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    Hora do chá

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    Yahalloi

    CaiqueDLF aqui! Desculpem o erro que ocorreu minutos atrás, não vi oq aconteceu, nem sei oq aconteceu, mas, aproveitem o capítulo agora, com as quantidades de palavras certo, bye, bye

    Ass: CaiqueDLF

    Kizimu desde que ouviu as dores de Pandora, pensou em uma forma de resolver seus problemas. No quarto com Masha, Althea e Lins, ele elaborou a teoria de que se ela conversasse com suas maldições, ela poderia resolver a si.

    Com os eventos da carta enforcado, estava finalmente dando certo. Deixando Kizimu muito feliz.

    — Posso ser sincera, ainda não entendi por que o curupira queria lutar…

    — Ele queria ver se estava preparada para lidar com esse fardo.

    — Esse fardo?

    Para Kizimu ficou claro como o dia, por isso ele deixou nas mãos do curupira. Ele estava testando a garota, para que ela pudesse ser mais forte. Para ela poder usar a maldição dela e proteger quem queria proteger.

    O curupira era realmente o mais sábio, e Kizimu gostou de conhecer ele, esperava poder contar novamente com a maldição no futuro.

    — Enfim, vamos para o último, para podermos sair dessa carta.

    — Certo. Vamos.

    Pandora estendeu a mão para Kizimu, atualmente ela não queria se desprender dele, e ele aceitou, segurando a mão dela. Ambos saíram da floresta do curupira e foram para o quarto apertado. As águas ainda atingiam a canela e eles precisavam andar de forma lenta, até ficar na frente da porta com arranhões pesados.

    — Eu estou nervosa, é a primeira vez que entro nessa sala, não sei o que me aguarda.

    — Sendo sincero… eu também tenho receio. O corpo seco, pode ser o mais perigoso deles, e eu não tenho ideia de como vamos vencer.

    Pandora ficou assustada em ver Kizimu ansioso, e então firmou sua determinação.

    — Vamos conseguir.

    — Claro, haha, vamos entrar.

    Pandora pegou na última maçaneta, aquela que quando liberta, seria a libertação da carta enforcado. Ela se despediu da sala, que representava sua mente e eles entraram, no último desafio.

    Abrindo a porta, eles entraram em um quarto velho. Era tudo bem antigo, feito de uma madeira escura. Tinha pilhas de ouro e moedas em cada canto da sala, sem contar com os objetos luxuosos antigos.

    Em uma das pilhas, tinha um ser abissal, ele era o que mais diferia do corpo de Pandora. Seu corpo estava cadavérico e praticamente sem carne, apenas algo apodrecido. Não tinha olhos e suas unhas eram afiadas, tal como garras de animal.

    Esse ser animalesco estava encantado com o ouro, e ficou muito incomodado com a dupla entrando em sua casa. Kizimu, ainda de mãos dadas a Pandora, começou a falar.

    — Miguel Antonio, nascido no Vale da ribeira. — De forma brusca e horripilante, o corpo seco se virou para olhar com sua falta de olhos para Kizimu. — Um homem com muita maldade e perversidade, louco pelo seu ouro e riqueza. Nascido em uma época que escravos eram normais.

    De repente, o corpo seco avançou na dupla em uma velocidade sobre-humana. Pandora, mesmo assim, se colocou na frente de Kizimu, e com sua pele escurecida, criou tornados que impediram o avanço do monstro.

    Ele mesmo assim, sendo repelido, tentou correr a volta da dupla enquanto Pandora protegia Kizimu, que continuou seu monologo.

    — Você foi alguém tão podre, alguém que era brutal com seus escravos, fazendo todo tipo de coisa desprezível contra a vida. A sua paranoia e loucura devido à riqueza era tanta que matou mais de 300 pessoas. Sua vida podre era tão nociva, que, de alguma forma, viveu por 115 anos.

    O corpo seco não queria escutar e estava tentando atingir descontroladamente o garoto em seu monólogo. Pandora usando o poder do Saci conseguia defender cada ataque, mas a velocidade que constantemente aumentava e como ele estava usando todo o ambiente ao seu favor era complicado.

