Índice de Capítulo

    O campo de batalha era um caos absoluto, como sempre. Gritos ecoavam por todos os lados, o som metálico das lâminas cruzando era a melodia de fundo de uma sinfonia de destruição. O cheiro de sangue e terra revolvida preenchia o ar, tornando-o pesado. Azrael avançou como uma força imparável, movendo-se com uma precisão assustadora. Cada golpe de sua lâmina era calculado, cada passo, letal.

    Ao seu lado, seus companheiros, Naara, Zenith e Nain, lutaram com a mesma ferocidade. Naara, com sua graça mortal, eliminou adversários com uma dança de lâminas. Zenith coordenava os movimentos do grupo, enquanto Nain, com seu estilo bruto e vigoroso, abria caminho entre os inimigos como um verdadeiro furacão.

    Foi então que Azrael viu. A garota estava afastada, observando de longe, mas sem qualquer proteção. Ele sentiu um aperto no peito, mas imediatamente o reprimiu. Já havia avisado antes: o campo de batalha não era lugar para ela. Ele havia dito inúmeras vezes, mas ela nunca ouvia.

    Um dos inimigos a notou, desviando do combate principal para avançar em sua direção. Azrael viu quando o homem deixou cair a lâmina. Sentiu o coração acelerar, mas forçou-se a desviar o olhar, concentrando-se no combate.

    Ela fez sua escolha, pensou, enquanto cortava outro inimigo. Se morrer, é por conta própria.

    Mas seus pés hesitaram. O som cortante de uma lâmina atravessando o ar em direção à garota ressoou, e algo dentro dele se rompeu. Antes que pudesse racionalizar, Azrael já estava em movimento. Ele avançou com uma velocidade brutal, interceptando o golpe. O choque entre as lâminas ecoou no campo, seguido por um único e preciso golpe que derrubou o inimigo.

    A garota olhou para ele, os olhos arregalados, como se não acreditasse no que acabara de acontecer. Antes que Lyria pudesse agradecer, Azrael virou as costas, afastando-se com passos firmes, mantendo sua expressão inalterada.


    Após a batalha, o grupo se reuniu para avaliar os resultados. Zenith, como de costume, preparou-se para relatar o sucesso da missão aos deuses.

    “Volto logo,” disse ela, ajustando a armadura com um suspiro. “Os deuses vão ficar satisfeitos, mas espero que desta vez nos concedam uma recompensa decente.”

    Azrael, no entanto, estava inquieto. Ele parecia procurar pela garota. Quando finalmente a encontrou, um misto de raiva e exaustão tomou conta dele. Ele se aproximou com passos rápidos, a frustração evidente em sua postura.

    “Quantas vezes eu já disse para não se aproximar do campo de batalha?” A voz dele era como um trovão, rasgando o silêncio. “Você quase morreu hoje. Isso seria culpa sua!”

    A garota abaixou a cabeça, mordendo os lábios enquanto lágrimas silenciosas escoriam pelo rosto.

    Nain, que observava a cena, soltou uma risada nervosa. “Uau, Chefinho, você conseguiu fazer ela chorar. Não acha que deve ser um pouco mais… gentil? Ela é sua única seguidora, afinal.”

    Naara, no entanto, lança um olhar, ao mesmo tempo, crítico e compreensivo. “Entendo sua preocupação, Azrael. Mas talvez você deva respirar antes de berrar assim.”

    Os dois se afastaram, deixando-os a sós.

    Azrael esfregou o rosto com a mão, tentando conter o turbilhão de emoções que o consumia. A raiva ainda estava lá, mas agora era temperada por algo que ele não conseguia definir. Ele respirou fundo e, pela primeira vez, permitiu que sua guarda baixasse um pouco.

    “Eu… não devia ter gritado,” disse ele, a voz mais controlada. “Você é teimosa e imprudente. Mas… eu não queria que você morresse.”

    A garota levantou vagamente o olhar. Ainda havia lágrimas, mas agora um sorriso tímido se formava.

    “Eu sabia”, ela respondeu gentilmente. “Você não é um monstro, Azrael. Nunca foi. Eu sempre soube disso.”

    Azrael sentiu um nó se formando em seu peito. Franziu o cenho, afastando aquele peso indesejado.

    “Você está errado,” disse ele, virando-se para esconder a expressão suavizada. “Eu sou um monstro, e é melhor que você nunca esqueça disso.”

    Mas, enquanto se afastava, ele percebeu que o incômodo não vinha dela, mas da verdade que ela trazia à tona: talvez ele não fosse tão monstruoso quanto queria acreditar.


    Mais tarde, no castelo, a calmaria era quase surreal. A lua derramava sua luz prateada pelos amplos corredores, refletindo no chão de mármore polido. Azrael estava sentado em uma cadeira simples, os cotovelos apoiados nos joelhos, a cabeça baixa. Por fora, estava quieto, mas por dentro, sua mente era um turbilhão de pensamentos desordenados.

