Índice de Capítulo

    A brisa fria da madrugada cortava as ruas escuras de Tóquio, enquanto as cicatrizes da guerra recente ainda eram visíveis nas calçadas rachadas e paredes pichadas.

    Mas, entre todo o caos deixado para trás, havia vida.

    Dentro de um velho galpão reformado — agora usado como um “quartel-general improvisado” —, a verdadeira comemoração acontecia.

    Yoru estava sentado num caixote velho, uma garrafa de refrigerante barato na mão, observando todos à sua volta.
    Cada rosto ali carregava marcas de batalhas: cortes, hematomas, bandagens improvisadas.
    Mas também havia sorrisos… sinceros, orgulhosos.

    Hayato, seu melhor amigo, ria alto enquanto tentava enfiar três pedaços de carne na boca de uma só vez.

    — Cara… — disse Hayato, mastigando desajeitadamente — Isso aqui tá melhor que qualquer churrasco que já comi!

    Ben, de braços cruzados, lançou um sorriso de canto.

    — Depois de quase morrer, acho que tudo fica mais gostoso, né?

    Sophie, sentada no chão com as pernas cruzadas, brincava com um pedaço de papel, fazendo pequenos origamis.

    — Vocês são tão barulhentos… — murmurou, mas não conseguiu esconder o sorriso.

    Nathan, já meio bêbado, pulava sobre uma das mesas improvisadas.

    — AO REI YORU! — gritou, levantando um copo de plástico.

    Todo mundo riu e o acompanhou, levantando suas bebidas.

    Rayna, encostada perto da porta, deu um leve sorriso.
    Mesmo quieto, seus olhos brilhavam de felicidade.

    Hiroshi abriu uma garrafa nova, jorrando espuma para todos os lados.

    — Hoje ninguém dorme, porra! — gritou ele, jogando o líquido na cabeça de Bunkjae.

    — Ei! — resmungou Bunkjae, rindo, tentando limpar a camisa.

    Kaito deu de ombros.

    — Vai sujar de novo na briga de comida que o Nathan vai começar, certeza.

    Mia Lee bufou, cruzando os braços.

    — Homens são todos iguais…

    Beak, com uma expressão calma, ofereceu um suco para ela.

    — Quer beber algo decente?

    Leonard, com um cigarro na boca, soltou uma risada seca.

    — Relaxa, Mia. Essa noite a gente é criança de novo.

    Susan e Yuna conversavam animadamente num canto, falando sobre como reconstruir a escola depois da guerra.

    — Sabe o que é engraçado? — disse Susan. — A gente sobreviveu… e eu ainda tenho que fazer prova semana que vem.

    — Justiça divina. — respondeu Yuna, rindo.

    Mac-Donny, um pouco mais desajeitado, montava uma pequena churrasqueira improvisada.

    — Se é pra comemorar, vamos fazer direito! — disse, animado.

    Sora, o mais novo do grupo, brincava com uma bexiga que alguém achou perdida.

    — Olha, olha! — dizia ele, tentando fazer a bexiga quicar no teto.

    Ukinake e Phantom, os mais reservados, observavam de longe, trocando poucas palavras.

    — Parece que valeu a pena. — disse Phantom, com um raro sorriso.

    — Valeu. — respondeu Ukinake, encostando na parede.

    Ryuji e Hajuki estavam engajados num braço de ferro.

    — Eu ganho! — rosnava Ryuji.

    — Nem fudendo! — retrucava Hajuki, suando.

    Juan, Matabi Huai, sentados em círculo, relembravam as lutas mais tensas da guerra.

    — Você viu o soco que o Reo tomou? — dizia Matabi, animado.

    — Parecia que ele tinha batido numa muralha. — completou Juan, rindo.

    Matabi apenas sorriu, balançando a cabeça.

    No centro de tudo, Yoru observava.
    Seu peito pesava de emoção.
    Eles estavam vivos.
    Eles estavam juntos.
    E, mesmo com todas as dúvidas que ainda existiam dentro dele, naquele momento… ele se permitiu sorrir.

    — Obrigado, pessoal… — murmurou para si mesmo.

    Uma explosão de risadas, zoações e pequenas brigas de comida invadiu o ambiente.

    E naquela madrugada fria, naquele galpão destruído, um grupo de jovens que desafiara o impossível comemorava como reis.

    Enquanto a festa dos jovens seguia, em outro ponto da cidade — nos luxuosos e secretos Estúdios GHV — uma atmosfera totalmente diferente reinava.

    As luzes eram baixas.
    O cheiro forte de tabaco impregnava o ar.
    Na sala principal, paredes negras e janelas espelhadas escondiam qualquer visão do mundo externo.

    Ali, sentado em uma grande poltrona de couro, estava Charles Choi.

    Ele batia os dedos no braço da cadeira, o rosto envelhecido porém ainda cheio de vigor.

    Seus olhos, estreitos como lâminas, brilhavam com astúcia.

    [ Nome: Charles Choi | Geração Zero – ex-vice-líder do Punho negro e atual presidente dos grupos GHV]

    um dos maiores conglomerados criminosos secretos do Japão — sorria de forma lenta e calculada.

