Las Vegas pulsava sob o sol escaldante do meio-dia, seus cassinos reluzindo como templos de neon e promessas de fortuna, enquanto a Strip vibrava com turistas, artistas de rua e o zumbido constante de luzes e sons. Faltavam dois dias para o Torneio das Feras, e o hotel Luz do Lobo, a base da Lumen Feralis em Vegas, era uma ilha de relativa calma, com suas runas disfarçadas de neon brilhando suavemente. Kazuto, Himari, Chen Hua, Ryu, Sora e Nariko descansavam em seus quartos, recuperando-se do voo na Lunara, enquanto Nara e os 15 Shisai revisavam estratégias ou meditavam, as runas do hotel pulsando com energia de cura. Mas, nas ruas caóticas de Las Vegas, Vorax, os três Purotekutā e Maitreia Gautama estavam determinados a transformar a cidade em seu playground pessoal, com apostas desenfreadas, bagunças épicas e um caos que faria até os deuses dos Feralis rirem.

    Vorax liderava o grupo pela Strip, o cabelo azul reluzindo como um farol sob o sol, uma esfera de gelo girando na mão como um brinquedo perigoso. — Vegas, baby! — exclamou, com seu sarcasmo característico, enquanto apontava para o cassino Bellagio, cujas fontes dançavam em jatos sincronizados que pareciam desafiar a gravidade. — Mestre, espero que suas fichas paguem melhor que aquelas promessas de cinco bilhões que você me deve — disse, lançando um olhar debochado para Maitreia, enquanto congelava a borda de sua própria jaqueta, só para provocar.

    Maitreia Gautama, com sua camisa havaiana estampada com flamingos cor-de-rosa e palmeiras, girava uma ficha de cassino com a destreza de um malabarista. — Relaxa, iceboy. Hoje é nosso dia de brilhar! — respondeu, com uma calma tão irritante quanto cômica, jogando a ficha para o alto e pegando-a sem nem olhar. — Ou melhor, o dia deles — acrescentou, apontando para os Purotekutā com um sorriso travesso que prometia encrenca.

    O Purotekutā da Sorte, um homem alto com cabelo loiro despenteado e um sorriso confiante que parecia atrair olhares, exsudava uma aura de Feralis que fazia as luzes dos caça-níqueis piscarem mais forte ao seu redor, como se a própria Vegas estivesse torcendo por ele. — Com meu Feralis, esse cassino é nosso quintal! — declarou, jogando uma moeda no ar que, inexplicavelmente, caiu cara sete vezes seguidas, atraindo uma pequena multidão de turistas que cochichavam sobre “sorte sobrenatural”.

    A Purotekutā da Proteção, uma mulher robusta com olhos vigilantes que pareciam ver através das intenções de todos, mantinha uma aura de escudo invisível que zumbia ao redor do grupo, desviando olhares curiosos e até uma garrafa de cerveja jogada por um turista bêbado. — Não se empolguem demais. Meu Feralis pode nos salvar de seguranças, mas não de burrices monumentais — disse, com um tom firme, mas riu quando o Purotekutā da Sorte tentou acertá-la com outra moeda, que ricocheteou em seu escudo e caiu no chão.

    O Purotekutā do Barbante, esguio e com cabelo preso em um rabo de cavalo, manipulava fios brilhantes que dançavam como serpentes vivas, formando padrões hipnóticos no ar. — Vamos fazer história, pessoal. Esses fios vão amarrar Vegas inteira! — disse, com uma confiança convencido que rivalizava com a arrogância de Ryu. Ele criou uma teia em forma de dado gigante que rolou pela calçada, assustando um grupo de turistas e quase derrubando um carrinho de cachorro-quente.

    O grupo invadiu o Bellagio como uma tempestade cômica, o salão principal explodindo em luzes coloridas, sons de caça-níqueis e o tilintar de fichas. Maitreia liderou o caminho até uma mesa de blackjack, sua calma contrastando com o frenesi do cassino. — Vamos começar leve, uma mãozinha pra aquecer — disse, jogando um punhado de fichas na mesa com um floreio teatral, como se fosse um mágico prestes a revelar um truque. Vorax bufou, sentando ao lado dele e congelando seu copo de uísque até virar um cubo sólido. — Leve? Você perdeu tudo no último cassino, mestre. Espero que seus filhos sejam melhores nisso — zombou, enquanto o gelo em seu copo estalava.

