Índice de Capítulo

    Com os dizeres de Eleanor todos ficaram confusos. O iniciar de sua fala era cheia de significado, mas a conclusão era absurda. Um ladrão de calcinhas? Quem iria fazer algo tão profano?

    Todos assimilaram ao seu jeito, Kizimu em especial, não entendeu bem. Claro que roubo era errado, mas todos estavam constrangidos. Sua considerada irmã, ao lado da otaka, estava vermelha.

    Puxando em sua memória, enquanto conhecia a casa, Aisha havia dito que ele não poderia ver suas roupas íntimas que era errado.

    Pensando por essa perspectiva, a reação de todos faria um pouco mais de sentido.

    Kim, não estava tão presente na conversa. Ele, tendo flashes do dia anterior, nem mesmo escutou o que Eleanor disse.

    O silêncio posterior foi constrangedor, e quem quebrou esse silencio foi…

    — Hahahahahahaah, então alguém está roubando calcinhas?

    — Você não deveria rir dessa situação, Bianca — retrucou calmamente o garoto de voz monocromática.

    Pandora levantou a mão, facilmente ganhando a atenção de todos.

    — Também sumiu uma calcinha minha. Eu trouxe contado, mas está faltando uma.

    — Eu realmente achei estranho. Eu achei que tinha perdido aleatoriamente, mas não, a minha do cosplay sumiu também — indagou Aisha.

    — Sim! Duas calcinhas dos meus cosplays também sumiram.

    Eleanor ficou furiosa, seus olhos dourados brilharam enquanto ainda em cima da mesa.

    — Mocinha, realmente, isso é um problema. Mas poderia sair de cima da mesa?

    Porque não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz. Concordo com Enersto, Elen, saia da mesa — falou Brielle de forma gentil.

    A garota otaka, saiu timidamente da mesa, e esfregou seu rosto em Aisha, se escondendo.

    Um tuc manso ocorreu, Amara, a pistoleira, colocou os pés a mesa com força. Suas botas fizeram um som seco fazendo todos terem sua atenção para ela.

    — Vamos colocar as cartas na mesa. Ontem sumiu um meu também, assim como todas, achei que tinha perdido. Mas, é muito suspeito que 4 pessoas perderam suas calcinhas. No faroeste, isso se chama ladrões do sertão.

    — Vamos analisar essa situação com cautela. Quem também perdeu levanta a mão. Eu afirmo que duas minhas sumiram.

    Na mesa, Pandora, Aisha, Eleanor e Amara foram as primeiras a levantar a mão com o pedido de Bellatrix. Timidamente Brielle, a religiosa, levantou a mão, as tatuagens em seu braço, característico era belo e chamava atenção.

    Logo em seguida, Dalia, Bianca e Talia levantaram a mão. Bianca, sorrindo, quase caindo na gargalhada e Talia, observava tudo com tamanha perspicácia, uma felina estudando suas presas.

    Extremamente envergonhada, Hermione, que em pé estava, levantou sua mão.

    Todas as garotas daquela mesa tiveram seu bem mais precioso roubado.

    Talia ergueu as duas mãos em rendição.

    — Para que toda essa dúvida pessoal, é claro que o suspeito é um garoto, e, se considerarmos o tempo do roubo, só pode ser Kim ou Kizimu.

    — Eii! Meu irmãozão nunca faria isso. Protesto! — Clamou Aisha.

    Dalia apertou a bochecha de Kim, trazendo-o para o mundo. Ela sorriu ao ver seu rosto a observar, e levantou.

    — Kim passou a noite toda comigo, tenho certeza que não foi ele. Se foi um dos garotos, só pode ter sido ou Guto, ou Ernesto, ou Kizimu.

    — Eu não fiz nada, mas eu duvido que foi Ernesto. Duvido mais de minha própria palavra, do que ele ter roubado isso — respondeu Guto.

    — Mesmo que confie no seu mestre, ele não parece ser suspeito?

    Talia continuava com sua língua afiada, mas Guto deu de ombros, o mesmo suspirou.

    — Você não entende, nenhum de vocês entendem, ele não fez isso.

    — Como pode ter tanta certeza?

    — Digamos que…

    Guto olhou para seu mestre, o mesmo que o fitava de forma assustadora, como se os segredos do mundo estivessem a ser guardados pelos seus ombros, e Ernesto, não queria que seu segredo se espalhasse.

    — Esquece — Bufou Guto.

    — Ainda temos de apurar quem cometeu o roubo. Na qualidade de chefe da guarnição, irei conduzir um inquérito com os jovens. Kim, Guto, senhor Kizimu… acompanhem-me, por favor.

    — Parado aí, eu vou junto, quero saber se esse questionário vai ser fiel — bradou Amara.

    — Neste caso, eu vou com as garotas olhar as cenas dos crimes. – Bellatrix afirmou.

