Índice de Capítulo

    Gostaria de pedir encarecidamente para que todos os leitores que aqui chegarem, para deixar um comentário sobre o que estão achando da obra e do ritmo atual dos capítulos. Isso ajuda muito a incentivar o autor e também para saber o feedback de vocês sobre a história para eu poder melhorar.

    Vítor se levantou atordoado pela queda, irritado ao notar seu belo uniforme coberto de poeira. Sedenta também estava confusa, o mercado inteiro havia desabado e agora estavam no subterrâneo.

    Os dois se entreolharam, sem compreender o que havia acontecido de verdade. Haviam caído em um canal subterrâneo. As águas, após Otaviano cair desacordado no meio do canal, levaram o herói para os confins dos aquedutos.

    — Você não ia matá-lo? — perguntou Vítor, observando seu rival ser arrastado pelo fluxo do canal, afundando e desaparecendo.

    — Eu ia, mas alguém atrapalhou… — Sedenta, sem a luz do sol no subterrâneo, voltou para o seu corpo feminino.

    — Realmente é uma mulher… Você é uma filha da noite? — Vítor a encarou de cima a baixo, á procura de respostas sobre a verdadeira identidade dela.

    Sedenta assentiu com a cabeça.

    — Vai deixar ele ir embora? — indagou ele ao apontar para onde viu Otaviano pela última vez.

    — Ele vai se afogar com a água, não vai mudar muita coisa.

    — Espero que sim. Não seja como aqueles vilões de filmes que têm o inimigo à mercê e nunca os matam.

    Um estrondo de grande explosão ressoou do lado oposto do canal. Vítor suspirou e começou a correr.

    — Para onde está indo? — Sedenta olhou para ele, confusa.

    — Enfrentar Lucciola… Herman e Alice não têm ideia do tipo de herói que estão enfrentando.

    — E aquela garota ali? — perguntou ela sobre uma jovem caída entre os destroços do mercado.

    Era a mesma garota que Alice havia encontrado, uma adolescente de cabelos roxos. Ela jazia no chão, coberta pelos destroços de uma parede, com muito sangue ao redor.

    — Pensei que os civis tivessem fugido quando começamos a lutar… — comentou Vítor. — Tire-a daqui. Enfrentarei Lucciola.

    — Não. Você cuida dela, e eu lutarei contra esse novo herói. — A meia-filha da noite exibia sua confiança em suas habilidades.

    Vítor riu da forma determinada que Sedenta falou.

    — Você não conhece os poderes deles, suas fraquezas. Escuta-me: tire a garota daqui, avise Mávros e nos espere no esconderijo.

    — Quem pensa que é para me dar ordens? — Sedenta se aproximou e apontou o dedo para o rosto dele.

    — Em breve, você entenderá… — Vítor balançou as mãos e invocou a névoa negra para cobrir seu corpo.

    A demonstração da habilidade a encantou, sua personalidade mudou em um instante, como uma poção mágica. Ela se aproximou dele, e começou a acariciar o peito de Vítor com a ponta do dedo indicador. E então falou com uma voz meiga e suave.

    — Querido, por que não disse isso antes? Teria poupado saliva…

    — Fui claro sobre o que fazer? — Vítor estava desconfortável com os avanços de Sedenta, mas não tomou nenhuma atitude.

    A mulher concordou com um sorriso, retirou a jovem dos escombros e, com um único salto, deixou o subterrâneo através do grande buraco que antes era o mercado.

    “Lucciola, agora é só você e eu”, pensou Vítor ao correr direto para a escuridão dos túneis.


    Alice lutava para desviar dos vaga-lumes que se aproximavam com suas chamas, todavia eram numerosos e explodiam ao menor contato com ela. HHerman havia se atirado na frente da primeira explosão, usando seu próprio corpo como escudo para protegê-la. Aquele homem estava disposto a se sacrificar se isso significasse o sucesso da missão.

    Agora, ele jazia inconsciente, com uma enorme pedra sobre ele, o sangue escorria pelo piso de pedra. Havia sido ferido gravemente na cabeça. Seu casaco havia amortecido o impacto mais severo nas costas, o que ainda era a única razão de ele estar vivo.

    Alice estava completamente sozinha naquele momento.

    — Renda-se logo, não posso retornar com uma massa de carne deformada — zombava Lucciola, camuflado entre suas nuvens de insetos. — Você é o motivo de tudo isso, Uriel ficou muito triste com sua rejeição. E depois, ainda mais quando soube o que Vítor fez com você… O pior de tudo, você fugiu com ele!

    — O quê? Você não sabe nem metade da história! — retrucou Alice ao ouvir tais palavras debochadas.

    Uma nuvem negra engolfou o antigo poço de escadas, agora em ruínas. Alice olhou surpresa para o que via, e até os vaga-lumes pararam de atacar.

