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    “Ah… aaahnn… Virala… para… vai mais devagar…!” Luttrena ofegou enquanto se unia a Virala em uma barraca no canto. Uma cortina havia sido erguida como barreira para evitar que fossem ouvidos pelos outros. Além disso, eles escolheram um momento em que toda a multidão do anel externo estava concentrada em volta da barraca de Inala.

    Isso significava que não havia ninguém por perto para ouvi-los. Funcionou a favor deles. Ou melhor, tudo havia sido calculado por Virala até o mais ínfimo detalhe. E então, ele atingiu o clímax: “Aaah!”

    “Espera… Espera! Espera!” Luttrena gritou em choque, “Não dentro! Merda!”

    Era tarde demais. O ato estava consumado. Luttrena afastou-se de Virala e tocou a própria virilha, tentando remover o sêmen. Mas, estranhamente, não sentiu sequer uma gota. ‘Impossível… será que entrou muito fundo? Mas não era para ser assim.’

    Educação sexual não fazia parte do currículo deles. Mas isso não significava que ela não soubesse o que acontecia entre um casal no quarto. Ela estava a apenas alguns meses de se formar na academia. Isso significava que logo seria considerada adulta pelo Clã Mamute.

    Sua mãe lhe dera uma Lâmina Óssea, concedendo-lhe todo o conhecimento necessário sobre o assunto. Portanto, Luttrena sabia que o sêmen vazaria se ela usasse os dedos de certa maneira. ‘Ele nem era grande o suficiente para alcançar meu útero.'1

    “Foi bom demais,” Virala de repente a abraçou, fazendo sua frequência cardíaca acelerar. Ela nem percebeu que havia sido manipulada com um afrodisíaco, influenciando seu julgamento.

    ‘Realmente foi bom o suficiente para perder a cabeça.’  Luttrena suspirou, firmando seus pensamentos. ‘Tudo bem, que seja. Vou ter um filho. Logo serei adulta de qualquer maneira. Dou conta do parto.’

    “Aqui, beba isso.” Virala de repente enfiou um frasco em sua garganta. Ainda sob o efeito do afrodisíaco e devido aos eventos recentes, Luttrena abriu a boca por hábito e engoliu o conteúdo.

    Seus olhos se arregalaram enquanto olhava para ele em alerta: “O que você me fez beber?”

    “É um remédio que evita que você engravide,” Virala disse, tossindo sangue ao ser esbofeteado.

    “Seu…filho da puta!” Luttrena fumegou enquanto Prana explodia dela em fúria. “Como você se atreve!”

    A taxa de mortalidade do Clã Mamute era enorme. A menos que alguém se tornasse um mestre, havia uma grande chance de morrer a qualquer momento. Para combater isso, a única solução era manter uma taxa de natalidade muito superior à de mortalidade.

    Portanto, o ato de dar à luz era considerado sagrado. Seja por engano ou não, se uma criança começasse a se formar, nada seria feito para impedir seu nascimento. Afinal, qualquer membro do Clã Mamute tinha pelo menos uma dúzia de filhos ou mais durante sua vida.

    Tendo vivido por mais de um século, Vovó Oyo teve 14 filhos no total. Seus netos eram numerosos demais para contar. Claro, uma boa parte deles morreu na Primeira Crise Menor.

    Nenhum membro do Clã Mamute jamais evitou ter filhos. Portanto, quando Luttrena ouviu as palavras de Virala, toda sua atração por ele desapareceu, substituída por ódio: “Lixo nojento!”

    “Eu ainda sou um estudante!”2 Virala gritou de repente. “Por favor, espere até eu me tornar um membro da elite. Podemos ter filhos direito depois disso.”

    “É mesmo?” Luttrena nem deu atenção às suas palavras. “Patético.”

    Com isso, ela nem sequer olhou para trás e partiu, seguindo para seu assentamento. Virala pensou em persegui-la, mas ao sentir a intenção assassina emanando dela, recuou.

