Índice de Capítulo

    “Resha será um Regressor.”  

    “Seu… bastardo!” Todas as seis faces gritaram em pânico enquanto desapareciam.  

    “Hahaha!” O humanoide cabeça-de-polvo riu estrondosamente enquanto esfregava a barriga, “Ah! Isso foi satisfatório! Valeu o esforço só pra ver essas expressões.”  

    “Agora, espero que vocês sofram o suficiente até aceitarem a derrota pro meu protagonista!”  

    …  

    Continente Sumatra!

    Clã Mamute, 44º Assentamento da Presa Empírea, Academia de Refinamento!  

    Os olhos do jovem se abriram bruscamente, vendo o mundo do romance se apresentar como realidade. Seu olhar continha choque, empolgação, nervosismo e antecipação. Ele queria pular e gritar: “O Papai Chegou!”  

    Mas não podia – estavam em aula. ‘O primeiro capítulo de Crônicas de Sumatra começa justo no meio da aula.’  

    Atualmente, ele tinha seis inimigos que ameaçavam sua vida nesse mundo, e um deles era o protagonista, Resha. Era melhor ser cauteloso para não revelar sua identidade… não, isso era inútil.  

    Enquanto um mar de informações invadia sua mente, sua empolgação esfriou. Ele compreendeu sua identidade.  

    Inala – esse era seu nome. Um órfão cujos pais foram dados como desaparecidos em ação. E o pior: seu corpo era fraco. Estalos ecoavam sempre que tentava se mover.  

    Doença do Fragmento!1 

    Um em cada cem no Clã Mamute sofria dessa doença incurável. Ela tornava os ossos quebradiços. Nesse mundo onde a força reinava, quem tinha a Doença do Fragmento recebia basicamente uma sentença de morte.  

    Qualquer esforço físico resultava em fraturas. Eles não só não podiam treinar para ficar mais fortes, como mal conseguiam realizar tarefas diárias sem arriscar a vida. Eram inúteis e um fardo para os recursos do Clã. Normalmente, essas pessoas eram eliminadas ao atingirem a idade adulta sem se tornarem úteis.  

    Inala tinha agora quatorze anos. Em um ano, seria considerado adulto. Se não encontrasse um modo de contribuir com o Clã até lá, seria jogado como comida para uma Besta Prânica. 2 

    O Clã Mamute era uma tribo nômade que viajava sobre os lombos das Presas Empíreas,3 Bestas Prânicas consideradas as maiores e mais antigas de Sumatra.  

    A área superficial de uma Presa Empírea ultrapassava um quilômetro quadrado. Um assentamento inteiro existia ali, abrigando cerca de quarenta mil pessoas.  

    O Clã Mamute se distribuía por um rebanho de 44 Presas Empíreas que atravessavam territórios perigosos diariamente. O perigo, portanto, era constante.  

    Se Inala se provasse inútil, seria cruelmente jogado na boca de uma Besta Prânica faminta sem hesitação. Logo, ele não só precisava ser cauteloso, como também aumentar seu valor para o Clã.  

    “Me desculpe…”  

    Os pensamentos de Inala foram interrompidos por um murmúrio ao seu lado. Seu corpo congelou ao se virar lentamente para a direita, onde viu um garoto de traços afiados e rosto bonito, com uma expressão angustiada – memórias de sua vida passada inundavam sua mente.  

    Resha, o Protagonista de Crônicas de Sumatra!

    Na Academia de Refinamento, as aulas eram conjuntas: os mais novos ficavam na frente, os mais velhos atrás. O grupo de Inala era o mais velho, sentado no fundão.  

    Como um dos afetados pela Doença do Fragmento, Inala estava na última fileira, apelidada de “Fileira da Morte”.4  

    Isso porque, no dia da formatura, eles seriam alimentados a uma Besta Prânica – daí o apelido. Originalmente, Resha era o único aluno da Fileira da Morte em seu ano, sentado sozinho.  

    Mas agora, havia sete alunos. Uma revelação direta de suas identidades.  

    ‘Cautela, o cacete!’ Inala disfarçou sua frustração. Entre os sete, um era o protagonista e os outros seis, reencarnados. Evitar conflitos era impossível – suas identidades estavam expostas desde o início.  

    Estavam sentados lado a lado, afinal.  

    ‘Então Resha era o vermelho.’ Inala deduziu. Baseado no esquema de cores do arco-íris, ele era Índigo (Inala),5 seguido por Violeta, Azul, Verde, Amarelo, Laranja e, por fim, Vermelho (Resha).6 

    O Vermelho era Resha, já que ele estava sentado por último e seu nome tinha as duas primeiras letras da cor.

    ‘Essa é minha segunda chance!’ Resha encarou a classe com determinação. ‘Dessa vez, vou proteger todos. Mas primeiro…’  

    “Quem são vocês?” Ele olhou fixamente para os seis à sua esquerda. ‘Esses seis não existiam na minha vida passada. O que está acontecendo?’  

    “Você bateu a cabeça, Resha?” Aquele sentado mais perto de Resha, na posição de Laranja, inclinou a cabeça em confusão, “Não me diga que esqueceu seu melhor amigo, Orakha?

    “Melhor amigo?” Resha franziu a testa.  

    “O medo da morte deve ter apagado as memórias dele.” O da posição Verde zombou. “Somos os infames alunos da Fileira da Morte, afinal. Ninguém no Clã acredita que temos futuro.”  

    “Você tá falando sério, Resha?” O da posição Azul parecia confuso. “Esqueceu mesmo da gente?”  

    Que atores desgraçados!’ Inala se impressionou. Como não existiam na vida passada de Resha, eles fingiam intimidade, fazendo-o questionar se haveria diferenças nessa segunda vida.  

    Nenhum se comunicava entre si, mas discutiam como amigos de longa data.  

    ‘Estou lidando com gente desse nível.’ Inala ficou animado. Tudo ficara mais interessante. Ele então agiu como observador e disse, preocupado:  

    “Não sabia que a Doença do Fragmento afetava a memória. Tô preocupado agora.”  

    “Por que não nos apresentamos de novo? Assim ajudamos o Resha a lembrar. Nós, alunos da Fileira da Morte, precisamos estar unidos.” O da posição Violeta apoiou Inala. “Sou Virala.”  

    Virala (Violeta), Inala (Índigo), Blola (Azul), Grehha (Verde), Yennda (Amarelo), Orakha (Laranja) e Resha (Vermelho) – todos se apresentaram. 7 

    O primeiro objetivo dos reencarnados era ganhar a confiança do regressor para evitar serem mortos imediatamente.  

    ‘Por sorte, deu certo.’ Inala suspirou aliviado ao ver a expressão confusa de Resha. Mas seu coração gelou um instante depois, ao sentir a intenção de matar do protagonista.  


    1. Novel é também é cultura piazada. Essa doença existe mesmo, saca só: A osteogênese imperfeita, também conhecida como “doença dos ossos de vidro”, é uma doença genética que torna os ossos frágeis e deformáveis.[]
    2. Bixo místico de Essencia Vital, Ki ou o raio que for[]
    3. Divinas/Celestiais[]
    4. Negada do fundão repetente e fodidassa[]
    5. Azulão[]
    6. o nome de cada nego são as iniciais das cores em inglês pra quem é lerdão e não captou[]
    7. É até bem simples de lembrar, cada um tem as iniciais das cores em inglês. 7 capitulozin e cês já vão entrar no automático[]

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