Capítulo 93: Investigação direta

Aquela pequena ursa — Bellatrix, estava na sala de Análise Criminal, vendo as câmeras de todo o reino.

Analisando cada centímetro dele. Passado, presente e se possível até mesmo o futuro. Lá, ela viu algo, Bianca e Vicenzo não saíram do quarto hora alguma, mas o quanto isso era confiável?

Se eles forem os assassinos eles saberiam enganar as câmeras, mas ao menos tinha como afirmar que não era ela. Já tinha usado a Submissina neles. Já estava sem ideias.

Como via o presente, e tinha escutas em todos os quartos, ela ouviu e viu o que aconteceu entre Kizimu e Dalia, ficando concentrada ao fato dela poder ser a assassina.

Bellatrix pegou seu café e bebeu, seus olhos estavam mortos, sua raiva era imensa, mas, ela acharia, ela descobriria quem matou sua melhor amiga.

Esmagou o copo.

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— Eu preciso ir para meu quarto.

— Erm…

Dalia ainda estava envergonhada em culpar Kizimu. Agora que ela tem ciência que provavelmente o culpado é um usuário de maldição ou bênção, as coisas começam a fazer um pouco mais de sentido.

— Kizimu, eu vou te ajudar.

Disse determinada.

— Me ajudar?

— Sim, você quer achar o culpado, né? Que tal fazermos um plano para pegar ele?

Kizimu pensou um pouco sobre isso. Estava já em apuros pelo fato de estar fora de sua cela na hora errada. Mesmo assim, não tinha desistido da ideia de resolver esse assassinato.

Mas…

— …

Kizimu estava extremamente abalado. Perdeu sua companheira mais recente, envolver Dalia nisso poderia ser perigoso demais.

— Dalia, eu preciso descansar, porque estou todo quebrado, porém, fica junto de Kim. Nunca fique sozinha, por favor.

— Certo, eu faço isso, mas, e sobre criarmos um plano?

— Posso pensar melhor nisso depois? Eu… realmente não estou no melhor momento.

Kizimu demonstrava um sorriso para apaziguar a situação, e Dalia aceitava-o de bom grado, um pouco satisfeita, ela sorriu, ainda em meio as lágrimas. E determinada assentiu.

— Eu vou fazer as pazes com Kim, e eu e você vamos pegar esse culpado, esse genocídio vai acabar hoje.

Outro sorriso de Kizimu confortou a decisão de Dalia, mas esse sorriso, era o mais falso que poderia dar.

Agora, Kizimu estava no próprio quarto. Sua cela. Finalmente sozinho. A porta atrás de si foi fechada por um guarda. E agora, um guarda ficaria de olho em Kizimu, sem deixar ele sair do quarto com tanta facilidade.

— Mmh.

Kizimu sentia uma pressão enorme, um pesar puro, uma tristeza imensa. Suas emoções descontroladas. Sua vida fora de si, estava detalhadamente péssimo.

Sua perna ficou inquieta, sentou em posição fetal e ofegou.

Coração palpitante, terror aqui constante, pesar constante. Suadeira danada, coração não parava, e as lágrimas vinham e não voltavam. O sentimento mais que profundo afogava sua emoção mais profunda em uma agonia perfurante.

Espinhos apertavam seu coração e seu fôlego acabava, ficava sem ar, tentou segurar seu peito, mas a dor era fora do comum. Ali, ossos tremiam, olhos choravam, vibrava e vibrava.

Mais uma morte.

Mais uma pessoa morreu.

Kizimu não conseguiu salvar Amara. Ele se aproximou dela, ele ficou amigo dela, ele trocou socos com ela. Ouviu suas dores, se tornou mais do que amigo. Era um pessoa tão importante que era definida que era uma amiga sua.

Salvou ela… e agora. Mais uma morreu.

Tremeu ainda mais por um fator que veio se repetindo. Ele se aproximou de Hermione, disse que iria salvar ela, se tornou próximo, e então, morreu.

Eleanor era tão próxima, era sua amiga querida, foi a pessoa que mais fez amizade do reino, e morreu.

Amara se conectou, profundamente, fez uma amizade nova, perfeita, e agora, sem nem passar um dia direito de sua conquista, ele perdeu ela. Suas lágrimas caiam sem parar, a dor no seu peito não era suportável.

— Por que… por que isso tinha que acontecer? O que o assassino quer?

