Índice de Capítulo

    Yoru e seus amigos já estavam mais do que prontos para começar o jogo. Quando o homem que estava apitando deu início, o time adversário de Yoru começou dando o primeiro toque na bola. Como esperado, o time de Yoru não sabia jogar nada e acabou tomando uma surra grande.

    Bem, ninguém é perfeito. Eles acabaram perdendo de quinze a dois. Os quatro saíram cabisbaixos após uma derrota tão grande como aquela. Até que foi divertido, mas, sério, foi extremamente humilhante.

    — Caramba, fomos humilhados! Eles nos colocaram para mamar sem dó nem piedade — disse Ben, olhando para o time que os derrotou.

    — Ah, mas de todo jeito a gente não iria ganhar mesmo. Eles são “profissionais” e fomos só para nos divertir, nada mais que isso — disse Ryuji, tentando confortar o resto do pessoal.

    — É… Mas na próxima nós vamos ganhar! Estou sentindo isso! — disse Yoru com muito entusiasmo. De repente, passaram algumas pessoas aleatórias falando sobre algo que não tinha relação nenhuma com Yoru ou com ninguém, mas houve uma frase específica que deu um estalo na cabeça de Yoru.

    Não foi bem uma frase, mas sim um número: o número “14”. Isso deu um flashback na cabeça de Yoru. Ele lembrou que na noite passada, antes de Hina ser sequestrada, ela tinha combinado de se verem às quatorze horas. Ele olhou para Hayato e perguntou:

    — Sabe mais ou menos que horas são, Hayato?

    Hayato deu de ombros e disse:

    — Não faço a mínima ideia, mas já passou das quatorze horas. Por quê? — perguntou, em dúvida.

    — Nada não, rapaziada. Vou dar uma pequena sumida, lembrei que tenho que fazer uma coisa de extrema urgência. Falou! — Yoru saiu correndo procurando Hina.

    — Ué… Que coisa mais estranha — disse Hayato.

    — Deve ser mulher, e é por isso que digo a…

    — Não completa essa frase — disse Ryuji, interrompendo Ben.

    Yoru ficou procurando Hina por todo canto da praia, mas não a achava em lugar nenhum. Por sorte, ele encontrou as amigas de Hina sentadas, tomando sorvete e conversando um pouco na sombra. Ele se aproximou delas e disse:

    — Meninas, desculpa interromper vocês, é que estou procurando a Hina e não a encontro em lugar nenhum. Vocês a viram por aí? — disse Yoru, um pouco envergonhado, pois não era muito de ficar perguntando sobre mulheres.

    — Ela estava aqui há uns minutinhos atrás, mas foi comprar um sorvete para ela. Ah! Olha ela ali — a garota apontou para Hina, que estava vindo com um sorvete na mão em direção às amigas.

    Yoru esperou ela se aproximar mais um pouco. Quando Hina viu Yoru, ela ficou meio confusa e perguntou:

    — O que está fazendo aqui?

    — Lembra do que falou ontem? Desculpa, eu acabei esquecendo porque tomei muitas pancadas, sabe? Acabei de me lembrar e vim correndo para te encontrar. Quer dar uma volta? — disse Yoru, um pouco corado. As amigas de Hina ficaram surpresas com a fala repentina de Yoru.

    — Eita… Por essa eu não esperava — disse uma das amigas de Hina bem baixinho para a outra ao lado.

    — Ah, tudo bem, podemos dar uma volta, sim — disse Hina, um pouco constrangida. Yoru e Hina se viraram e saíram caminhando, mais vermelhos que um tomate de tanta vergonha.

    — Namorem muito, casal de pombinhos! — disse uma das amigas de Hina acenando para eles.

    — Sayuri, sua louca! Ele é só meu amigo! — gritou Hina, super avermelhada.

    Yoru e Hina foram conversar um pouco distantes de tudo e de todos. Eles estavam do outro lado da praia, só eles dois e o mar, e mais nada. No exato momento em que Yoru olhou para Hina, o vento soprou forte e fez os cabelos negros dela voarem para trás, deixando-a mais bela por algum motivo. Às vezes, era só o cérebro de Yoru encantado ainda mais por Hina.

