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    Após uma pequena caminhada de volta ao hotel, finalmente Yoru e Hina chegaram a salvo. Ao colocar o pé na entrada, havia uma grande “muvuca” na porta do hotel. Todos já estavam sabendo do sequestro de Hina. Quando todos viram Yoru entrando com Hina ao seu lado, rapidamente foram para cima dos dois.

    — Yoru! Que bom que trouxe a Hina de volta! — uma das amigas disse, abraçando Hina e agradecendo a Yoru enquanto chorava de alívio por ver sua amiga a salvo.

    — Yoru e Hina, quero conversar com vocês dois, agora! — disse o diretor da escola, surgindo do meio da multidão.

    — Eu queria descansar um pouco, mas vamos, não temos escolha — disse Yoru com uma expressão cansada. Era de se esperar, pois após uma luta daquelas, ninguém no mundo ficaria sem cansaço.

    Yoru e Hina acompanharam o diretor até o elevador. O diretor apertou o botão e eles subiram para o andar onde ele estava hospedado. Dentro do elevador, um enorme silêncio reinou. Ninguém falava nada; o diretor permanecia parado, sem dizer absolutamente nada.

    “Que clima. Ele não deve estar com raiva por causa desse acontecimento. Ele deve ter nos chamado por outra razão. Se fosse por isso que aconteceu, não faz sentido ele querer brigar com a gente,” pensou Yoru enquanto encarava fixamente as costas do diretor.

    Quando a porta do elevador abriu, sem dizer nada, o diretor saiu caminhando e os dois o seguiram. Eles estavam meio confusos e se perguntando o que o diretor queria conversar com eles. Após uma breve caminhada até o quarto, ele tirou uma chave do bolso e abriu a porta.

    — Entrem, por favor — disse o diretor. Yoru e Hina entraram no quarto e acharam um lugar para se sentarem. O diretor puxou uma cadeira e se sentou de frente para os garotos, que aguardavam em silêncio.

    — Então… Primeiro, quero saber de quem foi a ideia de sair assim do na-

    — Não, não, não, espera aí. O senhor realmente vai nos dar uma bronca por ela ter sido sequestrada? É isso que quer fazer, não é? — interrompeu Yoru.

    — O que quer que eu faça? Vocês saíram do hotel do nada, a Hina foi sequestrada e você foi resgatá-la fazendo “justiça” com suas próprias mãos.

    — Mas era o mínimo que eu poderia fazer. Não iria deixá-la sozinha. Ela estava correndo perigo, sabia? Quem sabe o que aqueles psicopatas poderiam ter feito com ela — disse Yoru, tentando fazer o diretor entender.

    — O mínimo que você deveria ter feito era alertar os professores, e nós tomaríamos as providências. E se eles estivessem armados? Vocês dois poderiam morrer! Isso foi uma irresponsabilidade sua — disse o diretor, com muita raiva.

    — Diretor, não acho certo o senhor estar brigando com ele. Se não fosse por ele, eu nem estaria aqui agora — falou Hina. O diretor levantou a mão, mandando ela parar de falar.

    — Olha, eu até queria falar mais, mas não vou. Também não vou dar uma advertência para você, mas pense no que fez hoje e nos perigos a que se expôs e expôs sua colega. Você tem que pensar, garoto. Ser um delinquente não te tornou um super-homem. Ser um delinquente significa que você só virou um pirralho problemático. Podem sair agora, vão descansar — disse o diretor.

    Yoru e Hina, após ouvirem o “sermão” do diretor, se levantaram e saíram do quarto.

    — Yoru, obrigado. Se não fosse você me salvando, eu ainda estaria lá com aqueles doentes mentais. Fico muito grata por isso e nunca vou esquecer o que você fez por mim hoje. Boa noite — disse Hina antes de se virar e ir embora. Yoru ficou parado na porta do quarto do diretor, olhando Hina se distanciar.


    [Aviso! Seu relacionamento com Hina está aumentando]


    [Missão concluída!]


