Índice de Capítulo

    Kizimu voltou com Aisha para casa, ambos comeram seus sorvetes e apreciaram a viagem enquanto ouviam os sons dos pássaros.

    — Irmãozão, eu vou tomar banho agora. Pode levar as compras para Esme e Cassian na cozinha?

    — Claro, deixa comigo.

    Aisha deu um beijo na bochecha de Kizimu e alegre correu para os corredores, deixando o garoto sozinho.

    — Certo, agora sou só eu.

    Kizimu andou pelos corredores. A entrada era um hall grande, no centro tinha um caminho para entrar na casa. Esse hall tinha diversos adornos belos que mostravam o luxo que presenteava a grande casa, mesmo com tantos adornos não era o suficiente para colorir o grande hall. Lustres, cadeiras, o piso de mármore. Esse ambiente da casa era claramente o mais luxuoso. Todos os ambientes que entrou passavam uma vibe diferente.

    Passando pelo corredor, a sua esquerda tinha uma grande porta dupla de madeira. A sua direita um corredor, e a frente tinha os corredores para chegar nas escadas que subiam em um espiral quadrado. A sua direita tinha o corredor que iria para os jardins da casa, que era também o caminho para o penhasco.

    Entrou na grande porta dupla que era seu objetivo, a cozinha. Lá encontrou Esme limpando a mesa.

    — Senhor Kizimu, bem-vindo de volta.

    Esme fez uma apresentação visual, mostrando um respeito qualitativo. A garota usava roupas de Maid, exatos iguais ao de Marianna, quem atendeu Kizimu no Maid Café. Esme tinha um belo cabelo turquesa que ia até metade de seu corpo pequeno, um dente pontudo e braços delgados belíssimos. A menina parecia uma criança, mas a mesma já havia dito que tinha 13 anos, era uma pre adolescente.

    O corpo de Kizimu tem um medo irracional dessa garota, diferente do seu medo de mulher bonita, era um trauma gerado por algo irracional. A manipulação de um Demônio.

    — Aqui está as compras.

    — Oh! Muito obrigada, irei entregar a Pandora, ela disse que vai fazer a comida hoje.

    De dentro das portas duplas menores, saiu um homem. Sua postura era ereta e muito calorosa, ele tinha uma aparência em um tom envelhecido pelas rugas em seu rosto, mas sua forma de caminhar e postura dava a impressão de um homem muito imponente. Os olhos azuis como o céu fazia o tempo congelar apenas para admirar sua beleza.

    — Cassian.

    Quando acordou no dia anterior, viu Cassian na mesa, mas com todos em cima de si não pode conversar com ele. Lapsos de memórias vieram de seu corpo a beira da morte. Vê-lo bem, confortava seu coração.

    — Meu senhor, está se recuperando bem?

    — E-eu estou. Me diga, e o senhor? Está bem?

    — Senhor… peço desculpas em mostrar uma casca tão ridícula para meu senhor, mas eu tenho apenas 20 anos de idade. A minha odiosa maldição é culpa de uma vista tão deplorável.

    Deplorável? Ele passava uma impressão tão respeitosa e pulcra, nunca que acharia ruim. Mas ouvir que ele tinha apenas 20 anos de idade era uma surpresa.

    — Não diga isso, por favor. Eu acho o senhor incrível. Bem, acho que chamar de senhor é errado, nesse caso. Bem… mas você é mais velho. Como eu consigo te chamar de forma respeitosa?

    — Cassian, me chame apenas de Cassian.

    — Então, Cassian. Muito obrigado. Graças a sua ajuda conseguimos lidar com os inimigos na invasão.

    Cassian arregalou os olhos.

    — Não, eu não fiz nada. Minha ajuda foi tão irrelevante, que caso minha pessoa não tivesse lá, nada mudaria.

    — Com certeza não. Lá tinha diversos inimigos, todos lidaram com um inimigo, se não tivéssemos você Cassian, o número de problemas aumentariam, e poderia ser que nem venceríamos eles. Ao menos…

    Ao menos, John Bento estava sem um braço, sem um olho e estava muito ferido. Se Cassian não tivesse enfraquecido o homem, com certeza não teria conseguido vencer seu nêmesis.

    — Sem sua ajuda, eu não teria vencido Bento. Então obrigado mesmo.

    — Oh! Vocês… vocês jovens são parecidos. Você me lembra Minne.

    Dessa vez Kizimu que arregalou o olho. Minne era seu desejo de curiosidade, então, o quanto aprenderia sobre ela de Cassian? Gostaria de ouvir suas histórias.

    — Senhor Kizimu, eu vou agora varrer o hall principal e passar pano. Senhor chefe, quando acabar sua conversa, peço que limpe o corredor do primeiro andar. Eu irei limpar depois o caminho para as escadas.

    — Em pensar que iria chegar o dia de minha pessoa receber ordens da senhorita. O tempo realmente se passa, e isso é algo gratificante.

    — Esme, Cassian. Eu posso ajudar vocês?

    Cassian levemente sorriu e Esme colocou sua mão sobre a boca contendo o sorriso.

    — O senhor Kizimu é o dono da casa, não precisa fazer as funções da casa.

    — Exatamente, meu senhor, não há necessidade. Pode descansar com sua irmã que cuidaremos das funções.

    — Por favor, bem, eu quero passar um tempo com cada um de vocês, quero aprender sobre vocês.

    Dessa vez quem arregalou o olhou foi Esme.

    — Bem… olha, é bem engraçado isso.

    — Por quê?

    — Meu senhor, deixe que eu explico. Aqui temos pessoas juntadas por Levi Kuokoa e Anastásio, seu pai. Alguns servem ao pai de Minne e Amelaaniwa e alguns servem ao seu pai. Além das refeições, não interagimos muito, com exceção de nos empregados que temos o costume de falar entre nos. Aisha é uma quebra de padrão que fala com todos.

    Eles não tinham o costume de falar entre eles. Aisha poderia ser uma exceção, já ela tem uma personalidade que claramente falaria com todos. Pensando um pouco, Kim ficou surpreso com o pedido de amizade. Talvez o garoto tenha convivido sozinho todo esse tempo. Masha ficou muito feliz quando conheceu seu senhor.

    Dos residentes, Amelaaniwa mal via pela casa. Lins e Althea não tinha ideia de onde eles estavam, queria ver eles também. Todos ficavam distantes mesmo morando sobre o mesmo teto?

    — Não, eu quero que todos convivam. Somos uma família. Mesmo que nascemos por pessoas diferentes, vivemos no mesmo teto.

    — Mas senhor Kizimu, isso não significa que precisa trabalhar. Pode apenas nos observar.

    — Me sentiria mal em vê-los trabalhar e eu ficar apenas observando.

    — Senhorita Aisha deveria ganhar algumas aulinhas.

    Cada vez mais o termo parasita ganhava mais força. Ela era uma presença estranha, não tinha relação com ninguém, mas vivia naquela casa. Tinha que aprender sobre todos. Tinha que trazer sorriso para todos. Tinha que salvar a todos.

    — Cassian, eu vou te ajudar e depois vou ajudar Esme. Que tal assim?

    — Eu ficaria honrado.

    — Por mim tudo bem.

    — Certo, então assim faremos. Vamos lá.

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