Capítulo 76: O culpado
— De acordo com minha análise, essa morte aconteceu tem exatas 16h, aconteceu ontem a tarde.
Bellatrix disse diretamente para Kizimu que estava em estado de confusão.
— Como isso é possível?
Algo não estava batendo, como poderia ter acontecido a tarde do dia anterior, se ele viu-a na noite, isso estava errado.
Aisha chorava, e outras pessoas no quarto estavam aos seus próprios sentimentos. Amara encostada no armário olhando, Ernesto mexia uma xícara de café, e Dalia ao lado de Kim estava muito nervosa, como se estivesse carregando um peso absurdo.
Guto e Brielle estavam se sentindo muito mal, ficando de cabeça baixa. Talia irritada não conseguia esconder a frustração, ainda mais pelo fato que esse jogo estava provando que era real, o que significava que todos ali agora não apenas eram possíveis culpados, mas futuros alvos.
Kizimu estava ficando agoniado com os choros de sua considerada irmã, e gostaria de ajudá-la, mas, precisava resolver esse problema. Mais uma morte ocorreu sem que pudesse imaginar, sem que pudesse prever ao menos quem seria a próxima vítima.
Bellatrix o estudava periodicamente, vendo suas expressões, forma de agir, e estava agindo com mais frieza que o normal. Uma raiva intensa a preenchia, ainda mais, pelo fato que suas buscas não levaram a nenhum culpado.
— Bellatrix, algo está errado.
— É mesmo? Por que diz isso?
— Eu vi Eleanor ontem a noite, depois de me encontrar com Guto e Brielle.
Ele realmente tinha visto ela, então, a possibilidade dela ter morrido à tarde era errado.
— Em que situação viu ela?
— Eu achei uma pessoa se movendo pelas sombras, e persegui essa pessoa, no fim, eu caí em um banheiro, e acabei encontrando Eleanor.
A tática, estava vendo a situação com a maior cautela possível, com calma, com o máximo de sabedoria que pudesse, por que, tudo que ela mais queria era estrangular o culpado, o louco que estava fazendo esse pequeno jogo de assassinato.
No chão, em volta de bastante sangue, tinha uma carta preta e uma foto, que a comissária de ordem pegou e leu. A foto era mais assustadora ainda, era uma foto de uma faca no pescoço de Bellatrix, nervosamente ela riu pela ousadia. Estudando o corpo, tinha certeza por como o sangue estava trasposto ao chão e como tudo estava feito.
Eleanor tinha marcas de mãos, suas unhas estavam quebradas provando que ela tentou se defender. Tudo aconteceu da forma mais estranha possível, e o conteúdo da carta era a coisa mais agonizante possível.
“Peen, vocês perderam mais uma. O que será aconteceu? É tão difícil me encontrar? Tenho certeza que deixei pistas o suficiente para me achar. Vou dar uma dica. Eu sou uma garota cheia de vida, e adoro muito todos vocês. Podem me encontrar? Ou preciso continuar com esse pequeno jogo?”
A brincadeira estava indo longe demais, e Bellatrix estava no seu limite. Agora, iria achar o culpado, não importa o que precisasse fazer.
— Está dizendo que encontrou Eleanor viva, ontem a noite? Se esse fosse o caso e ela tivesse voltado a noite, o sangue ainda estaria terminando de secar, e não estaria tão fixado no chão. Além disso, os braços dela estavam um pouco vermelhas, coisa causada por ficar no sol por tanto tempo, o que significa que aquele corpo realmente foi posto a tarde, não é um erro.
Todos estavam com um sentimento mutuo.
Tensão, nervosismo e medo.
Todos estavam reunidos. Um sentimento mútuo pairava sobre os presentes no cômodo: pavor, suspeita e dúvida. Era a segunda vez que presenciavam aquele cenário — outro corpo, outra carta preta. Da primeira vez, pensaram que fosse uma brincadeira cruel. Mas agora, era impossível negar a realidade. A foto deixada junto ao cadáver era clara demais, e o cadáver… incontestável.
O medo havia se voltado para dentro. Todos estavam trancados no mesmo quarto, e a certeza era unânime: o assassino estava entre eles. Um deles havia tirado a vida de um amigo em comum.
Ninguém ousava dizer nada. Os olhos apenas se cruzavam, tentando desvendar nas feições uns dos outros a culpa ou a mentira. A frustração pela impotência esmagava, e o silêncio se impunha como um pacto de medo.
