Capítulo 16 – Pacto de Sangue
Conto: Li Wang
A madrugada era fria e úmida quando Li Wang e William chegaram ao apartamento onde Dayse os aguardava. As luzes estavam apagadas, exceto pela televisão, que projetava sombras trêmulas pelas paredes. Dayse já estava acordada, inquieta, andando de um lado para o outro com os olhos fixos na tela, embora não prestasse atenção ao que era transmitido.
Assim que a porta se abriu, ela correu sem pensar.
— Li! — disse, num tom mais aliviado do que esperava, envolvendo a amiga num abraço apertado.
Li Wang ficou imóvel por alguns segundos. Não estava acostumada com demonstrações de afeto, e, nos últimos meses, Dayse vinha sendo… gentil demais. Quase carinhosa. Algo havia mudado nela, e Li Wang ainda não sabia se aquilo era preocupação, afeto… ou algo que ela ainda não conseguia nomear.
— Estou bem — murmurou, sem retribuir o abraço de imediato. Depois, deu um leve tapinha nas costas de Dayse, desconfortável, mas sem afastá-la.
William passou pelas duas em silêncio e se jogou no sofá. A televisão ainda estava ligada, agora com o volume baixo. A tv mostrava imagens aéreas do cais e contêineres sendo abertos por equipes médicas e policiais. No canto da tela, o título em letras garrafais:
“ANJO DA SALVAÇÃO RESGATA 67 REFÉNS – MULHERES E CRIANÇAS SÃO LIBERTADAS EM OPERAÇÃO MISTERIOSA”
O repórter falava com entusiasmo, como se narrasse um milagre.
— …Ainda não há confirmação da identidade do responsável, mas testemunhas afirmam ter visto uma mulher e um homem saindo do local pouco antes da chegada da polícia. Alguns a chamam de “Anjo da Salvação”, nome que já circula em pichações e fóruns desde o ano passado…
Li Wang desviou o olhar.
William riu de leve, sem humor, coçando a nuca.
— Essa parte do “anjo” ainda me deixa desconfortável. — Li Wang falou enquanto pegou o controle e desligou a TV.
— Mas você fez aquilo, Li. As pessoas viram. Você salvou aquelas crianças. — Disse Dayse, entusiasmada.
Li Wang ignorou o comentário e se manteve em silêncio.
— Boa noite. — William se levantou, deu um tapinha no ombro delas e sumiu pelo corredor. — Estou morto de cansado.
Assim que ficou a sós, Li Wang tirou o celular do bolso e ligou para Nathan. A chamada demorou mais que o normal para ser atendida.
— Finalmente resolveu me dar notícias. — A voz dele surgiu, levemente rouca, como se tivesse acabado de acordar
— Barry Eric está morto — respondeu Li Wang, seca. — Mas não foi tão útil quanto achei que seria.
Nathan ficou em silêncio por alguns segundos.
— É uma pena. E os sequestrados?
— Libertados. Sessenta e sete, para ser exata. Isso vai chamar atenção — disse Li Wang.
— Já chamou.
Ela se levantou e caminhou até a janela. A cidade ainda dormia, mas lá fora, ela sabia, o caos se movimentava em silêncio.
— Barry mencionou um ataque a um cartel colombiano — continuou. — Connor Vaughn. Parece que estão em guerra com ele.
— Vaughn… esse nome me é familiar. Vou investigar. Te mando notícias assim que tiver algo.
Li Wang não respondeu. Permaneceu ali, parada diante da janela, com as luzes da madrugada refletindo em seus olhos escuros. Não parecia um anjo.
Parecia uma tempestade prestes a desabar.
Nathan, brincalhão como sempre, falou como se fosse algo banal:
— Até mesmo William está sendo caçado. Estamos ficando famosos.
— Então você está me dizendo que a Apocalypses está atrás de William? — Sua pergunta foi simples, mas o peso por trás dela era claro.
