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    “Argh… merda… porra!” Inala resmungou, incapaz de se arrastar. O chute de Virala havia quebrado sua perna direita. A dor havia atingido um nível tão intenso que seu cérebro cortou todos os sinais sensoriais.  

    Agora, ele jazia no chão, entorpecido. Seus olhos se voltaram para a porta, irritado: “Aquele bastardo quebrou a porta.”  

    Foi nesse momento que ele notou as falsas portas de lama que dividiam seu quarto em dois. Na seção maior estava tudo o que ele havia preparado. A seção menor estava vazia e servia apenas como espaço para encontrar Grehha e refinar o Tônico de Víbora de Lama para ele.  

    No momento, ele estava deitado no chão na seção menor. Inala pretendia investigar o que havia acontecido no final de sua visita à Vovó Oyo. Mas primeiro, precisava se recuperar dos ferimentos. ‘Eu guardei um pouco do Tônico de Víbora de Lama lá dentro.’  

    Ao consumi-lo, pelo menos conseguiria focar na recuperação. Com 20 Prana auxiliando-o, se recuperaria desse dano em algumas semanas, desde que não se esforçasse e piorasse sua condição.  

    Inala infundiu seu Prana no fragmento de osso embutido nas falsas portas de lama, com a intenção de abri-las. As portas se abriram como de costume, fazendo-o comentar com sarcasmo: “Virala, aquele fracote inútil. Ele nem teve força para abrir…”  

    Suas palavras foram interrompidas quando, usando uma esfera óssea, ele bateu na entrada do quarto, fechando-a. Com o mesmo movimento, acertou a Víbora de Lama, fazendo-a disparar uma bola de lama na entrada, selando a porta.  

    “O que significa isso… Oyo?” Ele murmurou, estupefato. Deveria haver lama endurecida espalhada pelas paredes na seção maior do quarto. Isso aconteceu enquanto ele praticava sua arte e, por isso, ficou bagunçado.  

    Mas agora, estava impecavelmente limpo. O quarto inteiro estava vazio, exceto pela Víbora de Lama amarrada.  

    Tudo o que ele havia criado e armazenado no local não existia mais. Os grandes pacotes de lama endurecida que acumulara, as várias formas de argila que criara, as 400 Frutas Parute que recebera como pagamento e, acima de tudo, sua Trupe Cômica de Inala; tudo havia desaparecido.  

    Justamente quando ele desesperou, Inala notou um brilho fraco atrás da Víbora de Lama. Quando enrolada no chão, ela ocupava um espaço considerável no canto. Em seu estado delirante, após seu ponto fraco ter sido atingido, ela se debatia levemente.  

    Toda vez que fazia isso, algo ficava visível atrás dela. “Não pode ser…”  

    Ele não conseguia controlar sua empolgação enquanto usava uma esfera óssea para empurrar a Víbora de Lama e olhar para o objeto que ela escondia.  

    Com a aparência de uma lanterna, seu corpo construído como um pagode de quatro andares,1 estava o objeto em questão, sua entrada sendo um buraco circular largo o suficiente para uma mão humana passar. Ao vê-lo, Inala murmurou animado: “Uma Lanterna de Armazenamento!”  

    Lanternas de Armazenamento eram os anéis espaciais de Sumatra. Era um item exclusivamente refinado pelo Clã Mamute. E era vendendo Lanternas de Armazenamento que o Clã Mamute conseguia negociar com os vários reinos e impérios humanos pelos quais passava.  

    O Clã Mamute era, em sua essência, um clã comercial, com as Lanternas de Armazenamento sendo seu produto principal.  

    O poder de uma Besta Prânica era chamado de sua Natureza Primária. Para as Víboras de Lama, sua Natureza Primária era Bola de Lama. Era por isso que elas disparavam bolas de lama em seus alvos. Todas as suas ações giravam em torno de atingir melhor suas presas com as bolas de lama.  

    Da mesma forma, a Natureza Primária da Presa Empírea era Gravidade Inercial Interna. Campos gravitacionais existiam por todo seu corpo, cada um atuando em áreas diferentes e com intensidades variadas. Era isso que sustentava a estrutura impossível da Presa Empírea.  

