Plague Doctor – Volume 1 – Capítulo: 20 – A Árvore Murcha em seu Sonho

>> Tradutor: Metal_Oppa | Revisor: Sky <<

“AH!”

Gu-Jun de repente acordou do pesadelo. Seus olhos se abriram, apenas para ver o teto branco. Ele ainda estava no dormitório.

‘Isso foi apenas um sonho, geh.’

Ele olhou a hora em seu celular. Pareceu ser pouco tempo, mas ele já havia dormido por duas horas.

Gu-Jun respirou fundo. Havia um leve cheiro de cebola no ar, e o cheiro forte de formalina vinha dele. Ele pressionou a cabeça ainda grogue e saiu da cama.

“Isso agora foi realmente apenas um sonho?” Ele murmurou: “Mas não parecia…”

Talvez tenha sido um sonho – um produto subconsciente de seus próprios encontros recentes.

Ou talvez não fosse isso, mas sim uma cena real que estava acontecendo em algum lugar.

Gu-Jun pensou sobre isso enquanto vasculhava seu armário a procura de roupas limpas. Ele então foi ao banheiro do prédio do dormitório para tomar um banho. Gu-Jun ainda carregava o celular de Li Yuerui. Enquanto ele estava tomando banho, a água quente continuava saindo do chuveiro. Ele esfregou as mãos vigorosamente e as lavou várias vezes, mas o cheiro de plástico das luvas de borracha medicinal parecia não sair de jeito nenhum.

Depois de terminar seu banho, Gu-Jun voltou para o quarto. Ele viu que Cai Zixuan havia retornado e estava fazendo alguma coisa ao lado de seu próprio armário.

“Jun – O Magnata, desde que terminamos a autópsia, você só veio tomar banho agora?” Cai Zixuan perguntou, atordoado.

“É porque dei um cochilo primeiro.” Gu-Jun notou o estado desgrenhado em que seu amigo se encontrava. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, e seu nariz largo parecia estar vermelho e dilatado. Talvez devido ao excesso de estímulo da formalina. Gu-Jun não pôde deixar de dizer: “Zixuan, agora você parece tão miserável”.

‘Como culpado, você ainda tem a ousadia de dizer isso’ – Cai Zixuan deu um suspiro, mas não conseguiu se libertar da frustração reprimida dentro de si. “Se olhe no espelho ali, você está muito pior do que eu.”

No momento em que Gu-Jun ouviu suas palavras, ele imediatamente parou na frente de um espelho para dar uma olhada. Com certeza, seu rosto estava de fato mais abatido. Nenhum sinal de disposição podia ser visto de seu rosto, e ele parecia um bárbaro maluco vagando na beira da loucura. Ele riu em voz alta, sem saber do que estava rindo e balançou a cabeça enquanto sorria. “Cão médico, cão médico”.

“Felizmente não somos os únicos com essa aparência.” Cai Zixuan se aproximou carregando suas roupas. Ele parou e disse a Gu-Jun: “Os cadáveres, exceto as partes malformadas, são realmente de alta qualidade. Acabamos de ir aos laboratórios vizinhos para dar uma olhada, e todos estão trabalhando duro também.”

Quais eram exatamente as amostras normais de dissecação? Caras gordos cobertos por camadas de gordura, a vítima de um acidente de carro cheio de sangue, o cadáver fraturado e deformado de uma vítima de suicídio…

Cai Zixuan disse com emoção: “Você conhece Shen Wanjie da Classe-01, certo? O cadáver do grupo deles é uma jovem com uma mão esquerda malformada e não há outras anormalidades. A pele é tão bonita! Todos dizem que é a pele mais linda que já viram, tirando as de modelos dos anúncios de cuidados com a pele”.

“Você sabe o quão pervertido você parece agora?” Gu-Jun brincou, embora soubesse que a “bela” que Zi Xuan queria dizer se referia à estrutura precisa da pele.

“Cheh!.” Cai Zixuan coçou a cabeça e saiu com as suas roupas em mãos.

Às vezes, existe uma conexão inexplicável entre algumas coisas.

‘Anúncios?’ – Um fragmento de memória pareceu piscar na cabeça de Gu-Jun. Ele parecia ter visto a enorme árvore murcha em algum lugar. Em algum anúncio? Talvez alguma notícia de publicidade de viagens?

Só se não fosse uma árvore murcha, mas ainda exuberante e verdejante com as folhas jovens e sempre verdes.

Gu Jun sentou-se diante da mesa, abriu seu laptop e procurou na Internet. Ele digitou em busca de ” grandes árvores domésticas” e ” grandes árvores da Cidade Oriental”. Ele estava navegando através das informações e de repente viu uma mensagem que lhe deu uma sensação de déjà-vu e imediatamente clicou sobre ela.

Uma velha Figueira-de-Gralha(NT: Veja*) com vida útil de 1.000 anos na Vila Gurong, na região oriental.

