Capítulo 1 — A mãe de todos os monstros
A guerra é a mãe de todos os monstros.
Observar um exército se preparar para marchar era como observar o nascimento de uma criatura de outro mundo. Uma placenta se formava ao redor da tropa, erguida pelo gado e pelos muitos cavalos mobilizados, feita de poeira densa e cinzenta.
No centro daquela massa, figuras cobertas de madeira, cobre e aço pareciam compor uma centena de cabeças tais quais um ninho de serpentes que se entrelaçavam.
Os estandartes eram como espinhos assinalados por tecidos de muitas cores, davam àquela quimera um aspecto remendado. Eram almas costuradas e amarradas, formando um único corpo monstruoso capaz de lutar como um só.
Jiten observou seu pai partir e se unir àquele monstro. Levando com ele o único cavalo da família, o animal sustentando no dorso os equipamentos, alimentos e deixando para trás um rastro na terra ainda seca após o curto verão. Ele seguiu sem olhar para trás.
Vê-lo se juntar à estranha formação em seu horizonte lhe causava um sentimento inquietante. Seu pai sempre ocupou para ele uma posição tão única e singular, fosse como protetor ou como professor. Não parecia caber dentro dos parâmetros pelo qual media o mundo assistir este homem tão excepcional se juntar a uma massa amorfa de outros tantos comuns. Era como assisti-lo ser engolido pelo monstro.
Já havia escutado histórias de muitos seres terríveis, tantas, quanto uma criança travessa poderia escutar. No entanto, nenhuma criatura maligna das montanhas poderia se equiparar àquela que levava agora seu pai para longe dele.
Jiten não sentia medo. Era como assistir um evento da natureza, imparável, incontornável e impossível de se escapar. Mesmo assim, notou pouco depois que segurava na barra da saia da sua mãe com mais força do que jamais o havia feito.
A lembrança de olhar para cima e ver o rosto de sua mãe era talvez a mais nítida de suas memórias de infância. Era, talvez, mais nítida que a vista da partida de seu pai. A mulher olhava para o horizonte com um semblante duro, como se esculpido em pedra, olhos de um azul-celeste contrastando com o céu nublado. Carregava o filho mais novo no colo e este chorava, pois estando mais perto do coração de sua mãe, era quem mais sentia sua tristeza.
Jiten havia escutado histórias sobre sua mãe e escutou muitas depois. Ela um dia foi parte da nobreza, sua família detinha as terras de um vale fértil mais ao sul.
Uma disputa interna do clã a fizera perder seus pais e parentes mais próximos, suas terras, o conforto de uma vida tranquila. Como mulher, não pôde impedir o destino dos seus no passado, agora, sendo também uma camponesa, em nada podia agir para manter seu único refúgio perto de si.
Seu pai uma vez dissera a Jiten, em um comentário passageiro, que sua mãe tinha o coração pequeno, mas era capaz de amar mais do que qualquer outra pessoa.
O menino de seis anos manteve essas palavras consigo nos tempos que se seguiram. A mãe era rígida, disciplinada e mesmo quando graciosa, não tinha qualquer hesitação em castigar os filhos nascidos dotados de muita energia. Era difícil vê-la sorrir e Jiten mesmo muitos anos depois não se lembraria de tê-la visto sorrir em alguma ocasião.
A mãe era dona de uma assertividade impressionante, cada palavra soando como uma sentença de um juiz. A autoridade, lhe era nata.
Nas primeiras semanas que se seguiram à ausência do pai, Jiten demorou a se adaptar. Ainda tentou se manter vivendo como fizera no passado, aprontando pelo vilarejo, escapando dos olhos de sua mãe em todas as oportunidades e procurando sempre algo novo para descobrir ou alguma travessura para fazer.
