Capítulo 54: Pebolim, Apelidos e um Quarto Proibido
Estava de frente a um pebolim totó e Kizimu sentiu uma familiaridade com o jogo, como se o conhecesse e soubesse…
— Eu acho que sei jogar…
— É…? Que bom! — Aisha virou o olhar e voltou animada até o jogo. Cada um ficou do seu lado e a bola rolou pelo campo.
De forma surpreendente, a bola em um segundo que tocou a mesa percorreu o campo e um gol acertou no lado de Kizimu.
— Wow.
— Hehe.
— Ah é!?
O gol feito por Aisha foi surpreendente, mas não abalou o garoto de cabelos pretos e olhos azuis-escuros. Kizimu colocou a bola no campo e atacou ferozmente. Aisha com habilidade pegou as fileiras de defesa e em um movimento de ir e voltar impediu a bola de avançar, voltando após com um chute bem colocado que atravessou o campo, e então…
Kizimu fez o mesmo movimento defensivo. Aisha se surpreendeu e soltou um sorriso.
— Tem coisa que nunca esquecemos, não é?
— O quê?
Com essa distração, mais um gol foi acertado por Aisha.
— Yupii.
— De novo?
A bola voltou ao campo e ataques devastadores ocorreram. Ida e volta, de novo e de novo. Gol por gol. O jogo tinha uma troca de gols de ida e volta, com Aisha sempre com uma diferença de dois gols.
— Eii, vocês dois. Já passaram muito tempo, temos muito da casa para ver ainda.
— A senhorita Pandora está certa, vamos terminar antes do almoço, ao menos.
— Calma, calma, eu vou vencer.
— Desiste perdedor, fraco, fraco.
E com uma troca violenta de ataque e defesa, Kizimu tinha uma habilidade fora do comum, mas Aisha sempre o superava, como se soubesse cada truque que o garoto usaria. Por isso, a diferença de 2 gols, se tornou uma diferença de 3 gols, ficando 25 a 22.
— Droooga.
— Yupiiii.
Kizimu irritado, roletou os jogadores. Aisha triunfou batendo no peito magro e apontando para os céus.
— Kim! Pandora! Vocês vão jogar também.
— Isso, Pimbolim, vamos!
— Eeeeu? Aisha pelo amor de deus para com esses apelidos. E Kizimu. Não, nem venha… É isso. Venha.
— Hã?
De subito, o corpo de Pandora escureceu, logo entendeu quem viria.
— Oi? Oi? Oi?
— Saci!!
— Vem com a gente!
Aisha pulou animada e pegou as mãos de Pandora — Saci — e animada balançou. O saci ficou surpreso, mas balançou os braços em conjunto rindo.
— Vamos, vamos, vamos, aonde vamos? Vamos, sim, quero, sim, aonde vamos, sim?
— Pega aqui.
Aisha guiou Pandora — Saci — para os jogadores, o mesmo não entendeu diretamente. A garota pegou a bola e fez uma simulação. Kizimu do outro lado, a ajudou.
Kim foi solicitado para jogar com Pandora – Saci. No começo Kim estava inseguro, mas logo a insegurança se tornou seu sentimento vontade de triunfar. Não percebeu, mas em instantes estava se divertindo também.
Kizimu riu, Aisha gargalhou, o Saci zombeteou e Kim sorriu, um sorriso até então verdadeiro, percebido pelo garoto de cabelos pretos.
— Senhor Saci, eu irei adquirir a vitória dessa vez.
— Não. Não. Não. Eu vou, eu vou, eu quero, eu irei, eu consigo, eu quero, eu vou.
Ataques não tão habilidosos eram feitos pelos amadores Pandora — Saci — e Kim Umbral. Ambos estavam animados e cruzavam a bola vacilante por todo campo. Gols repentinos e que facilmente seriam defendidos por Kizimu e Aisha eram feitos, e por fim.
— Eu venci.
— Não, não, não, não. Injusto, você roubou. Roubou sim. Roubooou.
— Não mesmo, eu joguei tão habilmente como o senhor, foi uma luta justa.
Habilmente? Riu Aisha, Kizimu apenas estava muito, muito feliz que Kim estava se divertindo.
— Senhor, digo, Kizimu, acho que deveremos…
— Não! Meu irmãozão não vai. Vamos fazer um último jogo. Eu e SaSa e Kim e Kizimu. Eu e ele ficaremos na defesa, assim será mais justo.
— SaSa? Gostei. SaSa, eu quero ser SaSa. Eu sou SaSa agora. Eu gostei, SaSa gostou.
Kim estava tentando adiantar, mas Aisha o segurou. O apelido que a garota dera para o Saci foi aceito com uma assertividade absurda.
— Vamos, Kim, uma partida rápida de 10 gols.
— Rápida é?
— Sim, vamos amassar elas.