    — Por que Vicenzo não foi cotado como suspeito? — Bianca puxou a manga de seu colega com um sorriso no rosto.

    — Bem, de todos ele parecia o menos tenso e desinteressado na conversa, não vi malícia em seu corpo, tirei eles dos suspeitos — Talia deu de ombros.

    — Então por que meu irmãozão foi julgado como culpado?

    Talia deu um sorriso sarcástico, enquanto seu rosto estava sobre seus dedos, seu sorriso era saliente e a mesma estava se divertindo muito naquela acusação.

    — Eu estava apenas provocando ele, o mesmo parecia um peixe boiando no oceano, e Kim também não me parece suspeito. Na verdade, ninguém aqui parece, pois então, todos devem ser julgados.

    Brielle começou a rezar. Guto bocejou, Ernesto e Amara começaram a levantar da mesa, e Dalia olhou preocupada para Kim.

    — Kalén… cuidado com Ernesto.

    Dalia se preocupou de verdade com Kim.

    — Cuidado, por quê?

    — Porque… — Hesitou. — Você, logo vai descobrir.

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    Vergonha, constrangimento e sentimentos de conspurcação. Não era lógico o que Kizimu sentia naquele momento, algo estava errado. De cueca estava, empinado estava, segurando na parede a sua frente estava. Ao seu lado, Kim, confuso, Guto, bufando e Vicenzo com cara de paisagem.

    — Alguém me sabe dizer por que razão estão aqui, hã?

    Ernesto, estava com um chicote com tiras, e bateu em Guto. Suas passadas eram eloquentes a quem tinha o comando, sua respiração era fora do ritmo, pois, algo errado estava acontecendo dentro dele. Escondia um sorriso bobo.

    — Estão aqui porque um de vocês portou-se muito erroneamente, foram um menino mau.

    Kizimu não compreendia o quão errado aquilo era, mesmo assim, tudo, dentro de si, considerava perigo. Olhou para os lados, procurando algo para se proteger, mas sentia-se vulnerável demais para falar algo. Lacrimejou.

    Estavam em uma espécie de calabouço, na parede ao lado da porta, Amara estava a espreita, observando eles, como uma tigresa intensa.

    — Aaaar, pelo amor, Ernestoo, você sabe que não foi nenhum de nós, está fazendo isso apenas para suprir seus desejos idiotas! — gritou Guto.

    — Desejos idiotas? — Kizimu estava confuso.

    — Espera, então… ele é… — Kim, assustou-se com uma mera possibilidade.

    — Poucas pessoas no reino sabem, mas Ernesto adora saborear jovens aprendizes, ele é um Pedófilo gay. — Monocromaticamente, a voz de Vicenzo ecoou pelo calabouço.

    Ernesto, deu uma tosse para focarem nele.

    — Não me confundam com um pedófilo. Eu não sou um pedófilo. — A frase saiu com firmeza. Mas… — Jovens entre os quinze e os dezoito anos encontram-se no esplendor da sua juventude. É nosso dever, enquanto sociedade, valorizar e extrair o melhor dessa fase tão efémera. — A voz mantinha um verniz de decoro, mas havia algo de sombrio no seu olhar e um rubor suspeito no semblante.

    De forma depravada, o homem se abraçou ao chicote de tiras, e bateu desta vez em Vizenzo.

    Kim se virou, a quem não continuaria naquela humilhação.

    — Não sairá.

    Kim foi invertido, e girado, a habilidade de Ernesto com o chicote, parecia uma lâmina afiada, que fez Kim, girar de volta ao local de início.

    — Até um de vocês admitirem, vamos ficar aqui, por muito, muuuito tempo.

    Amara suspirou, ela não imaginava ver uma cena dessas, mas não julgaria seu mestre. Ele nunca tinha feito nada estranho a ela, mas claro, que ele parecia ter seus gostos pessoais.

    — Nem no deserto eu encontraria uma cobra tão falsa quanto esse homem.

    A diversão daquele homem estava apenas no seu começo, e quem sofreria seria 4 jovens na flor da idade.

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    Delicadamente, Bellatrix, a tática, analisava o ambiente em volta do guarda-roupa. Cada roupa alinhada, e bagunçada da maneira exata.

    — Como sabe que apenas não está perdido?

    — Olha!

    Eleanor, puxou um cabide com um cosplay de Oni, lá, tinha toda a roupa característica, o bambo e tudo que incrementava, mas, nos elementos, existia uma falta, internamente, algo deveria existir no suporte, mas, faltava ali um conteúdo.

    — Seus cosplays ficam arrumados, e o resto bagunçado. É bem, curioso. Certo, aqui não tem muito o que ver.

    Bellatrix estava investigando o quarto de Eleanor, todas as garotas se encontravam presentes.

    — Que coisa louca, não? De todas as coisas que poderiam roubar aqui, eles roubaram calcinhas, talvez estejam desesperados, huhuhuhu.