Contudo, o vilarejo já não era mais o mesmo. As ruas estavam mais vazias, os bares e as tavernas tinham apenas agora os mais velhos e doentes, que não se importavam muito com ele. As mulheres que antes o mimava não se reuniam mais nas praças com tanta frequência, optando muito mais pelos espaços meditativos, algo inconveniente para o menino, pois neles não podia conversar ninguém.
Seus atos infantis, mesmo aqueles que outrora arrancariam alguns sorrisos, agora despertavam ataques de fúria intensos ou uma gélida indiferença, como se ele fosse alguma espécie de criminoso.
Não havia mais indulgência para ele.
Na realidade, Jiten foi notando aos poucos cada uma das figuras do vilarejo que gostava de perturbar, das vozes que gostava de ouvir e as presenças que admirava assistir havia mudado ou partido.
Por conta disso, o vilarejo pareceu ter diminuído de tamanho. Mais do que isso, o coração de todos diminuiu e percebeu pela primeira vez que suas travessuras, na verdade, machucavam. Não demorou para seu próprio coração diminuir. Ele já não era mais feliz.
Todas as coisas haviam naturalmente perdido o brilho e era difícil que alguma coisa nova acontecesse. Por semanas, um dia parecia muito com o seguinte, tal qual uma viagem longa por uma estrada deserta, o sentimento predominante era o desejo de se chegar até o final.
Dado este tédio, a maior parte do tempo, Jiten aprendeu a ficar quieto, brincando apenas na frente de sua casa, observando a rua monótona, acumulando lama cada vez mais conforme as chuvas de outono aumentavam.
Uma inquietação surgiu dentro do menino quando, no fim de uma tarde chuvosa, um viajante cortou a calmaria como uma lâmina rasgando um tecido. A incisão era lenta, um homem baixo andando ao lado de uma mula, sob um manto de água torrencial, puxando sua montaria e criando sulcos de lama atrás de si.
Toda a cidade parecia estar ciente da aproximação do homem. Enquanto ele atravessava a cidade, olhos e cabeças surgiam por entre os batentes das portas e das janelas, tentando entender o que um homem solitário buscava naquele vale.
Foi diante da casa de Jiten que o viajante parou e o menino, de imediato, correu para dentro da casa, tremendo o estranho tal qual temeria uma aparição. A inquietação se espalhou pela casa, quando o menino contou a sua mãe sobre a visita. Ela deixou a criança pequena aos cuidados de Jiten e arrastando os pés, com um semblante severo, arrastou os pés até a porta.
Foi possível ouvir o som das botas pesadas do viajante pisando nos degraus de madeira. O chacoalhar das roupas encharcadas e um suspiro longo. A mãe de Jiten abriu a porta por apenas alguns segundos.
— É tarde demais. Você chegou atrasado. Ele já partiu.
Subitamente, ela fechou a porta. Sustentou a mão segurando a porta como se temesse que o homem a forçasse, fechando os olhos com força como se aquilo pudesse apagar a situação com que tinha que lidar. Alguns momentos se passaram, Jiten segurando o irmão no colo, deixando a cabeça dele virada para o lado oposto para não ver o nervosismo da mãe.
— Senhora, eu vim de muito longe. Me permite fazer a entrega?
A hesitação da mulher criou um silêncio endurecido na sala de madeira. Parecia descortês recusar um educado viajante.
O que era que ele tinha para entregar que fora tão importante a ponto de atravessar os dias de chuva para chegar até ali? Parecia cruel lhe deixar esperando do lado de fora, mas Jiten nada falaria, pois sabia como os adultos cultivavam uma desconfiança mútua que sempre predominava em suas decisões.
— Partirei antes do crepúsculo — o homem insistiu. Uma voz rouca, talvez enfraquecida por um estado gripal. Quem sabe, tivesse atravessado muitas tardes chuvosas até chegar ali.
O silêncio então foi quebrado, quando a mulher abriu a porta uma vez mais. O som da chuva forte entrou pelo aposento e o homem foi revelado em sua simplicidade, logo adiante da porta, ligeiramente curvado e com um pacote sobre as costas.
