Capítulo 1: Jacinto Roxo (Parte I)
Eleanor Lykaios
Eleanor sentia como se estivesse trancada em uma prisão invisível, onde o carcereiro era o homem que ela uma vez amou. A cada passo pela calçada, o ar parecia mais denso, o peso da decisão que tomaria ao final daquele dia quase insuportável. Hoje seria o dia. Ela iria decidir se iria terminar com Arthur, ou lhe dar outra chance.
Quando se conheceram, ele era um sopro de ar fresco em sua vida. Arthur tinha aquele sorriso fácil, os gestos afetuosos, os presentes inesperados que a faziam sentir-se a mulher mais especial do mundo. Mas as rachaduras começaram a aparecer cedo demais. Pequenos questionamentos disfarçados de preocupação logo evoluíram para ciúmes sufocantes. A convivência com Alexandro, seu amigo de infância, era o gatilho perfeito para as crises dele.
Alex sempre esteve ao seu lado, como um porto seguro. Ele era o equilíbrio que Eleanor precisava quando o mundo parecia desabar. Mas, para Arthur, Alexandro era uma ameaça, um intruso em seu território.
O ciúme se transformou em algo mais sombrio no mês passado. Arthur perdeu o controle e, pela primeira vez, ergueu a mão contra ela. O tapa a deixou atordoada, mas o pedido de desculpas no dia seguinte foi quase convincente demais. Ele chorou, implorou, prometeu. E, relutante, Eleanor lhe deu mais uma chance.
Agora, semanas depois, as promessas de Arthur eram nada além de palavras vazias. A segunda vez não foi apenas um tapa. Os dedos dele haviam deixado marcas profundas em seus pulsos. O lábio partido e o olho roxo eram lembranças vívidas do último ataque. Mesmo cobertas por camadas de maquiagem, as marcas internas eram impossíveis de esconder.
Eleanor sentia uma mistura de emoções que a dilacerava por dentro: Raiva…. raiva por ter permitido que ele a machucasse de novo. Vergonha……. vergonha por sentir-se fraca ao ponto de hesitar em deixá-lo. Medo…… medo de que ele pudesse fazer algo pior quando ela finalmente rompesse.
Enquanto sua mente girava em círculos, perdida nessas emoções conflitantes, ela percebeu que havia se desviado do caminho de casa. Os arredores eram estranhos, e uma sensação de desorientação tomou conta. Olhou ao redor e viu-se diante de uma loja com uma vitrine repleta de plantas.
Pensando tratar-se de uma loja de decoração, Eleanor entrou, esperando poder pedir informações sobre como voltar à estação mais próxima.
O interior da loja era surpreendente, quase como uma viagem no tempo. A fachada simples contrastava com o mundo delicado e antigo que seus olhos captavam. Luzes difusas atravessavam um vitral colorido, criando um espetáculo de cores que dançava nas folhas das plantas. O cheiro de terra úmida e flores frescas preenchia o ar, trazendo uma sensação de calma que parecia impossível segundos antes.
Eleanor caminhou lentamente, os olhos capturando cada detalhe. As plantas estavam dispostas com um cuidado quase reverencial, desde pequenas suculentas até árvores em miniatura. Era como se ela tivesse entrado em um jardim secreto, longe de todo o tumulto do mundo exterior.
— Gostou da minha floricultura?
A voz repentina quebrou o encanto, fazendo Eleanor dar um pequeno salto. Virou-se rapidamente, seu coração batendo acelerado, e viu uma figura sentada ao fundo, em uma mesa redonda. A mulher era de uma beleza serena, quase hipnótica. Seus olhos brilhavam com uma intensidade que Eleanor não conseguia definir. Havia algo nela que exalava um tipo peculiar de autoridade e mistério.
Sobre a mesa, um bule de chá verde com bordas douradas repousava ao lado de duas xícaras delicadamente trabalhadas. A mulher mexia o chá com movimentos metódicos, como se o simples ato de adoçá-lo fosse um ritual.
