Índice de Capítulo

    “Este é o coração.” Luttrena disse, enquanto o brilho em seus olhos piscavam antes de, em seguida, ela voltar ao normal, expressando confusão. “O que… o que eu estava fazendo?”

    Ela olhou ao redor, chocada. “Por que estou perto do coração?”

    “Bem, obrigado por me guiar até aqui.” Virala disse, abraçando-a por trás. Suas mãos subiram até seu peito e a agarraram pelo pescoço, sufocando-a enquanto quantidades copiosas1 de Prana penetravam nela.

    “Eu sabia que não deveria ter confiado em você!” Luttrena gritou, tentando revidar. Mas suas Armas Espirituais não estavam mais com ela, obviamente jogadas fora por Virala quando ela estava em seu estado de transe.

    Ela tentou se transformar em sua Besta Prânica e matar Virala. Infelizmente para ela, algo parecia obstruir seu Prana, impedindo-a de se transformar.

    “Gah!”

    Ela sentiu-se sufocada, sentindo seus órgãos se romperem. Seu esqueleto começou a encolher, tornando-se mole enquanto Luttrena era incapaz de pensar mais. Alguns segundos depois, seu corpo se transformou em uma esfera do tamanho de um punho, de cor amarelo-rosada, com padrões de escamas de lagarto. Ela pairou diante de Virala, e o tom que emanava destacava sua expressão animada.

    “Delicioso, mais uma para minha coleção.” Sorrindo, Virala colocou a esfera no bolso. Ele então pegou uma esfera roxa e a colocou no coração da Presa Empírea, infundindo seu Prana nela.

    Lentamente, um casulo o envolveu enquanto uma agulha saía da esfera e se fixava no coração, agindo como uma bomba. Ela secretava um ácido fraco, afetando o osso. Mesmo sem perfurar um buraco, o sangue começou a escorrer para o casulo.

    O ácido tornou o osso poroso, fazendo com que o sangue sob alta pressão dentro do coração vazasse. De um fio, o fluxo de sangue aumentou, logo atingindo o nível de um chuveiro caseiro.

    O casulo estava cheio de sangue enquanto Virala calmamente se banhava nele, absorvendo avidamente a essência do sangue. Naquele momento, o casulo brilhou, liberando pressão enquanto o sangue da Presa Empírea fluía para Virala em velocidades tremendas, além do que ele poderia absorver naturalmente.

    “Isso… dói!” Virala grunhiu de dor, mas ao sentir o poder surgindo em seu corpo, ficou animado demais para se importar. Era como ser bombardeado sem parar com adrenalina.

    Enquanto o sangue se fundia em seu corpo, Virala começou a combinar seus 100 Recipientes Espirituais em um todo unificado, esperando pacientemente enquanto a forma do Recipiente Espiritual começava a se transformar, logo assumindo a estrutura nascente de uma Presa Empírea.

    O casulo se quebrou enquanto o sangue escorrendo do coração diminuía até parar. O sangue no chão penetrou no piso do canal e foi absorvido pelo coração.

    “Haha!” Ofegando de exaustão, Virala caiu no chão, batendo no peito em vitória. “Eu consegui.”

    Natureza Primária — Gravidade Inercial Interna!

    Ele conseguiu se tornar uma Presa Empírea. “O mesmo que Resha nas Crônicas de Sumatra.”

    “A partir de agora, eu também sou um dos fortes que reina no topo deste mundo.” Virala sorriu.

    “É mesmo?” De repente, acompanhada por passos firmes, Ruvva parou cinco metros atrás dele, seus olhos frios. Ela o encarou como se ele fosse lixo, comentando: “Entendo. Então, o sangue de uma Presa Empírea concede a um membro do Clã Mamute com a Doença do Fragmento o poder de uma Presa Empírea. Essa é uma descoberta revolucionária. Se isso for revelado, o poder do Clã Mamute se tornará incomparável.”

    “Ruvva…” Virala franziu a testa. “O que há com você ultimamente?”

    “Você mudou.”