    “Você vai me ignorar a noite toda ou só está se afundando em seus pensamentos de sempre?”

    A voz era suave, com um toque de provocação. Ele travou os olhos e viu Noir à sua frente, os braços cruzados e um sorriso divertido brincando nos lábios.

    “Não sabia que precisava prestar contas”, respondeu Azrael, com seu tom carregado de ironia.

    “Não precisa”, ela retrucou, aproximando-se com a familiaridade de quem conhecia cada camada de sua personalidade. “Mas é evidente que está com algo na cabeça, e como sempre, estou aqui para ouvir.”

    Azrael suspirou, relaxando levemente na cadeira. Noir tinha essa habilidade única de atravessar suas barreiras, como se conhecesse cada fissura em sua armadura emocional, na verdade, ela conhecia…

    “Você se preocupa demais,” murmurou ele, fechando os olhos por um momento.

    “E você se preocupa de menos”, respondeu Noir, o tom brincalhão disfarçando uma preocupação genuína.

    O silêncio foi instalado entre os dois, mas não era desconfortável. Noir estava ali, como sempre, a presença que Azrael sabia que poderia suportar qualquer peso que ele não conseguisse carregar.

    “Por que você não me leva mais para as batalhas?” Disse ela, inclinando a cabeça de forma inquisitiva.

    Azrael desviou o olhar por um momento antes de responder. “Desde o dia em que você quebrou… eu hesito.”

    “Você é um idiota completo”, disse Noir com um riso baixo. “Não existe ninguém capaz de me destruir, Azrael. Eu sou Tsukuyomi, lembra? Criada pelo próprio Deus Supremo. E, ainda assim, você insiste em me subestimar.”

    Ele permitiu-se um sorriso leve, quase imperceptível. “Eu não subestimo você. Mas se algo acontecesse novamente…”

    “Não vai acontecer.” Noir interrompeu, a confiança em sua voz era tão sólida quanto o aço que ela representava. “Você já me viu passar por coisas piores, e estou aqui. Sempre estarei.”

    Os dois continuaram a conversar, o ambiente ficando mais descontraído a cada troca de palavras. Noir tinha um jeito peculiar de transformar até os tópicos mais sérios em momentos de leveza, e Azrael sempre encontrava conforto em sua presença.

    Por um breve instante, o semblante dele se tornou suave.

    “Seu coração está agitado”, comentou Noir, observando-o com um olhar perspicaz. “O que está incomodando você, Azrael?”

    Ele hesitou, mas decidiu responder. “Aquela garota. Ela continua me seguindo.”

    Noir arqueou uma sobrancelha, um sorriso brincando em seus lábios. “Ah, então é isso. E o que você pretende fazer?”

    “Eu não sei mais.” Ele passou a mão pelo rosto, visivelmente exasperado. “Ela é teimosa. Não importa quantas vezes eu avise, ela simplesmente não desiste.”

    “Engraçado,” disse Noir, aproximando-se mais. “Você parece mais feliz ultimamente. Talvez ela esteja mudando você de um jeito que você nem percebe.”

    Azrael franziu o cenho. “Isso é ridículo.”

    “Será mesmo? Porque, se eu não soubesse, diria que ela é como uma filha.”

    “Ela não é minha filha”, ele respondeu rapidamente, com a voz firme. “E seria melhor se ela desaparecesse.”

    Noir o envolveu por um momento, os olhos escuros brilhando com algo que Azrael não conseguiu decifrar. “Se você diz…”

    Mas aquelas palavras, ditas com tanta verdade, iriam assombrar Azrael pelo resto de sua vida. Porque, por mais que ele negasse, as correntes do destino já estavam seladas, a verdade: ele nunca mais seria o mesmo.

    Dois dias depois, o silêncio do castelo foi quebrado por uma mensagem celestial. Uma esfera luminosa flutuante diante de Azrael, revelando a voz grave e autoritária de Zeus.

    “Azrael, eu confio a você uma missão de suma importância. O clã dos elfos negros ousou tramar contra os deuses, conspirando em segredo para desafiar nossa autoridade. Eles devem ser eliminados. Não poupe ninguém.”

    Sem questionar, Azrael apenas assentiu, seus olhos frios como a noite. Ele não sentia compaixão por aqueles que cruzavam o caminho dos deuses, mesmo que as ordens parecessem desproporcionais. Ele sabia o papel que desempenhava: era o carrasco dos céus, imparável e impiedoso.

    Azrael preparou-se rapidamente. Noir, que o observava à distância, não disse nada, apenas o olhou com um misto de curiosidade e preocupação. Quando tudo estava pronto, ele se teletransportou para o planeta dos elfos negros, deixando apenas o vazio no lugar onde estivera.