    O dealer, um homem de terno impecável com uma expressão de quem já viu de tudo, olhou desconfiado, mas começou o jogo. O Purotekutā da Sorte, com um sorriso malicioso, apostou uma pilha de fichas que parecia desafiar a lógica financeira. — Vinte e um, fácil! — declarou, e, como se a própria sorte estivesse rindo, suas cartas somaram exatamente 21. A multidão ao redor aplaudiu, enquanto Vorax riu alto, congelando a borda da mesa por acidente, o que fez o dealer franzir o cenho. — Trapaça de Feralis! Isso não conta! — exclamou Vorax, mas jogou suas próprias fichas, ganhando uma mão e rindo quando o gelo em seu copo derreteu, molhando a mesa.

    A Purotekutā da Proteção ficou de olho nos seguranças, sua aura desviando olhares suspeitos como um campo de força invisível. — Comportem-se, ou vou ter que carregar vocês pra fora como crianças — avisou, enquanto o Purotekutā do Barbante usava seus fios para “ajustar” as cartas de um jogador rival, que perdeu feio e saiu resmungando. Maitreia riu alto, batendo na mesa. — Isso é espírito de equipe, filhos! — disse, ganhando uma mão e jogando fichas no ar como confete, que caíram sobre os turistas, causando um pequeno tumulto enquanto tentavam pegá-las.

    O caos no Bellagio atingiu níveis épicos quando Vorax, entediado com o blackjack, decidiu “melhorar” uma máquina caça-níqueis, congelando o mecanismo interno para travar em um jackpot. As luzes piscaram, sirenes soaram, e uma multidão se formou, achando que era um evento promocional. — Arte moderna, Vegas! — gritou Vorax, enquanto o Purotekutā da Sorte, rindo, jogou uma moeda que ricocheteou na máquina e acertou um lustre, fazendo-o balançar perigosamente. A Purotekutā da Proteção ativou seu Feralis, criando um escudo que desviou os cacos de vidro que caíram, enquanto o Purotekutā do Barbante amarrou o lustre com seus fios, transformando-o em uma instalação brilhante que os turistas aplaudiram, pensando ser parte do show.

    Maitreia, calmamente liderando o caos, levou o grupo para fora do Bellagio e invadiu a Strip, onde a bagunça escalou para proporções lendárias. Vorax, agora meio bêbado após roubar uma garrafa de Saru no hotel, congelou uma das fontes do Bellagio, transformando-a em uma escultura de gelo que brilhava como um diamante sob o sol.

    Turistas tiravam fotos, enquanto Vorax posava como um escultor excêntrico. — Chamem isso de O Triunfo do Gelo! — exclamou, enquanto o Purotekutā da Sorte jogava uma moeda no gelo, que ricocheteou e acertou um letreiro luminoso, fazendo-o piscar descontroladamente. — Sorte minha, culpa do gelo! — brincou, rindo.

    O Purotekutā do Barbante, não querendo ficar atrás, usou seus fios para criar uma teia gigante que prendeu um carrinho de cachorro-quente, “acidentalmente” derrubando uma pilha de salsichas na calçada. — Arte cinética, Vegas! — gritou, enquanto turistas confusos pegavam os cachorros-quentes do chão, achando que era uma promoção. A Purotekutā da Proteção, suspirando, usou seu Feralis para proteger o grupo de um vendedor furioso, sua aura desviando uma bandeja jogada que voou sobre suas cabeças. — Vocês vão me dar trabalho extra no torneio — disse, mas riu quando Maitreia jogou uma ficha para o vendedor, que ficou tão confuso que parou de gritar.

    O grupo parou em um bar de rua, o Neon Oasis, um antro de luzes coloridas e música alta. Maitreia pediu margaritas para todos, derramando metade da sua na camisa havaiana por “acidente”. — Brindemos ao torneio! E a Vegas! — exclamou, levantando o copo, enquanto Vorax congelou o dele, transformando a margarita em um picolé alcoólico. — Você nunca muda, iceboy — disse Maitreia, chupando o gelo derretido com uma calma imperturbável, enquanto jogava uma ficha que Vorax pegou com um sorriso sarcástico.