    Diante dele, em pé, vários homens encapuzados escutavam em silêncio.

    Charles acendeu um charuto e falou, sua voz profunda ecoando pela sala.

    — A história foi reescrita esta noite. — disse ele, soltando a fumaça pelo canto da boca. — O domínio das 35 escolas caiu… diante de um garoto. De um único nome.

    Ele ergueu uma foto na mão.
    Era Yoru, suado, sorrindo no meio da multidão.

    — Yoru… — sussurrou Charles, quase como se provasse o gosto do nome.

    Fez uma pausa longa, deixando o peso da situação se instalar.

    — A queda das escolas significa mais do que apenas uma mudança de liderança. — continuou, seus olhos brilhando com malícia. — Significa que o verdadeiro submundo, que esteve adormecido por anos… começará a se mover novamente.

    Os homens em pé não ousaram interromper.

    — Os velhos reis… os primeiros monstros da geração dos delinquentes… — disse Charles, cruzando as pernas lentamente — Eles sentiram o cheiro do sangue. E eles virão.

    Ele deu uma tragada profunda no charuto.

    — As gangues, os cartéis, os sindicatos… todos os predadores que um dia governaram nas sombras… agora vão querer suas presas de volta.

    Charles se levantou, caminhando lentamente até a janela espelhada, olhando para o reflexo da cidade adormecida.

    — A era da paz juvenil acabou. — disse, quase em um sussurro.

    Seu sorriso aumentou, macabro.

    — E Yoru… — murmurou ele — …vai descobrir que vencer uma guerra escolar… foi apenas a primeira gota no oceano.

    Atrás dele, os homens começaram a se movimentar.
    Mensageiros seriam enviados.
    Ordens seriam dadas.
    Velhos inimigos seriam acordados.

    O mundo, silenciosamente, começou a mudar naquela madrugada.

    E Yoru…
    Sem saber, havia puxado o gatilho de uma nova era.

    Uma era… onde a verdadeira guerra estava apenas começando

    [Três dias depois]

    Dias depois, tudo já estava mais calmo, o boato que a escola 35 havia sido dominada pela escola 25 e o Yoru e seu grupo depois de 10 anos, unificou todas as 35 escolas do Japão se alastrou como fogo, todos estavam sabendo sobre a grande vitória do Yoru.

    O Yoru, estava vivendo sua vida normalmente, ele não queria viver como um delinquente, não agora. Ele queria focar nos estudos, viver em paz por alguns momentos e aproveitar os dias, ou até meses com a Hina e os seus amigos.

    — Yoru! Bom dia, como está? — a Hina apareceu agarrando o braço do Yoru de forma delicada, o Yoru deu um sorriso e disse;

    — Estou muito bem, e você, como está? — a Hina devolveu o sorriso e disse;

    — Muito bem agora, oque pretende fazer hoje a tarde? Estava pensando em não trabalhar hoje e agente sair para um jantar romântico, não acha bom?

    — Vamos sair mais cedo hoje, atentemos alguns clientes e depois vamos jantar em um lugar um lugar bom.

    — Ah, tudo bem… Aliás Yoru, fiquei sabendo que o Wallace está na cidade… Eu queria ver ele

    — Ah… Quem sabe agente vá lá depois, ele está na casa do Hayato.

    “É verdade, o Wallace e a Hina construíram uma espécie de amizade… Bem, depois que curei ela dá habilidade que sugou a vitalidade dela, com a habilidade de elixir, o Wallace foi morar por tempo indeterminado na casa do Hayato, pois ele tinha umas coisas pra fazer aqui. Porra.. muita coisa aconteceu também…”

    [Dias atrás]

    A dias atrás, o Yoru estava no hospital, ele já tinha curado a Hina de um estado bem grave, a ela mesmo assim permaneceu em vigia só por precaução

    A tarde do mesmo dia, Lee chegou no hospital de cabeça baixa, ela estava bem abatida mesmo, ela chegou até o Yoru e disse;

    — Mesmo depois de tudo… O Barry continua desacordo, e o Danilo também, queria ver eles acordados assim como a Hina acordou, mas parece que o estado deles é mais grave… — a Lee começou a chorar um pouco, o Yoru abraçou ela e disse;

    — Eu vou salvar eles dois, por favor, fique aqui com a Hina — o Yoru se levantou e foi caminhando até o quarto onde o Barry e o Danilo estavam

    “Esses são meus últimos dois frascos de elixir…”


    [Habilidade: Elixir]

    Ao usar essa habilidade no Danilo, do nada, ele começou a se movimentar novamente, um brilho azul intenso começou a emanar, e então… Devagarinho ele abriu os olhos lentamente, olhando para o Yoru

    — Oque aconteceu?

    O Yoru não respondeu e fez a mesma coisa com o Barry, o Danilo não acreditou no que viu, para ele era algo gotalinovo e diferente de tudo que havia visto, ele ficou com os olhos cheios de lágrimas, pois agora, seu amigo estava acordado

    O Barry olhou para o Yoru, olhou para os lados e viu seu amigo, e deu um grande sorriso, do nada, a Lee apareceu na porta, e correu até ele dando um grito bem alto e chorando bastante

    — Barry! Que bom te ver novamente!

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