Capítulo 1 – Uma Janela de missões

Era uma manhã muito linda e ensolarada, alguns senhores de idade em um parque conversavam sobre coisas da vida até que um deles disse a seguinte palavra:

— Você lembra da geração zero? Bom momentos não é? Àquela sim era uma geração verdadeira de delinquentes.

— Verdade, ser um delinquente naquela época era muito bom, nenhum desses pirralhos devem saber oque é a verdadeira diversão de ser delinquente na nossa geração.

— Se não fosse aquelas sombras malditas acabando com nossa linda geração…

— Sim, mas também foi culpa da grande guerra.

Eles continuaram a falar enquanto davam risada e lembravam dos bons momentos da geração zero, mas afinal oque era essa geração, e oque foi essa grande guerra, e oque pois fim nela?

Há bastante tempo, ocorreu uma catástrofe enorme no Japão. Foi uma guerra, não de armas nucleares nem nada do tipo; foi uma guerra de punhos. Delinquentes de todos os cantos do Japão se uniram nessa batalha, e quando deu exatamente às doze horas da noite, a grande guerra começou. Foram uma hora e dezesseis minutos extremamente intensos de pura luta, onde vinte mil delinquentes lutavam por território, dispostos a fazerem tudo de possível para ganhar aquela disputa.

No entanto, aquilo durou muito pouco, pois, depois de quase todo mundo se cansar, cinco sombras apareceram diante de todos que ainda estavam de pé. Desafiaram todos presentes ali e, com extrema facilidade, os eliminaram, dando assim um fim na terrível na geração zero de delinquentes do Japão. Foi assim que deu início à geração 1 de delinquentes.

Uma geração pode durar muitos anos, e após o término de uma geração vem outra e outra, hoje, nos encontramos na geração mais fraca, a segunda geração.

[Segunda geração – Japão]

Era um final de tarde como qualquer outro. Todos estavam felizes por terem saído do inferno chamado escola. Alguns iam para suas casas, outros dirigiam para casas de gamers, e alguns saíam com suas namoradas para um karaokê ou só para um pequeno encontro. Mas tinha alguns que permaneciam ainda na escola fazendo… Coisas.

Atrás da escola, alguns garotos fumando cigarros enquanto um garoto observava se o guarda estava vindo. O garoto era um pouco baixo, tinha cabelos compridos chegando até sua nuca, olhos negros combinando com seus cabelos, e era tão pálido quanto a neve. Seu nome era Yoru Akemi, um aluno do primeiro ano da escola 25° do Japão.

— Cara… Ultimamente o chefe tem pegado pesado conosco, estamos tendo muito trabalho — comentou um garoto acima do peso, coçando sua barriga enquanto fumava um cigarro eletrônico. Ele tinha cabelos negros, olhos marrons caramelo e uma tatuagem no braço.

[Kazuki Tanaka – No. 20 | obs: Ele mesmo se dá o título de número 20]

— Cara, ouvi algumas histórias dos outros delinquentes mais próximos do chefe. Parece que todos os chefes de escolas estão loucos porque do nada a 35° escola começou a dominar várias áreas com um novo líder, e parece que lá eles estão evoluindo de uma forma louca — relatou um garoto de capuz.

— Parece que o novo líder é um cara muito louco por poder. Falaram que ele é um artista marcial de primeira linha.

— Hahaha, mesmo assim, não entendo porque o chefe está tão preocupado com isso também. A gente é uma das escolas mais poderosas que tem.

— É verdade.

— E então Yoru, como tá indo aí? Está vindo alguém? — gritou Kazuki para o Yoru. O garoto chamando Yoru se virou e negou.

— Não está vindo ninguém não, tá tudo limpo — Yoru falou soando frio, o garoto acima do peso levantou e foi saindo com seus colegas.

— Bom trabalho Yoru, você fez um ótimo trabalho para seu amigão aqui, merece meus parabéns — declarou, dando um tapa na cara do Yoru que levou o magrelo ao chão. Kazuki e seus amigos saíram sorrindo do Yoru.