— Eu… Sim, por favor, vamos.
Kim estava inseguro, mas a animação de Kizimu o alegrou, ele colocou uma face animada e se preparou no seu lugar.
— Não vamos ficar para trás, certo SaSa?
— SaSa não vai perder.
As duplas ficaram em prontidão, e o jogo começou.
— Iaaa.
— Ia. Ia. Ia. Ia. Ia.
— Wow.
— Senhor, digo. Há. Cuidado.
Ataques de todos os lados faziam o caos percorrer a sala. O suor se misturavam aos gritos de animação. Kizimu aproveitava as brechas para tentar fazer golpes cruzados que quicavam lateramente, enquanto Aisha era super meticulosa e em um ataque atravessava todos os atacantes indo direto na defesa do garoto.
Kizimu e Aisha se concentrando apenas na defesa, fazia com que se tornasse quase impossivel atacar. Saci e Kim não podiam fazer nenhum ataque perfeito, onde tinham seus ataques amadores defendidos com uma qualidade sobrenatural.
A verdadeira batalha ocorria dentre Kizimu e Aisha que tentavam a todo custo atravessar o campo e cruzar gols. Chutes de goleiro e zaga eram os mais brutais. Independe do que tentavam, não conseguiam atravessar reciprocamente.
Em um momento, a bola conseguiu percorrer diretamente um goleiro ao outro em uma troca intensa de ataques que percorriam uma velocidade que apenas Kim verdadeiramente observava. Para Aisha e Kizimu era apenas instinto.
Um para cá, outro para lá, um para frente e Kim tentou arfar e fingir, algo que falhou, a bola percorreu para zaga e Aisha movimentou qualitativamente, a bola percorreu o pé do goleiro e subiu no zagueiro. Um movimento de parábola inversa arqueou por cima do campo e caiu perfeitamente dentro do gol de Kizimu.
— GOOOOOOOOOOOL.
— Droga.
— Eba! Eba! Eba!
— Não creio.
Ofegantes pouco conseguiam acreditar no que acontecia, gritos e zombetearias ocorreram por um longo período, entraram em acordo que esse gol valeria pelo jogo inteiro, mas Kizimu se viu completamente frustrado.
— Finalmente, passamos muito tempo lá.
— Mas Kimzinho, foi divertido, não foi?
— É, tenho que assentir que isso foi uma experiência agradável.
Saíram do quarto, todos juntos, animados e suados.
Ainda a direita tinha um espaço aberto, com placas de banheiro. A área aberta tinha amplitude para duas aberturas. Kizimu já tinha visitado esse banheiro, no mundo das ilusões. Lá onde sentiu como se sempre vivesse naquele mundo, por algum motivo também sabia que Aisha fez esse cômodo.
— Por que esse banheiro é tão grande?
— Esse banheiro é incríveeel.
Chuveiros, chuveirinhos e banheiras, um estilo oriental de banheiro continha ali.
— Isso é uma clara referência a animes, eu fico orgulhosa desse banheiro.
— Mas senhorita, praticamente não usamos esse banheiro.
— Independente Kimzinho, eu amo minhas ideias.
Kim riu da garota animada, que se abraçava como uma mãe que ama seus filhos. Logo saíram e seguiram para o próximo quarto, que seguia a esquerda.
Mais uma porta.
Kizimu super animado, graças aos diversos quartos divertidos que traziam um novo ar de mistério e completo preenchimento, foi feliz até a maçaneta.
Sua mão foi parada pelas mãos brancas de Aisha, e com medo e ansiedade, quase com lágrimas nos olhos, ela chiou.
— Na-Não esse quarto não.
Kizimu olhou para seu cavaleiro, que segurava o riso olhando para o lado. O saci ficou curioso e virou a cabeça para o lado. A curiosidade só poderia aumentar, e então, ele tentou forçar a maçaneta, com sua mão sendo segurada.
— Não!
— Deixa eu ver.
— Não! Olha, eu projetei muitas coisas, mas algumas coisas que eu fiz eu me arrependo muito.
Uma briga de força ocorreu e no fim Kizimu venceu, abrindo a porta e entrando com tudo com um pulo, se jogando para dentro do quarto.
Sua animação era claro e foi interrompida com incompreensão.
— Quê?
Um X estava em uma das paredes com algemas em cada ponta do x, diversas correntes, um armário com itens estranhos, e uma cama vermelha muito convidativa. Tinha uma flor em cima da cama e na mesa poderia ver uma garrafa de vinho.
— Era isso?
— Desculpa por existir.
— Desculpa, digo eu, eu não entendi.
— E nem vai entender! Próximo quarto.Enfim saíram do quarto e estava na frente do quarto de Masha. Kizimu bateu na porta e aguardou. Não demorando muito, escutou um “Entre” e logo, o quarteto entrou.
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