Índice de Capítulo

    Não poderia parar, a vida de Kim dependia de não ser atingido. Ainda tinha 16 inimigos, desconsiderando Tarotian que agora estava fazendo um chá. Como ele não estava lutando, poderia ignorar ele. O garoto loiro não conseguia ir nem para os que usavam arco e besta, então, não vai tentar ir ao controlador. Ao menos, poderia atacar ele, mas não agora, se diminuísse seus oponentes poderia lutar.

    Um homem com machado pesado tentou arrancar sua cabeça e destruiu o chão. Com essa abertura, arrancou os dois braços do brutamontes. Mesmo sem os braços, ele avançou para tentar chutar e socar com os cotocos saindo sangue.

    Era nojento o que o mestre das cartas obrigava suas marionetes a fazer. Mas percebeu algo. O homem disse que tinha um exército bem maior, então, significa que eles não iriam se regenerar assim que mortos – ou melhor, inibidos de fazer uma ação. Por isso, continuou seu embate para tentar destruí-los.

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    Kuzimu se despediu de Esme e foi até o quarto de Masha, entrando observou a mesma no quarto, em pé, mexendo em um livro na estante.

    — Masha, o que queria me mostrar?

    Estava na sala de pesquisa de Masha, que também era seu quarto. Ele era muito bem-arrumado, com vários acessórios intrigantes, tais como um exoesqueleto humano, animais empalados e diversas teorias de química e coisas sobre a mente humana em pôsteres. Kuzimu estava no quarto de sua amiga querida e iria ajudar ela como prometido.

    A mulher puxou uma cadeira e colocou na frente de uma outra cadeira de rodinhas. A mulher sentou-se na cadeira com rodas e apontou para o garoto se sentar.

    — Certo…

    Ele se sentou desconfiado, Masha era uma mulher linda e bem misteriosa, adorava brincar com o garoto, então sempre teve receio com o que fosse fazer com ele. Estar perto de uma mulher bonita como ela era algo impensado, apenas por ser uma residente e uma amiga ele faz isso.

    — Garoto, fique parado.

    — Ok?

    Masha se aproximou do seu rosto. Sua respiração ficou muito próxima, os lábios carnudos dela começaram a se aproximar cada vez mais. Suas roupas belas, dava o garoto sentimentos que nunca pensou sentir. Não soube o que estava sentindo, o que aquela mulher estava fazendo com sua psique?

    — Ma-masha?

    Quando ela estava com seus lábios quase tocando nos seus, ele não se conteve e chamou ela.

    — Eu não disse para ficar parado?

    — M-mas o que você vai fazer?

    — Eu já fiz.

    A mulher voltou a sua cadeira e começou a anotar algo em um caderno purpura.

    — O que você fez? Meu coração está acelerado e minha garganta está seca. Que medo.

    — O corpo humano tem reações para diversas coisas, independente de entender ou não. Podemos influenciar a mente das pessoas apenas com uma ação. Exemplo, eu conheço sua inocência e sei que não passou um pensamento maldoso sequer, mesmo sentindo coisas fora do seu normal.

    — Pensamento maldoso?

    Sobre o que a mulher estava falando? Ela sempre falava coisas que ele não compreendia. Mas ficou meio incomodado com a palavra inocência, ele já tinha… quantos anos ele tinha mesmo?

    — Mesmo sem nenhum pensamento maldoso sobre mim, você ficou com vergonha e com o coração acelerado, como se estivesse fazendo algo errado.

    — Exatamente, foi isso mesmo que aconteceu. E tipo, o que você fingiu fazer? Iria tocar seus lábios nos meus?

    — Garoto, que tal perguntar para sua irmã sobre isso.

    Irmã? Ah, ela está falando da sua amiga.

    — Aisha? Ela com certeza deve saber o significado disso. Acredita que aprendi ontem que o anel no dedo anelar significa casamento?

    — Sério? Que legal!

    Olhando para seu dedo, notou faltar o anel que Aisha lhe explicou. Por que tirou o anel mesmo? Na verdade, quem lhe deu o anel? Duvidas estranhas estava em sua mente. Se não lembrava, não deveria ser importante.

