Volume 02 - Posfácio

Posfácio

De tempos em tempos, me perguntam o que seria um jogo perfeito para mim. Já joguei muitos RPGs, então eu diria, naturalmente, que seria um RPG. Para mim, os jogos que mais se destacaram foram Dragon Quest III e V, Final Fantasy II, IV e VII e Romancing Saga. Quanto aos MMORPGS, eu citaria os jogos das séries de Ultima Online ou Everquest. Mas, mesmo que os MMO e os jogos tradicionais de RPG estejam sempre em desenvolvimento, mesmo quando novos títulos estão sendo lançados, alguns dirão são apenas melhorias e não uma evolução real. Com os MMOs, o World of Warcraft é o campeão reinante, enquanto os jogos que vieram depois apenas melhoraram ou poliram a fórmula estabelecida. A gente sente que a fórmula já não pode mais ser aperfeiçoada ou atingiu seu ápice.

Quando eu joguei pela primeira vez Dragon Quest e Final Fantasy e os primeiros MMOs, senti como se meus sentidos fossem dominados pelos novos mundos que se abriram diante dos meus olhos. Meu eu insignificante estava prestes a passar do meu mundo minúsculo e insignificante para um mundo vasto e novo. Eu não queria deixar esse mundo, onde tudo o que via e ouvia era novo. Para ser honesto, acabei abandonando o mundo real por um tempo.

Pergunto-me, que tipo de jogo recém-lançado me traria aquele tipo de sentimento de novo? Teria que depender dos avanços tecnológicos? Ou talvez algo novo nascido de uma combinação de fórmulas já estabelecidas? Ou teria que ser um jogo que ninguém imaginou antes, aparecendo do nada como um cometa no céu?

Não importa o quanto eu pense nisso, simplesmente não sei. Talvez nenhum jogo seja capaz de novamente expandir meu mundo como antes.

Mas, felizmente, para mim, existem os romances. Eu sei o que uma pessoa como eu pode escrever, mas porque eu não sou nem um gênio nem experiente, nada que eu tentar será perfeito eu preciso apenas dar uma passo de cada vez, ou talvez meio passo. Eu sempre sinto muita timidez quando tento escrever um romance. Sempre me pergunto, posso realmente fazer isso? Não estou indo além da conta?

De alguma forma, escrevo sob o impulso de puro desespero. Só depois de terminar e eu olho para trás e vejo uma estrada pavimentada, então percebo qual é o resultado do meu trabalho, aquilo que acabei de concluir.

Fiquei sem papel. Gostaria de agradecer meu editor, K-san, Shirai Eiri, os designers da KOMEWORKS e todos os outros envolvidos na produção e distribuição deste livro, além dos leitores – é claro.

Com muito amor e gratidão, baixo minha caneta por hoje e espero vê-los em breve.

Jyumonji Ao

Zeakev