Índice de Capítulo

    O som do cigarro queimando ao tocar as costas de Kaito foi baixo, mas o impacto foi um pouco incomodante

    Ele parou no mesmo instante.

    As veias de seu pescoço saltaram, seu punho se fechou com tanta força que as articulações estalaram. Um silêncio pesado se instaurou no beco onde estavam.

    Atrás dele, Ryuji ria baixinho, girando seu pedaço de cano entre os dedos.

    — Ah… foi mal. Escorregou.

    Kaito virou apenas o rosto, lançando um olhar frio e ameaçador para Ryuji.

    — Você quer morrer?

    Ryuji sorriu.

    — Quero me divertir.


    Nome:Ryuij Sato altura:1,74
    Segunda geração Peso:63

    Força:AA
    Velocidade:AA
    Potencial:D+ [Despertado]
    Inteligência:E
    Resistência:A+

    Ele se impulsionou da lata de lixo, avançando contra Kaito sem hesitação. O cano cortou o ar com velocidade, vindo de cima para baixo como uma lâmina.

    O golpe acertou em cheio o ombro de Kaito.

    Mas… não aconteceu nada.

    O gigante permaneceu parado, sequer piscando. Ryuji franziu a testa.

    — Sério? Nem sentiu?

    Kaito olhou para o próprio ombro e então voltou sua atenção para Ryuji.

    — Isso foi uma massagem?

    Ryuji riu.

    — Cara, você é um monstro mesmo.

    Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, um soco atingiu seu estômago.

    Ryuji foi arremessado para trás, seu corpo batendo contra uma parede com um impacto devastador. Ele caiu de joelhos, tossindo violentamente.

    Kaito se aproximou lentamente.

    — Você não é nada além de um inseto.

    Ryuji se levantou com dificuldade, um sorriso ainda no rosto, embora sangue escorresse pelo canto de sua boca.

    — É… você realmente bate forte.

    Ele agarrou o cano novamente e avançou. Dessa vez, usou toda sua velocidade, girando o metal no ar antes de tentar acertar Kaito na lateral do rosto.

    Mas Kaito simplesmente estendeu a mão e segurou o cano no meio do golpe.

    — Ridículo.

    Com um puxão, ele arrancou a arma de Ryuji e a quebrou ao meio com as mãos nuas.

    Antes que Ryuji pudesse reagir, Kaito o agarrou pelo pescoço e o ergueu do chão como se fosse uma pena.

    — Isso é tudo? Que decepção.

    Ele apertou mais forte, sufocando Ryuji.

    — Você fala muito, mas no final… não passa de um fracote.

    Com um movimento brutal, Kaito girou e o jogou contra o chão. O impacto rachou o concreto, fazendo a poeira subir ao redor.

    Ryuji gemeu de dor, tentando se levantar, mas Kaito pisou em suas costas, impedindo-o de se mover.

    — Sabe qual a diferença entre nós?

    Ele aplicou mais força no pé, esmagando Ryuji ainda mais contra o solo.

    — Eu sou um rei. Você é só um palhaço tentando chamar atenção.

    Ryuji soltou uma risada fraca, cuspindo sangue no chão.

    — Hah… talvez eu seja mesmo.

    Kaito deu uma última olhada para ele antes de tirar o pé e se afastar.

    — Não desperdice mais meu tempo. Você não vale a pena.

    Com isso, ele virou as costas e continuou sua caminhada, deixando Ryuji ali, derrotado e quebrado.

    Mas mesmo no chão, o sorriso não desapareceu do rosto de Ryuji.

    — Tsc… esse cara é forte mesmo…

    Ryuji ficou ali, caído no chão frio e áspero, os olhos marejados de frustração.

    Ele tentou se mover, mas seu corpo doía demais. Seu orgulho doía ainda mais.

    “Eu sou fraco…”

    As palavras ecoavam em sua mente como lâminas perfurando seu peito. Ele sempre foi alguém que gostava de lutar, de provocar os mais fortes, mas dessa vez… não conseguiu fazer nada.

    A força de Kaito era esmagadora, e ele sequer levou Ryuji a sério.

    Ele cerrou os punhos contra o chão rachado, sentindo um nó na garganta.

