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    No outro dia, após o final de todas as aulas, na sala de reuniões da escola 25, todos os membros estavam lá a pedido do Yoru. Ele queria apresentar a todos os dois novos membros da escola 25, os reforços que iriam ajudar muito mais ainda a eles ganharem essa batalha

    — Bem, como sabem, agente ganhou dois novos membros para nossa escola, e não são dois membros quaisquer, eles vão ser uma das bases da nossa força da escola 25, disso eu tenho certeza, quero que conheçam o Bunkjae e o Leonard Alice

    Ambos entraram na porta ao mesmo tempo, deixando todos surpreendidos, o Hiroshi levantou a mão e disse;

    — Tem certeza que eles são confiáveis? Tipo, já chegou também o Susan e os outros da escola 35, ainda tem mais dois? Isso é meio suspeito

    — Concordo com o Hiroshi, não faz o menor sentido que eles tenham aceitado tão “fácil” participar de nosso grupo, isso poderia fazer até parte do plano do Haruto, não acha? — disse Sophie, o Yoru deu um tapa na mesa chamando a atenção deles

    — Eu sei oque eu estou fazendo, então só confiem em mim que vai dar tudo certo…

    — Confiar em você? Como daquela vez quando a Hina foi sequestrada e você agiu por extremo impulso e foi resolver tudo sozinho, mesmo sabendo que poderia não voltar? — a Sophie disse aumentando sua voz para o Yoru

    — Já pedi desculpas por isso, e eles são de extrema confiança, disso eu tenho certeza, por favor, confiem em mim só essa vez

    — Olha, eu estou do lado do Yoru, eu confio nele — disse o Hayato

    — Eu também confio na palavra do Yoru — o Ben disse seriamente

    — Nós todos temos que confiar no nosso líder, ele é a base da escola 25, se perdermos a confiança nele não tem o menor sentido de continuarmos a fazer parte da escola 25 — disse o Beak

    — Olha, tá! Todos nós já entendemos onde isso vai chegar, mas vou ressaltar uma coisa. Se mais uma vez acontecer uma merda grande, eu tou fora! Se sua imprudência botar ou eu, ou qualquer pessoa em risco de morte por um plano mal elaborado, eu meto o pé da escola 25 — disse a Sophie muito brava e logo em seguida saindo da sala de reuniões

    — Vou conversar com ela — o Ben se levantou e foi atrás da Sophie

    O Yoru foi até o quadro onde estava os rankeados e adicionou os novos membros dando rankings a eles e organizando todo o resto

    — Foi assim que ficou os Rankings

    1 Yoru
    2 Hayato
    3 Ben
    4 Sophie
    5 Nathan Rayna
    6 Hiroshi
    7 Bunkjae
    8 Kaito Suzuki
    9 Mia
    10 Lee
    11 Beak
    12 Leonard
    13 Susan
    14 Yuna
    15 Mac-donny
    16 Sora Ukinake
    17 phantom
    18 Ryuji Sato
    19 Hajuki Gon
    20 Juan
    21 Matabi Huai

    Ao ver aquilo, o Ryuji tinha aceitado que ele não ia subir muito nos rankings, o nível de poder da escola 25 já estava muito acima do seu poder atual, era uma dimensão onde só os mais talentos alcançava, e ele, não tinha tal capacidade

    [Armazém da escola 35 – Sul]

    Um delinquente estava vindo correndo com toda velocidade, ele estava ofegante e muito apressado, ele chegou até uma espécie de poltrona e se curvou a uma pessoa que estava sentada na mesma

    [Uiji – No. 9 da escola 35]

    — Senhor, tenho notícias dos superiores da escola 35, o próprio senhor Haruto mandou todos nós da sua unidade exclusiva inclusive você para iniciar um ataque contra a escola 25 nesse exato momento, ele falou que a escola 25 começou a se fortalecer muito rápido e está com receio do que vai acontecer daqui para frente

    — Então… Pedro e Paulo, quero que vocês dois juntos, organizem nossa unidade de homens para o ataque, vamos com tudo para tentar derrotar a escola 25

    — Sim senhor!