O peso da morte estava mais afirmado na sua alma, tremia, vibrava, o peso de perder alguém era maior em sua alma agora. A temperança fluía como uma tempestade seca. Um sentimento perigoso.

— Kuzimu… Amara tinha uma maldição, certo?

“Sim, também era uma influência Beta, mas era diferente. A influência dela era aumentar um desejo intenso na pura destruição, talvez o mais próximo de uma maldição de briga. Tanto a usuária, quanto quem lutasse com ela, despertavam um desejo imenso de destruir o seu adversário, sendo o mais profundo desejo no coração.”

Caiam, gotas de solidão como se toda suas lembranças fossem leves brisas de desolação.

— Eu prometo, mais ninguém vai morrer. Eu vou achar o culpado, eu vou, eu vou, eu preciso. — chorava, e se esperneava. — Eu tenho que impedir outra morte de acontecer.

Dalia se aproximou de Kizimu agora. Será que ela era o próximo alvo? O que ele deveria definir como alvo? O que todas as assassinadas tinham em comum?

Todas estavam sozinhas.

Todas…

— Aarrgh.

Não conseguia pensar, seus sentimentos não deixavam, e então, caiu de lado. Lágrimas continuaram, e continuaram, precisaria pensar melhor no assunto, mas agora, com certeza, não iria conseguir.

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Um soco voou sobre a massa tão bem qualificada que poderia chamar de divino. Era uma parede.

— Aiii.

— Aisha, socar a parede não é algo tão inteligente.

Chorando pela atitude meramente infantil, Aisha sentou-se em uma cadeira.

— Pandora, eles não me deixam ver Kizimu, ele está preso sobre custódia.

— Eu sei, ele deve estar péssimo. Neste caso, vamos investigar.

Pandora estava triste pela morte, mas não foi tão afetada como Aisha que realmente conhecia Amara. Aisha brincou com aquela tempestade seca na infância, então ficou realmente abalada.

O espírito de querer ajudar Kizimu em sua investigação era imensa, mas elas ainda tinham algo a pensar, sobre o que descobriram no necrotério, aquilo foi assustador.

Vale pensar também que Aisha usou seu arbítrio para saírem de lá também, e sem elas saberem, Bellatrix havia visto tanto as ações de Kizimu e Aisha usando suas habilidades.

— O que investigaremos agora? Tem alguma ideia?

— Olha, eu estava com uma ideia, sim, que tal investigarmos sobre a última morte, tipo, o que ela tinha feito nos dias anteriores.

— E como faremos isso… Pandora?

A garota havia parado e seu corpo começou a piscar em diversas formas, tanto loira, quanto negra, quanto o fogo na ponta de seus cabelos voltaram e voltaram, parecia ser uma discussão ou algo assim.

Até que ela finalmente abriu os olhos.

— Certo! Vamos olhar as câmeras.

— Onde fica as câmeras?

— De acordo com a Loira do banheiro, ela sentiu um local onde Bellatrix muito fica, ele poderia ser a chave para a investigação.

Era apenas uma teoria, mas se era onde a guarda mais passava seu tempo, poderia ser também onde ela guardava suas evidências e onde veria as câmeras. Logo assim Pandora pensou.

— Certo, então vamos, eu estou muito irada, muito mesmo.

— Ok, vamos.

E assim seguiram, andaram pelos corredores até chegar na porta em questão, Aisha tentou abrir e falha, estava trancado.

— Droga o que faremos?

— Não podemos desistir agora.

Assim, Pandora ficou translucida e seu cabelo enloireceu.

— Eu vou entrar, fica aqui.

— Não é como se eu pudesse fazer nada. Estarei esperando.

Pandora assentiu para Aisha e logo atravessou a porta. Era favorável que como ali era longe dos quartos não tinha nenhum guarda. Logo entrou sem saber na sala de Análise Criminal.

Uma longa mesa larga, um grande quadro de evidências e um grande computador de 5 telas com diversas câmeras que estavam por todo castelo. Pandora pensou como aquilo era mortalmente assustador, e também se perguntou como Bellatrix não tinha descoberto o assassino ainda.

Pandora sentou na cadeira confortável, e sentiu o cheiro do café que tinha sido deixado em uma xícara. Analisando a sala com suas capacidades, notou sentimentos horríveis de culpa e raiva imensuráveis, se sentiu mal ao sentir isso.

— Certo… como eu mexo nisso?

