Capítulo 242 - A coisa
Depois de minutos, tudo já estava saindo perfeitamente, os amigos do Yoru conseguiram neutralizar aquele tanto de guardas no hospital, só faltava achar onde o Yoru estava sendo mantido
— Cara… Algo não está me cheirando bem, eu sinto que alguém está vindo na nossa direção — Disse o Danilo para o Leonard, o mesmo concordou
— Verdade, sinto uma presença que nunca senti na minha vida, alguém muito, mais muito forte está vindo ai — O Leonard disse com um tom de medo, um calafrio enorme percorreu seu corpo
Do nada, uma criatura de três metros de altura, cheia de músculo, todo remendado, com uma sunga e careca, parecia um bicho, algo que ninguém nunca viu na vida, aquilo era uma criação do Dr. Muriell
[ A Coisa – Geração??????]
Danilo e Leonard ficaram como estátuas, parados, aquela criatura era horrível de se ver, e do nada, ela correu na direção deles, e amassou a cabeça dos dois na parede abrindo uma cratera gigante na mesma, apagando os dois instantaneamente.
Com a Sophie, ela e Eli Jang, se separaram do Tom, ambos foram para caminhos diferentes, para facilitar a procura, e então… Em uma sala mais a frente, a Sophie encontrou o Yoru, ele estava de pé, cabelos raspados na 1, estava vestindo só uma calça preta um pouco folgada, sem camisa e descalço
— Yoru! Que bom que está bem! — a Sophie foi correndo na direção do Yoru, mas do nada, algo aconteceu, instantaneamente, a Sophie foi arremessada para bem longe com um único movimento das mãos do Yoru
[Leia o vento]
Nome: Yoru Akemi altura:1,79
Segunda geração Peso:64
Força: SX
Velocidade:SX
Potencial: ??? [Transcendido]
Inteligência:S
Resistência:SX
O Yoru estava com aquela aparência estranha, olhos negros, iris branca, uma expressão facial neutra, ele olhou para o Eli Jang e ficou encarando ele, possivelmente analisando tudo nele
“Tem uma pressão enorme em volta dele, ele é muito, mais muito perigoso mesmo” Eli pensou recuando alguns passos para trás
O Yoru olhou para cima e do nada, a pressão em volta dele aumentou mais e mais ainda, uma aura negra avermelhada cobriu seu corpo por inteiro, ele estava em um estado infernal por assim dizer
Já com o Tom, ele também tinha achado o Wallace
Os corredores do hospital estavam em silêncio profundo, apenas o som de alarmes distantes, lâmpadas piscando e alguns corpos caídos preenchiam aquele ambiente sufocante. O cheiro metálico de sangue e pólvora impregnava o ar, misturando-se ao desinfetante barato que exalava das paredes amareladas. Tom caminhava atento, os olhos semicerrados, a respiração lenta, o corpo relaxado, mas preparado para explodir em velocidade a qualquer instante.
Ele sabia que Yoru estava próximo… mas antes de encontrá-lo, algo chamou sua atenção.
— …Wallace? — Tom sussurrou, ao abrir uma porta no fim do corredor.
A sala estava mal iluminada, com lâmpadas fluorescentes que estalavam e oscilavam. No centro, Wallace estava em pé, ofegante, o peito subindo e descendo, os olhos avermelhados, pupilas dilatadas, como se estivesse tomado por pura fúria. Seu corpo inteiro vibrava com uma energia distorcida. No canto, uma seringa quebrada denunciava o uso da droga experimental.
Mas o que mais assustou Tom não foi a droga. Foi o olhar. Wallace não o via.
Ele não enxergava Tom. Ele via Yummi.
— …Você… — Wallace murmurou, os punhos cerrando. A voz dele saiu grave, rouca, quase um rosnado. — Você acha que eu esqueci? Que eu apaguei da memória a forma como você matou meu irmão?
Tom respirou fundo.
— Wallace, não sou eu. É a droga. Sou eu, Tom. Você está confundindo as coisas.
Mas já era tarde demais.
Wallace rugiu como um animal ferido, as veias saltando pelo pescoço, o suor escorrendo pelo rosto. Ele avançou de repente, o chão rachando sob seus pés. Seu corpo se moveu em um chute giratório perfeito. Tom desviou por um fio, o ar cortando ao lado de seu rosto. O golpe acertou a parede, que se quebrou em pedaços como se fosse papel.
Tom arregalou os olhos.
“ Ele está copiando estilos” pensou, recuando alguns passos.