    — Pare com isso, Bianca. Não julgueis, para que não sejais julgados.

    — Mas não é tão incrível, ele ou ela, fez esse espetáculo para gente. E se estiver entre nós? Ela deve estar com o coração palpitando. Será que está sentindo medo?

    Eleonor, ouvindo isso, pensou algo, Aisha pareceu refletir sua ideia e a dupla agiu. As duas começaram a tocar e ouvir coração de todas as garotas da sala, não era culpa delas que tinha uma massa de carne na frente.

    Foi irrelevante a forma que elas ouviram o coração de todas, e as duas, ficaram diante de Hermione, que estava com seu coração cada vez mais acelerado.

    — Ela me parece suspeita, minha cara, Worteson.

    — Sim, minha xerox romem, ela é.

    — Desculpa, do-do que vocês estão falando? — Nervosamente, questionou Hermione.

    De repente, as duas sentiram um arrepio, como se um medo de julgamento passasse por suas espinhas. As duas se entreolharam, e sentiram um medo, como se elas tivessem feito algo errado e queriam esconder seus erros.

    O sentimento mutuo, as fez desistir da pequena investigação, um medo irreal.

    Eleanor ficou insegura em continuar, a mesma coisa ocorrera com Aisha. As duas, sentindo um calafrio estranho, voltaram as suas posições, e Bellatrix suspirou, enquanto voltava sua investigação.

    — Onde cada uma de vocês estavam nas últimas noites?

    — Com Deus sempre estarei, no coração. Estava com meu senhor.

    — Estava com Pandora.

    — Estava com Aisha.

    — Estava aprontando por aí.

    — Eu também.

    — Eu estava com Kim.

    — Eu estava na minha cama.

    — Eu estava fazendo cosplay.

    Com a pergunta de Belatrix, Brielle respondeu a sua maneira, Aisha e Pandora eram álibis delas mesmas, Bianca e Talia não quiseram dizer o que estavam fazendo. Dalia também tinha seu álibi, Hermione descansava e Eleanor estava fazendo o que gostava.

    — Ao invés de perguntar isso, que tal investigarmos isso?

    Talia, a gatuna, segurava um envelope branco em uma mão e na outra, uma espécie de tecla estranha, com a letra E.

    — Bem, essa carta estava escondida do lado daquela máquina de escrever, e a tecla solta, parece ser exatamente da mesma maquina. O que é bem engraçado, por que o suspeito faria isso, ou… isso é uma carta sua Eleonor?

    — Não me lembro de fazer nenhuma carta… não, eu não fiz nenhuma carta esses dias, eu escrevo historias, mas, uma carta, certamente não fui eu.

    A tática andou até a máquina de escrever. Tirou as luvas de couro preto com precisão militar. Dobrou-as sobre o antebraço e respirou fundo.

    Luz forense em 45 graus.

    As teclas restantes cintilaram. A ausência da letra “E” era um buraco gritante. Bellatrix se inclinou, os olhos atentos a cada marca, cada relevo no metal. Sabia o que procurar. E encontrou.

    — As digitais estão incompletas, o que é suspeito, eu achava que iria achar duas digitais, a de Eleonor e a da suspeita, mas, tem apenas digitais incompletas — disse em voz baixa, para si mesma. — Mas não limparam direito a tecla de espaço… e o “R” foi pressionado com força demais.

    Ela retirou o pó revelador preto do bolso. As partículas dançaram sobre o metal. Uma impressão digital parcial surgiu na tecla de ponto final. Outra, na alavanca de avanço de linha. Bellatrix as levantou com fita adesiva forense e selou os fragmentos.

    Então, girou o carretel da fita de tinta. As marcas ainda estavam lá, como feridas abertas. Palavras gravadas de forma invertida, mas legíveis aos olhos de quem sabia onde olhar.

    “Estou entre vocês”

    Ela guardou a fita, virou-se, e sacou um swab estéril. Com leveza, recolheu amostras entre as teclas, especialmente onde a “E” estivera — onde provavelmente dedos suaram, tremendo ou firmes demais.

    Bellatrix então falou. Não como quem suspeita. Mas como quem já sabe.

    — Todos vocês foram roubados. Todos da mesma forma. Mas só uma pessoa usou essa máquina esta noite. E essa pessoa… — Ela segurou a fita revelando as palavras, e o swab com DNA — …quis silenciar a letra mais usada. A mais falada. A mais exposta. — Com um brilho no olhar disse — Porque sabia que, se a “E” falasse… tudo viria à tona.

    Um silêncio pesado caiu sobre o quarto.

    — Não estou perguntando quem foi.

    Seus olhos pousaram em uma das pessoas

    — Estou te dando uma chance de confessar… Antes que a máquina fale por você.

