Capítulo 191 Hunides (16)
14h03 – Tóquio, céu limpo, ar pesado
O calor seco pairava sobre Tóquio, e mesmo as sombras dos arranha-céus pareciam afiadas como lâminas. O trânsito, como sempre, estava intenso, mas em certos círculos da cidade, as engrenagens giravam em outro ritmo — um ritmo oculto, onde sorrisos e flashes de câmeras escondiam armas e contratos de silêncio.
Jakson andava de um lado para o outro no hall principal, os punhos cerrados, o rosto suando em demasia. Ao seu lado, Lince observava o horizonte através das vidraças do segundo andar. A tensão era densa. Cada passo, cada suspiro era pesado.
— Algo está para acontecer — disse Lince, quebrando o silêncio, seu olhar firme e distante. — E não vai ser pequeno.
Jakson assentiu com um cenho franzido. Pegou o celular e ligou para o sistema de segurança interno. As câmeras estavam ativas. Ele já havia convocado todos.
No andar inferior, Yoru amarrava os cadarços de suas botas. Hayato, ao seu lado, dava socos leves no ar, aquecendo os punhos. Ben, sentado, limpava cuidadosamente uma corrente com olhos calmos, enquanto Sophie verificava as ligações das saídas de emergência.
Nathan e Hiroshi estavam mais afastados, trocando informações com Bunkjae e Philips sobre possíveis rotas de fuga e pontos fracos do prédio. Mia, com sua calma misteriosa, digitava algo em um laptop, não ligando muito para a situação que estava por vir
— Estamos preparados? — perguntou Yoru, olhando para os amigos.
— Nunca se está 100% preparado para a guerra — respondeu Ben, sorrindo de canto. — Mas estamos vivos. E isso é um bom começo.
Sons de motores ecoaram do lado de fora.
Lá fora, a poeira se levantava como prenúncio de morte. Várias motos, vans e carros se alinhavam na entrada da rua principal. Eram mais de 500 homens. Todos vestidos com a cor preta da Black G. Em sua frente, Dagon, com um sobretudo negro e um sorriso que parecia cortado a faca.
Ele levou o celular ao ouvido.
— Já estamos posicionados — disse. — Esperando seu sinal.
Do outro lado da linha, Charles Choi respondeu com voz baixa e cheia de intenção:
— Boa sorte, Dagon. Faça parecer um massacre entre gangues. Quando os fogos cessarem, a polícia chegará para recolher os restos… e reescrever a história.
Dagon desligou e sorriu. Um sorriso doentio. Levantou o braço e seus homens prepararam armas, bastões, correntes e escudos improvisados.
Os portões do hotel abriram. E do lado de dentro, uma fileira se formava. Yoru na frente, olhos ardendo em fogo. Hayato ao seu lado, com os punhos envoltos em bandagens. Atrás deles, cada rosto conhecido da Hunides, cada membro disposto a dar sua vida por algo maior do que si mesmo.
Mas antes que pudessem dar um passo, um barulho novo ecoou pela rua lateral. Um tropel de passos. Sons secos de botas batendo no asfalto. Todos olharam. E então eles apareceram.
A gangue da Rua 12.
Mais de 400 delinquentes marchavam como um exército. Homens e mulheres, alguns jovens, outros com cicatrizes antigas, todos com o mesmo brasão: um “X” invertido, o símbolo de resistência.
Ash, o líder, estava na frente. Era jovem, com cabelos loiros platinados, olhos dourados como fogo. Usava um uniforme adaptado, meio escolar, meio militar.
— Não podíamos deixar vocês sozinhos nessa — disse Ash, estendendo a mão para Yoru. — Charles está cavando o próprio buraco. E vamos enterrá-lo juntos.
Atrás dele, Boong se aproximava. Um gigante, com mais de dois metros, careca, olhos escuros e punhos que pareciam blocos de concreto. Ele não disse nada. Apenas deu um soco no próprio peito e assentiu para Hayato.
Dagon gargalhou ao ver a formação.
— Que comece o show — disse, e estalou os dedos.
Black G avançou como um tsunami. As ruas se tornaram palco de guerra. Gritos, socos, explosões de fumaça. O som de metal contra metal, de ossos sendo atingidos. O caos absoluto.
Hayato se lançou contra três homens da Black G, com a velocidade de um raio. Seus socos curtos eram precisos, quase invisíveis. Bunkjae e Hiroshi lutavam costas com costas, derrubando inimigos com movimentos calculados.
Boong arremessava adversários com uma força bruta inacreditável. Ash, com movimentos elegantes, parecia dançar em meio à batalha. Sophie gritava comandos, coordenando pequenos grupos da Hunides com estratégia de guerra.
Yoru lutava como um demônio em carne. Seu sangue fervia. Seus olhos estavam fixos em Dagon, que observava de cima de um carro.
Eles se encararam.
Dagon saltou do capô e caminhou lentamente até Yoru, empurrando quem estivesse no caminho.
— Finalmente nos encontramos, pirralho — disse ele, tirando a jaqueta. — Vamos ver se a lenda da Hunides ainda tem dente pra morder.
Yoru não respondeu. Ele apenas ergueu os punhos.
14h39
No alto de um prédio próximo, Kira Hashimoto observava tudo com binóculos. Ao seu lado, um notebook transmitia o que Mia havia captado: áudios de Charles Choi, documentos falsificados, dados comprometendo o Comissário Masaru Kitamura.
Ela sorriu com amargura.
— Você quer jogar xadrez, Charles? Eu te mostro como se joga xadrez com rainhas.
Enquanto a batalha se intensificava, e a cidade abaixo mergulhava em caos, uma nova guerra começava no invisível: nos bastidores da mídia, nos circuitos digitais, nas sombras do poder.
