Capítulo 167 - A força de 320 em um

Dentro de um carro, Yue estava com uma cara de tédio enquanto observava o trânsito atrás do carro onde ela estava

— Ah! Yumi! Quanto tempo mais vai demorar o caramba desse trânsito? Já estou entediada! — ela disse se jogando para trás

— Não sei, acho que mais a frente aconteceu algum acidente ou algo do tipo… — a Yumi disse tirando as mãos do volante e relaxando seu corpo — Agente vai demorar pelo menos mais uns 30 minutos aqui pelo que parece.

— Ah meu pai do céu!

…

[Ginásio da escola 35]

O Haruto estava em posição de meditação, enquanto uma aura verde o rodeava, amplificando sua força, seu poder e sua vitalidade

— Reo… Quero que você tome a frente de tudo até eu me recuperar por completo, vai demorar um pouquinho, então peço que não falhe — o Haruto disse, ele falava com o Reo que estava na linha, os dois estavam em chamada de voz pelo telefone

— Sim senhor, mas oque aconteceu com o Danilo? — o Reo perguntou um pouco preocupado

— Pode ficar tranquilo, o Danilo vai aparecer para ajudar também, enquanto ao número 5, Ramier e o número 4 Goyut, avise a eles para se mexer rapidamente, quero todos preparados para o pior, esse é o momento mais crítico para nossa futura vitória.

[5 minutos depois…]

[Área A do centro da escola 35]

Um garoto alto, de cabelos negros, uma aparência que lembrava muito o estilo emo, cabelos negros, olhos azuis com olheiras fortes, corpo esbelto mais bem definido com uma tatuagem no pescoço e vestindo uma calça preta e uma camisa cinza, ele estava ciente de tudo que estava acontecendo, ele sabia oque tinha que fazer

[Número 5 da escola 35 – Ramier]

— Eu tenho que começar a me mexer, o senhor Reo falou que o mestre Haruto está se curando, tenho que tomar a linha de frente se quiser ajudar, primeiro vou começar pelos mais fracos, e depois vou aniquilar os rankeados que der. — ele disse se levantando e começando a caminhar

De repente, ele se agachou por instinto, e no mesmo instante, um soco devastador bateu na pilastra e fez algumas pequenas pedras cair

Era o Uiji, ele estava bem, muito bem curado e pronto para o combate

— Uiji? Oque você está fazendo aqui? E por que me atacou? — o Ramier disse com um tom de dúvida, o Uiji respondeu seriamente;

— Eu me revelei contra o Haruto, vou me aliar a escola 25 e ajudar na derrota da escola 35, começando por você… — o Ramier começou a sorrir e disse;

— Então era verdade… Você nós traiu, mas se não me engano o Danilo tomou conta de você, oque aconteceu exatamente lá?

— Depois que ele me derrotou, minutos depois ele me acordou e falou oque estava acontecendo, sobre o Haruto ser maligno e de como ele iria salvar todos das mãos do Haruto, ele estava certo, o Yoru estava certo, o Haruto é um homem instável que faz tudo por poder, e eu sei bem disso, por isso me voltei contra ele, é errado usar o poder só para o mal…

— Tu… é um baita de um cuzão em Uiji, o Haruto te dar poder e você retribuiu desse jeito? O traindo? Que grande bosta… Bem, mas você não faz tanta diferença assim para nós, afinal, nós cinco somos o suficiente para por a escola 25 no lugar, e não importa quantas pessoas tenham lá, 10, 20, 30 ou mais, 5 pessoas da escola 35 é o suficiente

“O meu oponente é simplesmente o número 5 da escola 35, um dos pilares de força do Haruto, derrotar ele não vai ser nada fácil, mas vou tentar fazer o possível para por ele no seu lugar e dar a mínima vantagem para o Yoru e seu companheiros”

O Uiji avançou com toda sua velocidade para cima do Ramier, mas ele desviou do soco dele e deu uma joelhada no estômago do mesmo, logo em seguida, ele puxou o braço do Uiji e deu uma cotovelada na boca dele

“Droga… Não tou conseguindo responder a altura! Tenho que me forçar mais ainda e usar minha força total para por esse filho da mãe no seu lugar!” O Uiji deu um empurrão no Ramier e deu um cruzado de direita com toda sua força que ele tinha no braço

O Ramier baixou rapidamente, só que ele não esperava que na verdade o cruzado de direita era na verdade uma finta para entrar um gancho de esquerda no queixo do mesmo, o lançando para bem longe

— Uau… Você me surpreendeu em, não achei que iria dar tanto trabalho assim. Então e melhor eu parar de brincar ou eu vou ter sérios problemas

“Como eu suspeitei, ele estava só brincando comigo. E agora, ele vai vir com tu-” antes do Uiji terminar seu pensamento, o Ramier o acertou um soco tão forte na barriga do Uiji que ele ficou parado por alguns segundos

Logo em seguida, o Ramier deu um soco tão forte no Uiji que ele vôo para trás e bateu contra uma pilastra, o Uiji caiu no chão de joelhos e começou a morder seu lábios fortemente

“Porra! Não consegui nem sequer acompanhar a velocidade dele, vai se ferrar!” o Uiji permanecia ajoelhado no chão, cuspindo sangue enquanto segurava seu abdômen, onde o soco de Ramier havia atingido como um aríete de guerra.

— Hrrgh… porra… — ele resmungava, ofegante, seus olhos azuis fixos no chão, como se tentassem encontrar forças enterradas na terra.

