Plague Doctor – Volume 1 – Capítulo: 21 – A Voz Suave e Rouca

>> Tradutor: Metal_Oppa | Revisor: Sky <<

*Doo… Doo… KACHA!*

A ligação foi atendida.

As sobrancelhas de Gu-Jun franziram quando seu coração deu um pulo. Do outro lado, tudo o que ele ouviu foi o zumbido da estática, provavelmente devido ao sinal fraco. Seus olhos se desviaram, observando o beco. Enquanto seus ouvidos ficaram grudados no fone do telefone, sua boca permaneceu fechada. Ele não tinha intenção de falar, ele só queria saber se ainda havia habitantes na Vila Gurong.

O destinatário do telefonema também permaneceu em silêncio. Os ruídos do zumbido aumentaram lentamente.

À medida que o barulho se tornava mais intenso, o coração de Gu-Jun batia freneticamente e o agoniava.

‘Quem? Quem estava do outro lado da chamada!?’

Por mais que quisesse gritar essa pergunta, ele a suprimiu com todas as suas forças. Ele até prendeu a respiração com medo de que sua voz fosse ouvida. No momento em que sua voz for conhecida, horrores podem cair sobre ele.

“…” Apesar da pressão em sua mente crescendo gradualmente, Gu-Jun não desligou a chamada. Em vez disso, ele tentou o seu melhor para entender o zumbido baixo que zoava do outro lado.

‘Alguém está falando alguma coisa? É a mesma coisa que ouvi no cinturão vulcânico do fundo do mar de Longkan?’

‘Não, não… Este é o som da constante fricção e aperto na garganta.’

‘Acho que alguém está lá. Está tentando falar comigo…’

Gu-Jun tentou ouvir com clareza, mas o ambiente ao redor era barulhento. As motocicletas que passavam, as conversas dos moradores e as músicas tocando na loja atrapalharam ele de ouvir direito. Esses sons se misturaram e cobriram a voz estranha. Enquanto caminhava em direção às profundezas do beco, ele grudou as orelhas no telefone.

“Shasveme~ Shasveme~”

À medida que o ruído diminui, a voz estranha do outro lado do telefone ficou mais clara.

Quando Gu-Jun chegou a um lixão deserto no final do beco, ele pôde ouvir claramente. Em voz baixa, a voz murmurou: “Salve-me…”

O sussurro rouco do outro lado da linha disse exatamente essas palavras “Salve-me”.

Essa era a voz de um humano. Enquanto estava baixo, rouco e tremendo, ele podia perfeitamente ouvir as emoções na voz. O medo era claro demais.

Como uma represa quebrada, as palavras fluíram constantemente – “Eu… não estou morto… Eu não faço parte… Eu não tenho isso… a coisa… na figueira… Deixe-me sair… AHH! Eu… eu não quero morrer… Salve, me salve…: “

A imensa dor e o sofrimento perfuraram o coração de Gu-Jun repetidamente e o esmagou de forma agoniante.

Ele poderia dizer que essa pessoa era um morador da Vila Gurong. Por enquanto, ele não tinha morrido, mas também não podia deixar a aldeia. A doença o havia infectado e provocado malformações que o impediram de deixar as instalações da vila.

Alguns dias atrás, Gu-Jun ainda estava com uma doença terminal. Ele conhecia muito bem a dor do desespero causado pelo desamparo diante da morte.

“Salve-me, por favor, estou implorando… salve-me…” a voz aflita continuou a lamentar.

As mãos de Gu-Jun se apertaram ao redor do telefone. Uma cena surpreendente surgiu em sua mente. No primeiro dia de aula em seu primeiro ano de estudo, ele, junto com toda a classe, haviam feito o Juramento de Hipócrates*. Ele jurou com indiferença. Para ele, este era apenas um ritual falso e sem sentido.

» Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém.

» Respeitarei os ganhos científicos duramente conquistados pelos médicos cujos passos eu ando, e alegremente compartilharei o conhecimento que é meu com aqueles que estão por vir.

A escuridão pairava sobre Gu-Jun. Como um ‘escravo médico’, era seu dever natural salvar as pessoas. No entanto, agora, ele se encontrava desamparado. Ele não pôde salvar o diretor da Vila Gurong. Ele não pôde salvar a menina que tentou subir na árvore. Agora, ele não conseguia salvar este homem ao telefone.

“De dentro da Figueira-de-Gralha…” A voz falou em um tom cada vez mais dolorido e rouco. “Aquela coisa… não… nunca…”

De repente, a ligação foi cortada.