Pandora, sem muito conhecimento de telas, tentou mexer nas câmeras, mas sem muito sucesso, queria entender como aquilo poderia fluir para resolver logo, até que ouviu um click.

Aisha estava sozinha, esperando, ficou entre seus pensamentos e lembrou dos dias anteriores. A coisa mais estranha, exceto as mortes, era o fato de Minne ter mandado mensagem.

Minne é uma garota enigmática, mas não era tão difícil de entender. Aisha conseguia parcialmente entender aquela mente assustadora, e sabia quais eram suas intenções, mas era irritante. Porém, como ela sabia que Aisha conseguiria resolver os problemas de Kizimu? Nem mesmo ela…

— Será quê?

Aisha pensou algo, a habilidade que aprendeu por Minne tinha sobrescrito do efeito causar erro em algo, qual nível de erro e qual o limite do erro? Poderia falhar algo de funcionar mesmo não sendo vivo?

Aisha colocou seu dedo na fechadura e focou.

Desejar a falha para salvar a todos.

Desejar que aquilo falhe para que ela possa ajudar a todos.

Desejar…

Click. Abriu.

Aisha entrou bruscamente.

— Ei!

— Ow!

Pandora se assustou com a entrada triunfal de Aisha.

— Algum progresso?

— Não… eu não sei mexer no computador.

Aisha fechou a porta atrás de si com cuidado.

— Deixa com a mãe então.

Pandora deixou Aisha se sentar e ficou atrás dela. A garota parecia ser feita para aquilo, mexendo em várias telas rapidamente, clicando em diversos pontos seguidos e aprendendo com uma velocidade absurda, aquilo era assustador.

— Caramba, às vezes seu vício pode ser útil.

— Não é tão difícil, apenas preciso saber o que cada botão faz. Olha, aqui podemos escolher um e ampliar, aqui mexemos nas informações, colocamos isso aqui, e podemos agora modificar essa câmera. Agora, eu mexo no horário, voltamos e pronto.

Aisha rapidamente achou o horário que elas viram Amara com Kizimu, rodou as câmeras até achar a anterior que viu Kizimu com a mulher. Analisaram e um bom tempo passou delas assistindo.

— Então Amara e Kizimu lutaram…

— E depois viraram amigos… pensando bem, Kizimu ficou bem próximo de Hermione antes dela morrer. Ah e vimos Talia antes de…

Pandora e Aisha descobriram um segredo horrível sobre Talia, mas isso ficaria apenas nos corações delas.

— Espera, Amara viu alguns papéis de Bellatrix, ela ficou bastante tempo lendo esses papeis.

— Talvez isso seja uma pista.

Aisha e Pandora olharam uma para outra animadamente.

— Certo, então vamos invadir o quarto dela, já invadimos aqui, o que pode dar de errado.

— Você sabe que ela vai ver nas câmeras nós aqui.

— Tudo bem… da para ouvir as nossas vozes. TIA BELLA ESTAMOS APENAS INVESTIGANDO!

Em um grito, Aisha determinou para a câmera suas intenções.

— Você é impressionante. Enfim, vamos olhar o quarto dela.

A dupla que se dominavam Asas de Kizimu voaram para o quarto de sua próxima suspeita.

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— Iá. Iá. Iá. Iá.

— Melhore sua posição. Foca no seu ponto de apoio. Isso, repita isso. De novo.

Golpes agitados de cortes de faca eram dados por Kizimu, cortes pesados que caiam brutalmente sobre Guto. E recebendo sua frustração, ele defendia com precisão cirúrgica cada ataque agitado do garoto frustrado.

— Eu preciso ser mais forte, eu preciso ser melhor, eu preciso pegar o assassino.

— Sim, eu entendo, todos nós estamos péssimos. Estou feliz que consegue se manter em pé.

Cada estocada de Kizimu, o garoto de cabelos desgrenhados o desviava para mais distante, estar com uma espada talvez fosse uma desvantagem em questão de velocidade, mesmo assim, Guto tinha toda precisão do mundo.

Correndo pelo campo, cruzou um dos movimentos que aprendeu, e fez um corte completamente direto. Kizimu estava querendo acertar alguma coisa com aquela faca de alguma forma, mesmo assim, Guto girou Kizimu e arremessou ele longe.

— Aii.

— Você está bem?

