Índice de Capítulo

    Enquanto Julietta comia e descansava um pouco, serviram uma refeição simples na sala. Killian não conseguiu se recompor o suficiente para descer ao refeitório, então todos tiveram que jantar na sala.

    Depois da refeição, as pessoas que estavam com seus chás na frente começara a discutir como lidar com o veneno que estava se espalhando na capital.

    “Estou tão feliz de termos encontrado um antídoto. A princesa está salva e as pessoas inocentes não precisam mais ser sacrificadas”, disse Oswald, enquanto respirava profundamente o aroma do chá. Killian acenou com a cabeça.

    “Mas como vamos distribuir o antídoto?”, perguntou Adam, preocupado.

    “Não podemos revelar que é veneno”, respondeu Killian, e todos, exceto o Dr. Paulo, concordaram.

    Eles discutiram várias ideias, desde ensinar todos os médicos a receita, até fazer e distribuir o antídoto. Enquanto eles compartilhavam suas ideias, Maribel ficou em silêncio, sem dar muitos comentários. Killian prestou atenção nela.

    “Chefe da companhia, acho que você tem uma ideia. Diga-nos.”

    Maribel hesitou por um momento, depois disse: “Embora eu sinta que estou brincando com a vida das pessoas, essa é uma oportunidade que não devemos perder”.

    O Dr. Paulo parecia desconfortável ao ouvir que ela estava brincando com a vida das pessoas, mas Killian a incentivou a continuar.

    Com a permissão dele, Maribel compartilhou seu plano. “Se não pudermos expor a culpa do Príncipe Francisco, precisamos destruir sua ambição. Dessa forma, ninguém mais será vítima de seus planos.”

    O Dr. Paulo estava tenso, pensando: Vamos ver o que ela vai sugerir. Assim como ela disse, não devemos sacrificar mais inocentes na batalha pelo trono.

    “Como você pretende fazer isso?”

    Killian perguntou, e Maribel balançou a cabeça. “Ainda não pensei numa maneira. Mas precisamos aproveitar essa grande oportunidade.”

    “Julietta!”

    Julietta entrou na sala, assistida por Vera. O Marquês de Anais se levantou rapidamente, mas Killian foi mais rápido e puxou Julietta em seus braços, afastando-a de Vera.

    “Você está melhor agora?”

    Sem se importar com o olhar triste do Marquês, Killian levou Julietta ao sofá com cuidado e sentou-se ao lado dela. “Estou bem, só estou um pouco tonta e sem energia”, disse Julietta com um sorriso doce para todos na sala.

    “Estava muito preocupado. Fico tão feliz que você esteja bem”, disse Oswald, e todos adicionaram suas palavras de alívio.

    Killian então se virou para a Sra. Raban: “Sra. Marquesa, eu pedi que enchesse a mansão com pessoas confiáveis, mas olha o que aconteceu. Como posso confiar em você agora?”

    Agora que estava claro que a epidemia era causada por veneno, ficou óbvio por que Julietta caiu doente. Simone abaixou a cabeça rapidamente com as palavras frias do Príncipe, sentindo-se culpada.

    “Sinto muito, alteza. Se me der mais uma chance, eu farei de tudo para provar minha lealdade”.

    “Você tem uma semana.”

    “O quê?”

    “Vou lhe dar uma semana. Descubra quem envenenou Julietta.”

    Com Simone assentindo em desespero, Killian voltou sua atenção para Julietta.

    “Continue o que você estava dizendo.”

    Julietta tentou se afastar dos braços de Killian, constrangida pelo seu comportamento, mas não conseguiu.

    “Sua Alteza, por favor, afrouxe o braço. Estou ficando sufocada”, sussurrou ela, tentando não ser ouvida pelos outros. No entanto, Killian apenas a puxou ainda mais perto, fingindo inocência.

    “O que foi? Está tonta? Apoie sua cabeça no meu ombro.”

    “O melhor é que Julietta ainda deve descansar. Ela ficou inconsciente por alguns dias, então precisa se cuidar”, disse o Dr. Paulo preocupado.

    Julietta balançou a cabeça. “Estou me sentindo melhor agora. Eu estava tonta quando me levantei, mas agora estou bem, só falta um pouco de força.”