*Tum ~ Tum ~ Tum*

Gu-Jun olhou para o telefone e respirou fundo. Suavemente, ele jurou: ” Sinto muito, eu quero salvá-lo. Mas agora, eu não tenho essa capacidade. Eu não tenho…” Ele olhou para o céu calmo da noite e deu um longo suspiro. Com este longo suspiro, uma parte de seu coração se tornou mais firme.

Isso é o que ele queria fazer – ser um verdadeiro médico, para salvar pessoas.

Ele não tinha motivos enormes, admiráveis ​​e honrosos. Ele apenas sentiu que precisava fazer isso.

Gu-Jun ficou parado por um tempo, ajustando seu humor caótico e confuso enquanto silenciosamente puxava seu novo cartão SIM de dentro do celular.

‘O que há na figueira?’ – Ele começou a pensar sobre o que o moribundo morador acabou de dizer.

‘O que estava acontecendo lá? A origem da malformação está naquela grande Figueira-de-Gralha?’

‘Grandes ramos retorcidos…. tendões emaranhados…. trepadeiras penduradas e emaranhadas…… membros deformados……’

As várias visões que ele tinha testemunhado se espalharam incessantemente dentro de sua mente. De repente, uma compreensão o atingiu. Os membros malformados nos cadáveres pareciam-se muito com os galhos da Figueira-de-Gralha.

Mas, novamente, como uma árvore pode se tornar a fonte de doenças?

Enquanto os pensamentos borbulhavam em sua mente, ele se virou e caminhou de volta.

O céu ficou mais escuro com a brisa fria acariciando todos os que estavam do lado de fora. De repente, um sentimento de ansiedade atingiu a mente de Gu-Jun. Seus olhos corriam ao seu redor. Esta área foi chamada de “Beco da Fortuna”. Não havia arranha-céus altos, apenas prédios de estilo clássico antigo. Entre eles havia calçadas estreitas, repletas de placas de lojas antigas, os restos de uma tradição que gradualmente desapareceu.

Devido à abundância de restaurantes tradicionais oferecidas aqui, Gu-Jun tinha vindo aqui com frequência no passado. Estudantes da Universidade Oriental também eram uma visão comum aqui.

Embora esta área fosse agitada e desordenada, Gu-Jun conhecia cada esquina dessa rua.

No entanto, enquanto caminhava no pavimento de cimento danificado, havia uma sensação sinistra de hostilidade distante se fechando sobre ele.

*Plop, plop. Plop*

Gotas de água caíram no chão e ecoaram pelo beco.

Mesmo que o céu esteja nublado e sem estrelas, não estava chovendo.

*Plop, plop, plop*

Rapidamente, Gu-Jun jogou a cabeça para trás e olhou com cautela para o estreito beco antigo atrás dele.

Não havia nada. Apenas as luzes das placas velhas balançando com a brisa leve ” Barbeiro aqui, corte de cabelo profissional “, ” Hotel Yonglong “, “Serviços Gráficos”.

‘É aquele homem que deve está me perseguindo’ – Gu-Jun tinha certeza absoluta de que o homem o estava seguindo à distância! Várias opções surgiram imediatamente em sua mente. Retirando o olhar, ele se virou. Para sua surpresa, ele viu aquele homem com uma cabeça chata parado bem na frente dele, a apenas 5 passos de distância.

‘O que eu faço? Fingir andar sem saber de nada? Virando-se e indo embora com indiferença?’

Gu-Jun respirou fundo e se acalmou.

Ele percebeu que os olhos do homem de cabeça chata o encarava sem se preocupar em esconder as intenções maliciosas e hostis.

Gu-Jun imediatamente entendeu.

‘Ele sabia que eu descobri sobre suas atividades de perseguição. Como tal, ele havia escolhido aparecer assim.’

Em um instante, Gu-Jun decidiu ser preventivo. Fingindo ser apenas uma pessoa comum cuidando das coisas do dia-a-dia, ele perguntou com um tom frívolo e alto: “Velho, quem é você? Parece que te vi algumas vezes recentemente. Por que você fica me olhando? O que você está olhando? “

“Sr. Gu.” O homem de cabeça chata sorriu assustadoramente, o canto da boca se abriu como a boca de uma marionete que foi rasgada. “Dê-me a coisa e você ficará bem.”

Gu-Jun não se incomodou e agiu com indiferença. Más em sua mente, ele procurou uma solução freneticamente para este cenário. O telefone de Li Yuerui estava no bolso interno de sua jaqueta.

‘Parece que ele estava realmente procurando por isso.’