    No alto da atmosfera do planeta, Azrael flutuou, observando o vasto território abaixo. Ele fechou os olhos por um momento, concentrando-se, e então começou a canalizar sua magia das trevas.

    Uma energia densa e pulsante emanava dele, espalhando-se em ondas pelo planeta. A magia, sombria e implacável, devastava tudo em seu caminho com resultados imediatos. Florestas queimaram em silêncio, vilarejos desapareceram em explosões de sombras, e qualquer forma de resistência foi esmagada antes mesmo de ter a chance de reagir.

    Os poucos que sobreviveram à devastação inicial logo foram eliminados por outra face do poder de Azrael. Ele estendeu a mão e um brilho radiante nasceu do céu acima. Magia de luz condensou-se em centenas de lanças luminosas, que desceram com força implacável. Cada uma atingia seu alvo com perfeição, atravessando guerreiros, magos e até mesmo civis que tentavam se esconder.

    Quando a última chama de vida no campo foi extinta, o planeta parecia desolado, um campo silencioso de morte e destruição. Azrael desceu ao solo, caminhou lentamente entre os destroços e corpos espalhados.

    O cheiro de cinzas e magia impregna o ar. Ele vasculhou o terreno meticulosamente, verificando cada canto, cada sombra, para confirmar que nenhum sobrevivente havia escapado.

    Azrael ficou parado por um instante, seu olhar perdido no horizonte devastado. A voz que o atormentava, aquela que ele aprendeu a ignorar, sussurrou novamente: “Monstro.” Mas algo em seu peito, algo que ele não queria admitir, parecia muito mais pesado agora. Ele balançou a cabeça, afastando a ideia com um suspiro.

    Foi então que ele sentiu uma aura fraca, quase imperceptível, algo que não estava presente antes, mas que agora o atraía com uma força inexplicável. Ele parou de imediato, seus sentidos aguçados tentando localizar a origem dessa energia. No fundo, ele sabia o que era. Ele imaginou que fosse um sobrevivente, alguém lutando para permanecer vivo após a carnificina que ele havia causado. Mas quando reconheceu a aura, o chão pareceu desabar sob seus pés.

    Sua cabeça girou, e ele se sentou abruptamente no chão, seus olhos se fixaram no vazio diante de si. O peso daquilo era insuportável, mas ele não tinha escolha a não ser seguido adiante. Não era hora para fraqueza.

    Ele voou o mais rápido que pôde, atravessando o céu com velocidade implacável. Desceu até o local da aura fraca e encontrou o corpo no chão, respirando de forma pesada, o ferimento no estômago exalando a promessa de uma morte iminente. Ele sentiu o vazio no peito, a dor indescritível de ver o fim de algo que ele não havia conseguido proteger.

    O rosto da garota, apesar da dor, exibe uma expressão de carinho. Seus olhos, apesar de nublados, ainda eram fixos nele, com a mesma devoção silenciosa de sempre.

    ” Lyria.”

    Azrael se ajoelhou ao seu lado, o peso do mundo sobre seus ombros.

    “O que você está fazendo aqui?” Sua voz soou dura, fria, mas seu interior estava em pequenos fragmentos.

    Lyria tentou se mover, suas mãos buscando algo em seu bolso, mas Azrael a impediu, segurando suavemente seu pulso. Ele pegou o papel que ela tentou tirar e examinar. Era um mapa. Um mapa de localização, escrito de forma apressada e ilegível em alguns pontos. Mas Azrael não precisou de mais para entender. Ela havia chegado mais cedo, como sempre fazia, esperando por ele.

    E ali estava: o selo da Aliança, o grupo terrorista que, mais uma vez, tentava destruir tudo ao seu redor. Ela estava no local, como sempre esteve — ao lado dele, mesmo nas situações mais impensáveis, sempre acreditando nele, mesmo quando ele não acreditava mais em si. E agora ela estava morrendo por isso.

    A dor em seu peito se transformou em uma sensação de desolação pura. Ele sentiu o vazio de tudo que perdeu, de tudo que ele não poderia mais proteger. Ele falhou.

    Azrael se ajoelhou ao lado de Lyria, seus dedos tocando seu rosto pálido. Com um movimento, ele começou a canalizar sua magia, tentando prolongar o tempo, tentando fazer o impossível. Ele não queria aceitar. Não queria ver a vida dela se apagar diante de seus olhos. Mas Azrael sabia, e não poderia mentir para si. Lyria estava prestes a morrer.

    “Você não vai sobreviver”, ele disse, em voz fria e distante. “Você tem apenas alguns minutos de vida.”

