Capítulo 170 - Uma batalha que vai além de conquista

O Yoru ficou como uma estátua quando viu os status do Wallace. Ele ficava se perguntando como ele tinha ficado tão forte sozinho

O Wallace avançou como um trovão, e o Yoru não ficou para trás, os dois foram para cima da mesma presa, e em conjunto deram um soco muito forte no rosto dele o lançando contra o chão com toda força

— Não fica na minha frente. Deixa eu me aquecer! — o Wallace foi para cima de dois e o Yoru também, o Wallace usou Aikido para girar o corpo dos dois de uma vez só e depois usou a postura de karatê kyokushin dando um soco direto muito forte que apagou instantaneamente eles

O Yoru usou seu método keysi e rapidamente, se livrou dos dois também que tentavam lutar contra ele, em seguida, com um único movimento de suas mãos, o Yoru eliminou o último facilmente

“Esse exibido, veio aqui só pra tentar chamar atenção, ele pode até estar um pouquinho forte, mas eu evoluí muito mais que ele, infinitamente mais” o Yoru disse encarando o Wallace

— Caramba… Vocês dois são uns monstros — o Hiroshi disse impressionado

— Yoru, você ficou muito mais forte que antes, deve ter passado por várias lutas em — o Wallace disse elogiando o Yoru, o Yoru concordou e disse

— É… Isso também, eu percebi que ficou mais forte também…

— Andei treinando muito. Melhorei muito, até mesmo apurei mais minha visão de batalha — o Wallace disse botando a mão sobre o olho direito

“Verdade… Ele está perdendo sua visão gradualmente ainda, daqui a um certo tempo ele vai parar de ver” o Yoru relembrou

— Bem, vamos continuar, o Haruto vai ser derrotado ainda hoje — o Leonard disse começando a caminhar, o Yoru concordou e começou a caminhar também, o Wallace começo a acompanhar o grupo, ele também estava curioso para ver quem era o tal Haruto

Minutos depois, o Yoru e seus amigos chegaram ao local onde o Haruto estava, ele estava sentado no chão, ainda meditando profundamente, o Yoru olhou para o lado e viu alguém no escuro mas não ligou, pois oque importava estava logo ali no centro de tudo

— Estava louco para te ver Yoru, vejo que trouxe seus amiguinhos também… Pelo visto você não tem tanta confiança em sua força. Bem, não vou criticar, pois você está lutando comigo afinal.

“Como eu imaginei, ele aumentou suas habilidades físicas mais uma vez” o Yoru disse analisando as habilidades do Haruto

“Eu não entendi foi uma coisa… Por que o potencial dele está com vários pontos de interrogação. Isso é muito intrigante e ao mesmo tempo intimidador” o Haruto pensou consigo mesmo

— Vamos para cima! — o Ryuji disse indo para cima do Haruto com tudo, o Yoru tentou avisar a ele, mas era tarde demais. Como um míssil, o Ryuij foi arremessado para trás com toda velocidade

— Por que trouxe um inseto desses com você em? Não tem noção do que está acontecendo aqui?

— Vamos lá, que comece a verdadeira batalha — o Haruto disse avançando com tudo para cima do Yoru e seus amigos

…

O som de passos ecoava nas ruínas. As paredes, manchadas pelo tempo, pareciam vibrar com a tensão que pairava no ar.

— Ele está vindo… — murmurou Hayato, os punhos cerrados, a respiração firme, os olhos buscando qualquer sinal.

A Grande Muralha da Escola 35. Um dos poucos que ainda permanecia em perfeito estado e sobre o comando absoluto do Haruto

Ele estava de pé, como se fizesse parte do cenário, um gigante com quase dois metros de altura, músculos torneados por batalhas infindáveis. Os olhos eram frios, quase vazios. Vestia o uniforme preto da escola com as mangas rasgadas, revelando os braços espessos, cheios de cicatrizes.

— Então é com isso que vocês vêm? — disse ele, a voz grave como um trovão abafado. — Um bando de crianças?

— Não subestime eles — Hayato respondeu, avançando um passo. — Estamos aqui pra levar você de volta.

Reo não respondeu. Em vez disso, fechou os punhos e o chão pareceu estremecer levemente.

— Preparem-se! — gritou Philips, ativando sua guarda, e em segundos, o combate começou.

Philips e Sora foram os primeiros a se mover. Philips usou tudo que tinha, se movendo em alta velocidade para tentar atingir os flancos, enquanto Sora veio por cima, com um salto mortal e chute giratório.

Reo nem se mexeu. Quando os dois chegaram, ele ergueu o braço esquerdo e bloqueou o chute de Sora, e com o outro, agarrou o punho de Philips, esmagando como se fosse feito de papel.

— Grrrgh! — Philips grunhiu, sendo lançado com violência contra uma parede.

