Índice de Capítulo

    — Aquela é sua irmã Kuzimu? — Perguntou um homem moreno de bom porte.

    — Ah, não — riu Kuzimu. — Ela apenas sempre quis ter um irmão. Então, ela me chama de irmãozão.

    — Ela é uma gracinha. Quer me apresentar ela não? — brincou um garoto de cabelos castanhos, magro, e Kuzimu riu ainda mais.

    — Olha que eu sou um péssimo cunhado, hein. Tem que no mínimo ganhar 10 mil por mês para bancar ela. Comprar seus mangás e bonecos.

    — N-não são bonecos, são ‘Action Figures’ — um garoto levantou o dedo indicador enquanto arrumava seu óculos.

    Todos se divertiam muito enquanto tomavam banho, esse banheiro era um estilo oriental. Projetado pela própria Aisha, com seus conhecimentos de animes. Parte dos garotos estranharam, mas se deixaram levar pelas brincadeiras.

    Na casa existiam chuveiros normais, porém, demoraria muito para todos terminarem o banho.

    Com o banho terminado, se postaram para almoçar, comendo um belo banquete feito por Esme e Pandora, com uma ajuda de Aisha. Na mesa de madeira, uma mulher muito madura de pele negra se espreguiçava. 

    — Masha, que bom ver você. Como foi?

    — Olha, garoto, foi tudo bem. Eles aprovaram minha pesquisa sobre os segredos da mente humana. Eles acharam muito incrível quando eu expliquei que forças sobrenaturais aumentavam nossa capacidade quando acreditamos que somos capazes de algo.

    — Isso é bem sua cara.

    Kuzimu conversava com Masha e os garotos, amigos que Kim, observavam olhando para a beldade que era a mulher negra. A roupa purpura bem arrumada no corpo de belas curvas e um decote muito belo deixava os garotos no paraíso. As garotas cavaleiras não gostaram nem um pouco.

    — Senhorita Masha, aqui está seu champanhe. — Masha pegou o champanhe que um senhor de idade, com boa postura, trouxe. Kuzimu se ateve a ele.

    — Oh! Cassian, não te vejo faz um dia. Onde esteve?

    — Meu senhor, eu fui ver meu irmão, ele queria reconciliar seus erros do passado.

    Kuzimu estranhou, nunca escutou sobre o irmão dele. Assim que iria perguntar, a porta dupla menor foi aberta, Aisha, Esme e Pandora vieram com a comida. Com a mesa pronta, todos se aprontaram a se sentar e comer a bela refeição.

    — Esme, Pandora, Cassian, sentem-se. Sempre digo que devem comer conosco e vocês insistem em ficar em pé.

    — Senhor Kuzimu, vamos comer quando todos terminarem, é a lei. — Disse Esme com uma ótima postura.

    — Exatamente, meu senhor, mesmo que queira, é o certo a se fazer.

    Pandora, que estava se encaminhado para mesa, voltou ao local onde antes estava, dizendo “isso, isso”

    Kuzimu suspirou. — Então vou mudar o que eu disse. É uma ordem, sentem-se.

    Todos os empregados da casa se postaram, riram e assentiram. Todos estavam sentados na mesa. Os amigos de Kim, os residentes. Kuzimu. Era um dia super agradável e divertido. Nada poderia estragar esse dia.

    — Irmãozão, assim que terminarmos iremos assistir animes, certo. Vai ficar o dia todo comigo hoje.

    — Não. O garoto disse que iria me ajudar com minha pesquisa.

    — Mas o senhor Kuzimu disse que iria regar as flores comigo.

    Aisha, Masha e Esme queria a atenção do garoto. E ele levantou o braço.

    — Aisha, iremos assistir, sim, se não me engano, uma temporada tem 12 episódios e podemos ver das seis até meia-noite. Quando terminar o almoço, vou ajudar Esme a regar as planatas. Depois vou ajudar Masha com sua pesquisa. Prometi que vou ajudar Niwa com um quadro hoje também, então não posso faltar.

    — Eii, e eu? Kim, Masha, Esme, Amelaaniwa e Aisha vão ter um pouco de você, vai esquecer de mim? — Pandora reclamou, enquanto apontava a ponta do garfo para Kuzimu.

