Índice de Capítulo

    Opa, tudo bom? Gostaria de anunciar que irei mudar a numeração de Jaro e Einar; Jaro será o número 100 e Einar 99. Isso porque existem 5 turmas|Ordem de mercadorias dentro do clã Moong, cada uma delas tem 20 membros|jovens iniciais e oficias. Por isso, não fez sentido eu ter colocado Jaro como 102 e Einar 101 incialmente. Peço desculpas, pelo erro.

    A fumaça foi se dissipando aos poucos. Einar, mesmo ferido e sangrando, sorria como um louco tomado pela adrenalina.

    — Eu consegui!

    Mas ele comemorou cedo demais. Quando o nevoeiro se dispersou por completo, Garin surgiu, intacto, sem um único arranhão e também sorria. O sorriso de Einar afundou como uma pedra no mar.

    — S-seu velho desgraçado! O que você fez?!

    — Hahahaha. Você é que é fraco demais.

    O velho de cabelos grisalhos, ainda segurando o braço de Einar com força, ergueu o punho mirando o rosto do garoto. O soco disparou como um martelo, acertando-o bem no centro da face.

    O corpo de Einar foi lançado para trás, voando pelo ar até se chocar contra o chão. Isso deixou os outros fiscais irritados, trocando olhares e soltando suspiros pesados.

    — Aquele velhote não tá pegando leve… A bola de fogo já era mais que suficiente — resmungou Damien.

    — Eu avisei… — murmurou Elias.

    — As coisas não vão acontecer do jeito que ele quer. Só observem — disse Lila.

    — Tá bem confiante naquele moleque, hein, Lila? — Ele riu. — Bom, Também tô curioso pra ver o quanto ele ficou mais forte — comentou Elias.

    — Agora — Garin virou-se devagar, cravando o olhar em Carter, que havia recuado antes que a bola de fogo o atingisse. Desta vez, o jovem estava firme, com a guarda erguida e cada músculo seu estava tenso.

    — Se você ficar aí parado me encarando o dia inteiro, não vai conseguir me cortar.

    Droga… não consigo achar nenhuma abertura nesse monstro! pensou Carter, tremendo por dentro.

    Garin balançou a cabeça, visivelmente decepcionado.

    — Parece que nada vai superar aquela bola de fogo, que patético.

    Num piscar de olhos, Garin avançou. Carter mal teve tempo de reagir, mas reuniu tudo o que tinha: força, mana e a confiança que depositava na própria lâmina.

    — Não importa se você é um monstro ou qualquer outra coisa! Eu vou te cortar!

    O soco de Garin avançou direto contra Carter, mas o jovem rebateu o golpe com sua lâmina, desviando a força do impacto. Isso lhe arrancou um meio sorriso confiante.

    É isso, só preciso manter o ritmo até conseguir cortá-lo!

    — Oh? Então você não é só conversa. Vamos ver se aguenta mais alguns — provocou Garin.

    Uma chuva de socos foi lançada. Rápidos demais para serem acompanhados a olho nu, pareciam miragens para qualquer um assistindo de fora.

    Mas Carter manteve o foco. Um a um, ele defendeu os golpes, aparando-os com precisão.

    Boa, boa, eu vou conseguir!

    Só que, a cada segundo, os socos ficavam mais rápidos e mais pesados. Velho gagá desgraçado! Carter cerrava os dentes, e suas mãos sangravam de tanto absorver o impacto. Até que um golpe atravessou sua defesa, abrindo sua guarda, o próximo golpe o acertaria em cheio.

    Mas, no exato instante em que o ataque final viria, Einar surgiu ao lado de Garin e disparou mais uma bola de fogo. Garin foi forçado a recuar, abandonando o golpe para se proteger das chamas iminentes.

    — É disso que eu tô falando! Venham com tudo! Kekeke.

    O rosto e a cabeça de Einar sangravam sem parar.

    — Não precisava me ajudar — resmungou Carter, respirando forte.

    — Tô nem aí. Só quero arrancar aquele sorriso arrogante desse velhote.

    — Coincidência, eu também! — Carter devolveu o sorriso.

    — Então chega de conversa.

    Os dois trocaram um olhar rápido, como se tivessem chegado a um acordo. Mesmo sabendo que o velho à frente deles era muito mais forte, não deram um passo atrás. Avançaram com tudo o que tinham.

    Einar disparava diversas bolas de fogo, enquanto Carter lançava esferas de vento. Não eram tão poderosas quanto uma magia, mas ainda assim tinham força o bastante para deixar danos.

    Infelizmente, Garin cortava com a palma da sua mão, cada ataque, magia, vento, mana como se estivesse afastando poeira. Carter então tentou um ataque direto com sua espada de aço.

