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    “Andem logo, todos vocês.” O Instrutor Mandu disse enquanto os conduzia pela tromba da Presa Empírea, ao mesmo tempo que estalava a língua mentalmente: ‘Resha, aquele maldito idiota! Ele desperdiçou 100 Prana! Merda! Eu realmente achei que ele viraria alguém com seu crescimento recente, mas lixo sempre será lixo, hein?’

    Acumular 100 Prana exigia muito tempo e esforço. Também consumia muitos recursos. Portanto, Resha perdendo a compostura significava que ele perdeu todos os 100 Prana, implicando no desperdício de todos os recursos usados em seu crescimento.

    Tal desperdício fez o Instrutor Mandu desenvolver um desejo assassino por Resha: ‘Assim que você se formar, vou te jogar mais rápido que todos na goela de uma Besta Prânica!’

    ‘Por que você teve que fazer isso?’ Inala encarou o Instrutor Mandu enquanto caminhava ao lado do enfraquecido Resha, regozijando-se com a condição deste.

    O fato de Resha ter perdido todo seu acúmulo significava que ele teria que reconstruir tudo do zero novamente. Até um bebê recém-nascido tinha pelo menos um Prana. No momento, Resha não tinha nenhum.

    Construir Prana de uma unidade para cem não era tão difícil quanto construir uma unidade de Prana a partir do zero. Esta fase era a mais difícil.

    Afinal, sem uma unidade de Prana, Resha seria incapaz de ativar a Arte Óssea Mística. Isso significava que ele não poderia cultivar para acumular Prana. Mesmo consumir 100 Frutas Parute não ajudaria na situação.

    Se a técnica de cultivo não pudesse ser ativada, então consumir Frutas Parute só acabaria causando indigestão, nada mais. Então, não ter Prana no corpo era o maior revés que alguém poderia enfrentar, até mesmo para o regressor.

    Uma pessoa normal poderia pelo menos fazer algo sobre tal situação. Ela poderia ser injetada com uma unidade de Prana de outra pessoa e então gradualmente assimilá-la em seu corpo e trabalhar duro para torná-la sua.

    Mas Resha não tinha ninguém em quem confiar. Ele estava sozinho. Isso forneceu a Inala uma grande oportunidade. Ajudando-o, ele provavelmente poderia obter outra Habilidade útil. Isso diminuiria ainda mais a diferença entre ele e o regressor que já havia vivido neste mundo uma vez.

    Inala não estava ciente do que Virala havia feito para deixar Resha em tal estado. Atualmente, Resha estava desanimado, sem qualquer espírito de luta. Apenas mais um empurrão e ele poderia ser morto.

    Mas em tal situação, o Instrutor Mandu direcionou sua intenção assassina para o regressor.

    ‘Droga…’ Tanto Inala quanto Virala gemeram simultaneamente ao sentir a intenção assassina. E como esperado, Resha reagiu imediatamente.

    ‘Você quer se livrar de mim já?’ Resha se acalmou instantaneamente, uma natureza que desenvolveu em sua vida anterior. Todos com experiência suficiente vivendo em Sumatra se tornavam assim com o tempo.

    E honestamente, sentir a intenção assassina o trouxe de volta aos sentidos: ‘O que estou lamentando? E daí se perdi 100 Prana? Só preciso reconstruí-los do zero mais uma vez. E mesmo se Blola pretender ir em direção aos meus pais, ele terá que atravessar o território dos Zingers. Isso é mais fácil falar do que fazer.’

    Resha olhou para seu corpo: ‘Originalmente hesitei em fazer isso porque sou instintivamente avesso a qualquer método que me faça perder meu Prana desenvolvido. Como já perdi tudo, é o destino. Nesta vida, seguirei um caminho diferente.’

    ‘Porra!’ Inala encarou Virala enquanto a dupla tremia levemente ao ver Resha romper em um leve sorriso.