    — Por que está me olhando com essa cara de bobo? Estou feia? — Yoru desviou o olhar rapidamente para o lado oposto.

    — Não… Ué, você me chamou de bobo? Fazia um tempo que você não me chamava mais assim. Que saudades — disse Yoru, sorrindo.

    — Verdade, né? Já fazia um tempo que não te chamava nem de nerd nem de nada do tipo. Mas bem, não foi disso que viemos falar.

    — Foi sobre o quê?

    — Nada exatamente. Só queria ficar um pouco contigo, sabe? Queria passar um tempo bom com você.

    — Quer só jogar conversa fora? — Hina confirmou a pergunta de Yoru. — Ah, tudo bem. Vou ficar aqui com você então.

    Assim, Yoru e Hina ficaram conversando sobre tudo: sobre filmes, séries, experiências de vida, amores do passado e tudo mais. Eles ficaram minutos, não, horas conversando sobre a vida. Estava até que um clima bom. Eles trocaram belas gargalhadas. Eles não estavam percebendo, mas, a partir dali, sua amizade estava crescendo mais e mais. Talvez, lá no fundo, algo a mais estava surgindo naqueles jovens corações.

    Mas essa outra parte, só o tempo irá dizer. Já era mais ou menos cinco para seis da tarde, e eles ainda estavam conversando. Foi muito papo jogado para o vento mesmo. O sol já estava se pondo. Os dois ficaram ali, olhando para o horizonte, vendo mais uma vez o sol desaparecer por completo.

    — É lindo, não é? O pôr do sol é uma das coisas mais belas que gosto de ver. Traz paz por algum motivo — disse Hina, admirando o sol se pôr. Yoru concordou com ela e disse:

    — Minha mãe também adorava ver o pôr do sol. Me lembro como se fosse hoje, eu e ela em uma praia admirando o sol se pôr. Foi a última vez que fomos juntos a uma praia.

    — Entendi… Yoru, desculpa fazer essa pergunta, mas onde está o resto da sua família? Era só você e sua mãe. E seu pai, cadê ele? Morreu?

    — Não conheci ninguém da minha família, a não ser minha mãe. Antes de eu nascer, meu pai morreu e não tem nenhum registro de familiares vivos. Uma vez até perguntei a ela, mas ela disse que meus parentes, todos, morreram, mas não disse o motivo.

    — Você já buscou saber se isso realmente é verdade?

    — Por incrível que pareça, sim. E o que ela falou é verdade. Eu e Hayato buscamos nos registros pessoas com o meu sobrenome, e todas estão mortas, mas não aparece o motivo e nem a causa da morte.

    — Estou sem palavras. Bem, vamos para dentro, já está anoitecendo. É melhor a gente ir para dentro — disse Hina, se levantando do chão. Yoru também se levantou e se espreguiçou.

    — Vamos, já estou é cansado. Agora só quero minha caminha e tirar uma bela soneca.

    — Aliás, Yoru, onde será que anda aquele garoto que estava com a gente ontem? Será que ele está bem? — perguntou Hina.

    — Deve estar. Queria ver ele novamente. Ele parecia ser gente boa.

    No outro lado da cidade, em um beco sem saída, estava um garoto encostado na parede, de casaco e calça com um tecido leve, falando com alguém no telefone.

    — Hoje à noite, um carro vai chegar na área dos contêineres, onde fica localizada a terceira unidade da gangue Rival. Quero que você vá lá, dê um jeito neles e pegue a maleta que estará com um cara careca de mais ou menos dois metros. Confio isso a você — disse a voz feminina, desligando o telefone. A pessoa de casaco guardou o telefone e o colocou no bolso.

    — Ok… Vamos lá.


    Nome: Wallace Eston Altura: 1,79 m
    Segunda geração Peso: 68 kg

    Força: A
    Velocidade: A
    Potencial: SS
    Inteligência: B+
    Resistência: A

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