Nathan suspirou do outro lado da linha antes de responder, com o tom leve de um sorriso irônico:
— Sim. Descobriram que ele foi quem ajudou você a fugir do Japão. Não estão nada felizes com isso, é claro. — Sua voz carregava uma leve distração, como se estivesse mexendo em algo enquanto falava, mas o conteúdo da conversa permanecia de extrema importância.
Li Wang sentiu uma ponta de preocupação. A situação estava ficando mais tensa a cada momento, e William, que sempre foi discreto, agora estava no alvo de algo muito maior.
— Aliás, faz tempo que eu não estou no Japão. Eu saí há algum tempo já. A Apocalypses e a ONU estão me caçando, então… eu prefiro ficar fora do radar. Mas se precisarem de algo, podem me ligar, claro. — Ele falou com a leveza habitual, mas era evidente que a pressão estava sobre ele.
Li Wang franziu a testa, tentando entender melhor a situação. Era difícil imaginar alguém como Nathan sendo perseguido dessa maneira. Ela não costumava ver os aliados dela em tal vulnerabilidade.
— Mas… por que você saiu do Japão? O que aconteceu? — Sua voz estava mais baixa agora, uma mistura de curiosidade e preocupação.
Houve uma pausa do outro lado, e a resposta de Nathan foi dada com a mesma irreverência de sempre, mas um toque de algo mais profundo, quase… grave.
— Aparentemente, me tornei uma ameaça para a ONU. Descobri algo sobre um acordo que eles fizeram com a Apocalypses em 1979. E a Apocalypses… bem, eles querem me matar porque, bom… eles são maus. — Nathan soltou uma gargalhada curta, sem humor, mas com uma ironia amarga.
Li Wang ficou em silêncio por um momento, processando o que ele acabara de dizer. O nome “Apocalypses” nunca pareceu tão distante do terror real. Ela respirou fundo, tentando manter a compostura.
— Que acordo é esse? — perguntou, sem conseguir esconder o choque na voz. Seus olhos se arregalaram levemente, enquanto tentava conectar os pontos de uma história que parecia se tornar cada vez mais absurda.
Nathan, como se começasse a relatar uma história que conhecia bem, respondeu com um tom mais grave, mais sério do que antes:
— Em 1979… a Apocalypses estava caçando e matando garotos órfãos de guerra, com menos de dez anos. E… — Nathan fez uma pausa, e Li Wang sentiu um calafrio ao ouvir a próxima frase. — Não foi nesse período que seu irmão morreu?
O silêncio que se seguiu foi pesado.
Li Wang sentiu como se o mundo tivesse parado por um instante. A revelação de Nathan, ligando a morte de Yu à Apocalypses, parecia um peso para o qual ela não estava preparada.
A imagem do rosto de Yu, jovem e inocente, invadiu sua mente. Seu irmão, que um dia fora tão cheio de vida, agora estava conectado a algo muito maior, e muito mais sombrio, do que ela jamais poderia ter imaginado.
As palavras de Nathan ainda ecoavam na mente de Li Wang quando ela fechou os olhos por um instante.
E então vieram as lembranças.
O cheiro da fumaça, o calor opressivo do fogo que consumia o local… e no meio de tudo, Yu Xingjiao Qin, de pé, sereno, como se o caos não pudesse tocá-lo.
Ela se via ali de novo, desesperada, com a mão estendida para ele.
— Serei sincero com você. Não sei o que pode acontecer daqui para frente, mas se apenas você conseguir se salvar, eu não terei nenhum arrependimento. — disse Yu, a voz tranquila, como sempre fora.
Li Wang balançou a cabeça, recusando-se a aceitar aquela despedida.
— Venha comigo! Você não precisa ficar aqui! — Sua voz era um apelo, rasgada pela urgência, pela dor.
Mas Yu apenas sorriu, aquele sorriso sereno que ela conhecia tão bem, que parecia carregar todas as respostas do mundo.
— Eu não posso… — respondeu ele, a tristeza transbordando em suas palavras.
— Por que não?! — ela gritou, incapaz de entender, incapaz de aceitar.
