Comercial de Ellora!
A via adjacente à estrada principal, rebatizada de Rua do Teatro, borbulhava de atividade, um contraste gritante com três anos atrás, quando era uma viela estreita com quase nenhuma movimentação humana.
Carruagens luxuosas chegavam à Rua do Teatro enquanto homens e mulheres trajados com elegância desembarcavam um após o outro. Havia uma fila de jovens uniformizados, os funcionários do local. Eles ofereciam serviços de manobrista, levando-as para o pátio de carruagens.
Antigamente, quando o lugar era uma rua comercial, a estrada era estreita. Os prédios também eram dispostos de forma caótica. Mas agora, tudo fora demolido. E, em seu lugar, erguia-se um edifício de dez andares, com cada pavimento servindo como um teatro.
No térreo ficavam artistas de trupes pequenas, mas de certo renome. Eles se apresentavam para plateias menores. Quanto mais alto o andar, maior o prestígio da trupe, assim como o nível dos clientes que visitavam para assistir às suas peças.
Havia um terreno aberto no final da Rua do Teatro onde pessoas se apresentavam de forma independente para entreter multidões com pouco ou nenhum dinheiro. Caso alguém se destacasse ali, mais cedo ou mais tarde seria convidado a se apresentar no andar térreo do Teatro.
O Teatro não tinha nome algum, pois era o primeiro de seu tipo. O proprietário havia comprado até mesmo os direitos exclusivos de uso do nome e do formato do estabelecimento.
A nobreza dirigia-se toda para o andar mais alto, que era de tamanho colossal, pois o pavimento inteiro consistia em uma única sala de teatro.
O ingresso mais barato ali custava 40.000 Pella. Em outras palavras, 1000 Frutas Parute. Apesar disso, a casa estava cheia, pois o evento acontecia apenas uma vez por mês.
Serviam-se bebidas aos convidados sentados enquanto as cortinas se abriam no palco. Os holofotes se voltaram para a figura de Inala, que se curvou para a plateia e exclamou:
— Enche meu coração de alegria ter todos os assentos preenchidos. Sem mais delongas, apresento a vocês o conto de hoje:
— O Arco da Sociedade das Almas!
Os aplausos ressoaram com força total enquanto uma fileira de marionetes entrava no palco. Elas começaram a falar, parecendo quase reais. Sons acompanhavam suas ações, reforçados por um grupo de marionetes que gritava o efeito sonoro correspondente em intervalos regulares.
A peça fora ensaiada exaustivamente no último mês, portanto o resultado foi perfeito. Cada marionete era controlada por um Cultivador no Estágio Corporal, repetindo as ações conforme ensaiado à perfeição. Também existiam marionetes designadas para reproduzir os efeitos visuais dos ataques desferidos pelos personagens no palco.
De pé nos bastidores, e observando a peça prosseguir com sucesso, Inala sorriu com presunção.
“Vou ganhar muito dinheiro hoje também.”
A peça de hoje era uma cópia descarada do anime Bleach. Um de seus melhores arcos, o Arco da Sociedade das Almas, estava sendo encenado. Claro, Inala teve que realizar diversas alterações na história original para torná-la perfeita para o teatro.
A apresentação teria uma duração total de seis horas, com um intervalo de uma hora no meio. Portanto, era mais concisa. Ouvindo os vivas, as expressões de choque e a surpresa da multidão, Inala sentiu-se orgulhoso. Tinha levado três anos para alcançar este ponto.
Após fazer Maharell assinar aquele contrato desfavorável, Inala abriu sua Trupe de Comédia, anunciando-a aos clientes da Mercadorias e Serviços Maharell. Enquanto o mercador hesitava em agir, Inala angariou um público decente.
Logo se tornou um grande sucesso à medida que mais e mais clientes vinham, muitas vezes além da capacidade de lugares. Naquela época, os lojistas da rua estreita uniram forças com Inala para criar um espaço maior.
Além disso, Inala jurou ajudar a todos, prometendo-lhes recursos de cultivo. Porém, os lojistas recusaram e, em vez disso, pediram que ele cuidasse de seus parentes que lutavam para sobreviver em diferentes partes do Reino.
Apenas seus familiares mais próximos, que faziam parte da gangue, haviam sido aniquilados. Eles ainda tinham parentes fora dali. Claro, Inala ficou feliz em obter a mão de obra extra, já que isso também lhe pouparia tempo.
Assim que chegaram, Inala selecionou os talentosos entre eles e deu a cada um deles um Elixir de Grau Baixo, levando-os ao Estágio Corporal. E o mineral que ele selecionou para que se fundissem foi o Kirenal.
Era um material que, ao se fundir com o Recipiente Espiritual, melhorava a força do Cultivador e o controle da psicocinese. Essa era sua única função. Não aumentava a longevidade de ninguém. Era simplesmente um material equivalente a uma Besta Prânica de Grau Ferro Iniciante.
Além disso, ao alcançar o auge do Estágio Corporal, um Cultivador que criasse um Avatar Humano de Kirenal teria apenas 160 de Prana. Não era valioso de forma alguma. Qualquer um que se prezasse escolheria algum outro mineral para assegurar seu futuro.
Foi exatamente por isso que Inala o escolheu. A razão era simples. Controle sobre psicocinese era exatamente o que ele precisava ali, já que queria que controlassem marionetes.
Em seguida, Inala modificou a Arte da Cinese de Ferro, a técnica de cultivo praticada por aqueles que pretendiam fazer um Avatar Humano de Kirenal. Esta técnica de cultivo era a mais fraca de todas e raramente usada, portanto, baratíssima de se obter.
Por meio do Criador de Habilidades Místicas, Inala usou suas inspirações da Habilidade de Marionetismo para modificar a Arte da Cinese de Ferro, tornando-a mais voltada para controlar Armas Espirituais, especialmente marionetes.
Ele então criou uma versão diluída de sua Habilidade de Marionetismo, uma que poderia ser ativada pela Arte da Cinese de Ferro, ensinando ambas às pessoas que o serviam.
Posteriormente, Inala criou mais Habilidades para serem usadas com a Arte da Cinese de Ferro, cada uma voltada para um determinado personagem.
Por exemplo, ele criou uma Habilidade de Marionete do Naruto. Aquele que treinasse esta Habilidade seria capaz de controlar uma marionete idêntica ao Naruto e fazê-la falar, se comportar, correr e lutar como ele — Habilidades exclusivamente para personagens.
Dependendo da popularidade dos personagens, as habilidades de marionete respectivas eram precificadas de acordo. Uma vez que Inala divulgou a Arte da Cinese de Ferro modificada, as camadas mais baixas da sociedade, que queriam ganhar fama, mas não conseguiam alcançá-la, agarraram a oportunidade.
Inala treinou outro lote de pessoas focadas na construção de marionetes. Aqueles que desejavam ter uma trupe e se apresentar em um teatro aprendiam a Arte da Cinese de Ferro, compravam uma Habilidade de Marionete de Personagem e adquiriam a respectiva Marionete.
Eles então a apresentavam no terreno aberto ao final da Rua do Teatro. E aqueles que ganhavam fama mudavam-se para o Teatro para se apresentar, criando um mercado de talentos.
Com o tempo, Inala podia simplesmente escolher a nata para se apresentar em seu teatro, lucrando sem mover um dedo.
Ele havia se tornado um Dono de Teatro.

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