— Espera… você disse floricultura?
Então não era uma loja de decoração?
Mesmo assim, Eleanor não podia negar que o local era encantador, quase mágico. A jovem sorriu levemente, o tipo de sorriso que parecia saber mais do que deixava transparecer.
— Sim, floricultura. Bem-vinda. Sou Ren. E você, quem é?
Eleanor hesitou. Algo naquela mulher e naquele lugar a fazia sentir-se estranhamente exposta, como se Ren pudesse ver além de suas palavras, diretamente em sua alma.
— Gostaria de tomar uma xícara de chá comigo e comer alguns biscoitos?
Eleanor piscou, surpresa com o convite inesperado.
— Ah?! Eu não posso, estou com pressa hoje, talvez outro dia. Eu entrei porque me confundi.
Ela quase riu de si mesma. Quem admitia algo tão tolo? Sentiu como se tivesse levado um tapa mental. O cartaz lá fora parecia zombar dela, como se tivesse vida própria.
— Falando nisso, eu nunca estive nesta parte da cidade. Poderia me informar como chegar à Estação Oeste?
Ren inclinou ligeiramente a cabeça, analisando-a com aqueles olhos enigmáticos.
— Você acha que está perdida.
A pergunta soou estranha.
— Bem… sim.
É claro que estava perdida — por que mais estaria perguntando, se fosse o contrário?
— Eu vou escrever o caminho em um papel, mas, primeiro, deixe-me terminar meu chá. Tem certeza de que não quer me acompanhar?
Eleanor abriu a boca para recusar novamente, mas seu estômago roncou em protesto. Corando de vergonha, ela percebeu que havia saído de casa às pressas para evitar Arthur e passou o resto da manhã imersa em pensamentos, sem sequer ingerir algum alimento.
Relutante, assentiu e se sentou à mesa. Só então percebeu como a mulher era peculiar.
Ren usava uma saia longa marrom com um espartilho que acentua sua cintura. Por cima, uma blusa branca de mangas longas com um laço delicado no peito. As botas de cano alto pretas completam o visual, junto com um pequeno chapéu que parecia saído de outra era. Seu cabelo preto possuía mechas verdes, e seus olhos, na mesma tonalidade, tinham algo inexplicavelmente hipnótico. Uma aura quase sobrenatural parecia envolvê-la.
Sentando-se ao lado direito da mulher, Eleanor tentou puxar assunto para aliviar a tensão:
— Então… você trabalha aqui?
Imediatamente, se repreendeu. — Que pergunta idiota! Era óbvio que sim. Por que, mas ela estaria ali?
Ren apenas riu suavemente, como se compreendesse sua inquietação. — Sou a proprietária da Lótus Azul.
— É um nome muito bonito para uma floricultura.
— Obrigada, senhorita…?
— Eleanor, mas meus amigos me chamam de Elen.
— Prazer em conhecê-la, Elen.
— Igualmente, Ren.
Ambas abriram um sorriso pela informalidade ao qual se referem uma à outra, apesar de terem acabado de se conhecer.
— Aqui, pegue alguns biscoitos. Assei demais hoje. E tome uma xícara. Chá de jasmim sempre acalma a mente.
Parecia que Ren podia ler seus pensamentos. Acalmar a mente era exatamente o que Eleanor precisava naquele dia. Pegou um biscoito e tomou um gole do chá. Ambos eram deliciosos. Apesar da excentricidade por parte da proprietária, era evidente que ela tinha talento.
— O amor é misterioso, você não acha, Elen?
A pergunta a pegou de surpresa, fazendo-a engasgar com o biscoito. Rapidamente, tomou um gole de chá para se recompor.
— Desculpe, o que perguntou?
— Se você não acha o amor misterioso.
— Eu… não sei… Acho que o amor é doloroso. Uma ilusão.
Ren arqueou uma sobrancelha, curiosa. — Por que diz isso?
