Índice de Capítulo

    Já com Sophie e Eli Jang, os dois estavam muito assustados com a tamanha força do Yoru, eles tinham corrido e se escondido em um lugar onde o Yoru não poderia achá-los

    “O Yoru está muito mas muito forte mesmo, isso não é algo que nós dois podemos lidar nesse exato momento, sua força pode ser comparada a o daquela pessoa… Esse resgate tá dando mais trabalho do que imaginava…”

    O Yoru ficou parado, no mesmo lugar, olhando de um lado para o outro, procurando alguém para lutar, do nada, o Yoru começou a caminhar na direção dos dois, deixando a Sophie assustada

    — Porra! Vamos morrer aqui mesmo! Que merda! — ela disse bem baixinho, o Eli olhou para ela e negou, e logo em seguida falou bem baixinho

    — Não, tem outra pessoa aqui, eu estou sentindo… Alguém que pode distrair o Yoru por um certo tempo — disse o Eli confiante para a Sophie

    Quando os dois olharam, viram uma figura masculina de cabelos pretos frente a frente com o Yoru, a Sophie deu um sorriso e disse;

    — Vamos ajudar ele, nós três somos suficientes para tentar algo com eles — Sophie e Eli saíram de onde estavam escondidos e foram até aquela pessoa

    O Yoru ficou focado só naquela única pessoa, mas logo algo aconteceu, uma força absurda tomou conta do hospital, algo tremendo, uma aura nunca mais sentida

    — Esse cara se tornou uma aberração completa — disse a figura, a Sophie chegou atrás dele e pegando no seu ombro

    — Verdade, Danilo, sinto muito ter que pedir isso, mas precisamos de sua força para tentar conter isso — o Danilo deu um sorriso e disse;

    — Tudo bem, afinal, tou devendo algo pra esse cara, se agente conseguir controlar ele, e por um fim nessa batalha, vamos estar quites agora.

    O Eli fechou seus punhos e disse em alto tom;

    — Vamos dar tudo de nós, pq o Yoru vai vir para matar todos nós

    o corredor do hospital estava mergulhado em penumbra, iluminado apenas por lâmpadas que piscavam, estourando uma a uma com o peso da pressão que pairava no ar. O cheiro de fumaça, poeira e ferrugem corroída tomava conta do lugar, como se o próprio ambiente rejeitasse a presença daquele que caminhava calmamente pelo chão de azulejo rachado.

    Yoru estava no centro, ereto, o corpo relaxado, mas os olhos fixos como lâminas que não piscavam. Seus passos eram silenciosos demais, como se não tocasse o chão. Os músculos de seu corpo se contraíam e relaxavam em perfeita harmonia, um ritmo quase musical, como uma partitura de artes marciais que só ele compreendia.

    Sophie sentiu o estômago embrulhar. O suor frio escorria pelo seu pescoço, mas ela se colocou em posição de combate. Sua base firme do karatê Kyokushin, pés plantados no solo, punhos erguidos e olhar determinado. Mesmo que a sensação fosse de lutar contra um monstro, ela não podia recuar.

    Danilo, ao seu lado, ajeitou a postura do aikidō, os braços relaxados, corpo levemente curvado para frente, pronto para redirecionar energia e absorver impacto. A tranquilidade dele parecia quebrada pela tensão nos lábios cerrados.

    Eli Jang, diferente deles, parecia vibrar com energia crua. O estilo Fera dele não era bonito, nem técnico – era selvagem, instintivo, brutal. Seu corpo inteiro tremia como se fosse explodir, os dentes cerrados em um sorriso sádico e nervoso, pronto para saltar.

    — Ele está em outro nível… — murmurou Sophie, respirando fundo. — Mas não importa. Eu não vou fugir.

    Danilo encarou Yoru, e pela primeira vez em muito tempo, sentiu medo. — O jeito que ele se move… não é humano. Não tem desperdício, não tem falha. É como se ele fosse a própria definição de luta.

    Eli cuspiu no chão, rangendo os dentes. — Foda-se se ele é um demônio ou um deus. Eu vou arrebentar esse cara!

    Antes que qualquer palavra ecoasse, Yoru avançou. Não correu. Não saltou. Ele simplesmente deslizou pelo espaço, como se o ar cedesse passagem. Em um piscar de olhos, estava diante de Sophie.

    Ela bloqueou com o braço, firme no karatê, mas o impacto do soco de Yoru fez seu antebraço estalar. Um choque percorreu seu corpo inteiro. Ela recuou dois metros, deslizando pelo chão, os pés arranhando o azulejo.

    — Tão… rápido! — ela ofegou, os olhos arregalados.

