Índice de Capítulo

    Quando Eriel abriu os olhos, sentiu o toque macio do edredom de plumas que a envolvia. Sua mente demorou alguns segundos para refletir sobre o ambiente ao seu redor. O quarto era grandioso, irradiando uma aura de elegância e conforto. As paredes estavam adornadas com papel de parede floral em tons pastéis, harmonizando-se com os móveis de madeira escura, robustos e habilmente entalhados. Ao lado da cama, uma mesa de cabeceira de mogno exibia um abajur de cristal, que lançava uma luz suave, criando sombras delicadas no ambiente.

    A cama em que estava deitada parecia enorme, acolhedora demais para que qualquer preocupação penetrasse naquele espaço. Mas o peso dos eventos recentes logo trouxe a realidade à tona. Ela olhou ao redor, tentando se situar e lembrar o que havia acontecido antes de desmaiar. Foi então que notou Azrael. Ele estava sentado em uma cadeira próxima à cama, com os cotovelos apoiados nos joelhos e os olhos fixos nela. Sua expressão era sombria, com toques de preocupação e algo mais que Eriel não conseguiu decifrar de imediato.

    “O que aconteceu depois…?”, sua voz soou mais fraca do que gostaria, mas carregava a urgência de quem realmente entendeu o que havia acontecido.

    Azrael suspirou, abaixando a cabeça por um momento, antes de responder com pesar: “Seus poderes saíram de controle, Eriel. Eu não tive escolha… Precisei nocauteá-la para evitar que se machucasse ou pior…” Sua voz carregava uma culpa que ele claramente tentava esconder.

    Eriel o observava em silêncio, enquanto ele desviava o olhar para a janela, deixando a luz do iluminar parcialmente seu rosto marcado pelo cansaço.

    “Depois que você perdeu a consciência, precisei agir rapidamente. Ares estava lá… Não para lutar, mas para revelar sua identidade e declarar guerra. Ele deixou claro que, se tentássemos enfrentá-lo, sua mãe pagaria com a vida.”

    Ela sentiu um aperto no peito ao ouvir aquelas palavras. “Então você o deixou ir?”, perguntou, com uma mistura de compreensão e angústia.

    “Sim, eu o deixei ir”, confirmou Azrael, sem hesitação, mas com uma amargura evidente em seu tom.

    Eriel sabia que aquela decisão tinha sido difícil para ele. Mesmo sem compreender completamente a magnitude do poder de Ares, poderia imaginar o peso que recai sobre Azrael ao escolher entre confrontar um deus ou proteger vidas inocentes. Ela concordou, grata por ele ter pensado na segurança de sua mãe. “Obrigado, Azrael. Sei que não foi uma escolha fácil.”

    Ele levantou os olhos para ela, surpreso com sua gratidão, mas logo desviou o olhar novamente, como se quisesse evitar qualquer demonstração de vulnerabilidade.

    “Agora, precisamos nos preparar. Tenho um plano a longo prazo”, disse Azrael, com um tom que misturava determinação e cansaço.

    Eriel sentiu um fio de esperança em suas palavras. “Fico feliz em saber. Confio em você.”

    Azrael fez um leve aceno com a cabeça, como se aceitasse a responsabilidade daquela confiança. Então, após alguns segundos de silêncio, ele declarou com firmeza: “Na verdade, decidi que preciso deixar a facção. Vou viajar pelo universo para recuperar meus poderes.”

    As palavras a pegaram de surpresa. “Deixar a facção? Recuperar seus poderes?”, ela perguntou, confusa.

    Azrael explicou: “Quando fui selado no passado, perdi a maior parte das habilidades que havia copiado. Se quero estar pronto para o que está por vir, preciso recuperá-las.”

    Eriel percebeu que ele havia pensado muito nessa decisão. Seus olhos brilhavam com a certeza de quem sabia exatamente o que precisava fazer.

    “Meu primeiro destino será o mundo demoníaco”, continuou ele. “Há problemas causados ​​pelos nobres de lá que precisam ser resolvidos antes que eu comece minha busca pelos poderes perdidos.”