— Não sou ingênua. Sei que o amor não é como nos contos de fadas. Mas… eu imaginava que, se alguém realmente amasse outra pessoa, não a machucaria. Ou… eu achava que nunca seria a pessoa ferida. Por isso foi uma ilusão.
— Entendo, o amor não foi gentil com você. — a voz de Ren carregava uma nota de compreensão, como se pudesse sentir o peso das palavras de Eleanor.
— Por que você acha que ele é um mistério?
Eleanor tentou mudar de assunto. Não queria falar sobre Arthur, pelo menos não naquele momento. Ren pareceu entender a deixa, aceitando a mudança sem insistir.
— Porque, às vezes, por mais doloroso que seja, ainda nos agarramos a esse sentimento. Seja por conta da nostalgia ou pela esperança de um amanhã melhor.
Elen observava Ren enquanto ela falava. A mulher tinha um jeito único de ver a vida, uma leveza que parecia desafiar as adversidades. Será que ela está certa? Eleanor pensou, sem querer, permitindo-se refletir sobre Arthur. Talvez ela devesse dar outra chance a ele. Mas logo o pensamento foi abafado pela vergonha. Como poderia expor a alguém como Ren os detalhes do desastre que era sua relação?
— …nor… Eleanor.
Ela voltou à realidade com um pequeno sobressalto. Ren a chamava, com um sorriso suave nos lábios.
— Oi, desculpe, estava distraída. O que você dizia?
— Eu estava perguntando se você poderia me ajudar com algo rapidinho. Agora que já terminamos o lanche.
Eleanor olhou para a mesa e percebeu que sua xícara estava vazia, pior havia comido quase todos os biscoitos. Um leve rubor subiu em suas bochechas.
— Claro que posso. É o mínimo que posso fazer depois de ocupar seu tempo de descanso.
Ren se levantou e a conduziu para o lado esquerdo da loja. Eleanor reparou em uma fileira de vasos organizados cuidadosamente. As plantas eram altas e tinham uma aparência peculiar, como pequenos tentáculos que se esticavam em direções diferentes.
— São muito fofas. — elogiou, sem esconder o fascínio.
— Não são? — respondeu com um sorriso orgulhoso, antes de sair por um instante e voltar com dois regadores nas mãos. — Aqui, a tarefa é simples, só preciso de ajuda para regá-las.
— Tem certeza de que só precisa disso? Digo, ocupei seu tempo e ainda comi sem ser convidada.
— Claro que foi convidada. Eu não te chamei para tomar chá comigo?
— Sim, mas…
— Sem, mas! Vamos, pegue um regador e encha na torneira ali.
Eleanor não argumentou. Seguiu as instruções e começou a encher o regador. Assim que voltou, começou a regar os vasos, observando as plantas de perto.
— São jacintos, estou certa?
— Está correta. Você conhece essa flor?
— Sim, temos uma em casa. A nossa é amarela.
— Ciúmes.
Eleanor parou por um instante, confusa, — Como?
— Dizem que o jacinto amarelo representa o ciúme. Um ciúme tão forte que acaba por destruir aquele por quem se anseia.
Eleanor sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Aquela descrição parecia adequada demais para sua casa. Quem diria que a planta que Arthur trouxe para ela simbolizava algo tão… irônico.
— Nossa, eu não sabia disso. E o roxo? É o que vejo em maior abundância aqui.
Ren olhou brevemente para um dos vasos com jacintos roxos antes de responder, mas sua resposta veio de forma inesperada.
— Há um mito antigo envolvendo essa planta. Gostaria de ouvir?
Era a vez de Ren desconversar, e Eleanor percebeu isso imediatamente. Mas não queria pressioná-la. Assim como Ren respeitou seu silêncio sobre Arthur, ela respeitaria o da mulher.
— Claro, adoro mitos.
