Capítulo 75: Gritos de angústia
O almoço passou com o clima mais pesado. Sem que Hermione os servissem, uma nova empregada ficou de entregar a comida, ela sem muito dizer, apenas voltou a cozinha.
Kizimu, pensou um pouco sobre tudo que aconteceu. Há segundos atrás, não apenas ficou em perigo, mas, deixou Pandora em perigo.
Ele não tinha pensado no fato que poderia encontrar com a assassina rodando por aí. E se ela realmente o encontrar, Kizimu conseguiria proteger Pandora?
Lembrando do estado de Hermione, sentiu um calafrio. E se Pandora morresse em sua frente? O medo de perder sua companheira correu todo seu cérebro. O medo como um veneno corroeu seus ossos, e Kizimu sentiu-se espremido.
Seu coração apertou, e o ar turvou. Sua mente entonteceu, e ficou um pouco ofegante. Seu estado estava deplorável, e ficando tão pálido quanto a neve, olhou para própria comida.
Isso era medo, em seu estado mais solido. Temperança existia em seu corpo. O medo, a culpa, de perder alguém o correria, e se perdesse Pandora? Isso não poderia acontecer, tinha que proteger ela, proteger sua amiga, proteger seu sorriso.
— Kizimu, está bem? Está pálido novamente. Talvez esteja doente.
Pandora tocou sua bochecha sentindo sua pressão, algo leve e deixando Kizimu confortável. A preocupação dela era visível, mas não queria preocupá-la. Então, pensou rápido.
— E-eu… não, tudo bem. Eu agradeço a preocupação, eu irei para meu quarto depois, pode voltar e descansar.
— Eu posso—
— Não, eu vou sozinho, eu quero descansar.
Kizimu sorriu para não preocupar sua amiga, mas, deixou ela mais preocupada ainda. Assim se encerrou a hora do almoço. Andou até seu quarto, lá ele pensou.
O que será que eu posso fazer? O que o assassino pode fazer?
Outras dúvidas também estavam em sua mente, como:
O que é o pesadelo? Qual é daquela alavanca? As alavancas? São duas?
Kizimu achou uma alavanca na ala central, talvez existisse outra alavanca.
— Eu vou investigar isso.
Kizimu pegou sua faca de caça, a lâmina estava numa bainha em nylon. Ele colocou dentro do bolso, e logo saiu do quarto.
Andar sozinho era meio sem graça, onde, não tinha ninguém para conversar. Muitos corredores fizeram ele andar em círculos por um grande tempo. Chegou a cozinha, aos fundos, até diversos lugares, mas nada que realmente parecesse uma alavanca.
Passando por um dos corredores, encontrou uma pessoa conhecida. Ela cerrou os olhos, e observou Kizimu chegar.
— O que está fazendo aqui?
— Olá, Bellatrix. Eu estou investigando.
Ela cerrou mais seus olhos, analisou-o de cima a baixo, de fora para dentro, e apenas o ignorou. Com Bellatrix permitindo que ele investigasse sozinho seria mais fácil… porém…
— Espera.
Segurou a roupa de Bellatrix, deixando a mesma desconfortável.
— Está agindo suspeito demais.
— M-me desculpa. Não! Eu quero ajuda. Eu tenho uma teoria.
Kizimu sentiu uma leve pressão, mas não poderia ser fraco, pois então, firmou sua determinação e solicitou ajuda. Se ele encontrasse a assassina, não sabia se conseguiria matar ela, então, andar junto a guarda real seria útil.
— Que teoria?
— Você sabe o que é o pesadelo? Acho que isso pode ser uma pista. Não apenas isso, acho que tem alavancas no castelo que tem relação com o caso.
— Alavancas? Pesadelo? Bem… — Bellatrix olhou para o lado oposto a Kizimu e voltou seu olhar a ele, retomando sua atenção. — Eu não sei quanto esse tal Pesadelo, mesmo assim, eu sei onde ficam as duas alavancas desse castelo.
Realmente, como Kizimu desconfiava, eram duas. Lins falou “as alavancas”, o que tornava a ser duas.
