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    Depois de alguns minutos, finalmente, a ambulância tinha chegado e levado o corpo de Mei para o hospital. Yoru ficou abalado com a morte sem sentido e repentina de sua mãe. Ele foi acolhido pelos moradores nesse momento tenso de sua vida; querendo ou não, Yoru ainda tinha 16 anos e não podia viver sozinho.

    Passados dois dias, era o dia do enterro de Mei. Yoru estava presente ali, esperava que ninguém viesse, mas foi surpreendido por algumas amigas de trabalho de sua mãe e vizinhos. Era um dia chuvoso e triste; as pessoas não ficaram muito tempo, pois não queriam se molhar, mas prestaram homenagem a Mei. Ela era uma mulher doce, amava tudo e todos, e seu maior tesouro era seu filho, isso com certeza.

    — Me pergunto… Quem fez isso com a senhora? Quem foi esse monstro que tirou a senhora de mim? Por quê? Qual era a razão? — Yoru ficou se perguntando no pé do túmulo de sua mãe, com uma florzinha na mão. Ele estava realmente triste, pois não havia mais nenhum parente vivo agora.

    Yoru se ajoelhou no pé do túmulo de sua mãe e começou a chorar bem baixinho, enquanto a chuva caía calmamente no chão. Ao levantar-se para ir embora, Yoru viu uma mulher se aproximar com um guarda-chuva aberto.

    Essa mulher vestia um terno todo preto, seus cabelos eram longos, e ela usava óculos escuros escondendo seus olhos. Ao ver essa mulher misteriosa, Yoru ficou intrigado, achava que ela ia visitar outra pessoa, mas ela estava realmente vindo na direção dele.

    Ela chegou perto do túmulo de Mei, olhou para o túmulo, agachou-se e colocou delicadamente um buquê de flores que estava segurando em cima do túmulo de Mei. Em seguida, virou-se para Yoru e disse:

    — Você é o pirralho dela? — aquela mulher, por algum motivo, estava cheia de cortes: um perto da boca no lado direito, um na cabeça e outro que ia da garganta até o olho, mas não dava para ver até onde, pois os óculos escuros estavam cobrindo.

    — Sim… Sou o filho dela, mas quem é você? — Yoru perguntou, expressando um tom de dúvida à mulher.

    Ela se levantou e olhou para Yoru.

    — Sou uma velha amiga do passado; quando soube que sua mãe tinha morrido, corri rapidamente para cá para visitá-la. Como ela morreu? Você sabe me dizer? Yoru concordou em falar oque aconteceu com sua mãe para a mulher estranha

    — Segundo meus vizinhos, dois garotos em uma moto com um roupão negro e uma lua nas costas balearam-na dentro da minha casa sem motivo algum. A polícia já está investigando o caso, mas nunca tive respostas — A mulher misteriosa colocou a mão no queixo e ficou pensando.

    — Sinto muito, garoto, mas não desista por causa disso. Tenho certeza de que sua mãe quer um futuro bom para você. Então, siga estudando e foque no seu futuro — ela acariciou o cabelo de Yoru, puxou um cigarro, acendeu e começou a fumar, saindo.

    — Você disse que era colega do passado da minha mãe… Como ela era no passado? — A mulher se virou para Yoru, tirou o cigarro da boca e disse:

    — Se quiser saber o passado da sua mãe, garoto, vai ter que participar de um mundo maldito e sem volta… — Yoru ficou esperando ela falar mais alguma coisa — Caso queira saber sobre sua mãe e quem ela era, pegue isso — A mulher jogou um papel para Yoru, que o pegou.

    — O que é isso? Um cartão de gangues?

    Ela soltou fumaça da boca e disse:

    — Esse é o mundo que sua mãe vivia, o mundo das gangues; se quiser saber quem era Mei Akemi, monte um grupo e caia de cabeça nesse mundo maldito de pessoas más e fora da lei.

    — Mas por que não me conta tudo?

    — E qual seria a graça nisso? Garoto, não vou te contar nada; busque o passado da sua mãe, tenho certeza de que você vai saber toda a verdade sem minha ajuda. Até logo — A mulher misteriosa foi embora, deixando Yoru pensativo naquilo tudo.

    Ele, após isso, foi para casa e ficou pensativo a noite inteira. No outro dia, foi para a escola normalmente, chegou na sala, se sentou e ficou pensativo olhando para o quadro. Do nada, Hina chegou e sentou na mesa da frente, virada para Yoru.

    — Ei, Yoru, como está? Fiquei sabendo que sua mãe faleceu… Meus pêsames. — ela disse com uma voz meio triste pela perda de Yoru.

    — Estou indo… Tenho que ser forte em momentos assim, meu negócio é seguir em frente sem olhar para trás.

    Hina deu uma risada e pulou da mesa.

    — Então tá, qualquer coisa, estou aqui se quiser conversar. — Ela saiu e foi falar com suas amigas.

    “Por que a Hina veio falar comigo? Normalmente ela me trata como um inferior… Bem, deixa.”

    E assim a aula começou normalmente. Yoru estava mais concentrado do que antes, ficou calado a aula toda até a hora do recreio. Quando o sinal bateu, saiu sozinho, deixando Hayato na sala meio desconfiado. Yoru foi para o banheiro enquanto Hayato achava que ele iria se encontrar com Ben; estavam rolando boatos na escola de que Yoru e Ben estavam com uma parceria imensa.

    Hayato, achando que aquilo era bullying, foi falar diretamente com Ben no campo de futebol onde este se encontrava.

    Hayato chegou lá, e Ben já achou estranha a presença dele ali. Hayato chegou de frente para Ben e disse a seguinte frase:

    — Para de incomodar o Yoru… O que você está fazendo com ele é bullying — Ben se levantou e olhou nos olhos de Hayato.

    — Você acredita nesses boatos, gorducho? Só falei com Yoru uma vez; a gente não é parceiro ainda — Hayato encarou ele com um pouco de medo e disse:

    — Ainda bem… Não quero o Yoru se envolvendo com um delinquente como vo…

    Ben acertou em cheio o rosto de Hayato, jogando-o para bem longe.

    — Vou te ensinar a puxar briga, gorducho. Você vai se arrepender de ter falado isso comigo — Ben correu até Hayato, pegou ele pela cabeça e deu um soco na barriga dele com toda força, fazendo Hayato arregalar os olhos e cair no chão.

    — Descul…

    Ben deu um chute com toda força em Hayato, fazendo ele comer poeira.

    — Não tem essa de desculpa, vou te bater tanto que você vai esquecer até seu nome. — Ben falou com uma aura sanguinária intensa.

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