    — Merda…

    As lágrimas escorreram sem que ele percebesse. Ele odiava aquilo. Odiava se sentir tão inútil.

    Mas, enquanto chorava sua derrota, Kaito continuava sua marcha implacável.

    O líder da escola 24 avançava pelas ruas, derrubando qualquer um da escola 25 que aparecesse à sua frente. Nenhum não ranqueado sequer durava mais de alguns segundos contra ele. Com golpes brutais e precisos, Kaito abria caminho de volta ao seu território.

    Ele estava indo para o prédio principal da escola 24.

    Enquanto isso, Yoru, Philips, Hiroshi, Sora e o restante do grupo finalmente chegaram à escola 24. O lugar estava um caos, com marcas de destruição por todo lado.

    Ao entrarem na área central, encontraram Ben, Lee, Sophie e Mia.

    Os quatro estavam cansados, mas vivos.

    — Vocês demoraram — disse Ben, estalando o pescoço. — Pensei que já tivessem caído.

    — E nós achamos que vocês estavam mortos — retrucou Philips com um sorriso de canto.

    Lee suspirou, cruzando os braços.

    — Isso tudo tá uma bagunça. Não esperávamos que a escola 24 fosse tão resistente.

    Sophie, que limpava o sangue do rosto com a manga da camisa, olhou para Yoru.

    — Como está a situação lá fora?

    — Complicada — respondeu Yoru. — Perdemos território, mas conseguimos recuperar algumas áreas. Ainda assim, Kaito começou a se mover… e isso é um problema.

    O grupo ficou em silêncio por um momento.

    Mia olhou ao redor, franzindo a testa.

    — Onde estão Hayato e Ryuji?

    — Boa pergunta — murmurou Sora.

    Ninguém sabia ao certo.

    Mas, apesar da preocupação, eles não podiam se dar ao luxo de perder tempo com isso agora.

    A batalha ainda não havia acabado.

    E Kaito estava cada vez mais próximo.

    A invasão à escola 24 já havia começado.

    Yoru, Ben, Hiroshi, Philips, Sora, Mia, Lee e Sophie avançavam pelos corredores, derrotando qualquer delinquente que surgisse em seu caminho. O barulho de socos, chutes e corpos caindo ecoava por todo o prédio.

    No topo da escola, Hillary observava a situação com uma expressão fechada. Ele sabia que algo estava errado.

    — Brak Zent — chamou, sua voz fria.

    Brak se levantou da cadeira que estava nas sombras e se virou para seu líder.

    — Vá verificar o que está acontecendo.

    Sem hesitar, Brak Zent desceu os andares, caminhando de maneira pesada. Ele não gostava de se envolver sem necessidade, mas quando Hillary ordenava, ele obedecia sem questionar.

    Lee avançava com rapidez, derrotando os delinquentes pelo caminho com golpes bem calculados. Mas, de repente, ela sentiu algo estranho.

    Uma presença esmagadora surgiu diante dela.

    Brak Zent apareceu no corredor, encarando-a com desdém.

    — Você é quem está causando essa confusão? — perguntou ele, estalando os dedos.

    Lee não recuou.

    — E se for?

    — Então vai ser divertido.

    Sem aviso, Brak Zent investiu contra ela, seu punho vindo com um peso absurdo.

    Lee desviou no último segundo, contra-atacando com um chute giratório no rosto dele. O impacto foi forte, mas Brak apenas recuou um pouco, limpando um pequeno corte no lábio.

    — Hah… até que é rápida.

    O confronto se intensificou. Lee tentava manter a velocidade, atacando com agilidade, mas Brak Zent era resistente. Ele absorvia os golpes e revidava com força bruta.

    Até que, no meio da troca de golpes, um delinquente apareceu pelas costas de Lee.

    Ela só percebeu tarde demais.

    — Merda…!

    Um golpe certeiro na nuca a fez perder os sentidos instantaneamente. Seu corpo caiu no chão, imóvel.

    Brak Zent olhou para o delinquente que a nocauteou.

    — Boa. Levem-na para cima.

    Sem perder tempo, os subordinados arrastaram Lee desacordada para outro local.

    Enquanto isso, no segundo andar, Sora e Philips enfrentavam um grupo de delinquentes ferozes.