— Mas, essas alavancas não tem uma função. É algo antigo mecanismo que perdeu sua função há muito tempo.
— Não, elas são a trava de liberação de segurança. Quando a coisa aperta, eles ativam uma espécie de sistema de defesa. Pelo visto, para acessar o trono novamente, as alavancas do segundo andar devem ser acionadas. Ao mesmo tempo, ou com no máximo cinco segundos de diferença
— … E de onde retirou essa informação?
Claro que seria suspeito, Kizimu sabia de um mecanismo desconhecido para o castelo estrela branca. Mentir seria o pior que poderia fazer.
— Um residente de minha casa me disse.
Ela cerrou os olhos, mas suspirou.
— Entendo… neste caso, vamos investigar. Elas ficam nos dois salões de festas, vou mostrar os dois, e então cederei sua dúvida.
— Certo! — falou animadamente, uma animação infantil, como se confiasse completamente em Bellatrix.
A mulher tática, estudava Kizimu de todas as maneiras possíveis, cada ação, reação, como se pudesse sentir a própria vida alheia. Tudo para ver qualquer mínima inconsistência, a menor alteração no coração do garoto.
Eles foram juntos até as duas alavancas, onde Kizimu conseguiu entender a lógica por trás do caminho, com a ajuda dela. Pareciam corredores infinitos, pela quantidade de diferenças entre os caminhos, dando bifurcações e estalações novas.
— Essa estrutura do castelo, foi criada, para lidar com possíveis invasores, os quais sempre se perdem nos corredores do castelo, dessa forma a segurança é aumentada.
— Oh, que interessante.
Kizimu viu o local das duas alavancas, e conseguiu compreender seus caminhos. Se fosse partir do ponto inicial, o hall de entrada, acharia com facilidade.
— Mas o que seria o pesadelo?
— Eu não tenho certeza ainda. Mas talvez tenha relação com esses assassinatos. Não tenho certeza. Pode procurar sobre isso?
— … — seus olhos bonitos se fecharam e ela suspirou. — Eu estava achando que você era o culpado, mas, você não teria capacidade de fazer aquele assassinato. Sua forma de andar, se mover, mexer, seu corpo é todo desengonçado.
Kizimu ficou meio alívio de não poder ser o culpado, mas, se sentiu ofendido.
— Nesse caso, você poderia me ensinar!
— A parecer suspeito?
— Não! Eu digo, eu não quero andar todo desengonçado, eu quero me mover com habilidade, como você ou Kim.
Ela soltou uma risada de leve.
— Garoto, você parece uma criança, não age como um adolescente da sua idade, suas expressões, forma de se mover, seriam tudo atitudes de uma criança de 5 ou 7 anos. Mas, mesmo assim, também tem atitudes bem maduras, que me confunde.
— É por que eu fiquei em coma, eu perdi toda minha infância, hehe.
Bellatrix arregalou os olhos, não esperava ele dizer isso com aquele sorriso bobo no rosto.
— Entendo… olha, eu não tenho tempo para te treinar, mas, Guto está no jardim oeste, siga em frente e desça as escadas a esquerda. Desce tudo, e caminhe para fora. Guto deve estar lá treinando, pede para ele te ajudar.
— Certo!
Animadamente, Kizimu bateu continência, e então, dando tchau animadamente, correu. Sua animação de criança voltou conforme estava com Bellatrix, como se ele pudesse se sentir confortável.
Kizimu correu, seguindo o caminho que a guarda disse, desceu as escadas, e logo chegou nos jardins. Kizimu nunca tinha ido até os jardins e se surpreendeu, dava para ver que era realmente um jardim de gente rica, onde se realiza jantares e eventos.
— Oh, Kizimu, né? Como está?
— Seja bem-vindo a essa terra sagrada.
— Oie, como vocês estão?
Guto gentilmente deu seus cumprimentos, enquanto Brielle parecia estar em alguma oração contida, falando baixo, para si, de olhos fechados e mãos bem juntas.
— O que estão fazendo?