    “E quanto tempo isso vai levar?”, Eriel perguntou, preocupado com a resposta.

    Azrael suspirou, como se carregasse o peso de uma eternidade em seus ombros. “Não sei… Pode demorar mais do que eu gostaria.”

    O silêncio durou por alguns instantes, até que Eriel, com determinação renovada, perguntou: “Eu poderia ir com você?”

    Azrael a encarou, surpreso. “Tem certeza disso? Você ocupa uma posição importante na Facção Humana. Se sair agora, você terá que renunciar ao seu posto.”

    Ela ponderou, mas sua decisão parecia clara. “Essa jornada pode me ajudar a crescer?”, perguntou, mais para confirmar o que já sabia.

    “Sem dúvida. As experiências serão valiosas para o seu crescimento”, respondeu ele.

    Mas Eriel viu algo na expressão de Azrael, uma sombra que ele tentou disfarçar. “Seu objetivo não é apenas recuperar seus poderes, não é?”

    Ele hesitou por um momento antes de confirmar: “Não. Além disso, preciso despertar o aliado mais forte que existe. Um ser com a habilidade perfeita para enfrentar um deus. Alguém que seja mais poderoso do que eu no meu estado atual… e que, talvez, seja a única pessoa capaz de me dissuadir, se necessário.”

    “E quem é essa pessoa?”, Eriel perguntou, sentindo um arrepio percorrer sua espinha.

    Azrael permaneceu em silêncio por alguns segundos antes de responder: “A pessoa mais poderosa que está nesta mansão. O usuário da magia mais forte existente. Está dormindo, enquanto seu corpo é consumido por um veneno mortal.”

    As palavras a atingiram como um choque. “Quem…?”, começou a perguntar, mas Azrael a interrompeu, como se antecipasse sua dúvida.

    “Minha irmã, Mana. Ela possui a habilidade ‘mana infinita’. Mas está adornada, envenenada, e só poderá despertar com os materiais certos. É por isso que preciso de tempo para reunir o necessário para curá-la.”

    Azrael parecia perdido em seus pensamentos, mas sua determinação era clara.

    O ser com a habilidade de “mana infinita” era uma ameaça para os deuses, explicou Azrael com um tom grave. “O que torna Mana tão poderosa é o fato de ela ser o primeiro a acessar os ‘Registros Akáshicos’.”

    Eriel inclinou a cabeça, uma curiosidade evidente em sua expressão. “Então Mana possui conhecimento absoluto?”, perguntou.

    Azrael concordou, seu olhar pensativo. “Sim, ela pode acessar o conhecimento infinito com precisão. Você também possui essa habilidade, Eriel, mas não consegue acessá-la devido às suas limitações atuais. Esse nível de poder requer algo que você ainda não está pronta para alcançar.”

    Eriel ficou em silêncio, tentando compreender a profundidade do que ele dizia. A ideia de possuir um conhecimento ilimitado, era fascinante e aterrador ao mesmo tempo. Como seria ter acesso a toda a informação do universo? Seria um fardo insuportável ou uma liberdade absoluta?

    Azrael parecia compartilhar esses pensamentos. “Mas esse poder vem com um preço alto. O despertar de Mana pode trazer consequências indesejadas. Além disso, para realizarmos o ritual, precisaremos de uma grande quantidade de materiais raros e difíceis de encontrar. Não será uma tarefa fácil”, completou.

    Eriel sabia que o caminho seria árduo, mas sentiu que ajudaria Azrael. “Vamos fazer o que for necessário”, declarou com firmeza.

    Azrael demonstrou gratidão nos olhos. “Obrigado”, disse ele, sua voz sincera.

    Após um breve silêncio, Eriel perguntou: “Azrael, como Mana acabou em um estado de dormência?”

    Azrael suspirou, como se a memória fosse um fardo que carregava há muito tempo. “Durante uma batalha mortal contra um ser mitológico, ela foi gravemente ferida. Um veneno mortal entrou em seu corpo, e, para mantê-la viva, precisaram colocá-la em um estado de sono profundo. Desde então, buscamos uma cura. Agora, acredito que, com a ajuda de todos, finalmente poderemos despertá-la.”