    Afinal, a massa de um ser com mais de um quilômetro de altura era tão grande que ele entraria em colapso sobre si. A lei do quadrado-cubo garantia que tal criatura não poderia sobreviver. A Natureza Primária da Presa Empírea tornava sua existência uma realidade.  

    Dizem que os ossos de uma Presa Empírea são bastante frágeis.2

    Sua gravidade age como uma ligação e reforça sua força até o ponto necessário para suportar seu peso montanhoso. E a mais forte dessa força gravitacional existe dentro de suas presas, pois elas eram as armas da Presa Empírea contra seus inimigos.  

    Quando a presa da Presa Empírea cresce demais e sua ponta fica cega, os Membros do Clã Mamute cortam o excesso para manter a afiação.3

    As partes cortadas das presas são então refinadas usando a Arte Óssea Mística na forma de uma lanterna, enquanto amplificam a gravidade dentro dela. Eventualmente, o ponto crítico é alcançado quando a gravidade se fortalece o suficiente para dobrar o espaço.  

    Como resultado, um grande espaço é criado dentro da Lanterna de Armazenamento. Para inserir ou retirar um item, Prana deve ser infundido nela e desativar a Natureza Primária ativa. E quando isso é feito, a Lanterna de Armazenamento aumenta de tamanho, ficando tão grande quanto necessário para o volume de espaço interno.  

    Itens podem então ser colocados dentro através da entrada. Uma vez ativada, a Natureza Primária entra em ação, e a Lanterna de Armazenamento encolhe, podendo ser carregada na mão.  

    Além disso, graças à propriedade da gravidade inercial interna, não importa o peso colocado dentro da Lanterna de Armazenamento, a pessoa que a carrega não o sentirá. Claro, quando sua Natureza Primária é desativada e a Lanterna de Armazenamento retorna ao seu tamanho original, todo o seu peso será sentido.  

    Então, ao ativá-la, geralmente a colocam no chão.  

    Inala usou uma Arma Espiritual para pegar a Lanterna de Armazenamento e a ativou. ‘Se sua aparência mostra quatro andares, significa que há quatro metros cúbicos de espaço dentro dela.’  

    “Felizmente, há altura suficiente aqui.” Inala suspirou aliviado ao olhar para o teto. A altura do chão ao teto aqui era de seis metros, pois não faltava espaço vertical. Usando a Arma Espiritual, ele a trouxe para perto dele e aproximou o dedo indicador para tocá-la.  

    “O que… por que ela já é minha Arma Espiritual?” A Lanterna Espiritual já havia sido refinada para carregar sua marca. Era sua Arma Espiritual e, portanto, só poderia ser acessada por ele. ‘Ela fez isso por mim?’  

    Como Vovó Oyo controlava seu corpo, ela poderia fazer algo assim. Seu coração palpitou, pois uma Lanterna de Armazenamento era ridiculamente cara, especialmente uma de quatro andares.  

    7600 Parute!  

    Esse era seu preço de mercado atual, e ele havia recebido algo assim. ‘Se eu tivesse recebido seu valor em Frutas Parute, já teria alcançado meu objetivo.’  

    Ele suspirou por um momento, mas ficou animado logo em seguida. Deveria haver um motivo para ele ter ganhado um item tão valioso. Segurando a respiração, Inala infundiu Prana nela e desativou a Lanterna de Armazenamento, observando-a crescer até atingir quatro metros de altura.  

    Usando uma Arma Espiritual, ele abriu o primeiro andar e ficou chocado com o conteúdo.  


    1. Aqueles edifícios padrão de cultivo piazada: https://images.app.goo.gl/SmKHB8TJFxqrRJUV7[]
    2. Conceito Físico que diz que: quando um bichinho cresce 2x maior, seu peso fica 8x mais pesado (cubo), mas a força dos seus ossos só fica 4x mais forte (quadrado). Por isso elefantes têm pernas grossas, já que se fossem do tamanho de arranha-céus, se esmagariam! A Presa Empírea escapa dessa lei com sua habilidade de gravidade especial. Tamo aprendendo numa novel de cultivo mais que 3 anos de ensino médio kkk[]
    3. castor também faz isso e sem ajuda fi. Curiosidade que aprendi assistindo Os Castores Pirados na Band jkk[]

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