— Eu gosto de treinar pela tarde, para relaxar. E você?
— Eu estava investigando com Bellatrix, depois, ela me disse sobre eu não parecer nem um pouco suspeito, eu ando desajeitado, e não tenho postura. Então, eu pensei, isso é péssimo, Guto, você pode me ajudar a melhorar isso?
A mente de Kizimu momentaneamente esqueceu do medo, raiva, e apenas sentimentos de curiosidade tinham, um desejo de aprender. Talvez fosse momentânea, mas, sua mente tranquila estava sentindo calma, um conforto.
— Bem… isso seria um saco, mas… claro, por que não? Vamos treinar!
— Eba, vamos!
— Louvado seja o senhor Deus, Amém.
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— Sua postura está realmente errada. Desengonçada. Tente fazer assim.
Guto mostrava para Kizimu como ele poderia lutar com sua propria lâmina. Eram dicas fundamentais.
— Pense que sua arma é uma extensão sua, por isso, você deve mover seus braços para fazer um ataque firme. Vá, me ataque.
Kizimu atacou com tudo que tinha, até de forma inconsequente, pois se acertasse com a lâmina iria cortar, mas inocente, nem pensou nisso.
— Há. Ow. Pei!
— De novo. De novo. Errado.
Guto desarmado conseguia mover Kizimu, guiado como seria o próximo ataque.
Kizimu sentiu algo, como uma deficiência. Ele não estava prevendo onde os ataques de Guto iria, e estranhou. Não sabia como ativar isso, mas, sentiu uma dependência por não tem essa noção.
A fraqueza de Kizimu mostrava a ineficiência de sua capacidade, onde, era tão minúsculo, que duvidaria que conseguiria acertar Guto se ele mesmo fosse o assassino.
— Você é tão iniciante, que eu duvido que seja o assassino. Não tem como fingir ser tão desastrado, teria que ser uma atuação perfeita.
— Caramba, você é muito bom!
— Sim, dos mais de duzentos cavaleiros em treinamento de Ernesto, eu sou o seu melhor aluno. O número um dos alunos.
Ergueu um dedo com essa afirmação, e com esse mesmo dedo, ele conseguiu mover a faca de Kizimu para longe.
— Como eu poderia melhorar?
— Pratica. Não tem nenhum truque para isso. Treine todos os dias. Tente todos os dias. Assim ficará melhor.
— Você pode me treinar?
Guto ficou surpreso, e olhou para Brielle que riu de leve, e apenas assentiu.
— Isso seria engraçado, eu nunca treinei ninguém, mas, eu poderia te ajudar com isso.
— Com esse assassino a solta, eu quero ser capaz de proteger meus companheiros se necessário, por isso.
Kizimu avançou velozmente, e pensou mais, como se esforçando ao seu máximo.
Faça sua lamina uma extensão do seu corpo. Pense o que seu inimigo fará. Próximo movimento. Mova seu corpo. Seja veloz. Visualize. Preveja.
Não foi uma previsão, não achou a resposta exata, porém, por um segundo, notou para onde a mão de Guto iria se fizesse aquele movimento. — faça a lâmina uma extensão do seu corpo — seu corpo se moveu, sua faca cruzou em uma distância prevista, a mão de guto se moveu onde pensou que se moveria.
Velocidade não era o suficiente, tinha que ser melhor o suficiente, pense, evolua. Sua mão cruzou sua mente, e seus pensamentos visualizaram as possibilidades. Não foi como ver, foi como sentir. Não conseguia saber o que ele faria com certeza, mas, previu as possibilidades, e sua certeza se firmou.
Agora, tudo que faltava era habilidade, pois, Guto estava indo para onde era previsto. Então girou a faca na mão. Não tinha a menor ideia de como sabia aquele movimento, mas de forma que tinha certeza de como, moveu a faca para sair de um ataque direto, para um corte puxado de baixo.
Por um segundo, o movimento foi trocado e avançou na direção de Guto e — defendido com exatidão.
Guto, em uma sacada impressionante e agilidade sobrenatural, puxou uma espada, fixando na faca de Kizimu.