Yu se aproximou um passo, e sua mão tocou suavemente o rosto dela, como um gesto de despedida que doía mais do que qualquer ferida.
— Por favor… — disse, com ternura — apenas confie em mim. E salve-se.
A última imagem que Li Wang guardou dele foi aquele sorriso tranquilo, antes da fumaça e das chamas os separarem para sempre.
Ela abriu os olhos de volta ao presente. Seu coração batia forte, doloroso, como se o tempo não tivesse passado. Como se ainda estivesse lá, estendendo a mão para ele.
Apertou os punhos com força.
Eu prometi me salvar… Mas também prometi que não deixaria isso terminar assim.
Yu Xingjiao Qin, Andrew, Edward… todos os que foram perdidos.
A dívida de sangue ainda precisava ser paga. E ela faria isso, com ou sem esperança.
— Pandora sabia desse acordo? — perguntou Li Wang, a voz firme, mas carregada de tensão.
— Sim, ela sabia — respondeu Nathan sem hesitar, como se já esperasse aquela pergunta.
Por um instante, o silêncio se instalou.
Então, num urro carregado de ódio, Li Wang explodiu:
— Desgraçada! — A palavra rasgou o ar, crua, selvagem.
Seus punhos se cerraram com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. Seu corpo inteiro tremia de fúria contida.
Dayse, observando de perto, entendeu que a raiva de Li Wang era uma tempestade que precisava passar por si mesma.
Nathan permaneceu do outro lado da linha, quieto, respeitando o momento. Sabia que não adiantava tentar acalmá-la. Sabia que, para alguém como Li Wang, a traição era uma ferida mais profunda que qualquer outra.
Diante da raiva que a consumia, Li Wang sentiu seu peito apertar. Involuntariamente, sua mente a arrastou de volta ao passado.
Ao dia em que, pela primeira vez, conheceu Pandora.
Por alguma razão desconhecida, as pessoas que estavam na rua começaram a se curvar para uma mulher mascarada, conforme ela passava por eles.
A máscara, com formato de gato, cobria todo o rosto, mas era possível ver seus longos cabelos grisalhos caindo pelos ombros. Ela vestia um terno branco, repleto de medalhas reluzentes no peito, e uma calça igualmente branca. Por cima de tudo, usava um pesado sobretudo preto, com as mãos enterradas nos bolsos. Seu caminhar transmitia uma imponência natural.
A mulher entrou na clínica de Edward, e, movida pela curiosidade, Li Wang seguiu logo atrás.
Dentro da clínica, viu a cena: a mulher estava sentada em uma poltrona, conversando com Edward, que ocupava a poltrona oposta. Entre eles, uma pequena mesa de centro sustentava dois copos de chá ainda fumegantes.
— Cansou de me seguir, pirralha? — a voz da mulher cortou o silêncio como uma lâmina fria.
Edward levantou-se apressadamente, tentando minimizar o constrangimento.
— Oh! Sinto muito, senhorita Pandora! Ela é minha filha, Li Wang — disse ele, forçando um sorriso tenso.
Pandora se levantou em um movimento fluido e elegante, como uma sombra viva. Aproximou-se de Li Wang com passos suaves, mas cada gesto seu carregava um peso avassalador.
— Lembro de você, pequenina — disse ela, sua voz agora mais branda, embora ainda carregada de algo que Li Wang não conseguiu identificar: poder… ou talvez ameaça.
Li Wang sentiu o instinto de fugir crescer dentro de si, mas permaneceu firme.
— Quem é você? — perguntou, a voz firme apesar da tensão.
— Nós não nos conhecemos ainda, mas eu já te observei. — respondeu Pandora, com um sorriso enigmático sob a máscara. — Você é a única sobrevivente do “Setembro Sangrento”, a pequena Li Wang.
Edward, percebendo a tensão crescer, posicionou-se imediatamente à frente da filha.
— Por que não conta o motivo de alguém do seu calibre estar aqui? — perguntou ele, com um tom desafiador.
