Capítulo 225 – Crise (6)

“Vou adotar meu segundo nome como filho legítimo da família Kiellini, o que significa que reconheço minha irmã ilegítima mais nova. As mulheres da família Kiellini têm ‘J’ no terceiro nome.”

“Então, você vai ser Iris Regina Josephine Kiellini, e ela se chamará Katarina Stella Josephine Kiellini?”

“Não, meu nome é Iris Regina Julietta Kiellini, porque Julietta é o meu precioso nome.”

Além disso, “Julietta” foi o nome dado ao cachorro de rua.

Aqueles que nasceram nobres ou mulheres nobres foram incluídos no linhagem aristocrático com testemunhas de uma parteira ou um médico, que provariam seu nascimento. Houve três casos em que esse nome seria alterado: quando uma mulher nobre se casava e seguia o sobrenome do marido; quando um filho ilegítimo era formalmente adotado por um nobre; e quando eram despojados do título ou ganhavam um título superior. As três coisas deveriam ser juramentadas no templo e aprovadas pelo Imperador.

Seu verdadeiro nome era Julietta Salmão, embora de agora em diante ela viveria como Iris. Mas se ela se casasse com Killian e fizesse os votos formalmente no templo, ela se tornaria Iris Regina Josephine Bertino Austern.

Julietta não sabia se seu nome mudaria e sua habilidade de Manny desapareceria. Incapaz de se arriscar, ela teve que fazer um voto de casamento sob o nome de Julietta. No entanto, não podendo revelar a razão, teve que usar a desculpa de que não podia abrir mão do nome simplesmente por ser precioso.

Killian riu das suas palavras.

“No futuro, você pode se chamar Julietta com orgulho.”

Com Killian à sua frente, ela sorriu gentilmente.

“Sim, depois que nos casarmos.”

“Como disse, vou proceder com a cerimônia de casamento o mais rápido possível.”

Ante a insistência de Killian, ela balançou a cabeça.

“Pode ser possível se o príncipe Francisco não fizer nada, mas não sei… ele vai seguir em silêncio?”

“Por isso eu pedi a Valerian para trazer o Conde Baden. Precisamos confirmar a identidade da testemunha mais importante…”

O antídoto foi distribuído através dos centros de tratamento temporário e rapidamente conteve a epidemia.

Logo foi informado que o príncipe Killian havia trabalhado com seus ajudantes por vários dias sem dormir nem comer para encontrar essa cura.

A devoção deste Príncipe silenciou aqueles que diziam que a epidemia se originou em Bertino e que foi um castigo divino, já que o Príncipe enganou o povo, como se não fosse um Príncipe da linha principal de descendência…

“Como diabos ele encontrou o antídoto?” – Francis se enfureceu quando percebeu que seu plano havia sido frustrado. Desta vez, o Marquês de Marius, o cérebro por trás de Francis, não conseguia dar nenhuma resposta, pois também estava perdido.

Quando o Príncipe Killian anunciou a criação de centros de tratamento para a epidemia, todos pensaram que ele estava apenas tentando evitar críticas. Mas o antídoto era real!

“O que aconteceu com a criada enviada à mansão Kiellini? Se ela não conseguiu matar a princesa, diga para ela trazer informações importantes, senão morrerá!”

Francis estava tão irritado que destruiu seu escritório.

“Quando o Príncipe Killian estava na mansão Kiellini, a vigilância era tão intensa que não conseguimos nos aproximar. Quando conseguimos contatá-la depois, ela já havia fugido.”

Francis fitou Marius.

“Então, não conseguimos nada?”

“Desculpe, Alteza.”

“Desculpe?” – Francis zombou da forma como Marius, sempre confiante, agora se inclinava em desculpas.

“Marquês, não preciso de suas desculpas. Diga como resolver isso!”

“Não sabemos os ingredientes do antídoto, então não temos muito o que fazer no momento. O tempo para produzir o veneno não é curto…”

“Você está dizendo que é inútil, mesmo que continuemos produzindo e espalhando veneno no futuro?”

“Desculpe.”

Francis caiu no sofá e encarou Marius por um tempo.

“Isso não é típico do Marquês. Diga o que está pensando.”