    Pilhas de ouros eram jogados de uma lado para o outro com sua velocidade e de repente usava o ouro no ar como ponte para fazer ataques em lugares que não estariam antes. Pandora estava com uma pequena dificuldade para manter ele dentro dos conformes e assim Kizimu finalizou seu monologo.

    — Quando você morreu, seus escravos pegaram seu corpo e fizeram um ritual, aonde sua alma voltaria ao mundo, para vagar infinitamente. Sua maldade foi tanta que não foi aceito no inferno e como não se arrependia, não foi perdoado nem nos céus. Expulso do céu e do inferno, e agora que escapou da morte, deu um jeito de voltar para seu corpo morto. Um corpo já apodrecido. Dando início a uma lenda de horror pelo mundo.

    — Que história horrível.

    — Sim, por isso eu não sei como vamos lidar com ele. Ele não é alguém bom, sua vida é podre, então… você vai ter que matar ele.

    Pandora tremeu, ela deveria matar sua maldição?

    — Matar…?

    — Exatamente. Sei que eu sou contra isso, mas, ele não é alguém que podemos conversar e resolver pacificamente.

    — Podemos ao menos tentar?

    Kizimu olhou para o corpo que descontroladamente tentava atingir a dupla, impedido por diversos ventos e vórtex. Até que ele sumiu do campo de visão da dupla.

    — Quê?

    Pandora olhou a sua volta, procurando o corpo seco e não encontrou em lugar nenhum. Algo impossível, já que estavam em um quarto fechado. E então ele apareceu atrás dela com uma velocidade que impedia a lógica humana de compreender. Acertando um chute que fez a garota voar para o outro lado da sala.

    Kizimu tentou agarrar o corpo seco, que superando a velocidade humana, acertou uma sequência de socos na barriga do garoto. Ele gorfou sangue devido à força monstruosa do corpo. O garoto atingiu a porta que entraram no quarto. Seu corpo dolorido estava roxo, diversas feridas internas ocorreram.

    Kizimu gorfou sangue novamente, provavelmente algo dentro de si foi dilacerado. No instante seguinte um chute iria arrancar a cabeça de Kizimu, um pé que ficou paralisado no ar, e no momento o corpo inteiro foi arremessado para a parede ao lado.

    Pandora conseguiu se manter em pé, com sangue escorrendo de sua testa, e fez com sua imaginação o ar em volta do corpo seco voar até a parede. Ela olhou a parede e ele já havia sumido. A mesma criou uma doma que curava em volta de Kizimu.

    O corpo seco avançou na garota, que ficou intangível. O mesmo tentou de todas as formas atingir Pandora, que parada não recebeu nenhum dos golpes.

    — Pare.

    O corpo seco paralisou.

    — Vamos conversar.

    — …

    Os clicks dos seus dentes batendo eram recorrentes, e não parecia que ele tinha uma consciência. Mesmo assim, Pandora tentou conversar com ele.

    — Eu quero dar liberdade a vocês. Uma vez ao dia, vocês vão poder viver.

    Ele tentava descontroladamente tentar se mover, uma tentativa falha, devido à fala amaldiçoada da criança loira.

    — Por favor, eu não quero ter que te matar.

    E de repente, o corpo seco, na base da força, moveu seus ossos frágeis e conseguiu atingir Pandora. Usando a própria força, ele superou o arbítrio da fala amaldiçoada. Ela recebeu uma sequência de chutes e socos, ainda no ar, onde foi arremessada para cima e para baixo.

    Ela recebeu um soco no queixo. Um chute nos seios. Três ataques diretos na barriga e foi arremessada com tudo para baixo. Onde a sequência de ataques não pararam. Kizimu correu com tudo para tentar impedir ele de continuar. Apenas recebeu um chute e foi levado para longe.

    Pandora se encontrava já inconsciente pela força que foi atingida consecutivamente e Kizimu ficou desesperado.

    O que eu posso fazer?

    “Contra isso. Suponho que nada.”

    Nada?

    Não poderia não fazer nada. Irritado, avançou contra o impossível. Prevendo um ataque viria mais rápido que sua velocidade de pensamento, se esquivou segundos antes, onde o ataque passou por cima de sua cabeça. Arrancando fios de cabelo.

    O garoto pulou e rolou, esquivando outro ataque, e conseguiu chegar até Pandora.