    Ele permaneceu na barraca, infundindo Prana em seu maxilar quebrado. ‘Que força bruta. Ela não segurou nada naquele tapa. Como esperado da filha do Líder do 43º Assentamento.’

    “Mesmo sendo apenas uma de suas muitas filhas, os recursos que ela recebeu são impressionantes. É por isso que até seu corpo é tão forte.” Assim que terminou de curar o ferimento, Virala esticou levemente os membros. “Ahh, isso foi bom.”

    Seus lábios se curvaram em um sorriso enquanto ele arrancava lentamente um filamento fino de seu pênis, transparente, com menos de um décimo da espessura de um fio de cabelo. Era um preservativo que ele criara apenas para esse propósito. Por isso, quando Luttrena tentou remover o sêmen, não encontrou nada.

    Anticoncepcionais não existiam aqui. Portanto, nem sequer passou pela mente dela que algo assim pudesse existir. Por isso, ela foi enganada. Quanto ao frasco que foi forçada a beber, havia um propósito oculto por trás dele.

    ‘Estou ansioso por amanhã.’ Seu sorriso se alargou quando Virala saiu da barraca e olhou para a tromba da 43ª Presa Empírea, vendo Luttrena subir por ela. ‘Luttrena, meu peão, volte para casa. Como filha do Líder do Assentamento, você será protegida. Mas também será a ruína do seu assentamento.’

    Quando Luttrena retornou ao seu assentamento, começou a suar um pouco devido ao esforço. Seu suor evaporou e se espalhou pelo ar. As partículas de suor pareciam ter uma estranha afinidade com os edifícios, aderindo a elas de forma persistente.

    Essas partículas liberavam um aroma sutil, semelhante a um feromônio. Era tão fraco que o nariz humano não conseguia detectá-lo. Mas era fatal para uma certa espécie.

    Esse aroma não se dissiparia, permanecendo nos edifícios. Os efeitos durariam um ano, pois foi assim que foi criado. Além disso, cada vez mais partículas do aroma seriam liberadas pelo suor de Luttrena, de forma quase imperceptível.

    O conteúdo do frasco que ela engoliu faria seu corpo produzir suor continuamente, mas em uma quantidade imperceptível. Além disso, havia se fundido com seu Prana, sendo constantemente regenerado à medida que sua energia se recuperava. Dessa forma, Luttrena tornara-se basicamente uma fonte viva do aroma.

    Ela morava em um edifício na cabeça da 33ª Presa Empírea. Por isso, quando a Presa Empírea se movia, o vento soprava da cabeça em direção à cauda. Dessa forma, a brisa carregava o aroma que ela exalava por todo o assentamento, impregnando todos os edifícios.

    ‘Só um Zinger sentiria esse cheiro, Luttrena. Ninguém mais pode. Mas…’ Virala riu. ‘Faz um século desde que o Clã Mamute passou pelo Cânion Dieng pela última vez. Zingers são Bestas Prânicas de Grau Ferro, fracas. Os cultivadores do Clã Mamute que podiam se transformar em Zinger já morreram.’

    [Zingers não eram fortes individualmente. Os membros do Clã Mamute que podiam se tornar Zinger já eram poucos desde o início. Mas, ao longo do século, todos morreram em batalhas. Como resultado, quando o Clã Mamute adentrou o Cânion Dieng sem nenhum Zinger para guiá-los, sofreram imensamente.]

    Virala relembrou o trecho relevante das Crônicas de Sumatra: ‘Ninguém saberá. E quando alguém se tornar um Zinger, já será tarde demais. O aroma já terá impregnado tanto o 43º quanto o 44º assentamentos.’

    “O caminho para a cura é único”, ele murmurou. “Mas apenas no sentido de que há um caminho disponível.”

    “Mas eu…” Ele murmurou com arrogância, subindo pela tromba da 44ª Presa Empírea com confiança. “Eu sou diferente.”

    “Eu abrirei um novo caminho.”


    1. Virala é da tropa do Pau Médio []
    2. adolescente médio de escola pública[]

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