A voz doce e delicada de Brielle curou Kizimu um pouco da dor de ser arremessado longe no chão. Ele acabara de cair sobre seus pés. Ela tinha um semblante muito mais triste do que o comum, ficando com gotas lacrimejantes em seus olhos.

— Eu estou… mas e você?

— Eu aceito o que meu Deus nos dá de bom grado. Eu acredito que ele escreve o certo por linhas tortas. Isso é apenas uma aprovação dele, com muita oração tudo vai acabar.

Ela falou de forma muito mais agitada que o normal. Ela, que sempre falava com um ar mais místico, parecia apenas uma garota ansiosa e perdida. Kizimu se sentou.

— Brielle, não precisa se forçar tanto.

— Mas eu preciso!

Kizimu se assustou, pois não esperava aquilo vindo daquela garota. Um grito desesperado, e então, ela caiu em lágrimas.

— Poxa, por que tantos estão morrendo? O que fizemos de errado para passar por uma provação dessa? Eu estou com tanto medo.

Guto se aproximou e fez carinho em seus belos cabelos vermelhos, por mais que ela continuou a chorar.

— Hermione… Eleanor e agora Amara. Mais quantos precisam morrer? E se Guto for o próximo? E se eu for a próxima? Talia está distante, eu estou muito triste, mesmo.

Kizimu sentiu a pressão da tristeza dela, pois se sentia da mesma forma. Talia se afastou dos amigos, como Kizimu sentiu que precisava se afastar. Afastou Pandora para não envolvê-la no perigo, afastou se de Kim por causa de Dalia, apenas sua irmã deixou perto, pois precisava de forças para continuar.

Kizimu tinha que acabar com os planos do assassino, precisava, tinha que dar um jeito nisso, mas, o que ele precisaria fazer? Não conseguia formular um mero pensamento, apenas, queria desperdiçar aquela frustração.

— Guto, mais uma vez, por favor.

— Tudo bem. Vamos!

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— Amara morreu? Por qual motivo será?

Kim estava péssimo, enquanto Absalom estava novamente com ele.

— Kim, eu até entendo que esteja triste, mas nosso foco maior agora, será descobrir quem é a assassino, ou isso nunca vai acabar.

Leonardo foi aquele que levantou Kim do chão, ele parecia o pináculo da sabedoria, mesmo que era apenas conhecimento comum. O jovem louro bateu as mãos no próprio rosto para focar e voltou sua atenção.

— Qual será a ligação das mortes? Elas tinham alguma coisa em comum? Outra coisa, qual foi mesmo a causa da morte? Suicídio? Claro que foi armado, mas quero ver se tem mais coisa. Qual deve ser a próxima forma da morte? Se a conexão das mortes forem ligadas, provavelmente a morte foi causada por alguma capacidade de alguém? Será que seria a arma de Amara? Mas, por que matar ela com a própria arma? E como Amara foi morta? Não teve luta? E por que—

Absalom enlouquecia de tantas perguntas, até que duas garotas cruzaram os corredores.

— Oh, quem são essas?

— São Pandora e Aisha, elas vieram comigo.

Absalom olhou para elas com bastante atenção, focando em como elas pareciam apressadas.

— Ah Kim, como está? — Aisha abriu com animação para o garoto.

— Estou bem. E vocês duas?

— É engraçado você não falando formalmente — riu Pandora

As duas pararam diante o trio.

— Vocês são os irmãos de Kim, não é?

A introdução gentil de Pandora foi natural, mas algo ali tinha explodido como um vulcão em erupção. Vendo aqueles longos cabelos que iam até o chão. Os incríveis e belíssimos olhos pretos de boneca. A expressão gentil e venustosa. Aquela forma que se portava, o jeitoso vestido, era tudo perfeito. Leonardo tinha achado seu diamante.

A passos apressados ele cruzou o corredor e ajoelhou-se. Pegando nas delicadas mãos, beijou com tanta formosura.

— Meu nome é Leonardo. Você poderia dizer qual seu belo nome?

Pandora retirou sua mão com tanta pressa que assustou Leo, ela ficou um pouco nervosa com tanta pulcridade, e nervosamente falou.

— P-pandora.

Não era mentira que a beleza de Leonardo era avassaladora, era tão bem-apessoado que deixaria pessoas comuns sem ar. Seu ar nobre passava seu maior apuro. Era até engraçado como no mundo tinham pessoas tão belas, ela olhou para aquela perfeição dentro de uma armadura tão chamativa. Talvez seu coração até tenha se abalado e palpitado momentaneamente, corando, mas seu eixo e alma pertencia unicamente a uma pessoa.