Wallace não parou. Um soco reto em linha. Logo em seguida, uma esquiva baixa e uma rasteira elástica. Antes que Tom pudesse se recompor, veio um clinch agressivo e joelhadas devastadoras
O impacto sacudiu os ossos de Tom, que se defendeu com o antebraço, sentindo a dor irradiar.
— Wallace, para com isso! Não sou seu inimigo! — ele gritou, segurando o braço do rapaz, mas Wallace não ouvia nada.
Os olhos de Wallace estavam cheios de lágrimas, mas também cheios de ódio. Cada golpe que ele desferia parecia carregar não apenas a técnica, mas um ressentimento profundo.
— Você não sabe o que é carregar um corpo morto nos braços… não sabe como é ver o sorriso do seu irmão se apagando por causa de você! — Wallace vociferou, a voz embargada, mas firme. — Eu vou esmagar você, Yummi! Vou esmagar até não sobrar nada!
Tom cerrou os dentes. O peito apertou. Era doloroso vê-lo assim, mas não havia escolha. Ele precisava lutar.
De repente, o corpo de Tom mudou. Sua postura se abaixou, os músculos relaxaram, os olhos se estreitaram, refletindo um brilho selvagem. A atmosfera ficou pesada.
— …Estilo Fera. — ele murmurou.
A luta explodiu.
Wallace atacava em uma sequência frenética, misturando estilos como se fosse um dicionário vivo de artes marciais. Cada golpe vinha com precisão absurda, como se ele tivesse treinado a vida toda. Mas Tom, com o Estilo Fera, reagia com instintos animalescos. Ele se movia como uma pantera em emboscada, desviando por um fio, contra-atacando com golpes curtos, secos, brutais.
O som dos impactos ecoava pelo hospital vazio. O chão rachava. As paredes cediam. Cada soco, cada chute, era acompanhado por respingos de sangue, estalos de ossos, respirações pesadas.
— Wallace! — Tom rosnou, segurando um soco com a palma da mão e empurrando-o para trás. — Você não é meu inimigo! Não lute contra mim!
Mas Wallace não parava. Ele urrava, misturando dor e raiva. Seus olhos tremiam de lágrimas, mas seus punhos continuavam firmes.
E então… algo mudou.
De repente, o corpo de Wallace ficou rígido. Seus olhos se tornaram frios, quase robóticos. Ele ergueu os braços em posição perfeita, respirando fundo. Uma aura cinzenta percorreu seu corpo.
— …Modo Automático. — ele disse, sua voz vazia, sem emoção.
Tom arregalou os olhos.
— Isso é…!
Nos dez segundos seguintes, Wallace se tornou perfeito. Seus movimentos ganharam uma sincronia impossível. Não havia hesitação, não havia brechas. Cada golpe era calculado, cada passo era exato, cada defesa era absoluta. Ele parecia invencível.
Tom foi jogado contra a parede com um chute no abdômen, o ar escapando de seus pulmões. Antes que pudesse respirar, um gancho de direita o acertou no rosto, seguido de uma cotovelada devastadora.
O mundo girou por um instante.
Tom caiu de joelhos, cuspindo sangue.
— Esse… esse é o poder que ele copiou de alguém bem forte… — ele pensou, limpando a boca. — Mas mesmo assim… não é suficiente.
O Tom avançou, mais selvagem, mais brutal. Tom se ergueu com um rugido, avançando contra Wallace. O choque dos dois foi ensurdecedor.
O tempo passou como um sopro. Wallace atacava com perfeição absoluta, mas Tom, guiado apenas pelo instinto, respondia de forma imprevisível, animalesca, quebrando a lógica dos movimentos. E quando os dez segundos se esgotaram… o corpo de Wallace vacilou.
O brilho em seus olhos se apagou. A respiração falhou.
Tom não perdeu tempo. Ele o agarrou pelo braço, girou e o derrubou no chão com força, imobilizando-o. Wallace ainda tentou resistir, mas já estava esgotado, o corpo tremendo, lágrimas escorrendo pelo rosto.
— …Yummi… — ele murmurou, antes de desmaiar.
Tom ficou em silêncio por longos segundos, olhando para baixo. O peito dele subia e descia, o suor escorria pela testa, o sangue manchava os lábios.
Ele respirou fundo, fechou os olhos e murmurou:
— Você não é meu inimigo… nunca foi.
O som de passos distantes ecoou pelos corredores. Outros estavam chegando. Tom olhou para Wallace desacordado e o carregou nos ombros, decidido a não abandoná-lo.
O hospital parecia ruir em volta deles, mas uma coisa era clara: aquela batalha não havia sido contra Wallace. Era contra a dor dele.
E Tom sabia… que essa dor ainda voltaria.
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