    Philips, com sua força absurda, esmagava os adversários com golpes diretos e brutais. Sora, por outro lado, usava sua destreza para desviar dos ataques e acertar pontos vitais com precisão.

    No terceiro andar, Ben e Sophie estavam cercados.

    — Esses caras não param de aparecer — resmungou Ben, limpando um corte no rosto.

    — Então a gente tem que acabar com eles rápido — respondeu Sophie, assumindo posição de luta.

    Os inimigos avançaram, mas os dois estavam preparados.

    Já no quarto andar, Yoru, Mia e Hiroshi se aproximavam do objetivo.

    A sala de Hillary estava logo à frente.

    — Está na hora de acabar com isso — disse Yoru, cerrando os punhos.

    Mas, antes que pudessem dar o próximo passo, uma nova presença surgiu diante deles.

    O caminho ainda não estava livre.

    Yoru, Mia e Hiroshi avançaram sem hesitação, arrebentando a porta da sala de Hillary com um chute brutal.

    No instante em que entraram, um ataque veloz veio em sua direção.

    — Morram! — gritou William Oiau, girando um taco de beisebol com toda a força.

    Por sorte, Hiroshi reagiu rápido.

    Com um chute explosivo no estômago, ele lançou William para o outro lado da sala, fazendo-o bater contra a parede e cuspir sangue.

    — Que lixo… — Hiroshi bufou, limpando o canto da boca.

    Mas William ainda tinha energia para lutar.

    Ele se levantou cambaleando e avançou novamente, ignorando a dor. Yoru e Mia, sem perder tempo, partiram para cima.

    A luta foi rápida.

    William, apesar de sua resistência e técnica com o taco de beisebol, não era páreo para os três. Yoru desviava facilmente dos golpes, enquanto Mia atacava com precisão, cortando a movimentação dele. Hiroshi, aproveitando a brecha, acertou mais um chute devastador na lateral do rosto de William, finalizando a luta.

    O inimigo caiu no chão, inconsciente.

    Hillary entrou em pânico.

    Ele recuou até a parede, seus olhos tremendo de medo ao ver William ser derrotado tão facilmente.

    — M-Merda…! Isso não pode estar acontecendo!

    Ele tentou correr, mas Yoru o segurou pelo colarinho e o jogou contra a mesa.

    — Acabou pra você, Hillary — disse Yoru, sua voz fria e letal.

    Mia fechou a porta atrás deles, garantindo que ninguém entraria tão cedo.

    Hiroshi, ainda furioso, pegou uma cadeira e se sentou de frente para Hillary.

    — Agora, você vai falar. Onde está o Kaito?

    Hillary mordeu os lábios, tentando segurar a informação.

    Hiroshi, sem paciência, segurou o cabelo dele e puxou sua cabeça para trás.

    — Eu não vou perguntar de novo.

    O suor escorria pela testa de Hillary. Ele sabia que estava encurralado.

    Então, começou a rir.

    — Vocês acham que venceram…? Hahaha… vocês não fazem ideia do que estão enfrentando…

    — O que você quer dizer com isso? — perguntou Mia, cruzando os braços.

    Hillary então revelou algo intrigante.

    — O Kaito nunca será derrotado. Ele foi escolhido… o rei da nova geração.

    Yoru e Hiroshi trocaram olhares confusos.

    — Quem escolheu ele? — Yoru pressionou.

    Hillary sorriu, um brilho sombrio em seus olhos.

    — Alguém que controla todas as 35 escolas…

    A tensão na sala aumentou.

    — Alguém poderoso e influente no mundo. Ele tem planos para o Kaito… e vocês não podem fazer nada para impedir.

    — Quem é essa pessoa? — Hiroshi perguntou, sua paciência se esgotando.

    Mas Hillary apenas sorriu.

    — Descubram sozinhos… se conseguirem sobreviver ao que vem pela frente.

    O silêncio tomou conta da sala.

    A guerra contra a escola 24 estava praticamente vencida, mas agora Yoru e seus aliados tinham um novo mistério para desvendar. Quem era o verdadeiro governante por trás das 35 escolas?

    E o que ele queria com Kaito?

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