    — Corpo seco, vamos fazer um jogo.

    Pegou um candelabro banhado a ouro estava do seu lado, e então, Kizimu jogou longe.

    — Vai quebrar se você não pegar. Então corra para proteger seus bens.

    O corpo seco correu, e em uma velocidade imensa, pegou no ar o candelabro. Kizimu aproveitou a brecha e levou Pandora no seu colo até o outro lado da sala. Queria chegar na doma de cura que ela criou, mas não era rápido o suficiente.

    O corpo seco correu e atingiu uma velocidade de uma bala, atingindo o corpo de Kizimu para a parede lateral. O corpo de Pandora caiu, segundos antes da doma de cura. Kizimu com seus ossos dilacerados novamente, sentiu uma dor aguda. Ele reprimiu seu grito e tentou se manter em pé.

    Como uma reação atrasada, pulou para o lado, onde viu um soco atravessar a parede. O garoto tentou dar um tapa no corpo seco para usar seu ritual, mas não foi rápido o suficiente, recebendo um chute que foi levado até uma pilha de ouro e itens de nobre.

    As dores no corpo liquidava o corpo do garoto, onde ele sentia lacerações em seus órgãos. O corpo seco era forte demais para lidar sozinho. Kuzimu não ajudava em nada, além de dar uma certeza de onde os golpes viriam, mas mesmo sabendo, não era rápido o suficiente.

    Kizimu forçou seu corpo ao limite, não poderia parar, sabendo a quantidade de golpes que Pandora recebeu, deveria lutar contra suas dores desumanas e contra a queimação no corpo. Por isso, novamente pegou outro objeto de luxo e jogou longe.

    O corpo seco, cheio de desejos pelo seu ouro, correu novamente e Kizimu tentou correr, mas suas dores o impediram, não tinha como superar tamanha dor simplesmente com determinação.

    Kuzimu, eu sei que você consegue, use o ritual de Masha que me impede de sentir dor.

    “Tudo bem.”

    As dores lentamente desapareceram, mas sentia como se algo no seu corpo não tivesse certo. Kizimu estranhou algo, Masha demorou um minuto no que Kuzimu levou apenas 1, mesmo assim, manteve-se consciente. Ele correu o mais rápido possível e novamente sentiu algo errado. Ele rolou pelo chão e conseguiu esquivar de um chute, onde o corpo seco parou na sua frente.

    O corpo seco pulou mais uma vez em um avanço, e Kizimu ficou parado. Recebeu o ataque com tudo, percebeu que algo dentro de si se rompeu, mesmo assim segurou o corpo que o atingiu. Kizimu não sentiu a dor, apenas cuspiu uma imensa massa de sangue, mas continuou a segurar o corpo.

    — Morreeeeee.

    Uma energia estrema atingiu o corpo seco, fazendo o mesmo soltar um grito gutural. O monstro recuou assustado e Kizimu ficou cansado, muito cansado.

    Correu com tudo que poderia até o corpo da garota e se esticou, seu corpo fraquejava, não sentia dor, mas a falha era consciente. Com tudo que tinha se esforçou, mas estava no limite, ele se arrastou, se puxou, e no último momento de consciência, chegou.

    Kizimu ficou super aliviado, agora sabendo que ela seria curada. Ele se ajoelhou e caiu, onde exausto, desmaiou.

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    Passou alguns segundos até que Pandora acordasse, as dores no corpo dela estava desaparecendo e ela então segurou a roupa daquele desmaiado a sua frente. Ela acordou assustada e viu o corpo do Kizimu quase desaparecendo.

    Sem entender o que aconteceu, ela pensou que ele estava bem, e que toda suas dores desapareceriam, mas nada mudou. Ele continuava a desaparecer, percebeu, se ela não derrotasse o corpo seco logo, Kizimu morreria na mente dela e não poderia voltar ao seu corpo.

    Pandora ficou com seus cabelos loiros e a ponta em chamas, sua pele escureceu e ela ficou com olhos vermelhos.

    — Você vai morrer!

    Um grande machete foi criado, e foi abençoado pela benção do Bento.

    O corpo seco, ainda assustado, correu na direção da garota, e ele atravessou ela, sem atingir, a mesma se virou tentando cortar o monstro ao meio.