— Deixe o animal na estrebaria, fica ao final da rua. — a mulher falou de maneira séria e direta. Por um momento, a esperança do homem deveria ter sido cortada. — Irei preparar um chá.
Foi, talvez, a melhor forma de expressar cortesia encontrada.
Agregada ao silêncio, uma certa tensão se agarrou ao ambiente. O homem se distanciou da casa e a mãe de Jiten começou a organizar a sala e aquecer um bule com água. A mulher fazia tudo calada, mas olhando para ela, Jiten quase conseguia ouvir uma miríade de pensamentos simultâneos.
Eles estavam lá, mas ele não podia discerni-los, mas alguma coisa tinha a ver com seu pai. Um dos vizinhos veio à janela para indagar alguma coisa, mas sua mãe o dispensou após uma troca simples de palavras.
O cheiro de ervas invadiu o ambiente, conforme o chá começava a ficar pronto. A penumbra do fim de tarde os envolveu e por um momento, pareceu que o viajante não retornaria. O irmão de Jiten começou a pegar no sono, como se tivesse se cansado da tensão assistida.
Foi quando alguém bateu na porta mais uma vez. A mãe de Jiten emitiu mais um suspiro silencioso.
Ao abrir a porta novamente, o viajante não se assemelhava mais ao caos de lama e tecidos velhos que viram da primeira vez. Ele revelava-se um homem idoso, com uma barba grisalha desgrenhada, descendo até pouco além do queixo. Ele estava vestido com roupas de cores discretas, um gibão feito de lã escura e as botas de viagem foram substituídas por uma de couro menor, mesmo o trajeto até a residência tendo as sujado.
O viajante removeu os sapatos, deixando-os na beirada e andou lentamente até o interior da casa. Sob a luz de uma lanterna acesa, as expressões de seu rosto se tornaram mais visíveis. Tinha rugas que se formavam ao redor dos olhos e a pele da testa já pesava em uma marca de expressão de como se a tivesse permanentemente franzida. Seus olhos eram azuis muito claros, parecidos com o de sua mãe e sob a luz, mesmo que cercado pela moldura de um rosto cansado, pareciam cheios de vida.
Só depois do homem se sentar diante da mesa de chá, Jiten percebeu que ele tinha um embrulho de quase um metro feito de linho cru e amarrado com muitos cordões.
— São lindas suas crianças, Mitsuki. — o viajante mencionou, tentando esboçar uma espécie rudimentar de sorriso, mas acabou parecendo uma careta.
Foi sobre Jiten que recaiu o olhar dele, visto que seu irmão havia sido colocado para descansar no aposento ao lado. Como aquele homem conhecia o nome de sua mãe? Era a primeira vez que ouvia o nome dela dito em voz alta desde a partida de seu pai.
— Têm mesmo os olhos dos Yanmoshen.
— Chá? — sua mãe desviou o assunto, indicando com seu olhar o embrulho que o homem trouxera.
Ele assentiu com a cabeça. Aceitou beber um pouco, em silêncio, os olhos intercalando entre Jiten e sua mãe, atrás deles, algum pensamento secreto.
— Sinto muito pelo atraso. Deveria ter chegado dois meses atrás, mas o repentino chamado de armas me atrasou. Não havia cavalos de qualidade para alugar, mesmo se oferecesse valores exorbitantes por eles — o homem disse em um tom de lamento. Jiten interpretou o atraso para aquele homem como algo equivalente a uma falha. Este tossiu duas vezes, pousando a cerâmica em seguida. — Além disso, passei metade do trajeto atolado em lama.
— A guerra pegou todos desprevenidos. — Mitsuki ainda mantinha o semblante sério, mas seu tom era complacente.
— Não os que a planejaram. Uma guerra sempre serve a alguém.