    — Adivinha quem chegou? — gritou Vítor do meio da névoa. Ele emergiu da fumaça com suas roupas brancas e limpas, toda a poeira da queda anterior removida. 

    — Vítor, acha que a sua necromancia e as suas marionetes são capazes de enfrentar o meu exército? — Lucciola o desafiava.

    — Não. Por isso tenho outros truques na manga. Vamos colocar fogo nisso, Alice!

    A jovem ergueu as mãos e lançou uma bola incandescente para dentro da névoa negra, que instantaneamente entrou em combustão, iluminando a sala como se fosse dia. O calor das chamas foi avassalador.

    Centenas dos insetos foram vaporizados pelo calor. “Ainda não é suficiente”, pensava Vítor consigo mesmo. “Preciso destruir o vaga-lume central, ou acabar com o seu cérebro antes que ele tenha tempo de se transformar em insetos, deixá-lo confiante e exposto.” Ele tomou então uma decisão que poderia ser considerada imprudente.

    Deixando suas costas vulneráveis, ele notou um dos vaga-lumes se aproximando, mas agiu como se estivesse alheio à sua presença. Os vaga-lumes de Lucciola mais se assemelhavam a grandes besouros, com chifres cintilantes e olhos ardentes como brasas.

    Suas explosões eram consideradas mágicas, o que significava que Vítor não poderia impedir com seu corpo de névoa. Se uma explosão o atingisse, poderia ser fatal, especialmente se atingisse um órgão vital.

    E foi isso que aconteceu. A explosão do inseto atingiu todo o seu corpo, destruindo sua perna e braço direitos. Ele foi lançado como um boneco, até colidir com uma das paredes. Sangue escorria de sua boca, enquanto lutava para manter a consciência.

    — Só precisei de uma explosão para derrotar o nono colocado no ranking global, isso me deixa com quantos pontos agora? — Lucciola se transformou em seu corpo humano e caminhou até Vítor.

    Lucciola abriu a sua guia de interface e usuário na frente de Vítor e a analisou.

    Informações Primárias 
    NomeLucciola
    GuildaDragões do SolClasseInvocador
    AlcunhaNenhumaNível17
    Pontuação Total1204Experiência Total1790
    Posição Global419°Modo de JogoAutomático
    Informações Secundárias
    Ataque2Reflexos6
    Carisma4Resistência6
    Força2Sabedoria4
    Mecânica2Sorte4
    Mira1Vigor5
    Mana10Velocidade4
    Vantagens
    Furtividade / Vigilância

    — Ranking 419, isso é tão tocante… — falou Vítor ao cuspir sangue.

    — Mostre a sua — ordenou Lucciola para o seu oponente caído.

    Vítor riu e começou a sangrar mais ainda.

    — Mostre a sua pontuação! — Lucciola agarrou o cabelo de Vítor e fez ele olhar direto em seus olhos.

    Informações Primárias 
    NomeVítor
    GuildaNenhumaClasseSenhor da Névoa
    AlcunhaO MarionetistaNível0
    Pontuação Total9990Experiência Total0
    Posição GlobalModo de JogoManual
    Informações Secundárias
    Ataque0Reflexos0
    Carisma0Resistência0
    Força0Sabedoria0
    Mecânica0Sorte-99
    Mira0Vigor0
    Mana0Velocidade0
    Vantagens
    Nenhuma

    — Como você conseguiu colocar uma habilidade como zero? Modo de jogo: Manual? Isso é possível? — questionava Lucciola, perplexo ao ver o holograma surgir diante dele. — Explique isso agora!

    — Uriel vai te descartar assim que fizer algo contra ele. Acha mesmo que vai tomar meu posto de vice-líder? Ainda lhe faltam muitas qualidades — falava Vítor, com o último fio de vitalidade que lhe restava. — Entenda uma coisa, posso ser horrível, mas sempre serei melhor que você!

    Lucciola desferiu um soco furioso em Vítor, que caiu com o rosto no chão, mas ainda mantinha um sorriso característico.

    — Tire a mão dele! — gritou Alice do outro lado da sala, separada pelo poço de escadas.

    A intervenção de Alice distraiu Lucciola, e era exatamente o que Vítor esperava. Reunindo suas últimas forças, ele invocou uma imponente marionete de um espadachim. Com um golpe preciso nas costas, a espada atravessou a cabeça do inimigo, resultando em uma morte instantânea. Lucciola sucumbiu com os olhos abertos, sem compreender completamente o que havia acontecido.

    — Seu corpo nem vale um enterro — disse a marionete em uma voz robótica.

    O espadachim segurou o corpo sem vida de Lucciola pela cabeça, enquanto lentamente ele se transformava em névoa negra, tornando-se mais um na coleção de Vítor.

    — Idiota, eu venci. — Em seu último sorriso, Vítor desabou no chão.

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