    Todos ficaram incrédulos e olharam para a pessoa suspeita na sala. A pessoa que tinha sua cabeça mirada, aquela que Bellatrix achou como suspeita e adivinhou sua essência. E ela era…

    — Você idiota por acaso? Se eu fosse a suspeita, por que eu deixaria pistas? Ainda mais no meu quarto. É claro que tem minha impressão digital e meu DNA na minha máquina de escrever.

    Eleonor era a suspeita em questão, sendo olhada por todos na sala, a mesma não se abalou, por ter certeza que não era a ladra.

    — Mas você tentou se ocultar, de forma falha, além disso, não tem nenhuma outra impressão digital.

    — Haha, mas, olha, Eleonor está certa, o suspeito pode apenas ter usado luvas. Eu mesma já fiz esse tipo de coisa, e eu uso sempre luvas em pequenos furtos. Para você ser enganada assim, talvez você esteja envelhecendo Velhatrix.

    Talia tinha entrado na conversa, como quem não quer nada, sua língua afiada estava em dia, mas, Bellatrix não se sentiu abalada.

    — Está afirmando que faz pequenos furtos? Para uma guarda do reino?

    Riu pela confiança da declaração de Talia.

    — Não, estou dizendo que faço pequenos, grandes e enormes furtos, mas, mesmo assim, fui furtada como quem não quer nada. Nosso suspeito é alguém muito problemático e, temos ainda pistas, ou você vai declarar o culpado sem saber o que ele escreveu.

    — Eu sei o que ele escreveu, tem como saber pela letra invertida da tinta na máquina de escrever, a última mensagem.

    — É mesmo… neste caso, estou sem ideias.

    Bellatrix colocou a mão sobre o queixo, ela refletiu um pouco, algo não batia, mesmo que tivesse certeza da culpada. Era algo besta, não digno de ser um roubo problemático, mas, para que criar um mistério tão estranho, tão grande. Apenas tinha um suspeito, e o mesmo, deixou uma pista tão besta.

    — Me dê a carta, por favor.

    — Ué, mas você não já viu?

    — É apenas uma suspeita.

    Abrindo a carta, tinha a seguinte escrita:

    “Dentro do quarto, tem um veneno toxico, quanto mais tempo vocês ficarem aí, mais ele irá se espalhar e matar vocês. Quanto tempo vocês vão demorar para descobrir?”

    Espantada, e rispidamente, ela gritou:

    — Todas! Saiam do quarto agora!

    Ali, em sequência, ouvindo o grito desesperado, todas saíram sem questionar. Bellatrix pegou um pano e tampou o nariz. Ela pegou um medidor especial dela, e mediu a toxina no ar e… nada, não existia nenhuma toxina.

    — O quê? — disse retirando o pano do nariz.

    — O que está fazendo, huhuhu, o que tinha na carta?

    — Aqui é perigoso, não fica no quarto, Bianca.

    — Não se preocupa, eu não vou morrer tão fácil. Mas, fiquei curiosa, por que mandou todas correrem?

    Bellatrix estranhou.

    — Bianca, você não disse o que estava fazendo nos últimos dias.

    — Estava por aí.

    — Sabe que estamos em uma investigação, dessa forma, você é uma suspeita em questão.

    — E se eu for? Vai me prender por roubar calcinhas? Huhuhu, eu estou muito curiosa com o motivo do roubo, por que pensa, por que roubariam algo tão fútil?

    Bellatrix ajeitou seus óculos, guardou o pano e ficou de frente a Bianca, analisando ela, que estava despreocupada, talvez a essência de Bianca e Talia fossem as mais suspeitas, já que ambas são imprevisíveis. Ao mesmo tempo, elas são as que menos parecem ser as culpadas, pela obviedade.

    Por eliminação, Eleanor parece ser a mais suspeita em questão, e fica bem claro, que apenas ela poderia ter feito isso, já que, não haveria motivos para uma queima de DNA e impressão digital. Mas, isso também é suspeito pela forma que foi feito.

    Incompleto, errado, mas…

    — Já podemos entrar? — Aisha colocou a cabeça para dentro do quarto. — Espera, Bianca, você não estava aqui agora?

    — Não, Chaminha, eu nunca saí do quarto, huhuhu, vamos Bellinha, vai ser divertido.

    — Divertido? Do que está falando?

    Juntas, Bellatrix saiu do quarto com Bianca.

    — Certo, temos suspeitas, e temos pessoas comuns, mas, que tal apimentarmos as coisas? Que tal fazermos um jogo?

    Bianca retirou uma arma de fogo na mão, um revólver. O mesmo de Amara, na verdade, provavelmente foi roubado. Todas ficaram perplexas por que já conheciam as capacidades da nova arma, a querida da guerra.

    — Quem for descoberta como a ladra, deve…. — Teatralmente ela apontou a arma para propria cabeça, e seu sorriso parecia maquiavélico. Então com alta densidade, completou— Morrer.