    “É por isso que me deixou sozinha no abrigo?” Ruvva bufou. “Antes que eu percebesse, meu corpo havia se movido para proteger aquela garota quando você me instigou. O que você fez comigo?”

    “É o poder do amor.” Virala piscou.2

    “De qualquer forma.” Ruvva inclinou a cabeça e perguntou: “Agora que você se tornou uma Presa Empírea, você possui sua Natureza Primária?”

    “Gravidade Inercial Interna,” Virala se gabou. “É minha Natureza Primária agora.”

    “Perfeito!” Ruvva bateu palmas de alegria. “Obrigada pelo presente antecipado.”

    “O que você está…” Virala franziu a testa enquanto nervos saltavam em seu pescoço e testa, fazendo-o tossir sangue. “Isso… o que é isso?”

    Arte Óssea Mística — Extorsão Primária!

    Virala olhou impotente enquanto seu Prana fluía para fora de seu corpo, carregando a essência de sua Natureza Primária. Ele não podia se defender e só pôde encarar com ódio enquanto a essência penetrava em Ruvva.

    “Gravidade Inercial Interna.” Ruvva se gabou, com o mesmo tom de Virala. “É minha Natureza Primária agora.”

    A Habilidade de Extorsão Primária permitia que um estudante no Estágio Espiritual roubasse a Natureza Primária de seu alvo. O requisito principal era fazer sexo cem vezes enquanto usava a Habilidade.

    E toda vez que Ruvva usava a Habilidade, todo seu Prana era perdido. Se não fosse pela riqueza que Vovó Oyo lhe deixara, ela não teria conseguido usá-la cem vezes nos últimos nove meses.

    Uma vez concluído, tudo que Ruvva tinha que fazer era esperar até que Virala obtivesse sua Natureza Primária. Ela poderia roubá-la dele e se beneficiar, transformando Virala em um elite inútil que nem mesmo tinha uma habilidade.

    “Minha… Natureza Primária se foi…?” Virala murmurou em descrença, caindo no chão, ajoelhando-se enquanto encarava o piso, completamente desanimado. Ele foi do auge da empolgação ao fundo do desespero em questão de segundos.

    “Graças a você, agora possuo o poder de uma Presa Empírea.” Ruvva comentou calmamente, caminhando até ele e encarando a parte de trás de sua cabeça. Virala estava em um estado de desespero, encarando o chão, sem forças sequer para olhar para ela.

    “Você tem duas opções agora. A primeira é contar seus dias restantes como estudante e esperar até o dia da graduação para ser jogado na boca de uma Besta Prânica. Ou…” Seus olhos ficaram frios enquanto ela o encarava como se ele já estivesse morto, erguendo a perna e usando sua Natureza Primária para aumentar seu peso. “Sua segunda opção é ser esmagado sob minha perna agora.”

    “Vou escolher a terceira opção, por favor.” Virala disse, olhando para cima e revelando um sorriso incontrolável, arrepiando-a. Logo quando ela pretendia esmagá-lo até a morte, Virala agarrou sua perna e grunhiu, enrijecendo seu corpo.

    “Impossível!” Ruvva não conseguia se mover por algum motivo. De repente, ela sentiu seus órgãos se rompendo enquanto seus ossos começavam a derreter. Uma sensação inescapável de morte a envolveu enquanto o frio em seus olhos desapareceu, substituído por medo. Ela encarou Virala, incapaz de entender o que se passava em sua mente. “Você! Quem é você?”

    “Seu ancestral.” Virala comentou casualmente, esmagando o corpo de Ruvva em uma esfera óssea gravada com a imagem da cabeça de uma Presa Empírea. A esfera pulsava com uma pressão sufocante, causando arrepios em sua pele.

    “Às vezes, eu mesmo me assusto.” Ele irrompeu em risadas e colocou a esfera óssea no bolso.3


    1. abundantes, excessivas, etc.[]
    2. a audácia do elemento[]
    3. Morra imediatamente Virala🙏🙏[]

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