Ramier se aproximava lentamente, os passos firmes e confiantes ecoando na estrutura metálica do local. Seu olhar era calmo, sereno até demais, como um caçador que sabe que a presa não tem mais para onde fugir.

— Levanta logo, Uiji… ou morre ajoelhado. — disse Ramier, limpando o sangue do canto da boca com as costas da mão, o sorriso ainda presente no rosto.

Antes que qualquer resposta viesse, um som firme ecoou.

Diversos passos rápidos e pesados invadiram a área. Eram os delinquentes da unidade exclusiva de Uiji. Cerca de 12 garotos com aparências agressivas, cada um de uma escola diferente, mas todos fiéis a um só homem.

Eles cercaram Ramier.

— Você mexeu com o cara errado, playboy! — disse um deles, careca e com cicatrizes pelo rosto.

— O comandante Uiji pode cair, mas nós vamos te quebrar antes disso! — gritou outro, que trazia um bastão de ferro nas mãos.

Ramier olhou para os garotos como quem olha para folhas ao vento.

— …Quantos são? — ele perguntou casualmente, estalando os dedos.

— Doze, seu merda! — gritou um deles, avançando com um soco direto.

O que aconteceu em seguida foi um borrão.

O primeiro foi derrubado com um único tapa lateral que deslocou seu maxilar.

O segundo teve o esterno afundado por um soco no peito e voou dois metros para trás.

Ramier era um furacão.

Cada golpe dele era brutal, seco, final. Ele desviava com milímetros de margem, contra-atacando com cotoveladas, chutes baixos, joelhadas. Um a um, os delinquentes caíam, gritando de dor, seus corpos batendo contra as paredes, contra pilares, contra o chão de concreto.

— Se… se afastem dele! — gritou outro, tremendo. — Esse cara não é humano!

Ramier agora replicava movimentos dos próprios subordinados de Uiji, como se aprendesse com cada soco recebido, cada chute desferido contra ele.

Um dos últimos garotos tentou fugir, mas Ramier apareceu atrás dele como um vulto e o derrubou com uma rasteira e um soco giratório.

Todos estavam no chão. Gritando. Gemendo. Imóveis.

Uiji, ainda ajoelhado, assistia tudo.

Seus olhos estavam arregalados. Seus punhos tremiam. Seus dentes pressionavam o lábio inferior com força, até o sangue escorrer.

— …meus… — ele murmurou. — …companheiros…

O silêncio caiu sobre o campo.

Ramier se virou lentamente para ele.

— Era isso? Essa é sua tal “unidade exclusiva”? Um bando de moleques fracos que não aguentam um round?

Aquelas palavras perfuraram Uiji como estacas no coração.

O chão ao redor começou a tremer levemente.

Uma brisa estranha surgiu.

O corpo de Uiji começou a se levantar lentamente, como se um campo de energia o erguesse. Seus olhos agora brilhavam num tom ainda mais vívido de azul. Seus músculos pareciam mais tensos, seu peito expandido, seu rosto tomado por um semblante de fúria serena.

O ar ficou pesado. Ramier franziu as sobrancelhas.

— Que porra é essa aura…? — ele disse, recuando um passo.

Uiji agora se erguia completamente. Sua presença havia mudado. Não era mais um simples delinquente. Era um comandante. Um líder. Um verdadeiro guerreiro.

Ele caminhou até os corpos de seus companheiros no chão. Se ajoelhou brevemente, tocando a testa de um deles.

— Desculpa… me perdoem por não ter sido forte o suficiente antes… mas agora… agora eu vou honrar vocês.

Ele se virou para Ramier com olhos cheios de raiva e propósito.

— RAMIER!! — ele gritou, o eco se espalhando por toda a área. — EU VOU TE DERRUBAR COM TODA A FORÇA QUE A MINHA UNIDADE ME DEU!!

Uiji desapareceu.

Um segundo depois, Ramier foi arremessado para trás com um soco no rosto tão forte que rachou a pilastra atrás dele.

— ARGH!! — gritou Ramier, se levantando cambaleando. — Agora sim… essa porra ficou divertida.

Ambos avançaram um contra o outro.

Choques. Impactos. Aço se dobrando. Concreto se despedaçando.

O local tremia. Era como se dois furacões estivessem colidindo sem cessar.

Uiji acertou três socos em sequência no abdômen de Ramier, que respondeu com uma cotovelada no maxilar e um chute giratório. Mas Uiji não recuou. Pela primeira vez, ele estava firme. Ele era o escudo e a espada de sua tropa.

Ramier tentava manter o controle, mas a força de Uiji agora ultrapassava tudo que ele havia enfrentado.

— Que tipo de monstro… — ele dizia, cuspindo sangue — …ganha força por causa de outros?

Uiji sorriu, olhos flamejantes.

— Um verdadeiro comandante. Diferente de vocês, que abandonam seus aliados por poder.

Com um último grito, Uiji concentrou toda sua energia em um soco direto, infundido com o espírito de seus 320 homens.

O Uiji deu um soco e atingiu Ramier no centro do peito, levantando-o do chão, o lançando contra a parede mais próxima com violência brutal.

Poeira e entulho caíram. Silêncio.

Ramier caiu ajoelhado, inconsciente.

Uiji ficou ali, de pé, com os punhos abaixados e os olhos fixos no corpo caído de seu oponente. Seu peito subia e descia com dificuldade, mas sua aura ainda ardia como fogo.

— Por vocês… eu fui forte.

Ele se virou lentamente para os seus aliados desacordados. Cada um deles sorriu, mesmo que fraco. Mesmo inconscientes, eles sabiam que o seu comandante havia vencido.