    O silêncio agudo gritou e todas ficaram sem reação. As doces palavras cantadas por Bianca fizeram com que travassem. Em frenesi, Hermione, sentiu um calafrio e suas pernas tremeram, no momento seguinte, todas ficaram apavoradas, como se todas tivessem um medo irracional fora do comum.

    O suor escorreu e todas ficaram presas dentro de um momento no tempo, onde, apenas respirar era a melhor solução. Bellatrix analisou isso com cautela, aproveitando do pequeno jogo que Bianca havia feito, naquele instante apenas Herminone começou como suspeita, mas, estranhamente, todas pareceram apavoradas.

    Era estranho pensar que até mesmo Talia desenvolveu um medo estranho, ansiedade generalizada, e uma forte fraqueza irreal. Tudo isso era medo da arma? Era muito suspeito, como se tivesse algo a mais.

    Será que era a toxina? Talvez tenha realmente se espalhado no ar, mas era suspeito, por ela mesma e Bianca não foram afetadas, mas, Bianca havia dito que não seria afetada… será que ela sabe de alguma coisa?

    Tudo está se passando de forma suspeita, e algo está muito estranho, como se tudo fosse feito para enganar os sentidos de todos, como se estivesse apagando o caso. Algo mais fundo. Algo mais perverso.

    Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplica, com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que transcende todo entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus.

    — Que estranho, eu fiquei muito ansiosa com sua proposta, foi estranho, porque eu sei que é apenas uma brincadeira sua.

    — Gente, uma dúvida, eu fiquei pensando, por que será que o suspeito roubou calcinhas?

    Brielle agiu como sempre e Talia desabafou, por outro lado, Pandora tentou achar um significado para tudo isso. Todas estavam chegando na mesma conclusão de pensamento, a causa, o motivo, o porquê.

    — O motivo é bem claro.

    Todas ficaram surpresos, e olharam para Bianca, com exceção de Bellatrix e Talia, que também chegaram na mesma conclusão.

    — É apenas para diversão — indagou Talia.

    — Isso mesmo, matou a charada. Por isso, eu acho que deveríamos deixar o jogo desse indivíduo mais divertido, que tal um tiro no culpado, assim, ele não pode correr o risco de ser pego.

    Bellatrix aproveitava-se da situação, e estudava todas ali, por isso, existia uma suspeita que se entregava cada vez mais. Hermione, a mesma estava cada vez mais ansiosa e seu medo se refletia em uma quantidade cada vez mais astronômica, era estranho, mas… comum, bem comum para a mesma.

    Não queria dizer com certeza que ela era, já que Hermione não seria tão inteligente para apagar seus rastros na máquina de escrever, ou menos, ter força para quebrar a máquina, de proposito ou não.

    — Estou bem chateada, porque eu queria usar meu cosplay hoje, para me inspirar na personagem, e escrever melhor.

    — Não pode simplesmente escrever sem seu cosplay?

    — Não, porque a cena em questão eu estou me inspirando na personagem. E quando mundos se conectam, nossos universos se contrapõem, minha personalidade se indaga e meu eu parto em uma jornada desfrutando a personalidade nova adquirida.

    Dalia fez uma pergunta simples, e ficou confusa com a resposta. Pela interpretação, todas ficaram sem ideias, e de repente, um grupo chegou.

    Kizimu, Kim, Guto, Vicenzo, Ernesto, Amara chegaram, com os homens em questão completamente nervosos, e desestruturados, como se tivessem passado pelo inferno.

    Bianca e Aisha correram.

    A garota que dançou pelos corredores teatralmente jogou uma arma em sentido giratório, na direção dos olhos mais rápidos do oeste, e ali, como se fosse nada, Amara pegou a arma com exito e tranquilidade, como se fosse um dia normal.

    — Maramara, Obrigada por me emprestar — sorriu, e soltou um beijinho. A pistoleira devolveu com uma piscadela.

    Aisha, por sua vez, correu até os braços de seu considerado irmão.

    — Você está bem? Ele fez algo estranho com você? Não, né?

    A parasita, olhou com veneno para Ernesto, que desviou o olhar e apenas assobiou.

    — Não se preocupe, foi um pouco estranho, mas sei que não foi por mal.

    Aisha olhou para Kim, e notou que o garoto não tinha mais alma. Algo dentro dele morreu.

    — O que aconteceu lá? — Aisha ficou assustada.

    Dalia se aproximou e puxou a cabeça de Kim para seu ombro.

    — Passou, passou.

    Os dedos dela, passaram pelos cabelos dele, e ali, um conforto gradativo gerou. Nada poderia superar o conforto de alguém que você confia mais que tudo.

    — Obrigado.

    Kizimu estava analisando tudo com calma, vendo seu amigo Kim, algo parecia estranho, porém, estava feliz pela sua felicidade, era bom que seu cavaleiro tivesse alguém que confiava nele, alguém que poderia confortar ele, como Kizimu nunca poderia.