Sora tentou recuar, mas Reo girou e o acertou com o ombro, fazendo o ar sair dos pulmões do garoto num único golpe.

Susan, Beak e Phantom vieram em seguida, tentando combinar suas forças. Susan controlava os movimentos com sua leitura corporal precisa, Beak atacava com sua agilidade e poder de ataque, enquanto Phantom tentava ajudar de alguma forma

Por um momento, pareceu funcionar. Reo hesitou, percebendo que todos ali estavam muito focados em derrotá-lo

— Agora! — gritou Susan.

Todos atacaram ao mesmo tempo. Mas o que veio a seguir foi um estouro.

Reo gritou, e sua aura explodiu, um campo invisível de força pura. todos os três foram lançados para longe. Phantom bateu com força contra um banco de cimento, cuspindo sangue.

— Isso é ridículo… — murmurou Beak, tentando se levantar.

— Ele nem está usando técnica… só força bruta e instinto — disse Susan, limpando o sangue dos lábios.

Matabi e Juan tentam quebrar a grande muralha

Matabi e Juan não perderam tempo. Ambos treinados em combate direto, partiram para cima em sincronia. Juan utilizava um estilo de chutes acrobáticos, enquanto Matabi ia com seu estilo agressivo e preciso.

Reo sorriu pela primeira vez.

Os dois lutadores o cercaram, chutando, socando, girando, invertendo ângulos. Um verdadeiro show de agilidade e estratégia.

Mas Reo dançava entre os golpes como uma muralha viva. Ele deixou Juan o atingir no abdômen, e o garoto achou que tinha achado uma abertura — mas então, Reo o agarrou pelo pé e o arremessou no ar. Antes que Juan tocasse o chão, Reo deu um salto e o acertou com um soco aéreo que fez o chão tremer.

Matabi tentou ajudar, mas foi recebido com um chute frontal que o lançou cinco metros para trás.

Hayato em silêncio

Todos estavam no chão.

Hayato permaneceu imóvel, olhando fixamente para Reo. Seus olhos estavam tremendo.

— Então… agora é você — Reo disse, apontando para ele. — O que você vai fazer, garoto?

Hayato fechou os olhos.

[Flashback de Hayato]

A alguns dias atrás, em uma tarde cinzenta, Hayato e Yuna estavam sentados em um jardim discreto da escola 24. Ela parecia distante, triste.

— Reo… ele mudou, Hayato. Desde que aquele novo número 1 tomou o controle da 35, ele se afastou de mim… ficou frio… diferente.

— Mas ele é seu irmão. Ainda tem algo dentro dele, eu sei — disse Hayato, olhando para ela com firmeza.

Yuna mordeu o lábio inferior, contendo as lágrimas.

— Se você o enfrentar, não o mate, por favor. Só… traga ele de volta. Eu sei que ele ainda está aí dentro.

Hayato segurou a mão dela com força.

— Eu juro, Yuna. Nem que eu morra tentando. Eu vou quebrar essa muralha. Eu vou trazer seu irmão de volta.

[Retorno ao Presente]

Hayato abriu os olhos.

— Você vai voltar pra ela — ele disse, assumindo a guarda do boxe que aprendeu — Mesmo que eu quebre meus ossos, mesmo que meu corpo não aguente, eu vou fazer você lembrar quem você era!

Reo franziu o cenho.

— Palavras vazias.

Hayato avançou. A cada passo, sua aura se intensificava. Seu punho brilhava, não com energia mágica, mas com pura determinação.

Reo tentou acertá-lo com um soco vertical — Hayato desviou no último segundo e respondeu com um gancho no fígado. Reo recuou um passo.

— Hm… — ele murmurou.

Hayato aproveitou. Um jab no queixo. Um direto no estômago. Reo bloqueou, mas foi forçado a recuar mais dois passos.

Os outros começaram a se levantar, vendo a mudança.

— Ele tá… fazendo a Muralha recuar? — disse Sora, incrédulo.

Hayato gritou.

Seus olhos estavam cheios de lágrimas, mas sua expressão era feroz.

— Reo, lembra da Yuna! Da nossa promessa, do que ela significava pra você! Você ainda tá aí dentro!

Reo hesitou. O golpe veio. Um uppercut que explodiu no queixo dele, fazendo-o dar três passos cambaleantes pra trás.

Reo caiu de joelhos.

— Isso… é impossível — ele disse, cuspindo sangue.

Hayato se aproximou, ofegante.

— Você ainda pode voltar. Não é tarde demais.

Reo o olhou nos olhos… e por um segundo, a muralha pareceu ruir. Seu olhar frio cedeu espaço para algo humano.

— Hayato… — ele sussurrou. — Já chega de sentimentalismo — o Reo ficou mais sério, uma aura vermelha tomou conta dele