Prólogo - O Vale dos Reis Eternos
Antes que os mortais contassem o tempo, antes mesmo do primeiro suspiro de vida rasgar o vazio, existiam apenas as forças primordiais. Elas moldaram o universo com caos e ordem, tecendo a luz e as sombras, criando o que há entre elas: o Vale dos Reis Eternos.
Este lugar não pertence ao mundo dos vivos, tampouco ao dos mortos. É um limiar onde o tempo é apenas uma memória distante, onde os fracos são esquecidos e os fortes disputam a eternidade. Aqui, os reis caem, e os demônios ascendem.
No centro do Vale, onde as chamas do orgulho queimam mais intensas, Xerxes, o Rei Demônio, governa com um punho imortal. Seu trono é feito das esperanças quebradas de milhares de almas; seus olhos, poços vazios que enxergam apenas o sofrimento. Acima dele, o céu ruge em silêncio eterno, e abaixo, as terras do Vale se dividem em quatro reinos: o Círculo dos Bravos, o Plano Cinzento o Abismo dos Condenados e o Campo da redenção
O Círculo dos Bravos: Uma região de eterna batalha, onde guerreiros virtuosos e almas valorosas se enfrentam dia e noite, aprimorando suas habilidades para um destino desconhecido. Aqui, a dor é honra, e a morte não significa o fim. Eles aguardam algo… ou alguém.
O Plano Cinzento: Um solo neutro onde almas comuns vagam, perdidas entre suas memórias e o esquecimento. A eternidade aqui é estéril, como um lago sem ondas. Poucos ousam sair de sua apatia, pois o medo do que existe além os consome.
Os Campos da Redenção: Os Campos da Redenção (Para as Almas Boas)
Os Campos da Redenção é o lugar onde as almas dos bons, ou daqueles que viveram vidas de honra e retidão, acabam após a morte. Embora não sejam exatamente recompensados com paz eterna, essas almas têm a chance de refletir sobre suas ações e, eventualmente, se redimir por erros passados. Contudo, o processo de redenção nunca é simples. As almas aqui enfrentam dificuldades e provações que as forçam a reviver momentos de suas vidas para aprender e purificar suas falhas. A missão do Purgatório é que ninguém saia da terra sem ao menos ser moldado pela dor e pela reflexão, e os Campos da Redenção são onde esse processo começa. Mesmo as almas boas têm de pagar um preço, embora a chance de libertação seja maior do que nas outras regiões.
O Abismo dos Condenados: Um inferno à parte, onde as almas corrompidas ardem e sofrem sob o olhar cruel dos subdemônios. Tortura, desespero e loucura são suas únicas companhias, enquanto o chão geme sob o peso de seus pecados.
E foi neste Vale — entre sofrimento e silêncio — que ele chegou.
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