    — Então, meu caro astro, como foi sua experiência de investigação super cuidadosa?

    Bianca teatralmente fez-se de apresentadora e colocou um microfone mimico na boca de Vicenzo.

    — Se colocarem aquele homem para fazer isso de novo, eu queimo esse reino todo. Eu juro que vou falar com meu pai para fazer ele renunciar o cargo.

    — Ahr, nem me fale, não sei por que ainda sou aluno dele.

    Guto entrou no meio da apresentação aparente, onde recebeu palco. O mesmo afastou a mão de Bianca e começou a sair de cena.

    — Onde pensa que vai?

    — Me desculpa, mas eu vou para meu quarto.

    — Não mesmo, ainda temos muita investigação pela frente.

    Bellatrix se enfiou na frente de Guto, que afastou ela com um leve empurrão.

    Péssima decisão.

    — Arrgh.

    Com apenas um chute bem colocado e uma quebra perna, a queda do garoto foi inevitável.

    — Até termos todas as pistas, todos são suspeitos. Por isso, vamos para mesa agora.

    E lá eles foram, para a grande mesa de refeição.

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    Pandora e Aisha sentaram em volta de Kizimu. Dalia ao lado de Kim. Eleanor ao lado de Aisha. Guto, Talia e Brielle lado a lado. Bianca junto ao Vicenzo e por fim, Bellatrix, Amara e Ernesto juntos, liderando a investigação.

    Hermione passou a servir a todos com café, fazendo Pandora ficar um pouco ansiosa, ela queria ajudar também, mas, naquele momento, ela apenas era visita, estava desacostumada.

    — Certo, quero apenas reunir primeiro o que achamos. Foi definido que a calcinha de todas as garotas realmente foi roubado, com o período de roubo entre os últimos dois dias.

    Todos assentiram, e Bellatrix continuou.

    — Essa piada de mal gosto, não pode ser descrito de forma diferente, é apenas um roubo fútil e sem ideal, mas, algo bem estranho aconteceu. Uma carta foi feita, ou melhor, custo a imaginar que foi mais de uma.

    ‘Uma carta falsa foi feita, para adereçar um possível envenenamento, um crime que seria mais grave, caso tivesse sido executado. Além disso, uma letra foi quebrada e retirada da máquina de escrever.

    ‘Quem fez isso, sabia que eu iria investigar, fez uma falsa queima de arquivos, e fez ataques sobrepostos, uma falsa mensagem escrita, uma letra que continha uma digital exata que completava uma queima de arquivo planejada.

    ‘Toda a queima de impressão digital, deixou fragmentos exatos que somavam apenas uma, e essa uma, só poderia ser completa com a letra, que não foi separada, e sim, estava na cena do crime.

    Isso tornava tudo suspeito. Por que uma coisa tão besta foi feito com um intuito tão arquematizado?

    — Apenas para constar, Amara, quais foram os resultados?

    — Além de uma vergonha desolada, nada. Suas expressões, e tudo que os moldava, era claro que nenhum deles eram culpados. E tenho certeza que não foi Ernesto, agora mais ainda.

    A forma irritada e enojada de Amara dizer deixou Bellatrix preocupada, mas, ela apenas ignorou.

    — Certo, mas, estou certa que realmente foi uma das garotas. Nenhum dos nossos queridos colegas seriam tão inteligentes para esse crime, o que me deixa com duas pulgas.

    Ela passou seus olhos por duas pessoas.

    — Bianca e Talia, vocês me garantem que não foram vocês?

    — Eu não tenho tempo para brincadeiras tão idiotas.

    — Não fui eu, mas, se quiserem me punir, eu estou sou totalmente a favor.

    Talia e Bianca se defenderam a suas maneiras, e elas pareciam sinceras. Porém, sempre foram tão falsas quanto rosas artificiais. Belas por foras, mas feitas de plástico.

    — Não passam nenhuma confiança, mas, não vou acusá-las diretamente. Quero separar equipes, vou dar um tempo para descansarem, e espaço para o culpado poder agir também. Estou deixando claro, para você que roubou, que vou investigar os quartos daqui à meia hora. Por isso, quero que esconda bem, o que roubou, porque se eu achar, vou fazer questão de deixar você na solitária por uma semana!

    A firmeza que ela falou aquilo assustou todos na mesa, com as claras exceções. Bianca, Talia e Vicenzo.

    — Todos estão liberados.

    Todos se levantaram, e começaram a sair com seus grupos individuais.

    — Garotas, deixa eu dormir no quarto de vocês, eu estou muito assustada com tudo isso, e não quero ser acusada por estar sozinha.

    — Pode ficar, sim, é muito bem-vinda.

    — Claro, vamos poder nos divertir muito!

    Aisha adorou o pedido que Eleanor fez, Pandora estava confortável também, assim elas poderiam assegurar mais segurança de álibis as elas mesmas.[

    — Cobalt.