    Um misto de empatia e determinação tomou conta de Eriel. Ela não conseguia imaginar a dor de enfrentar algo assim, mas estava decidida a ajudar no que fosse necessário. “Vamos encontrar os materiais e despertar Mana”, disse ela.

    Azrael sorriu para ela, um sorriso pequeno, mas cheio de esperança. “Eu sabia que poderia contar com você.”

    Por um instante, seu olhar tornou-se distante. Sua expressão era difícil de interpretar, mas Eriel sabia o que se passava em sua mente. Graças ao treinamento com Samael, conseguiu observar fragmentos do passado, e parecia que Azrael estava preso em suas lembranças.

    A mesma expressão de olhos vazios e pesar já havia surgido antes. Ela se lembrou das histórias sobre como ele segurava o corpo de uma antiga companheira enquanto ela morria em seus braços.

    Essas memórias são apenas vivas naquele momento, moldando seus pensamentos. Ele evitou olhar diretamente para Eriel, talvez por ver nos traços dela a imagem daquela que perdeu.

    Havia uma sombra em seu coração, um peso que parecia grande demais para carregar sozinho.

    “Quando partiremos?”, Eriel perguntou, quebrando o silêncio.

    Azrael levantou lentamente, caminhando em direção à porta. Sem olhar para ela, respondeu: “Em uma semana.” Ele hesitou por um momento antes de continuar: “Mas, antes disso, gostaria de te convidar para sair. Tenho alguns materiais para comprar para a viagem, e pensei que talvez você pudesse me acompanhar, se não se importar.”

    Eriel sorriu, tentando aliviar o clima. “Claro! Será um prazer.”

    Azrael deixou o quarto sem demora, fechando a porta atrás de si.

    Foi então que, ao olhar ao redor, Eriel percebeu algo que não havia notado antes. O ambiente era diferente do quarto dela na mansão. Sobre uma estante, havia alguns livros e fotos que chamaram sua atenção.

    Ela se moveu, analisando os detalhes com cuidado. As fotos mostravam Azrael com as garotas da mansão, outras com o irmão e a mãe de Eriel. Foi então que ela notou: aquele era o quarto de Azrael.

    Eriel suspirou profundamente, sentindo-se um pouco desconfortável por estar ali sem perceber antes. Decidida, começou a se preparar para sair, já pensando nos próximos passos que viriam pela frente.

    Azrael

    Após sair de seu quarto, Azrael caminhou na direção do escritório. Ao chegar, viu Naara de pé perto da janela, observando o mundo além da mansão, enquanto Zenith permanecia sentada, com os olhos fechados e expressão serena.

    O primeiro a notar sua chegada foi Ex, que o cumprimentou em silêncio enquanto Azrael atravessava a sala e tomava assento na cadeira principal. Ele lançou um olhar para os demais presentes: Samael e Belial, compartilhando dos lanches servidos, aparentemente descontraídos.

    “Podemos começar?”, disse Azrael, com sua voz firme, mas calma.

    Os que estavam de pé se acomodaram rapidamente, focando toda a atenção nele.

    “Belial, quero que você assuma o posto de rei.”

    Belial suspirou, claramente desanimado com o pedido. “Sabia que minha folga não iria durar muito tempo”, respondeu ele, com um sorriso cansado. “Lembre-se, meu filho, você é o atual rei. Estarei apenas assumindo até que volte ao seu posto.”

    Azrael concordou, compreendendo a resistência de Belial, mas sabia que essa decisão era necessária. Não tinha intenção de negligenciar suas responsabilidades como rei, mas havia assuntos urgentes que precisavam de sua atenção antes de retornar ao trono.

    “Samael, você continuará no mundo demoníaco?”, perguntou, voltando seu olhar para ela.

    “Você parece ter alguns planos, não é?”, comentou Samael, um sorriso leve brincando em seus lábios.

    Azrael retribuiu o sorriso, confirmando o quanto ela o conhecia bem. “Sim. Quero partir em uma viagem pelo universo para recuperar minha força.”

    Samael sorriu de forma animada, como se aquela ideia trouxesse lembranças. “Como na nossa primeira viagem… lembro-me bem. Foram tempos interessantes.”