    Virala, Inala, Yennda e Resha seguiram o Instrutor Mandu em silêncio. Ninguém falou uma palavra sobre o que aconteceu nas nuvens acima, agindo como se nada tivesse acontecido. Mas as mentes de todos fervilhavam em velocidade máxima.

    Logo, avistaram as Planícies Ennoudu.

    Era um grande pedaço de terra plana que era estéril, quase um deserto. Fracos brotos de vegetação surgiam aqui e ali, mas era só. O solo não tinha nutrientes para sustentar vida. Isso apesar de um rio correr pelas planícies.

    O ponto alto aqui era uma colina que crescia nas planícies. Tinha uma altitude de duzentos metros. Seu pico havia sido nivelado por um poder monstruoso. A julgar pelas rachaduras, uma das Presas Empíreas havia feito isso.

    O pico aplainado cobria pelo menos dez quilômetros quadrados de área. E ao redor, com suas trombas colocadas ao longo das bordas, estavam as 44 Presas Empíreas. Usando as trombas como pontes, o Clã Mamute vivendo em cada Presa Empírea chegava ao topo da colina.

    Quando estavam a apenas cem metros do topo da colina, Inala olhou para frente e observou montanhas íngremes cobrindo o horizonte a cem quilômetros de distância. 

    ‘Entraremos naquele território amanhã.’

    Pareciam montanhas, mas era como se todo o solo tivesse sido elevado em dois quilômetros. Caminhos estreitos se espalhavam dentro deste solo elevado, formando cânions. Algo parecido com uma nuvem de poeira flutuava no meio do cânion. Era uma região perigosa onde o Primeiro Grande Desastre irromperia.

    “Porra…” Yennda inalou uma respiração de ar frio, tremendo de medo.

    “Com medo?” Virala sussurrou enquanto cutucava Inala.

    “Ah, com certeza”, Inala revirou os olhos, “a versão de testes de Sumatra acaba aqui. A partir de amanhã, veremos a versão completa.”

    Cânion Dieng!

    Era onde a merda realmente começava nas Crônicas de Sumatra.

    ‘Minha confiança está diminuindo.’ Inala inalou respirações profundas para se acalmar. A vida no assentamento se tornaria perigosa a partir de amanhã. Afinal, seriam atacados diariamente assim que entrassem no Cânion Dieng. Não haveria tempo para descansar.

    E se ele fosse um pouco descuidado, poderia ser assassinado, pois essa era a especialidade dos Zingers, a raça de Bestas Prânicas que habitava o Cânion Dieng. Ao contrário da maioria das raças de Bestas Prânicas, os Zingers eram estruturalmente orientados em termos de papéis e cadeia de comando. E quanto mais alto na cadeia de comando um Zinger estivesse, mais forte ele era.

    Lembre-se que mesmo o Zinger mais forte era apenas uma Besta Prânica de Grau Ferro Especialista. Mas assim como as Víboras de Lama, seus números é que os tornavam aterrorizantes.

    ‘Bem, meu objetivo é um Zinger. Então, preciso me preparar.’ Pensando assim, Inala observou duas paredes concêntricas1 construídas no topo da colina, separando a área em três anéis.

    O anel externo era onde estudantes como ele podiam circular. O anel intermediário era reservado aos elite, enquanto o núcleo central era destinado aos mestres. No centro, erguia-se uma torre solitária no topo da colina.

    Era onde os 44 Líderes do Assentamento se reuniam para discutir o futuro do Clã Mamute.

    ‘É aqui que posso acumular o máximo de recursos possível em preparação para os conflitos vindouros.’ Inala continuou a circular seus 12 Prana para constantemente se manter em um estado ideal enquanto entrava no anel externo e seguia para o local de sua barraca: ‘Este é o começo da Grande Feira do Mamute.’


    1. Paredes dispostas em camadas uma dentro da outra, criando anéis. Tipo um alvo de dardos.[]

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