Gu-Jun olhou para as fotos da reportagem retratada na tela. Seus olhos estavam fechados, como se tentasse se lembrar de algo. “Essa é a árvore! O que eu vi no meu sonho é esta velha Figueira-de-Gralha.”

A Vila Gurong não era um lugar particularmente famoso. Era apenas uma aldeia comum. Ele estava localizado em uma área montanhosa remota no extremo norte da cidade de Dongzhou. Embora tenha havido algumas paisagens, sempre foi subdesenvolvido. Apenas alguns viajantes dedicados irão para lá. A Vila Gurong era mais conhecida por esta Figueira-de-Gralha.

Por estar localizada praticamente dentro da cidade de Dongzhou, esta Figueira-de-Gralha foi, sem dúvida, uma das mais antigas.

A imagem da árvore seca passou diante de seus olhos, e Gu-Jun tomou um gole de água antes de continuar sua busca por mais informações sobre a Vila Gurong.

As últimas notícias sobre a aldeia eram do ano passado, e o resto estava relacionado principalmente a divulgação desta árvore. Com isso, Gu-Jun não conseguiu encontrar novas informações sobre a aldeia na Internet. Era incomum que houvesse tão poucos rumores ruins sobre a vila, a ponto de ser assustador. Afinal, era um pequeno ponto turístico. Por que estava tão impecável?

A menos que algo acontecesse lá e as informações estivessem sendo controladas.

“A origem da deformidade poderia ser a Vila Gurong?” Gu-Jun pensou, e então abriu outro artigo de notícias sobre a Vila Gurong. Seu coração apertou.

A notícia era sobre o diretor do Comitê de Gestão do Distrito de Turismo Cultural da Vila Gurong apresentando o plano de desenvolvimento de sua vila aos repórteres.

O rosto do diretor era incomparavelmente familiar para Gu-Jun.

Afinal, Gu-Jun pessoalmente removeu o globo ocular deste rosto esta manhã.

“Huff, huff.” Gu-Jun jogou o corpo para trás em sua cadeira com uma série de dúvidas e suposições.

‘Independentemente de ser a origem, a Vila Gurong deveria ter um surto de peste. Os cinquenta corpos eram todos dos aldeões. Talvez eles estivessem até mortos. O que aconteceu exatamente lá para que as coisas se tornassem assim?’

Olhando para a Figueira-de-Gralha verdejante na tela, ele sentiu um impulso cada vez mais forte. ~ Vá até lá neste instante e dê uma olhada. Vá para a Vila Gurong, a resposta que você está procurando está bem ali.

“Não!” Gu-Jun gritou, cortando seu impulso. Ele absolutamente não podia ir para a Vila Gurong por um capricho.

Isso só o exporia àqueles que o monitoravam. Ele não ignorava esse fato.

Este foi definitivamente um ato suicida. Nos filmes de terror, as pessoas que agiam por impulso sempre tinham vida curta.

“Vila Gurong… Alguém ainda está aí? O trabalho de prevenção e controle da praga deve ter começado. Poderia esse lugar estar em quarentena?”

Gu-Jun pensou em outra maneira de verificar seu palpite.

Já passava das quatro horas da tarde. Gu-Jun ponderou um pouco e procurou algumas informações. Ele então anotou em seu celular. Depois de limpar seu histórico de navegação e desligar o computador, ele saiu rapidamente do dormitório.

Depois de deixar o prédio do dormitório, Gu-Jun rapidamente deixou a área do dormitório do campus e foi para a rua. Ele entrou em um táxi, pedindo deliberadamente ao motorista que fizesse alguns desvios aleatório entre as ruas, antes de finalmente sair do carro para um beco familiar. Ele comprou um Chip não cadastrado ainda em uma loja comum de beira de estrada.

Gu-Jun substituiu seu cartão SIM pelo novo e abriu seus contatos telefônicos. Um novo contato foi salvo. “Comitê de Gestão da Zona de Turismo Cultural da Vila Gurong”.

Ele deixou a pequena loja à beira da estrada. Enquanto caminhava pelo antigo beco, ele bateu com o dedo na tela e discou o número.

Este era um número fixo. Com o estado atual da Vila Gurong, ele sentiu que a linha de comunicação pode ter sido cortada, ou talvez ninguém atendesse sua ligação.

*Beeep, beeeep…* – O som de chamada em espera tocou. Parece que a linha ainda estava disponível.

Gu-Jun olhou para o céu escuro da noite e olhou em volta das placas surradas de pequenas lojas em ambos os lados do beco: “Churrascaria Mala”, “Mercearia de Luo-Ji”, “Massagem Saudável para os Pés”…

O telefone tocou dez vezes, mas ninguém atendeu. A Vila Gurong era realmente um pedaço de terra morta?

Gu-Jun ergueu a cabeça. Quando sua mão direita estava prestes a clicar no botão de desligar, um clique repentino foi ouvido.

A chamada foi atendida.