    — Claro, posso passar um tempo com você, depois de pintar com Mel, aí depois vou assistir anime com Aisha. Podemos fazer assim.

    Cada com a sua maneira de assentir, responderam. Até mesmo os amigos de Kim brincaram também, tornando a tarde ainda mais agradável.

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    Kim lutava, com toda força que tinha em seu corpo, sua maldição ajudou a tornar os corpos mais fácil de cortar. Mesmo assim, era muito difícil de enfrentar todos os inimigos, suas armas sobressaiam as outras e a vida de Kim sempre estava no limite do aceitável.

    Tarotian pegou uma cadeira e se sentou, enquanto anotava algo em um caderno de bolso.

    Um homem segurava um alabarde, outra um machado, outro uma kusarigami, outra uma lança, outro um punhal duplo e as armas pareciam cada vez mais diferentes. Cada uma vindo a sua maneira. Tinha que se ater ao homem do arco e a mulher da besta pesada.

    Avançou para tentar arrancar os braços dos que lutavam a longa distância, porém, um ataque de uma tesoura gigante tentou lhe arrancar o braço. Kim estava impossibilitado de respirar, com cada inimigo aparecendo em seu flanco e acertando cada local que ele poderia estar.

    Sua habilidade era tanta que não foi acertado sequer uma vez, porém, com o cansaço vindo, não poderia esquivar de algum golpe fatal. Estava sem opções.

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    Kuzimu se despediu dos amigos de Kim, e foi junto a Esme regar as plantas.

    Esme era uma garota muito querida, entrou como moradora da casa Kuokoa, e foi muito bem aceita por Kuzimu, ela era uma garota alegre que sempre fazia piadas, claro que sempre muito educada. Por isso, gostava de brincar com a garota que era uma pre adolescente. Mesmo que parecesse uma criança fisicamente.

    Foram até os jardins. Eram muitas flores que iriam cuidar. Não conversaram nada no começo, apenas ouviu a o cantarolar de Esme, que estava com um belo sorriso no rosto.

    Kuzimu ficou muito curioso no porquê ela decidiu se tornar uma empregada tão cedo.

    — Esme, por que você se tornou empregada na minha casa?

    — Bem… por que foi mesmo? Nem eu mesmo lembro. — Esme brincou, batendo na própria cabeça e colocando a língua para fora. Uma fofura.

    — O quê? Você não sabe? Se bem que…

    Por que Kuzimu também não sabia? Ele viveu com ela e viu ela entrar na casa, então, por que suas memórias estavam tão confusas desde que ele acordou?

    — Sabe Kuzimu, você me lembra Kaleo.

    — Quem?

    — É meu amigo de infância. Alguém muito importante para mim. Sabe, eu vivi em um orfanato desde pequena e ele era a pessoa que mais cuidou de mim. Você é mais agitado que meu amigo, mas, você é sempre tão gentil comigo. Fico feliz por servir sua casa.

    Kuzimu nunca escutou esse nome antes, então, sentiu uma estranheza diante esse nome. Por que um nome tão importante na vida dela, nunca tinha sido citado? Sinos tocam em sua mente.

    — Kuzimu está bem?

    Esme apara o garoto, segurando seu corpo másculo, o corpo delicado dela tocou o seu e… nada aconteceu. Por que ficou com receio de sentir algo? Era medo? Estava com medo de sua amiga? Por quê?

    — Não, foi nada. Apenas acordei com o pé esquerdo hoje.

    — Se quiser descansar, eu deixo.

    Kuzimu acariciou a cabeça de Esme, não iria preocupar ela.

    — Eu estou bem, vamos terminar. Eu prometi não foi?

    — Sim. Por favor.

    Eles continuavam a regar as flores, eram muitas, porém pouco tempo depois terminou. Era realmente algo cansativo. E sabia que a garota ainda iria fazer muito pela casa. Deveria ajudar mais talvez.

    — Muito obrigada pela ajuda hoje Kuzimu.

    — Claro, eu adorei ajudar. Devemos fazer isso de novo amanhã, que tal?

    — Sim, é uma promessa.

    — Certo.

    Uma promessa de dedinho foi feita.

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