    Azrael permitiu-se uma breve nostalgia. Em sua primeira jornada de treinamento com Samael, ele havia melhorado seu corpo e espírito, tornando-os compatíveis com o imenso poder que possuía. Cada planeta era um desafio único, e Samael sempre insistia em apresentar novas armas e formas de combate. Mal se adaptou a uma técnica, e já foi levada a outro mundo para recomeçar o aprendizado.

    “Queria pedir que nos acompanhe nessa viagem. Poderia fazer isso?”, perguntou Azrael, seu tom agora mais direto.

    Samael inclinou a cabeça, intrigada. “Nossa viagem?”, repetiu ela, com uma ponta de curiosidade.

    “Sim. Eu e Eriel vamos juntos…”

    Azrael notou um sorriso sutil aparecer no rosto de Samael, e Belial o acompanhou, com um brilho divertido nos olhos.

    “Entendi… bom, não gostaria de ser um acompanhante para um jovem casal em desenvolvimento”, brincou Belial, sua voz carregada de provocação.

    A sala inteira foi preenchida por sorrisos e risos contidos diante do comentário.

    “Não é isso—”, tentou explicar, mas Samael o interrompeu, divertindo-se com a situação.

    “Não é? Bom, não tenho intenção de me envolver na vida privada do meu aprendizado, mas não posso negar que é exatamente o que parece.”

    Azrael suspirou, sentindo o peso da situação, imaginando que Samael negaria seu pedido.

    “Porém,” continua ela, surpreendendo-o, “farei o favor de acompanhá-los. Claro, preciso resolver alguns assuntos com Lúcifer antes.”

    “Você tem uma semana”, disse Azrael, direto.

    Samael não pareceu surpresa com o prazo dado. “Mais que o suficiente. Partiremos em uma semana, então.”

    Com esse assunto resolvido, Azrael voltou sua atenção ao próximo ponto. “Bom, Nain não está aqui devido aos deveres em seu território, presumo.”

    “Sim”, confirmou Zenith.

    Azrael suspirou, observando tanto Zenith quanto Naara. “Já deve imaginar o motivo de não levá-las, certo?”

    Ambos concordaram, compreendendo sem que ele precisasse se alongar.

    “Tenho assuntos a resolver no meu território”, respondeu Zenith. “Passei alguns anos aqui na Terra, então devo retornar e garantir que tudo está em ordem.”

    O território de Zenith era o campo de treinamento dos arqueiros da facção demoníaca. Ela sabia que seus subordinados não conseguiram superar o treinamento, pois enfrentariam adversários extremamente poderosos, onde flechas comuns jamais seriam suficientes.

    Naara manteve o silêncio, mas sua postura indicava que também estava ciente de suas responsabilidades. Azrael sentiu-se aliviado por todos entenderem sua decisão, ainda que soubesse que desafios maiores os aguardavam.

    Azrael se recostou em sua cadeira após expor seus planos iniciais, voltando sua atenção para os outros assuntos a serem considerados.

    “Falei com Ethan sobre as armas e munição. Quando partirmos, você receberá tudo, Zenith. Lembre-se de ensinar seus arqueiros a usá-los corretamente.”

    Zenith assentiu, compreendendo a importância daquela instrução. Apesar de flechas e armas comuns não serem eficazes contra inimigos extremamente poderosos, quando imbuídas com magia, podem causar danos consideráveis.

    “Como deseja”, respondeu ela, com tranquilidade.

    Azrael então voltou-se para Naara, cujo caso era mais complexo.

    “Naara, você já tem um plano para retomar o controle de sua região?”, questionou, fixando o olhar sobre ela.

    A região de Naara ainda segue as leis do mais forte, uma escolha de sua parte. Contudo, seu desaparecimento no passado desencadeou uma rebelião liderada por membros. Embora Naara não parecesse se importar, permitindo que a revolta ocorresse, Azrael sabia que a instabilidade não poderia persistir, especialmente com Belial assumindo o trono temporariamente.

