Capítulo 32 – isso preocupa…
Yoru, Ben e Hayato estavam realmente dispostos a entrar na casa dos “prazeres” que se encontrava diante deles, mas foram interrompidos por uma voz feminina peculiar.
— Ué… O que estão fazendo na porta desse puteiro? — Era a Sophie, que estava dando uma volta com Mia. Os três garotos olharam para as garotas e riram.
— Não estamos fazendo nada demais… — disse Hayato. Sophie revirou os olhos, e Mia comentou:
— Esses garotos são todos iguais. E, aliás, vocês nem podem entrar aí; nenhum dos três tem idade suficiente para estar nesse lugar.
— Eh… Ela tem razão… Não tinha pensado nisso — disse Hayato, um pouco desapontado. Sophie foi até Yoru e o puxou.
— Vou roubar ele de vocês por um tempo. Mia, fica aí fazendo companhia para os dois. Volto com ele em alguns minutos — Yoru achou a ação de Sophie estranha, mas começou a acompanhá-la.
— Para onde quer me levar? Gostaria de saber… — Sophie não disse nada e seguiu caminhando em silêncio.
Eles caminharam até a praia, onde havia um banquinho iluminado por um poste fraco, de frente para o mar. Sophie se sentou e deu umas batidas no banco para Yoru se sentar ao lado dela. Ele se sentou sem dizer nada.
O clima mudou completamente. Alguns segundos atrás, Yoru estava com seus colegas indo para um bordel, e agora estava sentado ao lado de uma “inimiga” com quem havia brigado dias atrás.
— Eu sei que somos inimigos e agora você é o novo líder da escola 12. Por algum motivo, faço parte do seu grupo de gângsters. Sério, preciso de um tempo para pensar e colocar minha cabeça no lugar antes de finalmente começar a trabalhar para você. Sinceramente, depois que perdi para você, acho que esse mundo não foi feito para mim. Não sou forte nem um gênio como você. Estou em uma luta interna para descobrir se realmente isso que faço me agrada… — disse Sophie, com uma expressão triste. Yoru respirou fundo e olhou para cima.
— Não posso obrigar você a fazer o que não quer e não ligo se vai participar do meu grupo ou não. Pode ficar tranquila; não irei te obrigar a nada. Também estou em um embate interno comigo mesmo sobre tudo isso. Quero me sobressair dessa, mas não estou me encontrando muito neste novo mundo.
— Acho que consigo te entender um pouco. Para mim, isso está sendo uma tortura… — disse Sophie, olhando para o céu.
— Isso o quê exatamente? — perguntou Yoru, olhando para Sophie.
— Perder um dos meus bens mais preciosos foi muito doloroso. Não pensei que iria reagir assim…
— Não era minha intenção te deixar assim.
— Não foi sua culpa; o erro foi meu por ter te atacado… Bem, acho que não tenho mais nada a falar com você. Só queria dizer que talvez não entre agora na sua “equipe”. Caso eu mude de ideia, te aviso… — Sophie se levantou e foi saindo dali. Yoru olhou para o alto, pensativo.
De longe, Hina observava Yoru e Sophie conversando isoladamente. Pensava em mil e uma coisas. Esperou Sophie se afastar e caminhou até Yoru. Chegando perto, colocou a mão no ombro dele e disse:
— O que faz aqui sozinho a essas horas da noite? Apesar de ser um delinquente, isso ainda pode ser perigoso para você, Yoru. — Ele olhou por cima do ombro e viu Hina, vestida com uma blusa de manga comprida com capuz, shorts e chinelos.
— Só estou aqui refletindo sobre a vida… Nada mais que isso.
“Mentiroso… Eu sei que você estava falando alguma coisa com aquela garota desconhecida… Esses homens não prestam mesmo, dando em cima de toda mulherzinha que veem por aí. Esperava mais de você, Yoru.”
— Posso me sentar ao seu lado? — Yoru concordou, e Hina sentou-se ao lado dele.
— Yoru, você tem andado tão estranho… Antes desses acontecimentos, você era só um nerd normal e um franguinho. Agora, passou de nerd a líder de escola e também um belo de um depressivo. Eu até entendo essa sua parte depressiva, mas isso te afastou de tudo e de todos… Isso não é bom e pode acabar te prejudicando. Se quiser desabafar, estou aqui. Sei que não somos grandes amigos, mas estou realmente preocupada com você. Não pode passar por isso sozinho; é muito peso para carregar. Se sentir-se seguro, desabafe. Não guarde tudo para você… Isso é errado e pode te prejudicar. — disse Hina, de forma razoável, tentando tirar algumas palavras de Yoru, mas ele não falava absolutamente nada.
“Tenho que ajudá-lo de um jeito ou de outro… Por algum motivo, me sinto responsável por isso,” pensou Hina.
— Bem… Estou indo encontrar meus amigos. Tchau. — Antes de Yoru se levantar, Hina falou:
— Amanhã, às 14 horas, quero te ver. Vá, e vá sozinho….
Yoru concordou e foi encontrar seus amigos. Hina ficou lá, sentada, observando Yoru se afastar.
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