— Seu nome é lindo, perfeito, posso saber, quais são seus sonhos? Eu posso realizar todos eles por você, então por favor. Viva comigo.

Tomando total atitude, ele segurou o corpo de Pandora e inclinou-a sobre seus braços, ela tão perto dele sentiu-se sufocada por um mar de perfeição, aquele “viva comigo” quase balançou sua alma por relembrar ela de outro viva por…

— N-não, m-meu coração já tem dono.

Timidamente ela negou Leonardo, o mesmo frustrado, não demonstrou, com um sorriso deslumbrante ele soltou-a em pé e andou para trás, dando espaço finalmente para ela respirar.

Ele com uma atitude nobre sorriu e aquele mar deixou até mesmo Aisha um pouco abalada, ela ficou a todo momento tendo um Panic em ver uma declaração de tão perto.

— Leo, desculpa por falar isso só agora, mas nosso foco agora é outro, não?

Rindo um pouco, Absalom deu um toque nas costas de seu irmão e ficou na frente.

— Posso assumir que estão investigando também, certo? Podemos nos unir a vocês?

Aisha e Pandora olharam uma para a outra, pensando no fato que elas estão usando seus arbítrios para investigar. Mas, seria suspeito dizer que não, elas deveriam apenas aceitar de bom grado.

— Tudo bem, podem sim — sorriu Aisha.

Com olhos analíticos, o irmão mais novo observou com cautela, ficando satisfeito.

— Para onde vocês vão agora?

— Estávamos indo para o quarto de Bellatrix, descobrimos que Amara viu algo lá e ficou estranha.

Absalom pulsou, ele correu e com muito foco iniciou seu modos operantes.

— Espera, vocês sabem o que Amara fez no dia anterior? O que ela fez? Quais pessoas viu? Outra coisa? Quais são todas as informações que sabem? Gostaria de unir essa informação a mim.

— Bem… ela esteve a manhã com meu irmão, Kizimu, eles investigaram juntos. Além disso… Uma informação importante vale citar…

Aisha falou algo que poderia dizer como proibido, aquilo que viu no necrotério. Absalom arregalou seus olhos, ouvir sobre isso era um ponto perfeito a se averiguar.

— Eu tenho uma teoria.

Sua visão focou em todo o tabuleiro que se postou em sua frente, todas as peças se formavam, acima do tabuleiro que se moviam em diversas posições, cada posição movida um quebra cabeça se formava, cada ação, uma peça, cada movimento uma junção.

O castelo era seu tabuleiro, o assassinato era seu quebra cabeça, e cada movimento era o que o assassino fazia, como cada pessoa tinha se movido. Seus conhecimentos sobre alguns deles ajudavam, mas a segunda morte era uma falha, só que…

— Todos os assassinados são pessoas que tinham alguma informação. Hermione foi silenciada por que sabia sobre a possível ilusão. A segunda morte era alguém que com certeza teria informações secretas e seria chave para solucionar o mistério, sua forma de pensar era clara. A terceira morte foi dada ao fato a dois fatores. Proximidade com Kizimu e conhecer as informações.

‘Logo o critério de morte é saber demais, conhecer e forma de pensar, tem apenas uma possibilidade de estar perto de Kizimu talvez afete, mas não posso levar isso em consideração, já que ele quer culpar Kizimu de alguma forma.

‘O que eu posso deixar como possibilidade é clara, o próximo alvo é… — Todos olharam para seu dedo que foi apontado para as duas garotas a sua frente, seu frenesi constante e sua animação avassaladora, sua visão de mundo que olhava tudo não de frente, mas de uma quarta dimensão. Ali ele decretou: A próxima a morrer será Bellatrix.

Todos ficaram sem reação, ali era uma declaração mais do que imponente, era uma afirmação importante. Saber a próxima morte definiria quem deveria ser protegido.

— Certo, então devemos avisar a ela, não?

— Não. Temos que investigar o quarto dela, temos tempo, a morte só vai acontecer amanhã, então não se preocupem.

— Quê?

Pandora ficou confusa com a declaração direta de Absalom, ver aquele projeto de adolescente bem-apessoado, era engraçado.

— Sua teoria faz sentido… mas, qual a base de que a morte só acontecerá amanhã?