— Boa, belo truque, agora, não pare, avance, aproveite sua criatividade.
A ação motivadora de Guto o animou mais, a defesa foi tão inesperado que sua lâmina afrouxou, mas, com sua fala, Kizimu voltou a si, fortalecendo sua mão e deixando firme. A briga de lâminas era injusta, mas Guto parecia controlar a própria força.
Kizimu tentou com tudo que tinha, mas não conseguiria vencer aquele confronto. O que ele poderia fazer?
— Neste caso, quando está preso no na briga de lâmina, se for mais forte desarme o oponente, se for mais fraco, busque gingar as lâminas, dando espaço para fugir.
— E se eu quiser vencer sendo mais fraco?
Guto sorriu — Neste caso. — Kizimu avançou quando a espada de Guto afrouxou, sua lamina partiu direto para o ataque, mas o garoto de cabelos desgrenhado esquivou da lâmina, e deixou a sua própria no pescoço de Kizimu.
— Pode tentar arriscar um movimento direto, nessa variação, tem que ter certeza de que vai conseguir esquivar, e pode ser um trunfo muito importante na hora da virada.
Kizimu estava ofegante, e muito impressionado. Sorriu muito animado. Guto afastou a lâmina do pescoço.
— Muito obrigado sensei.
— Caramba, nunca pensei que me chamariam assim, me sinto muito bem, hahaha.
Kizimu secou o suor seco no próprio corpo, e notou que já estava anoitecendo, o por do sol estava no seu ponto mais calmo, dando um tom alaranjado a cena.
— Eu acho que vou voltar agora, quero tomar um banho.
— Sim, descanso é essencial para a melhora. Amanhã, de tarde, aparece aqui, para podermos treinar novamente.
Kizimu bateu continência, e sorriu.
— Tchau! Até amanhã.
— Até!
— Vá com Deus.
Kizimu correu animado pelo grande jardim, indo até os corredores tão ornamentados. O treino que teve agora foi intenso, e agora estava mais cansado do que nunca. O suor pregado no corpo, e a poeira ambiente, tornava tudo nítido com uma sensação de prazer próprio, como uma conquista pelo seu treino.
Passava pelos corredores da ala principal, se encaminhando para a ala oeste, onde ficava o quarto dos mais jovens. Seu corpo levemente tremia pelo esforço feito, e espasmos leves como pequenas faíscas de sua juventude.
Tudo era animador e desta maneira até esqueceu de toda tensão que teve toda manhã. O medo desapareceu, a tensão sumiu, e todo aquele desejo ruim sumiu. Era apenas uma criança alegre e feliz.
“Algo está errado.”
Quê?
“Eu senti uma presença se ocultado, algo está errado. Eu testei o ritual que criamos, e notei uma presença, mas a mesma presença mudou, isso não poderia acontecer”
Do que está falando? Não estou te entendendo.
“Vou passar as coordenadas, siga ela.”
Sua mente refletiu uma presença insalubre, correndo pelo corredor. Kizimu sentiu um calafrio, como uma intensão assassina. Talvez, a própria assassina estava prestes a começar seu ataque.
Kizimu sentiu um calafrio correr, mas, não foi medo, foi receio. Se era realmente a assassina, teria que entrar em um combate. Não iria recuar, firmou sua determinação e correu pelos corredores.
Kuzimu, me diga na luta contra Guto, por que eu não era capaz de prever ele?
“Esse truque apenas funcionará com aqueles que representam um mal a humanidade. Pessoas boas, eu não sei o que se passa na mente”
É assim que funciona?
“Mesmo assim, com inteligência, podemos prever o que o inimigo irá fazer, fazendo todos os cálculos necessários.”
Me diga, por que está me ajudando?
“Minne enviou uma carta pedindo ajuda, e lá estava escrito Kuzimu. Eu pensei sobre e cheguei a uma conclusão, aquele pedido, também se enquadrava a mim, por isso. Eu vou fazer o que eu achar melhor”
Kizimu se surpreendeu, enquanto corria pelos corredores, e sorriu animadamente. Ali, ele tinha uma arma completamente fora de sua previsão, ali, ele tinha o auxílio completo de sua maldição, e os limites disso, descobriria agora.