A resposta de Mitsuki foi o silêncio e Jiten demorou para entender isto como uma resposta adequada para a pergunta. O menino, em silêncio, percebia a tensão banhada em cordialidade que estava prestes a estourar. Uma rachadura em uma barragem.
— Deixe-me vê-la. — a mãe de Jiten indicou o embrulho do viajante com a cabeça.
O homem não hesitou, estando ele mesmo ansioso para mostrar o que carregava. Desfez, laço por laço, até o linho cru estar solto. Havia mais de uma camada e o homem não parecia ter pressa. Ele o fazia como se trocasse a manta de um recém-nascido. Por baixo do linho, havia mais algumas camadas de tecido. Removeu-as da mesma forma, até que a última delas, uma manta de seda verde-água, fosse também colocada de lado.
O viajante revelou carregar naquele embrulho, uma verdadeira obra de arte. Era uma espada, tão afiada que a luz da lanterna deslizava pelo seu fio como se nele dançasse. A lâmina parecia leve como um pergaminho, o homem a sustentando sobre a ponta dos dedos, ergueu-a para que fosse vista mais claramente sob a luz.
Era uma espada quebrada. A lâmina parecia ter sido partida em dois mil pedaços. Os milhares de pedaços foram emendados. Entre as partes que se encontravam era possível ver contornos dourados, uma massa de ouro puro os prendia juntos. O aço na composição da arma não era como qualquer outro que Jiten já houvesse visto, nem mesmo entre os soldados. Parecia azulados, translúcido, como gelo cristalizado em uma única placa vítrea.
A arma evocava placidez pela sua composição, ameaça por sua forma.
Mitsuki assim que a viu pareceu ter se arrependido. Seu rosto foi tomado por uma ojeriza e ela desviou o olhar. Jiten, por outro lado, não podia tirar os olhos daquela arma. Nunca havia visto nada tão esplendoroso. Mesmo o cabo dela parecia ter sido esculpido delicadamente à mão.
— Não sei quanto meu marido combinou com você, mas não poderemos pagar por ela. Os impostos apenas aumentaram desde o começo da guerra e sem os homens as últimas colheitas do outono não foram tão proveitosas.
— O preço por ela já foi pago.
— Duvido que ele tenha pagado por luminita em uma lâmina.
— Ah… — o velho viajante sorriu, observando a espada uma vez mais — você notou, então? Achei que teria se esquecido.
— Não esqueci de muitas coisas.
O homem engoliu em seco.
— Isso apenas irá atrair saqueadores. Meu marido está longe. Uma espada aqui não terá nenhum uso. — ela disse e serviu a si mesma de mais uma xícara de chá.
— Ryusuke me ordenou que a deixasse aqui, se chegasse tarde demais. A espada, como você bem sabe, não era para ele.
Jiten notou as narinas de sua mãe se expandirem e o lábio tremer em raiva. A lembrança de uma discussão perdida. Notou-a respirar fundo e não responder.
— Ninguém sabe desta arma. Esconda-a até que Ryusuke retorne e a entregue a ele. — Estendeu a arma, oferecendo-a à Mitsuki em um gesto solene. — Cuidado, ela é pesada.
Jiten tinha certeza que a arma era tão leve como uma pena de ganso.
— Sou apenas uma mãe com duas crianças para cuidar. O inverno está chegando. Não quero isso.
Foi a única vez que Jiten viu sua mãe fraquejar. A primeira vez que o semblante dela de sério se tornou triste. Os olhos brilharam ante uma torrente de lágrimas formadas em sua base, desejando cair.
— Mitsuki! — exclamou o viajante. Seu tom de voz se elevou. A mãe de Jiten se sobressaltou. — Você sabe o seu dever. Você tem um dever com o Unmeiko. Foi o que viu a tecelã, o menino deve ser protegido e treinado até a hora certa chegar. Esta é a arma dele.