    Danilo entrou em ação. Tentou agarrar o braço de Yoru e usar o princípio do aikidō, redirecionando a força. Mas Yoru não permitiu. Ele antecipou o movimento, torcendo o corpo em um giro perfeito. Com o cotovelo, atingiu Danilo no estômago. O som foi seco, profundo, como madeira rachando. Danilo se ajoelhou de imediato, tossindo sangue.

    Eli rugiu como um animal e partiu contra Yoru, os olhos flamejando com fúria. Seus punhos eram como martelos, selvagens, rápidos, irregulares. Ele acertou uma, duas, três combinações contra o rosto e tronco de Yoru.

    Por um segundo, pareceu que estava funcionando. Mas Yoru… não demonstrava nenhuma reação.

    Com uma calma desconcertante, ele moveu a cabeça milímetros para desviar de cada soco. O corpo dele girava como uma serpente, os pés quase não mudando de posição. Então, em um único contra-ataque, Yoru golpeou o peito de Eli com a palma aberta.

    O impacto jogou Eli contra a parede, abrindo uma cratera no concreto. O ar escapou dos pulmões dele em um urro de dor, e o sangue espirrou da boca.

    — Caralho…! — Eli gemeu, forçando-se a sair do buraco na parede. — Ele é um monstro…

    Sophie voltou para a luta, gritando, tentando se convencer da própria coragem. Ela desferiu uma série de chutes de karatê, a velocidade de suas pernas cortando o ar como lâminas. Yoru defendeu todos, um por um, com movimentos econômicos. Cada bloqueio dele parecia cronometrado, cada rotação de quadril era perfeita.

    Então, Yoru agarrou a perna dela no ar. Em um movimento seco, girou o corpo dela e a arremessou contra uma maca de hospital quebrada. O barulho ecoou pelo corredor, seguido do gemido de Sophie.

    Danilo, mesmo sangrando, voltou a se levantar. — Não posso… cair agora. — Ele avançou, tentando mais uma vez usar o aikidō. Segurou o braço de Yoru, tentou torcer, mas Yoru usou a própria força de Danilo contra ele, o levantando e o jogando de cabeça contra o chão. O impacto fez o piso rachar em círculos.

    Eli rugiu novamente e saltou, usando todo o instinto animal do estilo Fera. Ele mordeu o lábio, o sangue escorrendo pelo queixo, e lançou um chute giratório improvisado. Yoru apenas inclinou o corpo, desviando, e respondeu com um soco no queixo. O som foi como um trovão. Eli voou pelo corredor, desabando sobre uma pilha de cadeiras quebradas.

    — Não é possível… — Sophie tentou se levantar, apoiando-se nos destroços da maca. — Ele… ele é perfeito demais…

    Yoru respirava calmamente. O peito subia e descia em um ritmo estável, como se aquilo não fosse uma luta, mas apenas um treino rotineiro. O olhar dele não tinha raiva, nem emoção. Era vazio. Um vazio assustador.

    Ele caminhou em direção a Sophie, e ela sentiu as pernas tremerem. Mesmo assim, ergueu os punhos novamente. — Eu não… vou recuar…

    Danilo tossiu sangue, arrastando-se para frente. — Se cairmos aqui… ele vai matar todos… —

    Eli, ensanguentado, levantou-se devagar, rindo com ironia. — Hahaha… Isso dói pra caralho… Mas… eu ainda tô de pé, porra!

    Os três se colocaram lado a lado, mesmo maltratados, mesmo sabendo que não tinham chance. Era mais orgulho do que esperança.

    Yoru observou por um instante. Seus olhos se estreitaram, e então ele avançou.

    O que seguiu foi uma sinfonia de destruição. Os socos dele eram certeiros, os chutes eram calculados, cada bloqueio era uma obra de arte. Sophie caiu primeiro, desmaiando após um golpe na têmpora. Danilo tentou resistir, mas uma torção no braço seguida de um chute o deixou inconsciente no chão. Eli foi o último. Mesmo com o corpo já destruído, tentou morder, arranhar, golpear como uma fera desesperada. Mas Yoru o agarrou pelo rosto e o jogou contra o chão com tanta força que o corredor inteiro tremeu.

    Silêncio.

    A poeira se ergueu no ar, flutuando como véu sobre o massacre.

    Yoru ficou de pé, solitário, rodeado pelos corpos inconscientes dos três. O olhar dele não tinha brilho, apenas a frieza absoluta do perfeccionista que não deixava falhas.

    Virando-se lentamente, como se aquilo tivesse sido nada além de um aquecimento.

    O hospital inteiro parecia tremer diante da presença de Yoru, que permanecia intocado, imbatível, inatingível.

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