    Ignorando as reclamações de Julietta, Killian ordenou a Vera: “De agora em diante, você mesma prepare qualquer comida ou chá para a princesa, ninguém mais deve fazer isso.”

    O Dr. Paulo acrescentou: “Os alimentos na mansão de Kiellini podem conter veneno. Prepare apenas comidas que você tenha certeza de que estão seguras. Use apenas vegetais e carne. A água deve ser a mais pura possível.”

    Vera concordou, e Killian voltou a olhar para Julietta. “O que você estava tentando dizer? Fale, depois vá descansar.”

    “Concordo com a Sra. Grayson. Devemos aproveitar essa oportunidade para acabar com a ambição do príncipe Francisco. Devemos espalhar seu prestígio por todo o continente, para que ele não repita isso.”

    Julietta olhou para todos na sala com determinação. “Vamos abrir um centro de tratamento temporário para isolar os doentes. Distribua o antídoto encontrado pelo Dr. Paulo. Só o fato das pessoas melhorarem depois de tomar o antídoto aumentará o seu prestígio, e o príncipe Francisco nunca poderá superá-lo.”

    “Exatamente. Não precisamos achar outro caminho. É importante que Sua Alteza encontre um antídoto para a terrível epidemia e salve as pessoas do Império”, completou Maribel, sorrindo para Julietta.

    “Envie seus soldados para cada clínica. Não sabemos o que o príncipe Francisco pode fazer quando souber disso”, acrescentou Julietta.

    “Seria melhor que seus homens cuidassem das clínicas e mantivessem os doentes lá até se recuperarem. E façam isso em sigilo.”, complementou Julietta.

    O Dr. Paulo ficou novamente tenso com as palavras dela. “É compreensível criar uma clínica para aumentar o prestígio de Sua Alteza. Mas devemos revelar o antídoto. Não sabemos onde este veneno perigoso pode ter se espalhado e não podemos apenas escondê-lo.”

    “Metum não é um material comum. É usado apenas para maquiagem, por isso não há grande demanda. Cada teatro que precisa de materiais de maquiagem cultiva o seu próprio. Certo?”, Julietta perguntou a Maribel.

    “Sim. São necessários seis meses do plantio até a colheita, então deixar a terra em pousio para cultivar essa planta não é rentável. É por isso que a família Kiellini não a cultiva. Os nobres usam pétalas de rosia aromáticas e caras, conchas marinhas e cosméticos feitos de minerais naturais, enquanto as pessoas comuns usam bálsamos labiais ou pós de sementes de acelgas e frutas. Metum oleoso ou malcheiroso é difícil de cultivar”, explicou Maribel.

    Julietta continuou: “Será um grande problema se o príncipe Francisco descobrir esse tratamento e tentar comprar ou destruir o metum. Mesmo se plantarmos as sementes agora, levará seis meses para colher. Não podemos arriscar sem saber se a quantidade no mercado é suficiente.”

    “Entendo”, disse Dr. Paulo, compreendendo a necessidade de manter o segredo.

    “Você trouxe todo o excesso do teatro?”, Killian perguntou a Maribel.

    “Sim, Sua Alteza. Deve haver mais em outros teatros da rua Eloz, mas me preocupa o que pensarão se começarmos a buscar metum repentinamente.”

    “É compreensível. Quanto é necessário para neutralizar o veneno?”, perguntou Killian.

    “É difícil dizer. A quantidade que a princesa tomou foi cerca de três colheres, mas pode variar dependendo da duração da intoxicação, gravidade, constituição física, concentração e dose. É difícil adivinhar agora.”

    O rosto de Killian escureceu com a resposta do Dr. Paulo. “Não sabemos quanto vamos precisar até usarmos todo o veneno disponível no mercado.”

    “Por que não libertar pessoas de todo o continente e procurar um lugar para cultivar metum?”, sugeriu Oswald.

    “Austern é o único lugar do continente que tem teatros. Mesmo que houvesse outro lugar, seria difícil evitar os olhos do príncipe Francis ou do duque Dudley. É como revelar o antídoto ao inimigo,” concluiu Maribel.

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