    Nome: Pedro altura:1,74
    Segunda geração Peso:64

    Força:SSS+
    Velocidade:SR+
    Potencial:C [Despertado]
    Inteligência:B+
    Resistência: SR


    Nome:Paulo altura:1,74
    Segunda geração Peso:65

    Força:SR
    Velocidade:SR
    Potencial:C [Despertado]
    Inteligência:B
    Resistência: SR

    — Você tem certeza que vai conseguir derrotar a escola 25 só com números? — uma voz disse em alto tom, o Uiji ficou parado, era o Philips, ele estava em cima de um caixote com um pirulito na boca

    — Oque quer? Philips

    — Também fui chamado para participar dessa batalha contra a escola 25. O senhor Haruto me chamou pessoalmente para batalhar por ele, me dando mais uma missão, e se eu concluir, talvez tenha até mais um bônus para subir os rankings — ele disse descendo os caixotes e ficando frente a frente com o Uiji

    O Uiji levantou, ele era forte, alto, cabelos longos e pretos, seus olhos eram marrons caramelados que dava um charme a mais nele e também, ele tinha um rosto definido e um sorriso branco que chamava atenção

    — Acha mesmo que tem poder o suficiente para tomar o meu posto de ranking 9? Acho que você está muito precipitado, não acha? Concluir uma missão te deixou arrogante — o Uiji disse abrindo um sorriso

    — Eu vou arrancar esse posto seu nessa missão, vou te provar que sou digno de ser um executivo de mais alto escalão — o Uiji se irritou e cerrou seus punhos, logo em seguida, lançou um gancho de esquerda tão forte que levantou um pouco de poeira do chão, o intuito não era acertar ele, mas sim pôr o Philips no seu lugar

    — Não se ache demais, Philips, se eu quisesse, teria te matado a muito tempo — o Uiji virou de costas e foi saindo, deixando o Philips sozinho ali

    “Esse maldito é uma das aberrações mais desgraçadas que vi em toda minha vida… Ele é simplesmente um monstro” o Philips disse olhando para o caixote levemente quebrado, e tudo aquilo foi gerado somente pelo ar do seu gancho de esquerda


    Nome:Uiji Koregan altura:1,85
    Segunda geração Peso:76

    Força:LR+
    Velocidade:LR+
    Potencial:B+ [Despertado]
    Inteligência:B
    Resistência: LR+

    [Sala do Conselho – Escola 25 ]

    O sol já estava quase se pondo, seus últimos raios entravam timidamente pela janela da sala, criando faixas douradas no chão de madeira clara. As cadeiras estavam vazias agora, exceto por duas pessoas.

    Yoru estava ali, com os braços cruzados, encostado na parede. Diante dele, Bunkjae, recém-integrado, parecia meio desconfortável, olhando para o chão.

    O ambiente estava silencioso, exceto pelo som dos ventiladores girando lentamente no teto.

    — Bunkjae — começou Yoru, sua voz firme, mas não hostil —, me diga… qual é a sua relação com o número 8 da escola 35… Mikhail?

    Bunkjae hesitou. Seus ombros se encolheram um pouco. Ele passou a mão no próprio pescoço, pensativo, e suspirou.

    — Mikhail… Ele era como um irmão pra mim — disse com um sorriso triste. — Quando eu entrei na escola 35, eu era só mais um cara forte. Eu tinha força, mas… não sabia o que fazer com ela. Não era inteligente. Não sabia formar estratégias. Era impulsivo… meio burro mesmo — ele riu de si próprio, sem alegria. — E aí apareceu ele.

    — Mikhail. — Yoru assentiu.

    — Ele se aproximou de mim de um jeito que ninguém mais tinha feito. Começou me treinando. Dizia que eu era especial, que minha força podia mudar o rumo das batalhas. Que eu era uma peça fundamental… — Bunkjae apertou os punhos. — Mas isso era só parte do jogo dele. Eu era a marionete.

    Yoru se afastou da parede e se aproximou, olhando firme nos olhos do novo aliado.

    — E você só percebeu isso agora?

    — Não… — Bunkjae respondeu, encarando o chão. — Eu sabia. Lá no fundo, eu sabia que ele tava me usando. Ele me fazia enfrentar lutas que ele mesmo armava, só pra mostrar pra diretoria que eu era bom. Enquanto isso, ele ficava como “o gênio que me guiava”. Ele subia… e eu ficava ali, levando porrada por ele.

    O silêncio caiu por um segundo. Então, Bunkjae continuou, a voz embargada.

    — Teve uma vez… que eu fiquei três dias sem conseguir levantar da cama por causa de uma luta contra o número 7. Mikhail só apareceu no quarto depois de dois dias, com um sorriso no rosto e um elogio por eu ter “cumprido minha missão”.