Pandora, sentindo-se provocada, aproximou-se até ficar cara a cara com Edward. Sua presença era esmagadora, como se pudesse atacar a qualquer momento. Mesmo assim, a expressão no rosto de Edward permaneceu inalterada.
— Você realmente é igual ao seu pai… Esses olhos odiosos são exatamente iguais aos dele. — A voz dela cortava como gelo. — É uma pena que aquele desgraçado esteja morto.
Após falar, Pandora voltou para a poltrona com a mesma graça ameaçadora.
Edward fechou a expressão, mas sabia que não poderia demonstrar insatisfação. Naquele momento, Pandora era, sem dúvida, a pessoa mais poderosa do mundo.
— Andrey Oscar — continuou ela, com um meio sorriso oculto sob a máscara — contra-almirante, membro da Mortem Umbrae. Lutou ao meu lado na Segunda Guerra Mundial. Um bom soldado.
Por um instante, Edward abaixou a cabeça, como se alguma lembrança amarga o atravessasse.
Pandora cruzou as pernas e, sem rodeios, anunciou:
— Levarei seu filho comigo. Como fragmento, ele deve servir à ONU. Se sobreviver, poderá integrar algum esquadrão no futuro. Sinta-se honrado.
A resposta de Edward veio como um trovão:
— Não!
A mesa entre eles tremeu e os copos de chá tombaram e se quebraram no chão.
Pandora ergueu uma sobrancelha invisível sob a máscara. Sua voz, antes apenas fria, agora carregava uma ameaça mortal:
— O que disse?
Edward manteve a firmeza no olhar e repetiu:
— Se você tocar em meu filho, eu mesmo irei matá-la.
O silêncio que se seguiu era tão denso que parecia cortar a respiração.
Então, Pandora se levantou lentamente, deu um passo à frente… e, com um único chute, arremessou a pesada mesa de madeira contra a parede, como se fosse feita de papel.
— Você… e quantos mais morreram tentando? — disse ela, sua presença preenchendo cada centímetro da sala.
Edward empalideceu.
Movida por coragem ou puro instinto, Li Wang correu até ele, posicionando-se à sua frente como um escudo humano.
Edward, porém, a ergueu rapidamente nos braços, tentando fugir. Seus passos, no entanto, foram interrompidos de forma brutal: caiu de joelhos no chão, ofegante, com a mão pressionando o peito.
Li Wang, desesperada, viu o medo e a dor estampados no rosto do pai.
— Vim em busca de um fragmento, mas acabei encontrando algo ainda mais interessante… — murmurou Pandora, surpresa.
Ela se agachou para ficar na altura de Li Wang, que agora protegia o corpo inconsciente do pai.
— Diga-me, garota, você não tem medo de mim? — perguntou, sua voz baixa e ameaçadora.
— O QUE VOCÊ FEZ COM MEU PAI?! — gritou Li Wang, com lágrimas brotando nos olhos.
— Isso não importa agora. Apenas saiba que ele vai sobreviver… se você cooperar.
Li Wang sentiu o mundo girar ao seu redor. O medo dava lugar à fúria.
— O que você quer com Andrew?! — perguntou, referindo-se ao irmão.
Pandora sorriu por trás da máscara.
— Quero que ele sirva à ONU. Mas… podemos negociar. Se você for no lugar dele, deixarei seu irmão em paz.
— E se eu recusar? — Li Wang perguntou, a voz embargada pela tensão.
— Nada acontecerá com você. Mas levarei seu irmão. — Pandora respondeu com frieza. — No entanto, se vier, poderá ter sua vingança.
Li Wang piscou, confusa.
— Vingança?
— Não se esqueça do que aconteceu com seu irmão biológico, Yu Xingjiao Qin. Você realmente acha que a morte dele foi… natural?
A menção a Yu foi como uma facada em seu peito.
Movida por um impulso irreprimível, Li Wang avançou, agarrando a gola do terno de Pandora.
— O QUE VOCÊ SABE SOBRE A MORTE DO MEU IRMÃO?! — berrou.
Pandora soltou uma risada baixa, carregada de sarcasmo.