Foi então que uma mão se ergueu.
Tensa, trêmula, como se cada dedo carregasse um peso impossível de sustentar, uma garota levantou a mão. Tinha longos cabelos prateados que caíam como fios de luar por seus ombros. Usava um vestido leve, de tecido esvoaçante, cujos tons claros pareciam destoar da escuridão do momento. Seus olhos verdes brilharam com hesitação ao perceber todos os olhares recaírem sobre ela. Ela recuou meio passo, como se buscasse abrigo, depois respirou fundo e falou.
— Eu vi. Eu tenho certeza que eu vi. Quem matou nossa amiga foi… Kizimu Kuokoa, o convidado de Kim.
Todos ali, travam sua atenção nela, parando seus olhos fixos na intensão direta de Dalia. A garota estava determinada e com olhares de raiva diante Kizimu, como se a frustração de perder sua amiga fosse totalmente direcionada a ele.
— Do que está falando? Eu não matei ela! — Kizimu falou de forma bem confusa e agoniada.
— Ei! Você esta louca? Meu irmão nunca faria isso!
Aisha, que estava vendo a situação frustrada, apenas ficou super irritada. Sua amiga foi morta, agora seu irmão estava sendo acusado. Ela não poderia deixar isso acontecer. Mesmo com toda dor, mesmo com toda frustração, mesmo assim…
Ela não tinha forças, ela não tinha, ela não conseguiria fazer força para sair de onde estava, e Bellatrix entrou na frente.
— Sua acusação é algo bem serio, pode dizer qual seu ponto?
Bellatrix ando até Dalia e fixamente e analisou. Mesmo com essa tensão, Dalia não se deu por vencida, respirou fundo e deu um passo a frente, por sua força que pouco tinha, deu a determinação.
— Eu vi ele saindo do quarto de Eleanor, e achei super suspeito, mas ignorei. O que era a coisa mais assustadora, era que ele tinha sangue nas mãos. Eu vi. Não estou enganada.
Todos ficaram perplexos com sua afirmação, era algo bem direto. Kizimu foi visto saindo do quarto da vítima com sangue em mãos. Isso era uma declaração muito direta. Amara, não perdeu tempo e avançou para Kizimu.
O tempo pareceu fluir invertido quando tentou se esquivar, Kizimu não conseguiu agir rápido o suficiente e na sua frente um punho veio como um canhão. Caiu para trás, e notou.
— O que está fazendo?
— Está se precipitando.
Amara teve seu braço segurando por Bellatrix. Kizimu apenas viu seu punho estendido na sua frente, e notou que isso não tivesse parado, a força do soco poderia fazê-lo desmaiar. Um frio na barriga tornou um medo gradativo.
— Precipitando? Está louca? Temos uma afirmação direta. Esse merdinha é o assassino, ele precisa receber a punição de ter matado nossos companheiros.
— Você é sempre cabeça quente, espere um pouco. Dessa vez, estamos enfrentando um oponente muito mais problemático do que um mero assassino.
Amara soltou-se da mão de sua amiga de infância, apenas aguentou sua própria raiva, e olhou irritada.
— Não ache que eu não sei, e qual sua teoria? Ele não é o culpado com base em quê?
— Vamos aos fatos.
‘Eu coloquei câmeras em todo o castelo, e consegui achar o culpado uma vez, porém, esse culpado era falso. Ele fingiu ser um de nossos amigos, com roupa e aparência. O que significa que nosso culpado pode usar a aparência do outras pessoas.
‘Eu investiguei a primeira morte, e Hermione deixou uma carta de despedida. Ela disse que viu, sim, a culpada roubado, mas, o que ela viu, foi ela mesma. Por isso estava tão assustada e não queria contar por que não saberia explicar como viu ela própria roubando suas calcinhas.
‘Kizimu foi visto por mim no dia anterior, e ele estava andando com uma faca de caça no bolso. Não fazia sentido ele ter uma arma em mão que não foi utilizada. Além disso, Dalia disse que viu as mãos dele cheias de sangue. As armas do crime eram fios de aço… não tem como apenas as mãos estarem ensanguentadas.
‘Ouve uma batalha de força antes de ela ser pendurada morta. Eleanor resistiu como pode, segurando no corpo do culpado e ferindo o mesmo, isso explica as unhas quebradas, vou investigar isso e ver se acho algum DNA.