“Esse merdinha, odeio ele com toda minha força. Se tivesse um jeito de ficar mais forte só para arrebentar a cara desse merdinha, só queria estar em um mangá onde ganho uma tabela de missões e tenho uma evolução infinita” disse o Yoru mentalmente enquanto olhava para o céu.

— JANELA DE MISSÕES! JANELA DE MISSÕES! JANELA DE MISSÕES! JANELA DE MISSÕES!

Yoru ficou gritando isso feito um louco, até que de repente um som ecoou no seu ouvido e um painel apareceu na sua frente com a seguinte frase:

— Hum? Um sistema de missões? Isso é possível ou estou alucinando devido ao tapa que tomei?

— Ei, seu trombadinha! Então é você que está fumando cigarros aqui atrás da escola! Vou te pegar!

Quando o Yoru viu o guarda, ele pegou suas coisas e saiu correndo bem rápido dali, deu a volta na escola e correu o mais rápido e mais longe possível, impedindo que o guarda o pegasse. Parou no meio da rua e começou a respirar bem rápido e descontroladamente, botou a mão no poste e tentou recuperar o fôlego depois de uma longa corrida.

— Cara… Pensei que ele ia me pegar, em casa vou ver o que realmente é isso, porque aqui não é seguro não.

Yoru foi para sua casa tranquilamente. A casa do Yoru ficava acima do salão de beleza da sua mãe, Mei Akemi, uma cabeleireira de primeira. Mei não se parecia nada com seu filho; ela era mais alta, tinha cabelos rosas e olhos cinzas, sempre sorridente.

— Ah! Filho, chegou tarde hoje, o que aconteceu? — aquela mulher era a mãe de Yoru, Mei Akemi.

— Ah! Nada não, mãe, é que acabei esquecendo uma coisa na escola e tive que voltar, mas já peguei de volta — falou, dando uma falsa risada.

— Ok, filho, vai lá se trocar — Mei deu um ‘joinha’ para seu filho seguido de um sorriso carinhoso.

Yoru subiu para sua casa e foi logo trocar de roupa.

Ao trocar de roupa, Yoru se deitou na cama e olhou para o teto e disse:

— Janela de missões, abrir.

— Aceitar a janela de missões? — Yoru botou a mão no queixo e ficou pensativo por alguns segundos.

— Hum… Sim! Eu aceito a janela de missões — Yoru concordou ao aceitar a missão. Rapidamente, já apareceu uma missão para ele.

— Agradar minha mãe? Então tá bom — Yoru se levantou da sua cama e foi direto para a cozinha fazer o jantar para sua mãe. Ele preparou tudo e botou a mão na massa para fazer um super jantar para sua mãe.

…

Passando alguns minutos, Yoru já tinha feito o que o sistema pediu, e quando sua mãe abriu a porta da frente da casa, ela se surpreendeu com a mesa cheia de comida esperando só ela chegar.

— Yoru! Foi você que fez tudo isso, meu filho? — disse surpresa com a atitude carinhosa do seu filho.

— Sim, mãe, fui eu que fiz tudo isso só para a senhora — ele sorriu para sua mãe; ela devolveu o sorriso.

— Que atencioso, meu filho. Obrigado. Vou só tomar um banho e degustar essa comida que tenho certeza que tá muito boa — Mei subiu para seu quarto e foi banhar para comer.

— Yes! Será que deu certo?

— Abrir baú — o baú de madeira que estava flutuando na frente do Yoru abriu e revelou um card escrito da seguinte forma:

— Está bem, vou usar — rapidamente, Yoru sentiu uma diferença em sua estatura, correu até a porta onde tinha um medidor e, com um lápis, marcou sua nova altura. Ao ver, ele se surpreendeu — Nossa, de 1,69 foi para 1,73 rapidamente; esse negócio realmente funciona!