— Ainda não posso lhe dizer tudo. — respondeu, puxando-se levemente para trás. — Mas, como prêmio por sua coragem, não tocarei mais em Andrew.
Com isso, Pandora virou-se para ir embora, o sobretudo esvoaçando atrás dela.
— ESPERE!! — gritou Li Wang, com toda a força que ainda restava. — ME DIGA TUDO O QUE SABE SOBRE A MORTE DO MEU IRMÃO!
Pandora parou brevemente à porta, o corpo imóvel, como se por um instante considerasse a súplica.
Sem olhar para trás, respondeu com frieza:
— Um dia… se sobreviver tempo suficiente… talvez você mesma descubra.
— Li, está tudo bem? — perguntou Dayse, trazendo-a de volta à realidade.
Li Wang respirou fundo, tentando recuperar o controle, e apenas assentiu. Logo em seguida, perguntou se Nathan estava precisando de ajuda.
— Ajuda sua? — Nathan deu uma gargalhada. — Estou numa situação delicada, mas ainda não me rebaixei ao ponto de precisar da ajuda de uma amadora como você!
Li Wang sentiu a irritação crescendo ao ouvir aquilo, questionando-se se Nathan era realmente tão mais forte quanto parecia. No entanto, no final, limitou-se a permanecer em silêncio.
— Não me leve a mal, Li — continuou Nathan, agora com a voz mais séria. — Mas, neste momento, você não passa de uma civil bem treinada. Ficar ao meu lado seria o mesmo que pedir para morrer. Talvez, no futuro, você consiga me libertar. Na verdade… é isso que espero. Mas agora, você precisa priorizar sua segurança.
— Acho que ela já entendeu, Nathan — interveio Dayse, tentando mudar o rumo da conversa.
Nathan soltou um leve suspiro antes de prosseguir:
— Li, tenho uma última coisa para te contar. O mesmo que aconteceu em 1979… está acontecendo de novo. Desde novembro de 1999, eles estão mantendo mulheres grávidas em cativeiro e matando crianças recém-nascidas.
— Por que isso agora? — perguntou Li Wang, sentindo um calafrio percorrer sua espinha.
— Há uma divergência de ideias dentro da Apocalypses. Dois dos quatro líderes acreditam que Henry, filho de Andrew, é o “Vangeance” que eles tanto esperaram. Por isso, querem matá-lo e colocaram uma recompensa pela cabeça dele. Obviamente, não pretendem pagar a recompensa de verdade, é apenas uma forma rápida de contratar mercenários. Já os outros dois membros acreditam que “Vangeance” ainda não nasceu e, por isso, estão matando crianças assim que saem do útero. A organização é grande… estão infiltrados em várias camadas da sociedade e espalhados por vários países.
— Por que a ONU ou qualquer outra merda não faz nada a respeito?! — Li Wang explodiu, incapaz de conter sua fúria.
Embora sua fé na humanidade fosse praticamente nula, a brutalidade descrita ainda a revoltava.
Nathan respondeu com amargura:
— Em fevereiro de 2000, dois Imperadores Militares e dois dos esquadrões mais letais da ONU — cada esquadrão com doze membros — enfrentaram apenas quatro líderes da Apocalypses.
— Onde foi isso? O que aconteceu? — perguntou Dayse, abismada.
— Descobrir a localização exata é complicado, mas sabemos que foi em uma das cinco Ilhas Senkaku, perto do Japão. Como vocês devem imaginar… todos os membros da ONU morreram. Apenas um Imperador, Kenji Ryujin, sobreviveu, e mesmo assim, gravemente ferido. Nenhum dos quatro líderes da Apocalypses morreu ou sequer se feriu.
— Meu Deus! — murmurou Dayse, levando as mãos à boca, horrorizada.
Nathan fez uma breve pausa, depois completou, dirigindo-se a Li Wang:
— Neste momento, existem algumas pessoas que ainda lutam contra a Apocalypses. Mas, sem sombra de dúvidas, você é a mais efetiva entre eles, Li Wang.
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