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    [Shopping de Shirohara – Corredor de Serviço]

    A luz fria do corredor de serviço refletia nas placas metálicas das paredes. O som dos passos apressados de Wallace ecoava junto ao leve tilintar dos saltos de Viviane. Atrás deles, os homens suspeitos ganhavam terreno.

    Wallace girou nos calcanhares e empurrou Viviane com delicadeza contra a parede, protegendo-a com o próprio corpo. O corredor estreito deixava pouco espaço para manobra, mas o suficiente para alguém treinado como ele transformar o ambiente num campo de vantagem.

    — Vou resolver isso rápido — ele disse, os olhos se tornando frios como aço.

    Viviane, porém, segurou o braço dele.

    — Não precisa matar… eles ainda não atacaram de fato.

    — Então vamos testar os limites da paciência deles.

    Os dois homens finalmente dobraram o corredor. Wallace se moveu com precisão cirúrgica — um passo à frente, corpo baixo, mãos em guarda. O primeiro avançou com uma faca curta. Wallace girou o corpo, desviou, agarrou o braço do agressor e o lançou contra a parede com força suficiente para deixá-lo inconsciente. O segundo tentou atacar pelas costas, mas Viviane ergueu a perna e desferiu um chute lateral direto no estômago dele, derrubando-o.

    — Você luta bem demais pra quem queria apenas um milk-shake — Wallace comentou, arqueando uma sobrancelha.

    Viviane bufou, ajeitando os cabelos.

    — Eu sou multifuncional. Beleza, inteligência e combate.

    Quando a equipe de contenção chegou, Wallace já estava colocando os dois invasores em posição de rendição. Viviane, com expressão firme, apenas se virou e disse:

    — Vamos sair daqui. Tenho que me preparar para esta noite.

    — Noite? — Wallace perguntou.

    Ela olhou para ele com um olhar que misturava confiança e melancolia.

    — Tenho reunião com os meus vips

    [Distrito de Kiyokabe]

    O sol mal havia nascido quando Hudson, suando embaixo de um quimono preto sem mangas, desferia golpes secos contra um tronco reforçado de aço. Cada soco, cada respiração… era calculada.

    Do alto da escadaria do templo, Mayato, o Rei de Kiyokabe, observava o discípulo com olhos tranquilos, mas penetrantes. Seus cabelos já chegando na fase grisalha, estavam presos num coque samurai, e seu corpo ainda imponente apesar da idade avançada.

    — Sua forma está sólida, mas sua mente ainda está no mundo moderno — disse Mayato com voz grave. — Você precisa abandonar os vícios da nova geração.

    Hudson parou, ofegante.

    — O senhor fala como se os tempos antigos fossem superiores.

    Mayato desceu os degraus lentamente.

    — Não superiores. Apenas… mais reais. Naqueles dias, a dor era verdade. A vitória, uma necessidade. E cada guerreiro carregava o peso de sua linhagem.

    Hudson abaixou a cabeça.

    — Então por que estamos tentando ressuscitar esses tempos? Não deveríamos evoluir?

    Mayato sorriu de leve.

    — Evoluir não é esquecer. É compreender. Os novos tempos estão se curvando perigosamente à ganância, ao uso imprudente de tecnologias antigas, e a uma falsa ideia de liberdade. Você, Hudson, representa a ponte. O elo entre o passado e o futuro.

    Hudson deu alguns passos à frente, erguendo os punhos novamente.

    — E o que eu preciso fazer?

    Mayato se posicionou diante dele.

    — Me enfrente. Sem hesitar.

    Hudson arregalou os olhos.

    — Agora?

    — Agora. Com tudo o que aprendeu.

    Hudson respirou fundo e avançou. Os dois colidiram. O choque de seus corpos gerou uma onda de pressão que sacudiu as folhas dos cedros ao redor. Hudson era veloz, mas Mayato era um oceano de técnica. Cada golpe de Hudson era desviado, absorvido, redirecionado.

    — Você luta com raiva — disse Mayato, enquanto bloqueava um soco mega forte. — Mas precisa lutar com propósito.