    Einar, do outro lado, avançou com a própria lâmina enquanto intercalava golpes com novas bolas de fogo. Mas Garin bloqueava tudo e ainda conseguia acertar golpes pesados nos corpos juvenis dos dois.

    Se aquilo continuasse, eles seriam derrotados rapidamente. Garin, por sua vez, já começava a ficar entediado. Entre um soco e outro que esmagava o estômago de Einar e a cara de Carter, algo lhe ocorreu.

    Ainda falta o mascarado, porque não apareceu? Lila parecia bem confiante nele. Me distraí com esses pirralhos, mas onde ele está?

    Os olhos do velho percorreram a arena, vasculhando cada canto, mais nada. O mascarado não estava em lugar nenhum e quanto mais procurava, mais inquieto ficava.

    Então, de repente, seus pelos se arrepiaram. Uma mana poderosa descia de cima, com uma pressão esmagadora. Garin ergueu os olhos instintivamente. E um enorme sorriso se abriu em seu rosto.

    Jaro despencava do céu em alta velocidade, envolto por raios brancos que estalavam ao seu redor. Em três segundos, seu golpe atingiria Garin.

    — Agora entendi… — murmurou o velho. — Com esse poder, você realmente poderia me machucar. Mas isso não significa que eu vou aceitar esse ataque de frente.

    Você perdeu, Lila ou melhor, Carla, bruxa de fogo. Garin abriu um sorriso vitorioso.

    Mas, lá do alto, Jaro também sorria.

    Hum? Por que ele tá sorrindo? Ele deve saber que é impossível me acertar!

    Garin, obcecado com o ataque que vinha do céu, esqueceu completamente de Einar e Carter que, reunindo as últimas forças, partiram para o ataque.

    Einar mirou no pescoço. Carter, no tronco. Os dois atacaram ao mesmo tempo, obrigando Garin a interromper o movimento e erguer a defesa. Ele era forte o bastante para se soltar em segundos, é claro, mas segundos eram exatamente o que Jaro precisava.

    — Seus malditos! Não vou deixar vocês me atrapalharem!!!

    Com brutalidade, Garin agarrou a cabeça de Einar e o arremessou contra Carter. Os dois voaram juntos para longe. O velho se virou para receber o ataque final.

    Ele ergueu ambos os braços e…

    BANG!!

    A espada de Jaro, tomada por raios, desceu com uma força colossal. A explosão rasgou o chão, faíscas elétricas voaram para todos os lados.

    Assim que o impacto cessou, o sangue começou a escorrer pelo braço do velho. Percebendo isso e certo de que havia vencido, Jaro pulou se afastando e guardou a espada, ofegante.

    — Eu venc—

    Mas antes que pudesse terminar a frase, o punho de Garin avançou como um meteoro em sua direção.

    O golpe teria acertado em cheio, se Lila não tivesse surgido à frente, bloqueando o soco com as mãos nuas.

    Suas mão eram pequenas e delicadas, mas carregadas de uma força e resistência sobrenaturais.

    — Você não acha que está sendo arrogante demais, Garin?! — gritou Lila, furiosa.

    Chamas subiram por seu corpo, intensas o bastante para fazer Jaro, que estava bem atrás, se queimar.

    Que calor absurdo! Está vindo da mana dela? Pensou Jaro, reforçando o fluxo de mana pelo próprio corpo para tentar suportar o calor que vinha da sua guarda.

    Garin, ainda com o punho preso na palma de Lila, finalmente notou o sangue escorrendo de seus braços. Envergonhado, largou o golpe e apenas se sentou.

    — Foi mal. Você sabe que minha tolerância à dor é tão alta que eu mal sinto um corte tão artificial.

    A temperatura ao redor de Lila começou a baixar, lentamente.

    — Você deveria ao menos compensar meu candidato com uma poção de mana depois dessa. Se tivesse o acertado de verdade, poderia tê-lo matado…

    Ela levou a mão à própria máscara e fez um movimento circular, fingindo enxugar lágrimas, como uma moça frágil e delicada.

    — Sniff… sniff…

    Os olhos de Garin, normalmente semicerrados, se escancararam ao encará-la. Ele parecia estar diante de algo verdadeiramente assustador.

    — Para, para com isso. Você tá me deixando assustado. Eu vou entregar uma poção de mana de grau médio pra ele depois.

    Essa mulher é doida… Pensava o velho, balançando a cabeça em concordância.

    — Excelente — respondeu Lila, fria, passando por ele. Sem se virar, completou: — Me desculpe, número 100. Não era minha intenção te ferir.

    — T-tudo bem… — foi tudo o que Jaro conseguiu dizer. Era a segunda vez que sentia medo da própria guarda.

    — Venham. E… precisamos decidir algumas coisas agora não acha, Garin? — Damien indagou.

    Garin apenas sorriu e respondeu: — Claro.

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