O Marquês Marius abriu a boca depois de verificar a expressão de Francis, agora mais serena, como se não estivesse mais zangado. Diante de sua raiva, era inútil opinar, então aguardava oportunidades como essas.

“Vou anunciar que a epidemia, na verdade, era um veneno e que a origem foi a família Kiellini.”

“O quê?” – Francis levantou a cabeça ao ouvir isso.

“Como testemunha, podemos usar o mordomo do Duque de Kiellini. Não precisamos gastar mais tempo tentando sabotar o veneno. Vamos tirá-lo do nosso caminho.”

“E se ele disser que fomos nós por trás disso?”

“Nós dizemos que é calúnia. Precisamos agir primeiro. Vou afirmar que o Príncipe Killian envenenou deliberadamente as pessoas para ganhar fama distribuindo o antídoto.”

Percebendo a hesitação de Francis, Marius lembrou-lhe da realidade.

“Alteza, é tarde demais para se preparar se o Príncipe Killian atacar primeiro. Eles encontraram o antídoto muito rapidamente, mas você acha que não descobrirão o que fizemos? Precisamos agir antes que encontrem provas.”

Marius continuou com a mesma frieza que demonstrava nos dias de educação de Francis.

“E se Killian se tornar imperador? Você sabe o que acontecerá depois disso, embora eu não precise dizer nada. Estamos sem saída.”

Francis fechou os olhos um instante, depois os abriu.

“O Marquês tem razão. Se Killian se tornar imperador, tudo acaba. Sim, vamos cortar a língua do mordomo e impedir que ele fale besteiras. Será suficiente se houver alguém para atestar que ele era o mordomo da família Kiellini?”

“Sim, isso mesmo. Farei de tudo para garantir que tudo saia conforme sua vontade.”

“Sim. Killian nunca desistirá da princesa Kiellini. Mas quando se descobrir que o veneno veio dos Kiellini, a família estará perdida. Não importa quem seja Killian, não há saída. É uma rebelião. Foi orquestrado pelo Duque de Kiellini para derrubar o Imperador e sentar Killian no trono. Se o Duque for executado e a princesa perder seu status de nobre, também será possível executá-la. O que acontecerá com Killian depois de perder a princesa?”

Francis pegou um pedaço do vaso quebrado no chão e o jogou contra uma janela de vidro transparente, que caiu com um estrondo. Sorrindo sinistramente, ele murmurou:

“Tal como esses pedaços de vidro, Killian vai se quebrar. A expressão que vi nele na cerimônia de noivado era sincera. Será divertido ver Killian desmoronar depois de perder a princesa.”

Depois de um sombrio sussurro, Francis riu como um louco.

O marquês Marius não conseguia rir, temendo que as coisas não saíssem como planejado. Mas ele concordava que não havia como voltar atrás.

Valerian chegou a Tilia e dirigiu-se ao anexo onde o Duque estava hospedado.

“Como tem estado, Vossa Excelência?”

O Duque de Kiellini examinou a expressão do Conde Valerian. Quando confirmou que ele veio sozinho, sem um cavaleiro a seguir, sentiu-se aliviado e respondeu secamente:

“Como alguém com mãos e pés cortados pode estar bem? Parece irônico.”

Quando o Conde de Valerian o visitou logo após o Marquês Rhodius, temeu que as coisas tivessem saído errado, mas, felizmente, não era o caso. Pensando que consideravam sua obra-prima “Morte Branca” apenas uma epidemia, o Duque ficou prestes a rir pela primeira vez desde o dia em que foi humilhado pelo Príncipe Killian.

“Ouvi que a capital está em desordem devido à praga. Não posso acreditar que você veio a Tilia. O que aconteceu?”

Estava certo de que não sabia. No entanto, para confirmar, o Duque perguntou sobre o motivo da visita do Conde.

“Vim para resolver algo que ficou pendente antes.”

O duque ponderou sobre o que ele queria dizer e finalmente se deu conta.

“Isto é sobre a Iris.”

“Sim, sobre a Srta. Regina. Não importa o nome agora, pois logo ela será chamada por outro. Vamos partir amanhã de manhã, então prepare-se. Tenho certeza de que se sentirá aliviado quando o lugar de sua filha estiver garantido, não é?”