Jiten viu sua mãe abaixar a cabeça e manteve seus olhos entre os adultos. O viajante misterioso, manteve um olhar severo em direção a ela, demonstrando alguma espécie de autoridade. O homem, então, direcionou sua atenção por um momento em direção a ele. Jiten sentiu os olhos do homem lhe queimarem. A criança não resistiu e desviou o olhar.
— Farei o que devo.
Foi a resposta de Mitsuki.
— Lamento por tudo que tem passado. Quando os fios se alinharem e o futuro estiver tecido, cada um de nós terá um lugar justo nesta história.
O tom do viajante retornou à brandura inicial.
A conversa seguiu com algumas menções de lugares e assuntos desconhecidos por Jiten. Falaram sobre a guerra, sobre uma batalha próximo a capital e sobre o inverno. Não havia assuntos leves para tratar e o menino permanecia calado. Ele havia aprendido já há muitos anos que uma criança permanece quieta até se falar com ela.
Por fim, chegou a hora do homem partir. A noite já havia se estabelecido. Uma lua minguante brilhava no céu, cercada por um séquito de estrelas de diversos tamanhos. O viajante desceu os degraus e a mãe de Jiten, lembrando-se de algo, entrou na casa para buscar alguma coisa. O menino ficou sozinho com o velho. Por força da curiosidade, das muitas coisas que ouviu naquela noite, falou da que mais tinha lhe chamado a atenção.
— Senhor, o que é um unmeiko?
O homem se espantou por um momento, talvez, por ouvir a voz do menino pela primeira vez.
— Acredito ser melhor que seu pai te explique isso, mas… — começou o velho e olhou para baixo, refletia sobre alguma coisa séria — é um “filho do destino”, alguns diriam. Unmeiko é uma criança destinada à grandeza absoluta.
— Meu pai me disse que grandeza é defender aquilo que você ama. — respondeu com diligência.
O menino ainda se lembrava daquelas palavras, pois estavam em um invólucro de ensinamentos valiosos. Algo tão presente em sua memória que seria difícil de libertar. Podia ainda recordar do olhar do pai quando lhe disse essas palavras. Havia seriedade e determinação nas palavras.
O viajante assentiu com a cabeça. Um sorriso discreto surgiu sob a barba grisalha.
— Ensinou-o bem. — Olhou para o interior da casa, um tanto empertigado. — O segredo está naquilo que se ama. Um unmeiko destrói impérios ou os erguem. Matam deuses, demônios e mobilizam exércitos sobre a terra. Não há limite para a grandeza destes… bem, talvez o limite seja este ensinado por seu pai. O quer que amem, o destino lhes entrega.
— São heróis! — exclamou alto o menino.
Jiten reagiu àquela história tal como reagiria às muitas lendas que falavam de grandes feitos e grandes mudanças.
— É… — o viajante concordou — dizem que nosso primeiro imperador era um unmeiko. Conquistou Minzenshi, fundou a Grande Capital nas margens da Baía Celeste e escolhendo entre seus melhores guerreiros criou os maniren. — Uma careta tomou conta de seu rosto. — Não se pode dizer o mesmo deste que estão coroando ago…
A mãe de Jiten abriu a porta e o homem suspendeu sua fala. Ela parecia zangada. Entregou ao homem um embrulho, provavelmente com comida ou algum outro presente de partida.
— Vá.
A voz dela falhou por um momento.
O viajante direcionou um último olhar para Jiten. Havia algo fraternal naquele olhar.
— Proteja sua mãe e irmão, menino.
E aquelas foram as últimas palavras do viajante que Jiten teria algum tipo de lembrança.
Daquele encontro ele guardou profundas impressões, mas o final seria diluído em sua mente. Apenas se lembrava do homem partindo de sua casa pouco depois do chá e do silêncio que permaneceu incrustado no ambiente por dias.
Não lembrou, claro, até muito tempo depois, onde sua mãe escondeu a espada.
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