    Lyria o observou, um sorriso fraco, mas sincero. Mesmo com a dor que a consumia, ela tentou falar. Seu sangue escapou de sua boca, mas ela se esforçou. Ela entregou-lhe o livro que ele conhecia tão bem — o livro que ela sempre carregava consigo.

    “Eu… agradeço…” ela começou, sua voz rouca e cheia de sofrimento, mas ainda assim ela se forçou. “Agradeço por estar… por estar comigo.”

    Azrael engoliu em seco, sentindo uma dor profunda em seu peito. “Eu quem deveria agradecer,” ele respondeu, a sinceridade em suas palavras inesperadas. Ela havia estado ao seu lado, sempre. Mesmo quando ele a ameaçou. Mesmo quando ele não mereceu.

    Com um suspiro profundo, Azrael abriu o livro, indo direto até a última página, a garota moveu o dedo até a última linha, indicando o que queria mostrar. Seus olhos correram pelas palavras que ela escreveu, e seu coração se quebrou ao ler:

    “Para o maior de todos os demônios, aquele que um dia vai governar. Para o homem que admiro, para a pessoa que me inspira, para o meu salvador e amado príncipe. Azrael.”

    As palavras dela, soaram como um golpe direto em seu coração. Ele fechou os olhos, a emoção esmagadora o consumindo. Ela acreditava nele. Mesmo quando ele não acreditava mais em si.

    Azrael não conseguiu mais. As lágrimas começaram a cair, silenciosas e incontroláveis, rasgando sua compostura. Ele se permitiria mostrar suas fraquezas, mas diante dela, Azrael não poderia mais lutar contra a onda de dor e lamentar. O peso de tudo, a morte, a destruição, a culpa de não ter sido o que ela acreditava — tudo isso o esmagava.

    Lyria sincera, fraca, mas sincera, sorriu em seus últimos momentos. “Obrigado… por… acreditar… em mim…” Sua voz foi sussurrada, como um suspiro final.

    Azrael se inclinou, abraçando-a com toda a força que ainda lhe restava. Ele sussurrou em seu ouvido, suas palavras uma mistura de dor e reclamações. “Me perdoe. Falhei com você… Mas, prometo que um dia vou me tornar o governante que você esperava… Prometo que vou mudar os demônios e transformar o mundo demoníaco em um lugar melhor…”

    Ela então demonstrou, o sorriso mais gentil e sereno que ele já viu, antes de fechar os olhos. Seu corpo ficou pesado em seus braços, e ele sentiu seu coração parar de bater, sentiu o último suspiro se dissipar no ar.

    Azrael sentiu como se o mundo tivesse parado de girar. Ele havia perdido mais uma pessoa, mais uma alma que acreditava nele. Azrael nunca teria o que Lyria tinha lhe dado: fé.

    Mas, em seus últimos momentos, Azrael deu algo que ela merecia: sua sinceridade. Ele nunca imaginou que essas palavras seriam as últimas que diria para alguém como ela. Mas o que poderia ter sido um futuro juntos… acabou.

    E enquanto o peso da morte e da perda afundava seu ser, Azrael ficou ali, em silêncio, ao lado do corpo de Lyria, enquanto o mundo ao redor se tornava uma lembrança sombria de tudo o que ele havia destruído.

      Azrael segurava o corpo sem vida de Lyria em seus braços enquanto se erguia no céu. O horizonte devastado do planeta dos elfos negros desaparecia atrás dele, mas nada importava agora. Ele atravessou os planos com sua magia, carregando não apenas o corpo dela, mas também o peso de sua falha. 

      Azrael atravessou o portal para o mundo demoníaco, o corpo sem vida de Lyria repousando em seus braços. A escuridão do ambiente parecia engolir o brilho que ela carregava na vida. Ele andava sem pressa, passos firmes, sem traço de emoção no rosto.

    Naara o aguardava na entrada do palácio. Ao vê-lo, seu olhar se fixou no corpo da garota, nos braços dele, e sua expressão se intensificou. Ela deu alguns passos cambaleantes, suas mãos tremendas.

    “Azrael… o que aconteceu?” Sua voz mal saiu, sufocada pela incredulidade.

    Ele parou diante dela, seu olhar vazio. “Eu a matei.”

    As palavras eram tão frias e imparciais que cortavam Naara como uma lâmina. Ela recuou, como se tivesse sido atingida, e caiu de joelhos. Lágrimas escorriam pelo rosto dela, enquanto olhava para Lyria, mas Azrael não desviou o olhar.

    “Porquê?” Naara sussurrou, a voz fraca, mal conseguindo formar as palavras.

    Azrael a encarou, sua voz gélida como uma sentença final. “Não adiante uma explicação elaborada. Ela morreu e, mais uma vez, sou o responsável.”

    Sem esperar por resposta, ele passou por ela, cada passo ecoando como um lembrete cruel do que ele acabara de perder — e do que ela se tornaria.

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