    Hudson rosnou, girou no ar e desceu com um soco vertical. Mayato o aparou com a palma aberta e o empurrou para longe com um simples movimento de quadril.

    Hudson caiu ajoelhado, ofegante.

    — Eu… não sou páreo ainda.

    Mayato se aproximou e colocou a mão no ombro do garoto.

    — Ainda não. Mas você está no caminho. Lembre-se: a Primeira Geração sobreviveu ao inferno. E os filhos desse novo mundo também precisarão fazer o mesmo.

    Hudson levantou-se com os olhos ardendo de determinação.

    — Então me treine. Me quebre. Me refaça. Eu vou ser forte o bastante pra proteger todos… e principalmente, pra sobreviver à tempestade que está chegando.

    Mayato assentiu.

    — A tempestade… já começou.]

    Viviane estava sozinha, olhando para a cidade que ardia em luzes artificiais. A brisa balançava seus cabelos prateados. Ela ativou um pequeno comunicador em sua orelha.

    — Wallace, pode me ouvir?

    — Sempre.

    — O mundo está mudando rápido demais. Não sei se terei tempo de construir o que desejo.

    — Então construa agora. Comigo. Até o último segundo.

    Viviane sorriu, seus olhos azuis refletindo a escuridão.

    — Então fique comigo, até o fim.

    Ela desligou.

    E, naquele silêncio, as engrenagens do novo mundo começaram a girar — mais rápido, mais impiedosas, mais próximas da Primeira Geração do que qualquer um ousaria admitir.

    [Prédio principal GHV]

    O Charles estava com sua bengala de pé olhando para a cesta cidade abaixo do seu grande prédio, ele via aquilo tudo como lixo, mas por ele, tudo bem, pois ele tinha poder e o vasto conhecimento de que aquele poder poderia mudar completamente o mundo e moldar da forma que ele desejava

    Do nada, a Yummi entrou na sala, ela foi até a mesa e pegou o whisky que estava sobre ela e pôs em um copo de vidro com alguns gelos que estavam em um frigobar que estava perto da parede

    — Você está com muitos planos para esses últimos três anos, não é? Estou bastante ansiosa para oque vai acontecer daqui pra frente — a Yummi disse enquanto dava um gole no whisky

    — Meus planos já estão sendo construídos de pouco em pouco, daqui a um tempo, vou me tornar ainda mais rico, ainda mais influente e poderoso, e vou dominar tudo como sempre sonhei

    — Tá mas ainda tem a questão da Kira hahaha, se você não der um fim nela, ela vai te superar, e te degolar em rede nacional, e o Enzo também vai ajudar, te apunhalando várias e várias vezes nas costas. E eu vou estar na primeira fileira assistindo isso — a Yummi disse dando gargalhadas

    — E você não ia me ajudar em nada disso? Depois de tudo? — o Charles disse se virando para a Yummi, ela abriu um sorriso maléfico e disse;

    — Não confunda as bolas, eu estou do seu lado por causa do dinheiro, tou pouco me fudendo se vai viver ou não, e não se esqueça do que te falei a dez anos atrás assim que te conheci

    — Como vou me esquecer, me deu até lembranças quando você falou que ia está na primeira fileira vendo o meu fracasso, sabe, você deveria ser um pouco grata, pois eu te tirei da miséria e te deu um mundo que você sempre sonhou

    — Eu vivo só pela ganância do dinheiro, onde tem dinheiro tem eu, e outra coisa, você tem minha palavra a dez anos, nunca vacilei um momento contigo, mas quando dar merda, a primeira a sorrir vai ser eu

    — Você sabe que você é a linha de frente e a base de todos os delinquentes desse país, se um dia tudo vir abaixo, você vai ser a primeira a ser procurada, mais de 100 mil delinquentes tentando te matar ao mesmo tempo — o Charles disse em um tom de ameaça

    — Hahahahaha! — a Yummi deu uma risada bem alta e explodiu o copo de vidro na sua mão e disse;

    — Charles! 100 mil delinquentes me enfrentando ao mesmo tempo séria um TESÃO! pra mim, e você sabe que eu iria matar todos eles na mão nua

    O Charles foi saindo da sala

    — É… Eu sei do que você é capaz de fazer.

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