    Yoru cerrou os dentes. Aquilo o lembrava dos tempos em que era fraco e era tratado como ferramenta. Ele sentia o sangue esquentar.

    — E por que agora? Por que veio pra cá?

    — Porque finalmente entendi que ele nunca foi meu amigo. E vi, na escola 25… algo diferente. Você se arrisca pelos seus. Não usa ninguém. Eu vi isso quando invadi aquela reunião com o Hayato. Vocês são unidos. E eu… quero fazer parte disso.

    Yoru colocou a mão no ombro de Bunkjae.

    — Aqui, ninguém é escada pra ninguém. A gente sobe junto… ou cai junto. E se o Mikhail aparecer no nosso caminho, eu mesmo vou cuidar disso.

    Bunkjae assentiu, com os olhos marejados, mas firmes.

    — Obrigado, Yoru…

    [Telhado]

    O vento cortava forte no alto da escola. As nuvens pesadas no céu prometiam chuva para a noite. Sophie estava ali, sozinha, olhando para o horizonte, com os cabelos esvoaçando. Ela segurava um cigarro entre os dedos, mas não acendia. Parecia estar apenas… pensando.

    Foi quando Lee apareceu, com passos leves, mãos nos bolsos do casaco.

    — Sophie.

    Ela virou o rosto, meio surpresa.

    — Lee? Achei que você tava treinando com o Ben.

    — Treino cansou. Mas ouvi sua discussão com o Yoru.

    Sophie bufou.

    — Me desculpa, mas… às vezes eu não aguento. Ele é um bom líder, mas é impulsivo. E eu não quero perder ninguém que eu gosto por causa de decisões mal pensadas.

    Lee se aproximou, parando ao lado dela, olhando o mesmo horizonte.

    — Eu entendo. Eu… vivi isso antes.

    Sophie arqueou a sobrancelha.

    — Como assim?

    Lee mordeu o lábio inferior e respirou fundo.

    — Na escola 35, antes de vir pra cá… eu era amiga do Uiji.

    Sophie arregalou os olhos.

    — Do número 9?

    Lee assentiu, com um sorriso melancólico.

    — Naquela época… ele não era assim. Uiji era gentil, engraçado. Sempre me defendia quando os mais fortes me pressionavam. Ele era como um irmão mais velho. Mas tudo mudou quando ele começou a subir nos rankings. Ele começou a… se tornar frio. Calculista. E muito, muito mais forte.

    Ela apertou os braços ao redor do próprio corpo, como se tentasse se proteger das memórias.

    — Quanto mais ele subia… mais ele se afastava. Começou a dizer que sentimentos eram fraqueza. Que amizade não servia pra nada. E um dia… ele me usou. Me jogou numa armadilha só pra eliminar o número 10 e subir uma posição.

    Sophie fechou os punhos.

    — Desgraçado…

    — Eu fiquei dias em recuperação. E ele… nem me visitou. Só me mandou uma mensagem: “Você cumpriu seu papel. Obrigado.”

    O vento bateu mais forte. O cigarro voou das mãos de Sophie.

    — Lee… por que você tá me contando isso?

    Lee a olhou nos olhos.

    — Porque eu vejo em você a mesma raiva que eu senti naquela época. Mas quero que saiba… não se afaste do Yoru. Ele é diferente. Ele comete erros, mas se importa de verdade com as pessoas.

    — Mesmo assim… o que a gente vai fazer se o Uiji vier?

    Lee deu um passo à frente, encarando o céu.

    — A gente vai lutar. Juntas. Eu não sou mais a garota indefesa de antes. E se ele ousar tocar em alguém aqui… vai ver quem eu me tornei.

    Sophie sorriu pela primeira vez em horas.

    — Obrigada, Lee.

    As duas ficaram ali por mais um tempo, observando o céu carregado, sem precisar dizer mais nada.

    Yoru estava sentado à beira da cama. A chuva finalmente havia começado, batendo suavemente contra a janela. Ele segurava a ficha de Mikhail na mão. Seus olhos estavam fixos nas anotações.

    — Manipulador, calculista, gênio tático… — ele murmurou. — Mas se acha que vai usar mais alguém da minha equipe… está muito enganado.

    Yoru largou a ficha sobre a mesa. Seus olhos ardiam, mas não de sono. De fúria contida. E determinação.

    Ele sabia… a guerra contra a escola 35 havia começado.

    E ele não pretendia perder ninguém dessa vez.

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