    A bagunça atingiu o ápice quando entraram no cassino Caesars Palace, onde o Purotekutā da Sorte apostou em uma roleta e ganhou cinco rodadas seguidas, atraindo uma multidão que gritava “milagre!”. Vorax, para “ajudar”, congelou a roleta, travando-a em vermelho, o que causou um caos de aplausos e reclamações. — Sorte ou gelo, quem se importa? — riu Vorax, enquanto seguranças se aproximavam. A Purotekutā da Proteção ativou seu escudo, desviando a atenção dos seguranças, que acabaram perseguindo um turista bêbado por engano.

    O Purotekutā do Barbante, rindo, amarrou os pés dos seguranças com fios, que tropeçaram em uma cena digna de comédia pastelão, caindo sobre uma pilha de fichas.

    Maitreia, no centro do caos, jogou mais fichas para a multidão, gritando: — Vegas é nossa! Divirtam-se! — enquanto turistas se atracavam para pegar as fichas, achando que era uma promoção oficial. O grupo saiu correndo, rindo histericamente, enquanto as luzes de Vegas brilhavam ao fundo, como se aplaudissem o espetáculo.

    Enquanto isso, no Luz do Lobo, o resto do grupo tentava manter a sanidade. Kazuto, no quarto com Sora e Ryu, socava o ar, testando seu Feralis do soco, a aura vermelha pulsando. — Onde será que o Vorax tá? Aposto que tá causando problemas — disse, enquanto Sora rosnava: — Ele que não atrapalhe meu plano de esmagar todos no torneio! — Ryu, polindo as garras Feralis, bufou: — Ele é um palhaço, mas eu sou o melhor. O palco é meu.

    Himari e Nariko, no quarto ao lado, riam enquanto testavam seus Feralis. Himari lançou um raio que quase fritou uma luminária, enquanto Nariko girava sua tampa, quase derrubando um vaso. — Imagina o Vorax num cassino! Aposto que congela tudo! — disse Nariko, carismática, enquanto Himari vibrava: — E o pai da Nara jogando fichas como confete! — Elas caíram na risada, faíscas e tampas voando.

    Chen Hua, no quarto com Nara, organizava flores medicinais, preocupada. — Espero que eles não se metam em encrenca séria… — sussurrou, enquanto Nara, pragmática, revisava um tablet rúnico com os dados do torneio. — Meu pai e meus irmãos são imãs de confusão. Mas eles sabem se virar — disse, com um suspiro que misturava irritação e carinho.

    Os Shisai, espalhados pelo hotel, mantinham a ordem. Lau, girando sua Vassoura Espiritual, selava auras residuais no saguão, resmungando sobre a bagunça de Vorax.
    Mikael projetava pensamentos calmos, enquanto Kael dos Corações Quebrados emitia luz espiritual para relaxar o grupo. Hira aquecia o ar, Orik reforçava móveis com concreto orgânico, Yume afiava unhas predatórias, Raen polia seu braço-lâmina, Naeva farejava o ar com instinto lupino, Ayo borrifava água purificadora, Ilma brincava com chicotes etéreos, Tião verificava sua espingarda Benção de Rakel, Eldra cultivava raízes, Saru bebia uma garrafa transformada em licor, e Haru observava tudo como fumaça, silencioso.

    De volta à Strip, o grupo de bagunceiros terminou a noite no Neon Oasis, onde Maitreia tentou ensinar Vorax a dançar salsa, resultando em Vorax congelando o chão e escorregando dramaticamente, caindo de bunda enquanto os Purotekutā riam. O Purotekutā da Sorte ganhou uma aposta de bar, o Purotekutā da Proteção desviou um copo jogado por um bêbado, e o Purotekutā do Barbante criou uma teia que “acidentalmente” prendeu um grupo de dançarinos, que acharam que era parte do show.

    Exaustos, mas rindo, voltaram ao Luz do Lobo à meia-noite, carregando sacolas de fichas, algumas salsichas roubadas e histórias absurdas. Maitreia, com a camisa manchada de margarita e ketchup, piscou para Nara, que bufava no saguão. — Filhinha, relaxa. Só aquecemos pro torneio — disse, enquanto Vorax ria, congelando uma planta decorativa por puro tédio. — Aquecemos a cidade inteira, mestre! — retrucou.

    O grupo, reunido no saguão, riu das façanhas, enquanto Nara balançava a cabeça. — Vocês são impossíveis — disse, mas sorriu. Com o Torneio das Feras a dois dias, o clã Gautama e Vorax haviam transformado Vegas em uma lenda, mas o verdadeiro caos ainda estava por vir.

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