— Todas as mortes têm 2 dias de diferença, começou no domingo, depois foi na terça, e depois ocorreu ontem, na quinta. O que significa que a morte só vai acontecer no sábado agora.

Aisha ficou insegura com essa informação, mas era um bom critério.

— Mesmo assim, não devemos avisar Bellatrix logo? — Pandora ficou ansiosa, porque mesmo que ela não vá morrer, deveria ser avisada do perigo.

— Sim, informaremos, mas, quero muito saber qual informação que fez Amara ser morta, tenho certeza que se eu souber, eu vou com certeza saber o assassino.

Mais uma vez, as duas ficaram surpresas, as declarações imponentes daquele garoto eram pesadas, mostravam uma certeza de quem carrega uma nação, mesmo que ele seja apenas o irmão mais novo.

— Vamos investigar.

Quem determinou foi Kim. Todos olharam para ele que determinado continuou.

— Eu sei o quão inteligente Absalom é, tenho certeza… — seu olhar enchia de determinação sobre o irmão que olhou surpreso. — tenho certeza que vamos achar o culpado e acabar com essa série de assassinato.

Todos ficaram sem palavras, mas, rindo, Absalom interviu.

— Que bom que pensa assim. — sorriu como um anjo. — Vamos, meus amigos, vamos para o quarto de Bellatrix.

Declarando com os braços abertos, eles ficaram animados e foram para seu objetivo.

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Entraram no quarto, todos sem ligar, que era o quarto alheio.

Lá dentro um leve susto levaram, pois, era como se um furacão tivesse passado. Diversos papéis passavam por todo lugar. A prova viva da irá da comissária de ordem fazia-se de tantos papéis jogados, o quadro de suspeitos quebrado por um soco que atravessou seu meio.

— Ela realmente sentiu a morte…

Triste disse Aisha que também entendia isso. As duas sempre estiveram juntas, sempre estiveram, e logo agora foram separadas. Uma lágrima escorreu em seu rosto.

Absalom invadiu aquele mar sem escrúpulos, ele ergueu alguns papéis. Pandora assim também fez.

— Espera! Aisha…?

Ela logo chegou e viu, uma declaração sobre a casa Kuokoa, um informativo sobre exatas maldições que passavam por alguns residentes. Elas logo se entreolharam, pois se ela estava investigando sobre maldições, Absalom e Leonardo também veriam.

— Ah, apenas informando vocês, eu e Leo sabemos sobre a casa Kuokoa e suas maldições.

Ele que estava vendo o papel delas, assim declarou rindo.

— Você sabe? — Kim que surpreendeu-se dessa vez. Mas as duas também ficaram apreensivas.

— Sim, nosso pai já nos informou sobre bênção e maldições, ele explicou sobre a sua, e também nos fez tomar uma pílula com um ritual que impede de sermos afetados por sua maldição.

Pandora, Aisha e Kim, que apenas tiveram suas soluções por Kizimu ficaram sem reação, mas o sorriso abobado dele não parecia ser mentira. Ele voltou olhos afiados aos papéis em suas mãos.

“Projeto Erythrofina”

Lendo página por página, ele ficou assustado. Uma droga estranha, além disso, foi explicado os efeitos da Submissina, e algo passou por sua mente, e se Amara tivesse morrido por essa droga efetiva?

Mas, o projeto era estranho, uma doma no céu? Uma droga que tinha efeito com base na Submissina, tantas informações que ali passavam deixaram Absalom branco. Pois, sua mente focou em algo superior a tudo, aquela pesquisa com certeza era um problema que envolveria todo o reino. O nível era superior a uma mera pesquisa, era algo assustador. Conseguiu ver exatamente o que estava ali feito.

Mas era pior do que era imaginado, pois conjurações ritualísticas eram feitas, não era apenas uma droga, era droga usando rituais pesados, em códigos calculados que nem mesmo ele entendia, sabia que aqueles símbolos eram usados em rituais, mas, aquilo era com certeza nível de perigo da realeza.

Não era algo que poderia ser resolvido pelos guardas, era algo que deveria ser resolvido pelo rei… mas… e… se…

Absalom amassou o papel, a mera possibilidade o irradiou de medo e ódio, balançou a cabeça. Talvez não devesse contar ao rei, sim, ele precisaria resolver isso, antes que todos, antes que o pior acontecesse.