    — Hã?

    Kizimu ainda sem se acostumar com o novo apelido, ficou meio confuso, porém, tinha certeza que era com ele. Dalia se aproximou perto demais, chegando tão perto que Kizimu se distraiu com a sua própria perna.

    O tropeço os fez ficar cara a cara, contudo, isso não abalou Dalia, que com um sorriso adorável, apenas segurou ele. A garota parecia um anjo, e sua beleza poderia contaminar, como um veneno adorável.

    Kizimu não se sentiu confortável naquela situação, e retornou a sua posição inicial, meio nervoso. Seu medo de mulher bonita ativou, porém, seu medo era maior que o normal.

    — Bem, você me chamou?

    — Tem problema eu dormir com vocês hoje? Com esse roubo, ficar sozinhos vai nos tornar apenas suspeitos.

    — Você tem razão, mas por que está perguntando para mim?

    — Bem, eu sei que Kim não vai ver problema, queria apenas assegurar que você não estivesse desconfortável.

    Dalia era adorável, fofa e delicada. Sua aparência era uma mistura de ver um anjo e ser encantado por um veneno, chamado carinho. Kizimu sentia um desconforto grande diante a ela, um medo, uma irracionalidade. Quase como um….

    — Sem problema. Pode dormir com a gente, mas, só temos duas camas.

    — Eu durmo na de Kim, sem problemas.

    — Neste caso tudo bem — sorriu levemente.

    Kizimu não tem malícia para entender o quão errado é uma garota deitar com um garoto, dessa forma, isso não seria um problema.

    — Certo, vamos.

    — Claro.

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    Kim, Dalia e Kizimu chegaram no quarto, onde iriam descansar. Mesmo sendo 11h. Eles se estabeleceram e começaram a conversar.

    — Senho… digo, Kizimu. Eu tenho algo a declarar.

    — Algo a declarar?

    Kim estava meio nervoso, enquanto Dalia estava achando tudo muito fofo. Seu amigo estava agindo bem estranho a um tempo, desde de manhã.

    Ele não foi dormir no quarto com Kizimu, e isso foi muito estranho, mas, isso não era um problema. Mas, seu amigo estava nervoso, quase gaguejando, o que era estranho da imagem firme que tinha de Kim sob o luar.

    Olhando para a dupla que estava lado a lado, algo parecia destoante, ou talvez, perfeito até demais. Kim era tão belo quanto uma pintura, uma beleza parada no tempo. E Dalia superava toda perfeição do mundo, uma beleza que ultrapassava o tempo. Ambos eram perfeitos um para o outro, como se juntos, apenas a aura deles deixam todos distantes.

    Ver seu cavaleiro tão a vontade, tão natural, com um sorriso tão sincero, estava, deixando Kizimu com ânsia.

    — Eu e Dalia estamos namorando.

    Kim disse, algo, estranho.

    — Namorando?

    Kizimu já tinha ouvido falar, Pandora o ensinou em uma das vezes em que saíram.

    — Vocês querem viver juntos para sempre?

    Então Kim… iria sair de sua casa?

    — Bem, calma, não é tão rápido, somos jovens ainda, por enquanto seria um namoro a distância. Sei que Kim tem seu dever como cavaleiro pessoal, não vou roubá-lo de você.

    Kizimu se sentiu estranho, não estava necessariamente triste por perder Kim, mas, percebeu algo. Dalia seria a pessoa que Kim mais se sentia confortável, a pessoa que ele mais irá amar, e ela fez isso em apenas dois dias.

    Claro que Kizimu não tinha tanto tempo também, mas, achava que seria ele que iria ajudar Kim.

    Por outro lado, a felicidade mais que genuína correu pelo seu corpo. A mistura de sentimentos se embolavam e geravam uma ansiedade gradativa e Kizimu, sabia o que era isso.

    A temperança.

    O sentimento de felicidade era genuína.

    Mas o medo de perder seu amigo, e a mistura de desconfiança, pelo irreal, e pelas coisas que ainda não conhecia do mundo, dava a ele um abismo inalcançável, onde se multiplicava muito.

    Tudo deixa tudo ainda mais complicado de respirar, e esses sentimentos ocorriam em frações de segundos.

    — Cobalt, muito obrigado por cuidar do meu Kim.

    Kizimu se assustou.

    — Cuidar?

    — Sim, sei que ele passou por coisas muito agonizantes no passado — falou com um grande pesar, um sorriso triste que Kim mesmo, sempre demonstrou. — Por isso, fiquei triste que ele nunca pudesse confiar em alguém novamente.

    Dalia andou até Kizimu e aproximou seus rostos, Kizimu caiu para trás na cama, e a garota que tinha uma beleza de mil mundos subiu por cima dele. Algo como se sua alma tivesse sendo hipnotizada, e flores estivessem condensando sua mente estava o fazendo ceder, ruir, perder.