    [Gerando recompensa…]


    [Habilidade: Carisma Natural

    |Descrição|
    A habilidade de atrair e influenciar as pessoas de maneira positiva. Com esta habilidade, o usuário se torna mais persuasivo e agradável, facilitando interações sociais e fortalecendo relacionamentos]

    “Não é uma habilidade tão útil assim, mas é melhor que nada. Bem, acho melhor eu ir pro meu quarto me deitar um pouco e descansar,” pensou Yoru enquanto caminhava para pegar o elevador e ir para onde estava hospedado. Chegando ao andar do seu quarto, ele saiu do elevador e foi caminhando até sua porta. Ao abrir e entrar, ele foi surpreendido.

    — E então, Yoru, como foi a conversa com o diretor? — disse Hayato. Yoru tomou um susto e deu um pulo para frente.

    — Caramba, Hayato! Quer me matar? — disse Yoru, colocando a mão no coração.

    — Foi mal. Mas e aí, no que deu? — perguntou Hayato, demonstrando muito interesse no que o diretor havia dito.

    — Ele só deu um sermão na gente, nada demais aconteceu. Bem, agora eu vou tomar um banho e me deitar um pouco. Tô com sono! Aliás, cadê o Ben? Não tô vendo ele aqui.

    — Tá no banheiro tomando banho. Ah! Olha ele aí — disse Hayato.

    Ben saiu do banheiro com uma toalha, secando o cabelo.

    — O que vocês estavam falando de mim aí? — perguntou Ben, terminando de secar o cabelo.

    — Nada, só estava perguntando onde você estava. Aliás, tá saradão, hein, Ben? Tô gostando de ver — disse Yoru, dando um tapinha no abdômen de Ben.

    — Rum, sai fora. Só as mulheres podem pegar no meu tanquinho. A única coisa que quero com homem é trocar soco, nada mais — disse Ben, recebendo uma almofada jogada por Hayato.

    — Pois vem aqui, a gente vai trocar soco sem perder a amizade, só trinta minutinhos — Ben pegou a almofada e jogou de volta na cara de Hayato.

    — Ei, gordinho, se tu jogar esse negócio em mim de novo tu tá fudido nas minhas mãos — disse Hayato, jogando a almofada novamente no rosto de Ben. Ben se irritou e pegou outra almofada, jogando na cara de Hayato.

    — Hahahaha! Toma essa, seu otário — disse Ben, atirando a mesma almofada de volta.

    — Hahahahaha, chupa essa — Ben correu para cima de Hayato, almofada em mãos.

    “Desde quando esses dois ficaram tão próximos? Nem parece que há um tempo atrás o Ben estava espancando o Hayato,” pensou Yoru, dando um leve sorriso ao lembrar do passado. Do nada, uma almofada bateu na sua cara.

    — Ei, seus dois arrombados! Quem disse que eu estava participando? — disse Yoru com raiva, pegando a almofada do chão. — Agora vocês dois vão ver só!

    Yoru, Hayato e Ben estavam adorando aquela paz toda. Inclusive Yoru, que estava distraindo a cabeça por enquanto. Apesar de tudo que aconteceu anteriormente, ele estava amando ficar no hotel com seus amigos, aproveitando o máximo que podiam.

    [Japão – Tóquio]

    — Alô? Quem está falando? — disse uma voz feminina nas sombras. A mulher segurava uma taça de vinho em uma das mãos enquanto falava ao telefone com a outra. Ela vestia uma calça preta e uma camisa da mesma cor, estava descalça e sentada em um sofá grande, de frente para uma janela de vidro enorme, olhando para vários prédios luxuosos.

    — Sou eu, o presidente — disse uma voz masculina do outro lado da linha telefônica. — Quero perguntar sobre nosso trabalho em Okayama. Como está indo? Conseguiu o que eu queria?

    — Estou em Tóquio ainda, mas tenho uma pessoa cuidando disso para mim. Durante esta semana, essa pessoa vai pegar sua carga. Quando estiver com ela em mãos, irei pessoalmente entregá-la ao senhor.

    — Certo, não me decepcione — disse o presidente, desligando o telefone. A mulher colocou o telefone ao seu lado e tomou um gole de vinho.

    — Pode deixar, não vou te decepcionar, presidente — disse a mulher misteriosa, dando um sorriso de orelha a orelha e colocando mais vinho na taça.

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