    — Era só isso?

    — Sim. Eu queria ver se nosso corpo reagia mesmo sem entender o que está acontecendo. Sua psique é de uma criança, mesmo não sendo; por isso, é um ótimo rato de laboratório.

    — Eeeiii. — o garoto inflou as bochechas, irritado se despediu. Ela abanou a mão e ele saiu do quarto. — Certo, vamos fazer o que agora? 

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    Kim pulou e arrancou a cabeça daquele que usava kusarigami, estava sendo um problema sendo uma arma a média distância. Mesmo sem cabeça tentava acertar Kim, só que, sua própria arma prendeu em um dos aliados, sendo puxado e caindo.

    Kim, por sua vez, cortou a mão de um usuário de lança que tentava o cortar, mas trocando de mão tentou o cortar. Duas laminas vieram por trás e usando a espada como apoio, chutou as duas laminas para trás. Derrubando as pessoas.

    Uma sequência de ataques veio em sua direção, e quando conseguiu se desprender do inimigo de foice, esquivou de uma flecha e uma ponta de besta. A flecha vinha a cada 3 segundos e a besta atacava a cada 5, se percebesse isso, poderia vencer.

    Sua visão embaçou um pouco, e isso fez quase perder um olho, a lamina da kusarigami do homem sem cabeça veio na sua visão, desviando por um triz.

    Pulou para trás e se defendeu de um ataque de alabarde, segurando lâmina a lâmina. E então. Uma ponta de besta acertou seu ombro. Kim, sentindo a dor, enfraqueceu a lâmina em sua mão e o alabarde ganhou.

    Seu peito foi cortado pela lâmina prateada.

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    Kuzimu entrou no quarto de Amelaaniwa. Ela estava com diversas tintas em volta dela. Uma tela na sua frente e muita bagunça. Seu rosto estava sujo assim como suas roupas. Ela estava pintando uma maçã, ao menos deveria ignorar a bagunça que seus ursos de pelúcias estavam.

    A garota tinha 14 anos, e parecia mais infantil que a Esme que era um ano mais nova. A garota estava entrando em parafuso, tentando achar um angulo certo. Vendo a pintura, era algo belíssimo, conseguiu retratar a confusão do quarto com qualidade e a maçã ao centro trazia um sentimento de paz no meio do caos. Ela era uma artista e tanto.

    — Niwa, precisa de mim?

    — Zimu, Zimu. Veja. Essa é minha mais obra-prima.

    — Olha, vejo que ser aceita na escola de artes foi algo bom para você.

    Amelaaniwa ficou feliz com o elogio, ela puxou a mão do garoto e colocou no centro do desenho. Sentado na cadeira e segurando a maçã.

    — Espera, eu vou ser o modelo?

    — Quero tentar algo novo. Então fica parado.

    — Ce-certo.

    Dentre as brincadeiras da garota e diversos comentários divertidos e algumas vezes maldosos, ela finalizou sua obra-prima.

    — Venha ver. Venha ver. Venha ver.

    Kuzimu que estava cansado e tenso, se levantou, comendo a maçã que agora seria seu lanche. Chegando perto, percebeu algo. O garoto na tela, segurando a maçã, era mais velho do que se lembrava. Ele tinha… quantos anos?

    Sinos tocava em sua mente. Era uma dor de cabeça incessante. Se não lembrava, talvez não fosse importante. Ou era? Enfim.

    — Eu to muito lindo, e é igualzinho, você conseguiu me adicionar a imagem, percebo que me trocou pela cadeira, esse dom é algo inacreditável.

    — Eeei, não chame de dom. Eu demorei muito para chegar nesse nível. Foi através de muito esforço.

    — Desculpa, você tem razão. Chamar isso de dom é muito cruel. Parabéns. Mesmo. Agora eu vou passar um tempo com Pandora. Se eu demorar, Aisha vai dizer que demorei demais e ela vai me obrigar a ficar até muito tarde.

    — Certo, Tchau. Muito obrigada!

    Se despedindo, foi até Pandora.

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