Eleanor falou de forma rápida, tentando afastar o peso em seu peito, ainda sentindo o eco das palavras da florista sobre os jacintos amarelos. Ren, por outro lado, sorriu de leve, seu olhar carregava um misto de melancolia e sabedoria. Ela começou a narrar enquanto acariciava um dos jacintos roxos, como se a planta fosse uma velha amiga.
— Há muito tempo, um jovem chamado Jacinto era tão belo que até os deuses disputavam sua atenção, mas Jacinto preferia a companhia de Apolo. Isso enfureceu Zéfiro, que foi consumido pelo ciúme.
Ren fez uma pausa, permitindo que Eleanor absorvesse as imagens pintadas por suas palavras. Então, prosseguiu:
— Certo dia, enquanto Jacinto praticava lançamento de disco com Apolo, Zéfiro, tomado pela inveja, enviou uma rajada de vento que desviou o disco. Ele atingiu Jacinto com força na cabeça, matando-o instantaneamente. — Eleanor sentiu um arrepio, seu corpo reagindo antes de sua mente. — Apolo, em sua dor e arrependimento, não pôde salvá-lo. No entanto, usou seu poder para transformar o sangue do amado em flores, para que seu nome e beleza fossem lembrados para sempre. Essas flores são os jacintos.
Ren fez uma pausa, a ponta de seus dedos deslizando pelas pétalas macias.
— A cor roxa representa a luta e a dor de Apolo por perder quem amava.
Havia algo no tom da florista, um peso que ia além da narrativa. Eleanor não sabia se era o mito ou algo mais profundo, mas sentiu-se conectada de alguma forma. O silêncio entre elas era espesso, carregado de significados que Eleanor ainda não conseguia decifrar.
— Que história tão… triste — murmurou, sentindo o peso da tragédia enquanto observava os jacintos.
— Sim. Acho que o amor pode ser assim às vezes… bonito e triste ao mesmo tempo.
Esse último comentário fez Eleanor franzir a testa, sentindo um desconforto que não sabia nomear. Ren virou-se para ela, seus olhos verdes brilhando com algo indescritível.
— Mas também pode ser uma força transformadora. Como Apolo transformou sua dor em algo belo, talvez você também possa encontrar uma forma de fazer o mesmo.
Eleanor desviou o olhar, sentindo-se exposta novamente.
— Talvez…, mas nem sempre é fácil.
A florista colocou uma mão delicada em seu ombro, como se quisesse transmitir conforto sem invadir seu espaço.
— Não é. Mas, você é mais forte do que imagina, Elen. E quando chegar o momento, saberá o que fazer.
Essas palavras pairavam no ar enquanto Eleanor terminava de regar os jacintos.
— Quero dizer que nossas vidas são como flores. Um dia desabrochamos, e no outro murchamos, muitas vezes sem aviso. É por isso que devemos fazer escolhas das quais não nos arrependeremos no futuro.
Engolindo em seco, Eleanor ponderou o assunto. Voltar para Arthur… seria essa a escolha correta, como uma flor murcha que, se replantada, poderia florescer outra vez? Ou seria uma escolha da qual se arrependeria? Que, como um jardim abandonado, seu relacionamento já não tinha mais vida?
Ren quebrou o silêncio, interrompendo seus devaneios:
— Às vezes confundimos desejo ou comodidade com amor. Assim como Zéfiro.
— Não entendi essa parte.
— Quero dizer, se Zéfiro amava mesmo Jacinto, por que o matou?
— Ciúmes — respondeu automaticamente, embora a voz soasse hesitante.
Ren acenou com a cabeça, mas seu semblante permaneceu sério.
— E o ciúme, alguma vez, já foi prova de amor?
Apesar da forma casual que fez a pergunta, sua voz carregava um peso sutil, porém inconfundível. Fazendo-a desviar o olhar, sentindo-se desconfortável com a verdade contida em suas palavras. Algo dentro dela se remexeu. Uma lembrança, talvez. Um instante em que Arthur a olhou com uma intensidade possessiva, uma cobrança velada por lealdade disfarçada de preocupação.