Correu, o máximo do que seu corpo suportava, sempre via uma silhueta, se ocultado nos corredores não iluminados. Como a noite caiu agora, as empregadas ainda não tinham ligados as luzes.
Não conseguia definir quem era, nem a coloração de seu cabelo, nada. Mesmo assim, era muito rápido. Passou por corredor, outro, virou uma esquina, pulou, seu folego estava aguentando mais que o máximo, não poderia falhar.
Correu até o máximo, e viu algo entrar em uma porta.
O medo transpareceu por todo seu corpo, ali, poderia ser que o assassino tinha achado sua vítima, achou quem iria matar, achou quem estava prestes a matar. Correu, Kizimu correu, não podeira deixar fugir. Se preparou, e abriu a porta pulando para dentro.
Notou de instinto a presença humana, não permitiria escapar, pulou e derrubou no chão, com muita facilidade.
— Aii.
— Peguei você.
Kizimu olhou para sua captura e se assustou.
Seu corpo era magro, esguio e leve, se espremia sobre suas mãos firmes que a seguravam. As curvas delgadas, e pele macia o deixava cada vez mais sem reação. Olhando mais para o corpo, suas curvas belas, femininas, e muito aperfeiçoadas.
Ela, como veio ao mundo, estava sendo segurada, seu rosto de enrubesceu por completo, ficando mais vermelha que um tomate. Sim, ela estava pelada, com a toalha caída atrás dela. Kizimu a segurava com força, a impedindo de poder fugir, e por completo viu a silhueta nua da garota a frente.
Olhando a volta notou iluminado, um luxuoso banheiro. Deixando mais clara a situação, uma leve fumaça, ao ar quente, deixava claro que já tinha sido utilizado, dando uma impressão de confusão em Kizimu.
Os olhos dourados o olhavam com medo, um terror momentâneo, como se estivesse prestes a aceitar seu fim. Como leve lágrimas, seu corpo estava praticamente pálido. Seus cabelos cinza-prateado molhados, afagaram.
— O-o-o quê? Vai m-me…
— Não, não, desculpe, olha, eu tava perseguindo o culpado. Foi sem querer, eu juro.
Kizimu soltou Eleanor apressadamente, e caiu para trás. A garota, levantando o mais rápido possível a toalha, cobriu-se e fechou os olhos. Kizimu não conseguia compreender o quão errado aquilo era, mas, sabia que era errado.
Ele sabia, porque Aisha já tinha dito que, um homem não pode ver o corpo nu de uma mulher. Poderia não compreender por completo, mas fechou os olhos.
— Se não vai me matar, eu peço licença.
— Ah, claro, desculpa.
Kizimu se levantou e se virou, saindo do banheiro, mas, notou algo o abraçando por trás.
— Posso te dar uma dica. Cuidado com Amara, ela é uma traidora.
— Do que está—?
Kizimu foi empurrado e a porta do banheiro se fechou, um baque tão brutal que deve ter sido escultado por todo castelo. Logo, meio sem jeito, se cansou por completo, ofegou, porque tinha corrido por todo momento.
Voltou frustrado para seu quarto, sem nenhuma pista aparente, mas, a confusão não desapareceu… onde foi parar aquela silhueta que perseguiu?
Foi dormir, sem a resposta que mais queria.
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Kizimu acordou, tomou banho, escovou os dentes, Kim não estava em seu quarto, ele passou o dia fora, não sabia o porquê. Por isso pensou em procurar ele.
Andou pelos corredores vazios, procurando qualquer pessoa, mas ninguém aparecia.
— NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!
Kizimu ouviu um grito e sua alma tremeu. Não havia nenhuma dúvida, de quem era esse grito. O garoto correu o máximo do que seu corpo aguentava. Indo pelos corredores, chegou até uma porta conhecida.
Temeu a mera possibilidade.
Será que era?