    “Não se preocupe. Já estou ciente do que está acontecendo em meu território. Preciso apenas lembrar a todos quem é o mais forte. Isso será suficiente”, respondeu Naara com indiferença, como se não considerasse o problema digno de esforço.

    Azrael estreitou os olhos, sua expressão se tornou séria. “Estou contando com você, Naara. No entanto, saiba que, se algo sair do controle em seu território, eu não hesitarei em exterminar até o último ser vivo.”

    O tom de Azrael foi cortante, uma clara demonstração de que ele não estava disposto a brincar com aquela situação.

    “Não se preocupe”, respondeu Naara, mantendo a calma. “Se isso acontecer, eu mesmo matarei todos os responsáveis ​​e aceitarei meu castigo. Mas isso não será necessário.”

    “Os nobres que estão controlando seu território das sombras—”, começou Azrael, mas foi interrompido por Naara.

    “Em três dias, todos serão mortos”, afirmou ela, com uma confiança inabalável.

    Azrael confiou em Naara para resolver a situação, mas sabia que a responsabilidade pelo caos que se instalou não era totalmente dela. O fato de ela ter sido aprisionada em um quarto durante anos havia enfraquecido seu domínio.

    “Belial, peço que, se algo acontecer comigo, você não trancafie Naara novamente.”

    “Eh? O papai trancou Naara?”, perguntou Ex, surpreso com a revelação. “Bem que achei estranho o território de Naara estar um caos. Normalmente, os nobres têm medo dela”, comentou Ex, curioso.

    “Bom, todos os nobres se uniram para pedir que Naara fosse presa em algum lugar”, explicou Belial. “Sem o Azrael por perto, é difícil controlá-la.”

    Azrael suspirou. Eles não estavam errados. Embora Naara parecesse uma jovem comum, sua verdadeira natureza era extremamente perigosa, capaz de eliminar qualquer um de quem não gostasse. Ele não poderia culpar Belial pelas ações do passado.

    “Mudando de assunto. Tenho alguém que gostaria de apresentar formalmente”, disse Azrael, mudando o foco da conversa.

    De sua sombra, uma figura surgiu. Uma jovem de aparência cativante, com um rosto belo e um corpo atraente, apareceu diante de todos, exalando uma presença esmagadora que fez o ambiente ficar em silêncio absoluto.

    A jovem sorriu ao notar os olhares de surpresa e abraçou Azrael por trás, observando os outros na sala com curiosidade.

    “Essa é Leviatã. Suponho que não preciso dizer mais nada.”

    Todos na sala imediatamente lembraram quem ela era. Leviatã, a rainha dos demônios, governava um território habitado por demônios poderosos, alguns até comparáveis ​​aos nobres do reino de Azrael. Além disso, sua história foi contada: o primeiro híbrido entre anjo e demônio, o primeiro ser capaz de manipular luz e escuridão com maestria.

    Os feitos de Leviatã eram inquestionáveis. Ela havia derrotado um deus que tentou invadir seu território e até desafiado as ordens de Zeus no passado. Como um dos poucos seres da segunda geração com poder que rivalizava ao da primeira, sua presença ali era tanto uma surpresa quanto um mau presságio.

    “Se Leviatã está com você, posso supor que era ela quem estava…”, começou Samael, intrigada.

    “Sim. Ela estava selada no planeta mortal”, confirmou Azrael.

    Mesmo Samael pareceu surpresa com essa revelação. O aprisionamento de Leviatã havia sido um segredo controlado a sete chaves pelos deuses.

    “Ela me acompanhará em nossa viagem e fornecerá suporte a partir de agora”, anunciou Azrael.

    “Não tenho nada a reclamar. Leviatã é realmente competente”, comentou Samael, satisfeito.

    Então, Belial, corto silêncio com uma pergunta provocadora: “E quanto à sua noiva? O que você pretende fazer?”

    O casamento entre Azrael, o rei dos demônios, e a princesa dos vampiros havia sido uma jogada política, criada para conter certos problemas. Agora que a situação estava sob controle, o acordo não fazia mais sentido.

    “Tenho a intenção de romper nosso noivo”, declarou Azrael com firmeza, encerrando o assunto de forma definitiva.

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