— Então, não deveríamos sentir ciúmes? — perguntou, quase como um sussurro.
— Seria o ideal, mas somos humanos. É impossível erradicá-lo completamente. Contudo, acredito que devemos buscar um equilíbrio. Um ciúme saudável nasce do amor, do desejo de proteger quem amamos. Mas ele nunca deve sufocar ou ultrapassar o limite do respeito e da confiança.
— Parece difícil… talvez impossível — retrucou com um tom amargo.
Ren sorriu, mas era um sorriso carregado de compreensão.
— Difícil, sim. Mas não é impossível. Amar alguém é aceitar tanto as qualidades quanto os defeitos. É escolher ficar ao lado dessa pessoa, mesmo conhecendo suas imperfeições. Porém, se ficar significa apagar sua própria luz, então talvez não seja amor… apenas medo de soltar.
Essas palavras bateram fundo. Aceitar defeitos, perdoar erros… até que ponto era possível seguir em frente?
— Você quer dizer que devemos esquecer os defeitos? Perdoar os erros… mesmo os mais graves?
Ren balançou a cabeça negativamente de forma lenta. — Não. Perdoar não é esquecer. É seguir em frente. Nem todos que passam por nossas vidas estão destinados a ficar, mas todos deixam lições. Boas ou ruins.
Eleanor sentiu um nó se formar em sua garganta. Como Apolo, que tentou eternizar Jacinto em uma flor, ela tentava preservar algo que talvez já estivesse morto. Mas nem toda memória deve ser cultivada para sempre.
A mulher, como se lesse seus pensamentos, acrescentou, com um olhar suave:
— O tempo pode curar, mas também pode aprisionar. Só depende de como você escolhe usá-lo.
Eleanor suspirou, tentando digerir tudo. — Acho que entendi… É um jeito de ver as coisas, suponho.
O som de gotas de água parando trouxe-lhe de volta ao presente. Seu regador estava vazio, assim como o de Ren.
— Bem, parece que terminamos nossa tarefa. Agora, o que falta para encerrar o dia? — comentou, e enquanto olhava ao redor, seu rosto assumiu um brilho súbito de ideia. — Ah! já sei!
Ela caminhou até um dos vasos de jacinto e escolheu uma flor roxa, segurando-a com cuidado enquanto se aproximava da outra mulher.
— Aqui. Um presente por ter me ajudado.
— O quê?! Não posso aceitar! Eu só reguei algumas plantas. Isso nem pode ser chamado de ajuda.
Ren riu baixinho, balançando a cabeça. — Bobagem. Eu adorei sua companhia e quero que fique com isso. Vai recusar?
Envergonhada, mas sem coragem de magoá-la, acabou aceitando o vaso. Ren sorriu, parecendo satisfeita, e depois lhe entregou um papel com a direção da estação de metrô mais próxima.
— Obrigada por tudo. Não sei como explicar, mas… sinto que precisava encontrar este lugar hoje.
Ren sorriu, mas dessa vez seu sorriso era quase maternal. — Às vezes, os caminhos que parecem surgir por acaso são os que mais precisamos recorrer. Volte quando quiser.
Após a despedida, enquanto caminhava para casa com o vaso de jacinto em mãos, sentiu-se invadida por pensamentos. Ren havia plantado mais do que sementes naquele jardim. Ela havia plantado reflexões que germinavam dentro de Eleanor, desafiando a reavaliar suas escolhas, seus sentimentos… e o que faria a seguir.
Parecia que ela havia recuperado uma parte de si mesma que nem sabia que havia perdido.
O jacinto amarelo em sua casa ainda representava o ciúme destrutivo de Arthur, mas talvez fosse a hora de trocá-lo por outro. Provavelmente por esse jacinto roxo em suas mãos, para simbolizar a dor que estava pronta para transformar em algo novo.
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