A verdade tinha um preço. E todos estavam prestes a pagá-lo.
De volta a guerra, Ben foi se lançando para linha de frente, com uma vontade imensa de lutar, ele queria mostrar para oque veio, e de um por um, ele ia acabando na porrada
O Ben estava muito superior a os outros delinquentes da Black G
Nome:Ben White altura:1,88
Segunda geração Peso:84
Força: XXX
Velocidade:XXX
Potencial:B+ [Transcendido]
Inteligência:C
Resistência:EX
“Esses caras são muito fracos, tenho que achar alguém do meu nível para amassar de uma vez!” O Ben disse detonando uma pilha de delinquentes no murro, ele estava imparável
A guerra continuava muito frenética, nenhum lado estava ganhando por enquanto aparentemente, Ash, o líder da gangue da Rua 12, estava mostrando o quanto era forte e tinha experiência em lutas
Nome:Ash Tordan altura:1,80
Segunda geração Peso:76
Força:XX+
Velocidade:X
Potencial:S [Ascenção]
Inteligência:B
Resistência: XX
O Ash partiu para cima de um grupo de delinquentes, que estavam com bastões e facas, ele deu um salto bem alto e afundou a cabeça de um dos delinquentes no chão com um pisão, ele deu um sorriso confiante
— Vocês são fracos! Venham todos vocês de uma vez! Quero me divertir mais e mais! — após ele falar isso, um vento forte veio na sua direção, o único sentimento dele foi de se defender, e nada mais, ele voou um pouco distante e olhou torto para o cara que vinha avançando com passos leves em sua direção
[Onoki – Black G.]
{Fase: 1 / 2 }
Nome:Onoki altura:1,90
Segunda geração Peso:102
Força:XX
Velocidade:MR+
Potencial:A [Ascenção]
Inteligência:D
Resistência:XXX
— Então é a mim que está procurando, alguém forte o suficiente para lutar de igual para igual com você, não me desaponte, quero me divertir um poucochinho com você
Do nada, o Boong tomou a frente do Ash, o Onoki parou e os dois ficaram se encarando, os dois pareciam dois multantes, duas aberrações genéticas, ambos eram puro músculo, apenas.
{Fase 1 / 2 }
Nome:Boong altura:2,01
Segunda geração Peso:114
Força:XXX
Velocidade:X
Potencial:S [Despertado]
Inteligência:C
Resistência: XX+
— Desculpa Ash, mas eu vou pegar essa luta para mim, se não se importar é claro — o Ash deu um sorriso e disse;
— Tudo bem, pode ir com tudo, só não perde.
— Eu sei oque estou fazendo — o Boong disse bastante confiante
— Você está bem confiante… Como é seu nome antes de eu te matar? O meu é Onoki!
— O meu é Boong
O primeiro soco não foi dado, foi lançado.
Boong, o Monstro da rua 12, avançou como um rolo compressor, o braço direito engatilhado com a força de um trem descarrilado. Onoki, desviou por milímetros, o ar estalando entre seus cabelos desgrenhados.
BOOM!
O punho de Boong colidiu com o asfalto, afundando o chão como se fosse manteiga quente. Cacos de rua voaram como balas de escopeta. Onoki saltou para trás, girando no ar como um lutador de capoeira. Ao pousar, fez o solo tremer com sua base firme.
— Vai precisar de mais que força bruta pra me quebrar, Boong! — gritou Onoki, abrindo a guarda com os punhos cerrados como martelos de aço.
Boong sorriu, um sorriso torto, insano.
Onoki partiu para cima. Dois jabs, um direto no queixo, Boong absorveu como se fossem tapas. O terceiro soco, um gancho de esquerda, foi bloqueado com o ombro. Boong girou sobre o calcanhar e encaixou um cruzado de direita tão forte que o ar vibrou. Onoki foi arremessado contra um poste, que entortou com o impacto.
Mas Onoki levantou, cuspindo sangue e rindo.
— Agora sim.
Onoki começou a dançar sobre os pés. Seus passos eram leves como plumas, mas cada golpe era uma bala de canhão. Um uppercut veio do nada, atingindo Boong no queixo e o levantando cinco centímetros do chão. Ele caiu de costas, mas antes de tocar o chão, impulsionou-se num giro e voltou em pé como se fosse feito de borracha.
— Me fez sentir algo… Finalmente.
Boong acelerou, os passos pesados rachando o chão, cada soco criando vácuos no ar. Onoki recuava, desviando por milímetros, até que um direto de Boong acertou seu ombro. O som foi como um trovão seco. O corpo de Onoki girou três vezes no ar e caiu com o ombro rangendo.
Ambos estavam feridos. A rua tremia a cada passo. Os carros ao redor estavam esmagados, janelas estouradas. Eles começaram a trocar socos simultaneamente, sem guardar, sem estratégia.
Direto. Gancho. Uppercut. Cruzado.
Cada golpe era um trovão. Cada impacto, uma explosão.
Os dois estavam sangrando, exaustos, mas nenhum caía.
Onoki, com o olho esquerdo fechado e o braço pendendo, gritou:
— Última sequência. Ou eu caio… ou você.
Boong urrou como uma besta, avançando.
Onoki girou e deu um soco giratório de esquerda – sua técnica secreta.
Boong bloqueou com o cotovelo e devolveu com um gancho de direita monstruoso.
O tempo parou.
Os dois socos se chocaram no ar, uma explosão sônica ecoou por três quarteirões.
Silêncio.
Onoki caiu de joelhos. Depois, desabou.
Boong também caiu… mas com um joelho no chão apenas, respirando com dificuldade, o rosto inchado, mas com um sorriso vitorioso.
— Que merda de luta boa…
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