— Eu sei quais as intenções do assassino… eu apenas… não sei por que…?

Falou para si sem forças. Tudo fazia sentido, o assassinato estava distraindo eles para que esse plano seja colocado em ação, mas por que o plano não poderia ter dado início, porque eles precisavam de uma energia muito grande para acionar a doma vermelha. O que a doma vermelha ativava não ficou explicito, mas era com certeza catalisador para algo de efeito da droga.

— Talvez um controle do reino inteiro… mas, apenas ocasionaria em quem usou a droga, será que eles querem usar as pessoas para atacar o reino? Um ataque em massa? Não, tem que ser mais profundo, tem que ter um significado maior, algo que Amara com certeza acharia a solução. Por que Kizimu está tão entrelaçado com isso? Por que logo agora que eles vieram?

‘Droga. Vermelho. Maldição. Ritual. Assassinato. Roubo. Pessoas. Contaminação. Invasão. Reino. Escala. Controle. Incerteza. Ilusão. Troca. Perigo. Projeto. O que…

Absalom viu a última pagina.

“Projeto pesadelo.”

“A morte traz medo, o medo pesadelo.” 

“Concluir esse projeto será a solução tão aguardada pela Anhanguera.”

“Com certeza o mal será derrotado.”

A resposta estava estampada para si.

O que ele mais temia poderia ser a verdade.

— Meu pai… ele está envolvido com o projeto Erythrofina.

Todos apenas viram como Absalom ficou olhando para o papel em sua mão com tamanho foco, suas palavras soavam como veneno e tudo pareceu assustador, mas, sua última afirmação deixou todos mais tensos ainda.

Eles não sabiam o que era o projeto Erythrofina, mas levando em consideração que ele estavam procurando sobre os assassinatos.

— O rei é o assassino!? — Aisha foi a primeira a gritar.

— Meu pai?

— Nosso pai?

Kim e Leonardo em seguida. Mas Absalom logo interveio.

— Não estou falando sobre os assassinatos, algo muito maior está para acontecer sobre esse reino. Talvez tenha relação com os assassinatos também, mas, não faz sentido, por que meu pai estaria envolvido em algo tão…

‘Uma droga foi espalhada pelo reino, ela parece ser uma droga normal, qual tem o efeito de ser um estimulante, mas, ela tem alguma ligação direta com outra droga, uma que controla totalmente o corpo da pessoa por comandos, além disso, um envolvimento com uma doma vermelha deixa tudo muito estranho.

‘Talvez o assassinato esteja acontecendo para distrair os guardas, mas, não faz sentido por que, eles precisam de uma energia muito grande, algo que acione a doma vermelha, porém, por que precisam disso ainda é um mistério… Poder? Dinheiro? Não faz sentido e pior, parece que nosso pai está envolvido com isso.

Todos ouviram sobre a informação, mas, um em questão sentiu um medo absurdo.

Leonardo, por um motivo totalmente diferente de todos, ficou apavorado, um simples mencionar, talvez tivesse sido um erro tremendo que cometeu.

Leonardo levantou a mão.

— Não acho certo deixar isso em segredo nesse momento, mas, eu sei sobre essa droga nova… e…

— Não me diga quê? — Absalom, aquele que mais conhecia seu irmão, temeu.

— Sim, eu ingeri e estou com leves problemas com esse estimulante. Além disso, se espalhou como pólvora entre os guardas em treinamento. O que essa droga fizer, afetará todos os guardas provavelmente.

Absalom sentiu um medo extremo. O que era essa droga, sua função e por que seu pai estava envolvido? Uma peça faltava, uma peça que precisava ser movida, uma peça para encaixar o quebra cabeça.

Ele… não encontrou.

— Kim… eu estou com dor de cabeça. Eu preciso pensar um pouco sobre isso. Por favor, informe para Bellatrix que ela é o próximo alvo, eu não…

Absalom, derrotado, percebeu que pensou demais, e em um passo caiu. Por sorte, atento, Leonardo segurou ele.

— Certo, vocês podem continuar a investigação, eu vou levar Absalom para seu quarto.

Todos assentiram, mas, o medo ainda se apossava em suas almas. O medo de algo tão grande, que poderia assolar o reino inteiro. E assim, eles continuaram a ler os papeis que rodavam o chão.

Absalom e Leonardo saíram, e deixaram eles sozinhos, com o medo em seus corações.