‘Kizimu viu Eleanor no banheiro no dia anterior, o que significa que ele deve ter visto o culpado fingindo ser a vítima, porque é a única coisa que explica ele ter visto ela.
Toda essa informação foi jogada por uma investigadora nata, provando que algo assim poderia ter, sim, acontecido. Amara ficou pasma, porque algo estava na sua frente. A forma de alguém se vestir como o culpado não era impossível, pois…
— Eleanor era a única que se vestia como outras pessoas.
Talia irritada foi aquela que entrou na discussão.
— Não vou mais esconder, Eleanor já me ajudou em alguns roubos, e eu já ajudei ela. A mesma consegue se fantasiar com a qualidade mais que perfeita. Está me dizendo que o culpado consegue fazer a mesma coisa que Eleanor e matou ela?
Talia tinha se entregado, mas, isso deixou Amara ainda mais branca, pois ela se lembrou do confronto e conversa que teve com a cosplayer, isso deixou bem claro. Algo estava muito errado, eles não estavam enfrentando um assassino comum.
Fios de aço avançaram na direção de Belaltrix e Amara que seguram a cópia direta da arma do crime. Tais fios vinham de anéis nos dedos de Talia, que estava muito irritada.
— É a segunda vez que o culpado usa minhas armas como arma do crime. Ele está usando nossos truques para cometer os assassinatos. Isso está irritante. Minhas armas do crime; truque de se fantasiar de Eleanor. Ele com certeza é um de nós.
Talia começou a lacrimejar, irritada, frustrada, e Bellatrix soltou os fios.
Dalia, por sua vez, voltou sua irritação.
— Não é possível! Eu VI com meus próprios olhos o culpado, temos que prender Kizimu. Mesmo que esse culpado não seja ele, temos que nos precaver!
Dalia estava frustrada em perder mais uma amiga dela. Ver Kizimu na cena do crime no dia anterior a fez ficar tensa. Ela puxou Kim, no qual, o dia anterior, fez o garoto dormir com no quarto dela. Não queria acreditar que Kizimu era o culpado, mas tudo apontava para ele.
Dessa forma, depois de uma noite em preocupação, ela estava determinada em acreditar que o culpado só poderia ser ele. Não tinha como ser ninguém dos seus amigos. Ninguém poderia ser o culpado. Então…
— Não acho que ele seja o cul—
— Não importa! Ele tem que ser preso, para nossa segurança, para podermos nos sentir seguros!
— Meu irmão não é o culpado! Eu já disse. Parem com isso. Eleanor morreu! Ela não está mais aqui. Não podemos ficar brigando na frente do corpo dela!
Na frente do corpo pendurado de Eleanor, todos estavam discutindo o possível próximo passo. Era algo desrespeitoso. Era algo inescrupuloso e Aisha ficou super irritada pelo desrespeito.
— Vamos fazer assim. Eu vou colocar ele na solitária. E se acontecer uma morte com ele lá. É a prova de que ele não é.
Dalia ficou satisfeita, mesmo que não feliz.
Nem todos puderam falar alguma coisa naquele momento, e algo Talia percebeu.
— Onde está Bianca?
A garota estranhou a ausência de uma presença tão presente.
— Velhatrix, eu acho que você tem que prender Bianca também. Assim teremos uma confirmação direta.
— Tudo bem, eu falarei com ela. Faremos isso. Agora, peço a todos que saiam do quarto, eu irei fazer a perícia.
Com um grande peso, todos ficaram tensos, por que, o jogo de assassinato estava apenas no seu começo.
Todos começaram a sair do quarto e apenas Kim ficou junto a Bellatrix, o garoto estava em parafusos.
— Mais… uma… morte…. Droga.
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Hora do chá
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Yahalloi
CaiqueDLF aqui!
Eu precisava conversar com vocês; Finalmente chegamos no capítulo referencia do prólogo.
Vocês lembram? No prólogo, teve a cena de Dalia acusando Kizimu dos assassinatos. E agora, finalmente, tivemos a cena completa. Eu estou muito feliz que o arco está caminhando para as coisas importantes. Agora as coisas legais a citar é, os 3 avisos de Lins. Como eles vão servir na continuidade do arco? Já tivemos o primeiro aviso, quanto a porta bege. Mas ainda tem mais dois avisos… vocês lembra quais são?
Bye bye.
Ass: CaiqueDLF

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