    Ele se esquivou para baixo, e correu em volta da garota. Ela usou as chamas para limitar a área onde o corpo poderia ir, e os ventos para tentar puxar ele. A velocidade do monstro era fora do comum, gerando uma luta impressionante.

    A sala se tornou azul e vivida com as chamas azuis iluminando a grande batalha, diversos ataque tentavam atingir a garota que nunca era atingida. Ela jogou o corpo de uma lado para o outro com seus vendavais e o corpo atingiu cada canto do quarto.

    As chamas tentavam atingir também, mas instintivamente usava sua força e velocidade para repelir o fogo, que não era tão intenso quanto a do curupira. Pandora, irada, usou as chamas e os ventos ao mesmo tempo, tentando limitar novamente o corpo seco até que ela avançou nele. Ela usou a manchete para atingir o corpo, que novamente se esquivou, mas ela usou correntes para prender ele, que tentou fugir, sem sucesso.

    — Você feriu alguém importante para mim, por isso, morra.

    Sem conseguir se mover, graças as diversas correntes pesadas que prenderam seu corpo, Pandora arrancou a cabeça do corpo seco, uma ardência cruzou a mente dele que sentiu algo deslocar sua alma.

    A morte mental era a morte definitiva para uma maldição, e ela, usando a benção de Bento, ainda dava um final ainda mais definitivo. 

    Apesar de tudo, não queria matar, por isso, lagrimas escorreram em sua face. Mas a raiva de ver Kizimu quase morto, não sumia.

    — Descanse em paz, corpo seco.

    Lentamente, enquanto o corpo sem cabeça, se balançava de um lado para o outro, e a cabeça gritava de dor. Ela sumia.

    Pandora, cansada, soltou a machete no chão e andou até o corpo de Kizimu.

    O garoto estava desacordado e estava mais translucido que antes, quase invisível. Ela pensou que ele estava acordado, e assim ele acordou.

    O garoto, sem nenhuma energia, teve seu corpo levantado e abraçado pela garota.

    — Conseguimos, Kizimu.

    — Que… bom.

    — Muito, muito obrigada mesmo.

    Pandora chorava no rosto daquele que nem conseguia respirar direito. Seu corpo estava curado, mas sua mente estava exausta, com a falta de energia. A garota, achando que poderia perder ele, olhou no fundo dos seus olhos azuis-escuros.

    — Kizimu. Eu sempre. Sempre via minhas maldições como algo ruim. Eu aprisionei elas, e nunca pensei nelas como seres vivos. — Pandora chorava, lagrimas atingiam o rosto do garoto exausto. — Elas me amaldiçoaram com milhares de pensamentos negativos, que estavam sempre me atingindo infinitamente.

    Kizimu pegou no seu rosto, acariciando sua bochecha. Era tão linda e fofa, mesmo chorando. O garoto de cabelos pretos estava feliz, conseguiu cumprir a promessa que fez no quarto. Conseguiu salvar ela. Agora deveria salvar sua amiga, ou melhor, deveria salvar aquela que aceitou como sua irmã.

    Tudo se rachou em volta dos dois, e Pandora sentiu sua mente e alma ser preenchida com algo.

    — Eu sempre me senti sozinha, cansada, sem energia e apenas queria desistir. Você me deu mais de uma vez, um motivo para continuar. Então… sim! Eu vou. Eu viverei por você.

    Pandora se aproximou do rosto de Kizimu e encostou seus lábios aos dele, naquele instante, o enforcado se rachou e expulsou ambos da mente dela.

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    Hora do chá

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    Yahalloi

    CaiqueDLF aqui! Novamente, já tá ficando chato, não, hehe.

    Nós acabamos de resolver os problemas internos na mente de Pandora Akiva, resolvendo problemas profundos de anos que se passaram, mas, ainda não é o fim. Estamos agora encaminhando para o final do arco 1, para o que é chamado de último confronto.

    Próximo Capítulo será: Capítulo 10: Conheça minha ira. Amanhã teremos mais 4 capítulos, então, estejam acordados, e ativos, porque as próximas lutas serão incríveis. Espero vocês, vivam bastante e

    Bye bye.

    Ass: CaiqueDLF

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