    Era como se ervas daninhas em formas de flores tivessem contaminando todas as frestas do corpo de Kizimu, embolando ele dentro de um redemoinho de prisão floral.

    — Eu vou cuidar de Kim, então, me permita namorar com ele.

    Ela era linda, ela era perfeita, ela era… espera, esse sentimento, não já sentiu antes.

    Pare demônio.

    Poderia ser um demônio diferente de Esme, mas, tinha o mesmo funcionamento. Entrelaçava os desejos do coração e unificava, tornado um com o outro. Kizimu notou isso, e esse era seu maior receio.

    Ela era perigosa, muito perigosa, mas.

    “Ela não é uma pessoa ruim. Tenho certeza, também, que seus sentimentos são reais e que ela nem saiba que tem uma maldição.”

    E Kizimu, também tinha certeza disso.

    Nervosamente sorriu.

    — Obrigado por cuidar de Kim também, eu me importo muito com ele.

    Um abraço o surpreendeu, Kizimu sentiu conforto nesse abraço, e devolveu ele. Olhou para seu cavaleiro, que estava nervoso e balançando a perna.

    — Eu não sou alguém tão inteligente, e não entendo bem sobre namoro, porém, se precisam da minha permissão, não se preocupem, eu permito. Eu quero que ele seja feliz.

    Dalia saiu de cima de Kizimu, e o garoto se apressou para levantar, estando nervoso por estar perto de uma garota tão linda quanto ela.

    Em pé, Kim também se levantou.

    Frente a frente estavam, Kim e Kizimu, servo e senhor, diante ali, estavam com uma presença quase divina, como se uma aprovação divina os abençoassem. Ali, dois amigos eram mais firmados.

    — S-senhor Kizimu… obrigado.

    — Eu não já disse que não precisa me chamar de senhor?

    Com ambos rindo, Dalia notou algo.

    — Então é assim que funciona?

    Ambos ficaram confusos.

    — Kalén é alguém forte e maduro, mas, tem medo de fazer um amigo novamente, uma fraqueza fofa e adorável. Neste caso…

    Dalia estava diante a Kim e Kizimu que estavam frente a frente, ela, como que o guiando, pegou na mão de cada um, e os uniu.

    — Vocês são Cobalt e Zuldo. Amigos. Kim, confie em Kizimu, ele não vai abandonar você, já deveria ter percebido isso. Ele já sabe o que fez, e mesmo assim, dá para ver nos seus olhos que ele quer seu bem. Aceite-o.

    Kim, fraquejou, lido como um livro aberto. Kizimu inclinou sua cabeça em confusão.

    Dentro de Kim, algo mais profundo prendia ele, como se fossem correntes, profundas, pesadas, fixas. Ninguém naquela mansão conseguiu liberar essas amarras. Nem Anastácio, nem Aisha, nenhum residente. Porque sempre tinha uma barreira entre cada um dos residentes.

    Kim conseguia ver o medo de todos, e assim, ele se afastou inconsciente, afundou, profundo, caiu. E naquele momento, Dalia era a pessoa que já era infiltrada na barreira dele, infiltrada dentro das muralhas do coração, das correntes que o prendiam, ela estava o libertando.

    Diferente de todos os de fora que Kim se aprisionou e não permitiu que se conectassem a ele. Dalia já era de dentro. Uma das únicas duas pessoas que Kim ainda confiava de seu passado.

    Ela era determinada, sua fala era angelical, seu eu era perfeito, e tudo dela, moldava a certeza. Sim, Kim merecia aquela confiança, sim, Kizimu merecia aquela fé.

    — …

    Kizimu ainda estava confuso, não entendia os conflitos internos de Kim e ali.

    — Kizimu… obrigado, do fundo do meu coração.

    ………

    …..

    — Bom garoto, você foi muito bem. — Dalia passou a mão pelo cabelo de Kim, e os dois riram.

    ……

    ………

    Kim havia dito apenas o nome de Kizimu. E Kizimu sem entender a complexidade dos acontecimentos, apenas sentiu…

    Medo.

    Dalia, conseguia ultrapassar as correntes que Kizimu nunca ultrapassou de Kim.

    Medo. Kizimu ficou com medo.

    Feliz. Kizimu ficou feliz.

    Sem reação, Kizimu-

    — Zuldo?

    — Hã? Ah, nada — disfarçou. — Minha cabeça está meio agoniada, estou realmente cansado, talvez ainda esteja processando tudo, vou deitar, tá bom.

    — Ah, claro.

    Dalia notou a certa estranheza, só que ela deixou Kizimu descansar. Estava feliz que Kim se abriu e o aceitou, mas, tudo era confuso. Foi rápido demais para Kizimu.

    O que se passou ali, foi apenas conversas amigáveis, onde Kizimu deitado, Dalia e Kim, colocaram o papo em dia, contando da última semana turbulenta que passou.

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