Kizimu entrou no quarto, e o temor era completamente agonizante. Os gritos e choro não paravam, como se sua alma fosse ser quebrada. As lágrimas agonizantes de alguém tão próxima.
Entrou no quarto, que já continha algumas presenças, além do ruidoso choro gritante.
Kizimu entrou a passos lentos, já que seu corpo sentia medo de entrar, era um receio, uma pressão de não querer acreditar. Seus olhos vibraram, e sua visão ficou turva. Olhou, já inchando as lágrimas nos olhos.
De baixo a cima, finalmente olhou para o grande prêmio do quarto.
Um fio de aço firme ao teto descia como uma cobra-preta. Lá, tinha algo perturbador. A barriga de Kizimu debulhou, a falta de comida fez com que ele não vomitasse, mas, algo assim não era humano.
A garota, pendurada pelo pescoço, vazia e sem noção de vida. O corpo frio estava sem vida, sem forças, sem existência. As pernas amarradas as costas, usando mais fios de aço, mostrando que aquilo não foi um suicídio. Seus braços também amarrados ao teto por fios diferentes. Braços, pernas e rosto estava com diversos cortes que eram visíveis que eram graças aos fios de aço que compunha tudo.
Aquele corpo estava sem vida, e maculado da forma mais horrenda possível.
Kizimu já viu muitas coisas horríveis. Uma criança ter sua cabeça perfurada. Cachorros definharem em carne viva. Sangue do mais próximo que tinha, mas, aquela tortura, era a maior atrocidade que já tinha visto.
Aquela era uma violação a vida, era algo profano, feio, horrível, medonho. A ação inescrupulosa, a existência pura, não poderia ser perdoado. O fato que era alguém conhecido tornava aquele teor mais profundo.
Conversou com essa pessoa. Riu com essa pessoa. Sentiu essa pessoa. Viu-a chorar, rir, bradar, gritar. Era uma pessoa tão próxima, mas… agora. Não mais.
Jazia sem vida, onde escorria sangue pela boca e feridas, de um corpo belo e esguio — os gritos aumentaram, pois — Aisha gritava pela morte de sua amiga.
Aisha gritava diante do corpo pendurado de uma garota de cabelos prateados e olhos fechados que nunca mais pulsariam em dourado.
Aquele era o fim de Eleanor Helen.
Kizimu ouvia os gritos horrendos de Aisha, sua voz ecoava por todo o castelo, cada corredor, sentia sua dor, era um sofrimento que não era para ser suportado por uma única criança, uma única garota, uma única pessoa.
Aqueles eram os gritos de angústia de Aisha.
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Hora do chá
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Yahalloi
CaiqueDLF aqui!
Deeevaaastaaadoooor
Quem aí ficou triste, hein? Vocês estão acompanhando enquanto lança? Ou vocês já tiveram os capítulos especias do volume passado? Existirá capítulo 67.1 – 67.5 que serão extras, mas que são acontecimentos que existiu. Essas cenas extras são foco total em Eleanor. Eu sinto que ela morreu muito cedo, sendo que ela tinha tanto para mostrar. Eu realmente fiquei muito triste com essa morte.
Mas meu roteiro estava preparado antes de eu começar o arco. Então, não tinha o que fazer.
Vocês se surpreenderam? Ficaram tristes? Como vocês se sentiram? Será que as mortes continuaram? Quem será a próxima(o) a morrer? Consegue cravar antes de ocorrer?
Os capítulos do jogo de assassinato continuaram a ser postado. Então, não se preocupem. Eu tenho todos os capítulos desse mês prontos e revisados. Além que eu estou postando com antecedência.
Se quiserem alguns spoilers, existe agora meu perfil do Instagram.
DLF ou caiquedlf os dois vocês acham meu perfil principal, onde agora eu posto alguns conteúdos sobre a obra, e outras coisas bem divertidas. Sigam lá.
Então, agora se divirtam com o próximo capítulo.
Próximo capítulo; Capítulo 2: Erythrofina (76– 79)
Bye bye.
Ass: CaiqueDLF

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